4° Capítulo.

3054 Words
Summer Phelps: Eu vou me dar muito m*l quando a Soraya souber que vou na festa da empresa também, mas foi ordem do senhor Bogart, e não tive como recusar, mas sei que isso irá custar minha paz, estou tentando inventar uma desculpa para não ir, mas até agora não encontrei uma que colasse, e me tirasse dessa situação. Por falar em senhor Bogart, nossos encontros na copa da empresa têm sido cada vez mais frequentes, e estou começando a nutrir um sentimento forte por ele, o que é um erro, pois tenho certeza que não serei correspondida, afinal somos de mundo completamente diferentes, além disso Soraya iria surtar, mas a sua generosidade tem me encantando, fora que é muito fácil conversar com ele sobre qualquer assunto, claro que ainda não tive coragem de falar sobre minha vida particular, e nem sobre o meu filho. Ele tem me dado carona para a faculdade quando tenho aulas, ou perto da minha casa, já que não deixo ele me levar até lá, mas maioria das vezes, seu motorista dirige seu carro, e acabei fazendo amizade com ele também. Que por sinal, e ele é um senhor muito simpático, mas nos últimos dias, o senhor Smith não tem dirigido para o seu chefe, já que Christian tem me levado no seu carro sem o seu motorista, o que é estranho. Minha imaginação pensou que Christian ficou enciumado já que ele não gostou muito das conversas que tive com o seu motorista, mas deve ser coisa da minha cabeça, afinal a primeira vez que meu chefe me deu uma carona para casa, ele estava sem seu motorista também. O t***o e os sentimentos confusos continua a crescer dentro de mim enquanto eu tento lidar com essa situação cada vez mais complicada. "E os momentos de risos, calma e paz que tenho tido só acontecem quando estou ao lado do Christian, porque em casa as coisas só pioram, pois minha mãe e principalmente a minha irmã Soraya andam ainda mais de mau humor, já que ela não está tendo sucesso em conquistar o senhor Bogart, com certeza vou levar toda a culpa, caso elas descubram que eu fiquei amiga dele. As tensões dentro de nossa casa parecem se intensificar a cada dia, e a atmosfera se torna cada vez mais pesada. Minha mãe, normalmente tão amargurada, agora parece estar constantemente à beira de um colapso nervoso, e Soraya... bem, ela encontrou novas maneiras de infernizar a minha vida, além de testar a minha paciência a cada oportunidade que tem, não vejo a hora de sair daquela casa definitivamente. No entanto, quando Christian está por perto, tudo muda, pois a sua presença é como um bálsamo para minha alma atribulada. Seu sorriso, seu toque, a forma como ele me olha com aqueles olhos cheios de carinho, tudo isso dissipa as nuvens escuras que pairam sobre mim. Ele está sendo a minha âncora, minha fonte de conforto, e isso está me deixando completamente confusa, porque tenho certeza que estou me apaixonando pelo meu chefe, o que não é uma boa coisa por vários motivos, e Soraya é o pior deles. Às vezes quando vou dormir, eu sonho que vamos juntos para lugares bem tranquilos, longe das pressões da vida cotidiana. E nessas fugas que só acontecem só nos meus sonhos, eu encontro refúgio nos seus braços fortes, e ali eu sou completamente feliz. E parece que o mundo lá fora desaparece, e só existe o nosso amor, forte e inabalável. Mas eu sei que no mundo real isso nunca acontecerá, pois Christian não é homem pra mim, somos de mundos completamente distantes. Além disso, a minha realidade é bem c***l, já que todos os dias tenho que encontrar uma maneira de lidar com as brigas dentro de casa, nunca vou entender porque as duas não gostam de mim, eu particularmente nunca fiz nada contra a minha mãe e Soraya, para merecer o ódio delas, afinal eu não tenho culpa se elas não conseguem ser ricas. Talvez quando eu sair daquela casa com o meu filho, com o tempo, as coisas melhorem pra mim. Até lá, nos meus sonhos, Christian continuará sendo minha âncora, minha luz no meio da escuridão que parece me envolver em casa, mesmo que ele nunca seja a minha realidade. Os dias foram passando e a festa da empresa está se aproximando, tenho certeza que Soraya ainda não sabe que vou trabalhar ao seu lado neste dia, já que ela está ocupada demais procurando o vestido perfeito, e eu não sei ainda que roupa eu irei, já que não tenho dinheiro sobrando para investir em um vestido novo e que seja a altura da festa da Bogart company. Eu estava preocupada demais com isso, já que não queria envergonhar o Christian, ou me sentir ainda mais inferior em relação a Soraya que vai fazer questão de ir vestida para matar, ano passado foi a mesma coisa, eu ainda não trabalhava na empresa, mas acompanhei de longe a sua arrumação, mas eu lembro que o seu vestido estava tão apertado que pensei que ele iria rasgar caso ela respirasse um pouco mais forte, ouvi ela reclamando com nossa mãe depois que voltou pra casa que não conseguiu comer nada na festa por conta disso, mas a pior coisa pra ela foi não ter conseguido chamar a atenção do chefe pra ela. Já na empresa ela estava sentada na sua mesa, fingindo está trabalhando no seu computador, já que na verdade ela estava é vendo alguns modelos de vestidos na internet, enquanto eu fazia o seu trabalho, ela só parou quando o senhor Bogart saiu de dentro do seu escritório, e veio andando em nossa direção. -Soraya, como estão os últimos preparativos para a recepção da festa, você está verificando se tudo está sendo bem organizado? Ele perguntou no seu modo CEO poderoso, e quando ele olhava pra mim, via um sorriso discreto surgir nos seus lábios, e eu fingi que não estava prestando atenção na sua presença, mas sua proximidade estava me deixando quente de um modo bem perigoso. -Já cuidei de tudo, senhor Bogart, não vai ter erro algum, eu estou cuidando de tudo, não se preocupe. Soraya se apressou em sair da página que ela estava, enquanto respondia as perguntas do chefe. Como pode ser tão mentirosa, já que sou eu que estou fazendo essa verificação no seu lugar. -Acho bom dessa vez as coisas saírem sem erro algum, mas para garantir que você sairá bem melhor dessa vez, eu já perdi que a senhorita Summer Phelps esteja lá no dia, assim você não corre o risco de se confundir no seu trabalho, como aconteceu no ano passado. Fiquei pálida assim que ouvi suas palavras e Soraya parecia ter comido uma pimenta, já que ela está mais vermelha que um tomate. -Não será necessário, senhor Bogart, dessa vez não terá nenhum erro, além disso ela é só uma estagiária, eu como sua secretária sei o que tenho que fazer. Ela tentou me tirar da jogada, e o modo como ela falou a palavra "estagiária" foi totalmente debochada. -Essa decisão não cabe a você, senhorita Phelps, eu já tomei a decisão, principalmente baseado no que ocorreu no última festa no passado, quero que bme arranje um vestido pra ela também e tudo o que for mais necessário, já que faço questão que a empresa disponibiliza recursos pra isso, agora vou almoçar e volto só mais tarde. Ele diz firme, e tenho certeza que se ela não estivesse aqui no trabalho, ela já teria quebrado tudo, ele me deu uma última olhada, antes de ir até o elevador. Assim que ele entrou dentro e as portas se fecharam, Soraya, com seu olhar de ódio, fixou os olhos em mim, como se pudesse queimar um buraco através da minha alma. Sua expressão, repleta de desdém, era evidência de que ela não estava nada satisfeita com a decisão de nosso chefe. Com um suspiro pesado, ela se levantou e virou-se para a janela, parecendo perdida em pensamentos. Eu sabia que era minha responsabilidade lidar com essa situação delicada. Afinal, mesmo ela não querendo, somos colegas de trabalho, e eu como estagiária posso acompanhar ela em vários setores da empresa. Ela sabe que tem que cumprir as ordens do chefe, e eu não mereço ser prejudicada por essa reviravolta inesperada, afinal não fui eu que pedi para ir nesta festa. Decidi abordar a situação com cautela, sabendo que precisava encontrar as palavras certas para acalmar sua raiva e desapontamento. -Soraya. Comecei com a minha voz bem suave, pois não quero ser mais uma vez vítima da sua raiva. - Eu entendo que essa decisão não é a que você esperava, mas o chefe já deixou claro o motivo por trás dela. -Vamos dar um jeito de trabalhar juntas, neste dia e tenho certeza de que tudo ficará bem, eu só vou te ajudar com a lista de convidados, só isso. Soraya continuou a olhar pela janela, mas sua expressão azeda não mudou nem um pouco. -É melhor você não atravessar o meu caminho, Summer, ou eu vou acabar com você, o senhor Bogart vai ser meu, e se você ousar colocar os olhos em cima dele, eu não respondo por mim. Eu não sei porque a Soraya me odeia tanto, afinal nós somos irmãs, e além disso o nosso chefe não gosta dela como mulher, e que culpa eu tenho de ter me apaixonado por ele? Os olhos de Soraya pareciam faiscar com intensidade quando ela proferiu mais algumas de suas palavras ameaçadoras. Aquelas ameaças eram perturbadoras, mas eu sabia que não podia deixar que ela me abalasse, mesmo que fosse complicada a minha convivência com ela e a nossa mãe desde sempre. -Eu não quero competir com você, Soraya," respondi com firmeza, tentando manter a calma. -Você sabe que tudo que eu quero é terminar minha faculdade, e ser efetivada aqui na empresa para poder dar uma vida melhor para o meu filho que é mais importante do que qualquer coisa pra mim. "E quanto ao senhor Bogart, eu não escolhi me apaixonar por ele, enquanto você quer só o dinheiro dele" Queria ter falado essa última parte também em voz alta pra ver se ela entendesse, mas só pensei nisso, pois se ela ouvisse isso da minha boca, com certeza ela poderia me jogar pela janela. O coração segue seu próprio caminho, não podemos controlá-lo, Christian não tem culpa de ter me apaixonado por ele, mas mesmo que eu fosse correspondida, Soraya e minha mãe nunca me deixariam viver em paz ao lado dele. Soraya continuou a olhar para mim com uma mistura de ódio, frustração e tristeza em seu rosto, por um momento eu senti pena da mulher vazia e fútil que ela se tornou por ter sido criada assim pela nossa mãe, as duas são iguais. -Eu só quero viver longe de toda aquela miséria, Summer, o senhor Bogart é meu passaporte para viver a vida de rainha que eu mereço, você já está acostumada a viver sem nada, mas eu não. Suas palavras deixaram claro o quanto minha mãe criou ela m*l, afinal ela não pode usar as pessoas para obter riquezas, e Christian não é uma ponte pra ela passar por cima, ele é uma pessoa boa, um homem incrível que merece ser amado pelo que é, não pelo que tem. Depois disso Soraya ficou emburrada o resto do dia, e naquele dia quando voltei da faculdade, minha mãe estava lá na sala pronta para encher meu ouvido. Fui dormir chorando de raiva e tristeza, principalmente pela armadilha que a vida fez pra mim, quando fez meu caminho cruzar com o do Christian Bogart, afinal o que adianta amar alguém que é proibido pra mim de todas as formas possíveis. Quando a semana da festa chegou, foi os dias que mais trabalhei, Soraya não moveu um dedo para fazer nada, acho até que ela estava torcendo para que tudo desse errado, assim a culpa seria minha e não dela, mas na verdade qualquer coisa que acontecesse de r**m nesta festa vai respingar nela também, afinal a secretária da presidência é ela e não eu, mas eu jamais deixaria que algo estragasse a festa da companhia do Christian, por isso trabalhei como louca para que estivesse nos conforme. Na sexta feira, Soraya me entregou um vestido bem simples e que não combinava nada comigo, ele era quase um uniforme, tenho certeza que ela fez de propósito, além de ser na cor bege que vai me deixar ainda mais branca, nunca gostei dessa cor, mas eu não tinha outra opção senão vestir aquilo amanhã, se Soraya quer me ver como o patinho feio da história para se sentir melhor, que seja. Estava tão desanimada e triste que resolvi ir na faculdade, mas vou ficar aqui um pouco mais na empresa, e depois irei buscar meu filho na casa da Ofélia que vai tomar conta dele amanhã também para eu poder ir na festa, e como não sei que horas vou chegar amanhã em casa, o Enrico vai dormir com ela. Estava preparando um café pra mim quando Christian entrou na copa, mas nem a sua presença me deixou feliz como acontecia sempre que eu o via, pois eu estava me sentindo miserável por causa da minha vida, e também pelo que eu sinto por ele. -Summer, você está bem? Pensei que você ficaria feliz quando me visse. Sua preocupação comigo sempre me comove. -Eu estou bem, Christian, só um pouco cansada. Respondi ainda de costas pra ela. -Então porque você não está olhando pra mim? Antes de obter a minha resposta, ele me puxou pelo braço, e assim que eu olho pra ele, as lágrimas que não tinham sidos derramadas, escorrem pelo meu rosto, e Christian às limpa com seu dedo. -Porque você está chorando, Summer? Eu não gosto de te ver assim com essa carinha triste. Ele foi se aproximando mais do meu rosto, e quando nós iriamos nos beijar, ouvimos passos atrás de nós, e nos afastamos. Já que os passos atrás de nós interromperam o clima. Christian se virou já que estava de costas para a porta, eu também olhei na mesma direção, e ficamos surpresos quando vimos quem está ali. Era Soraya, com um olhar de quem não gostou de nos ver juntos e sozinhos na empresa . -O que está acontecendo aqui? - perguntou Soraya, com um sorriso falso no rosto. -Parece que interrompi algo interessante. Senti o veneno escorrer nas suas palavras. Eu senti meu rosto esquentar de constrangimento e tentei explicar, mas acho que piorei a situação. -Soraya, não é o que parece… Christian também parecia desconfortável com a situação, mas Soraya continuou provocando: -Não precisa me explicar, Summer, eu só vim pegar meu celular que esqueci em cima da minha mesa, e estranhei a luz da copa está acesa e vim apenas apagar quando vi os dois aqui juntos, mas acho que você não deveria está aqui ainda, já que tem que ir pra faculdade e cuidar do seu filho. Senti os olhos de Christian sobre mim, afinal eu ainda não tinha mencionado o Enrico pra ele ainda, tenho certeza que Soraya fez de propósito. Eu engoli em seco, desconfortável com a situação. Soraya pegou seu celular e lançou um olhar de desaprovação antes de sair do escritório e entrar no elevador, seu olhar de ódio deixou claro que isso não ficará assim. Com sua saída, a tensão diminuiu, mas você ainda se sentia constrangida , foi Christian finalmente quebrou o silêncio. -Summer, você tem um filho? Porque você nunca mencionou isso antes pra mim, por acaso você é casada também? Eu suspirei, sentindo que era hora de compartilhar um pouco mais sobre a minha vida. -Eu tenho um filho, Christian, mas eu o crio sozinha, pois o pai do Enrico me deixou assim que contei que eu estava grávida dele, eu geralmente sou muito reservada sobre isso, mas depois do que a Soraya falou, então chegou a hora de você saber. Christian pareceu surpreso, mas depois sorriu gentilmente. -Summer, você não precisa esconder nada de mim. Estou aqui para você, seja qual for a sua história, mas um homem que abandona a mulher que vai lhe dar um filho é o pior dos canalhas. Christian pareceu compreensivo ao descobrir que sou mãe solteira, e ainda me disse com empatia. -Summer, eu entendo que a vida pode ser complicada às vezes, mas saiba que estou aqui para apoiá-la, seja qual for a sua situação. E se um dia você se sentir à vontade para compartilhar mais sobre sua vida, estou disposto a ouvir, pois eu gosto de você, e não é como amigo. Ouvir sua declaração me deixou surpresa, e como não disse nada, ele continuou. -Summer nossos momentos juntos têm sido especiais, e sinto que há uma conexão mais profunda entre nós. Não quero apressar nada, mas quero que saiba que estou disposto a explorar o que quer que isso signifique para nós. No entanto, o mais importante é que você esteja confortável com qualquer decisão que tomar. Estou aqui para apoiar você, independentemente do caminho que escolhermos seguir. -É complicado, Christian, minha vida é complicada demais, além disso minha irmã Soraya quer você, e se eu ficar no caminho dela, não sei o que pode acontecer, já que ela e a minha mãe vão pensar que me aproximei de você para prejudicá-la. Finalmente tomei coragem de falar. -Mas eu não gosto da sua irmã, eu gosto de você, Summer, ela não pode mudar o meu coração, e ele só quer você. Minha cabeça começa a dar voltas e voltas e meu coração começa a ficar acelerado. -Christian, eu valorizo muito a sinceridade dos seus sentimentos. Se você sente isso por mim e não pela minha irmã, isso é importante para mim também, pois eu também sinto algo por você. -Mas a situação é complicada, agora eu tenho que ir. Passo por ele igual furacão, pego minha bolsa e entrei em disparada dentro do elevador, mas antes que a porta se fechasse, eu ainda o ouvi falar comigo. -Amanhã depois da festa, eu quero que venha a um lugar comigo, Summer, e vamos conversar sobre nós. Assim que as portas se fecharam, eu desabei no chão, e chorei. Continua……
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