CAPÍTULO 04

831 Words
Foi assim que conhecemos o evangelho, minha mãe encontrou conforto em Deus e aos poucos todos nós seguimos. Menos meu pai, que continuou bebendo. Mas conto depois. Algum tempo depois resolvi que iria acabar mais uma vez meu namoro com Pedro e agora seria pra sempre. Não queria ele de jeito nenhum. Não amava e resolvi não deixar minha felicidade de lado por ninguém. Meu foco ali era estudar, trabalhar, e ser alguém na vida sem precisar de ninguém pra chegar lá. Queria minha vida diferente da minha mãe e estava disposta a lutar por isso. Eu estava com 16 anos. Mas aí os enjoos chegaram, junto dele a falta da menstruação e o teste positivo. Fiquei louca, queria tirar o bebê mas minha mãe e minhas irmãs me convenceram a não fazer isso. Falei com Pedro que não disse nada, pois ele sabia que era o pai. Nunca usamos camisinha e eu nunca tomei remédio nem nenhum outro tipo de cuidado, sei nem como levei 1 ano para engravidar. Mas mesmo assim eu estava decidida, não ia voltar com o namoro e isso me causou grandes discussões em casa, os parentes falando m*l, apontando porque eu era uma adolescente grávida que não havia terminado os estudos e agora tava solteira não queria mais o namorado. Meu pai passou os 9 meses todo brigando e xingando porque eu ia ser mãe solteira. Minha mãe entrava na minha mente dizendo que longe daquilo tudo meu filho seria bem criado, que Pedro me amava e seria um bom marido um bom pai. E eu tudo o que queria era paz, criar meu filho com paz e por isso resolvi que voltaria com Pedro. Nessa altura ele já morava sozinho, tinha 21 anos e eu 16. Aí decidi que ia casar, afinal era tudo o que sempre quis né? Ter filho, casar e ter um marido que fosse bom e me amasse. Depois que ganhei Miguel passei uns dias na casa da minha mãe e depois que estava melhor fui morar com o Pedro. Miguel não era nada calmo, chorava dia e noite e eu era uma adolescente que estava sendo obrigada a virar adulta, cuidar de casa, filho, marido. E ao contrário do que pensava não era nem um pouco fácil. Minha sorte é que Pedro sempre foi muito companheiro e me ajudava em tudo mas eu não era feliz. Então uma tarde liguei pra minha mãe e disse que queria voltar pra casa, tinha se passado uns 4 meses. Ela falou com meu pai e ele disse não. A resposta do meu pai foi que agora eu era uma mulher casada e deveria ficar com o marido. Nada de voltar pra casa, de agora em diante eu deveria cuidar da minha vida e da minha família. E foi por isso que fiquei anos sem perdoar ele. Meu pai afundou minha vida. Aliás, todos os meus parentes porque nunca nenhum se importou com os meus sentimentos, nunca entenderam que eu não amava Pedro. Todos só diziam, "ele gosta de ti, ele é trabalhar, ele é bom" como se todos os outros homens desse planeta não prestassem. Minhas irmãs, casaram com quem amava, minhas primas também, minhas tias, minha mãe. Todas amavam os maridos, mas eu não eu era casada por obrigação, porque não tinha o que fazer. Logo as brigas entre mim e Pedro começaram. Eu não era feliz e não fazia questão de esconder isso. Um dia disse pra ele Tacia: Eu não te amo porque não me deixa? Porque ficar com alguém que não gosta de ti? Pedro: Eu te amo e isso é suficiente pra nós dois. Pedro sempre cobrou amor, carinho e eu nunca pude dar. O tempo foi passando e eu vi minhas amigas, irmãs, primas casando e sendo feliz e eu ali, presa a alguém que não amava. Eu não tinha pra onde ir, e agora não era só meu corpo, meu filho não havia pedido para vir ao mundo e o mínimo que eu podia dar era uma vida digna e só conseguia isso vivendo com Pedro. Quando Miguel tinha 4 anos comecei a sentir enjoos, tonturas e fiz o teste. Estava grávida. Minha vida com Pedro estava melhor, eu tinha uma vida boa, ele era bom, cuidadoso, amoroso um paizão e eu só ia vivendo um dia após o outro. Nessa altura já não pensava mais em me separar, já havia aceitado ele e estava frequentando a igreja até havia me batizado Pedro nunca quis se envolver mas nunca me impediu nada. Um mês depois que soube da gravidez senti cólicas e veio um pouco de sangue. Fui na emergência e fiquei internada, eu estava perdendo o bebê. Durante a noite enquanto mexia no f*******: um cara me chamou pra conversar, não dei idéia e ele mandou o numero dele pra eu mandar um sms na época não existia w******p. Pensei horas e resolvi mandar mensagem, foi a pior burrada que já fiz na vida.
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