Síndrome de Savant
1553 Words
Miguel acordou, e Luiza estava dormindo profundamente.
Ele arrumou o cabelo do rosto dela, acariciou seu rosto, lembrou que mais tarde levaria ela para casa sentiu um medo terrível perder ela.
Luiza acordou quando ele se movimentou, sentiu ele fazendo carinho nos seus cabelos.
Se virou e beijou o peito dele, sentiu que ele sorriu e continuo a beijar, Miguel se animou.
-Lu agora vai ter que continuar.
Luiza riu no peito, e. se levantou.
- Aonde você vai, me deixou de p*u duro e vai fugir.
Luiza saiu rindo para o banheiro Miguel esperou um pouco mas ela não voltou ele foi atrás e entrou no chuveiro com ela.
Passaram o dia todo bem juntinhos, no fim da tarde ele foi levar ela para casa.
- Lu você tem certeza que quer ficar comigo, sabe que o fato de nós relacionar não interfere no seu trabalho eu sei separar as coisas.
- O que você quer dizer com isso?
- Que se você não quiser ficar comigo não vai interferir no seu emprego.
- Hummm eu quero ficar com os dois.
- Dois?
- Com você e com o emprego.
- Vêm me beija .
Miguel colocou as duas mãos no rosto beijou.
- Até amanhã Miguel.
- Até amanhã Lu.
Miguel voltou para casa e Anthony percebeu que a alegria de antes tinha sumido.
- Já está com saudades Miguel?
- Anthony eu estraguei tudo.
- O que aconteceu.
Miguel sentou inclinou a cabeça e colocou as mãos no rosto e fechou os olhos.
- Miguel me diz o que aconteceu.
- Anthony já começou sexta eu surtei de ciúmes quando fui buscar ela na faculdade o i****a do Vinícius estava lá cercando ela, e depois tive uma crise de pesadelos bem forte ela ficou apavorada, acho que levou bastante tempo para eu acordar.
- Você não está tomando remédio?
- Eles me deixam m*l, fico enjoado e lento , d***a Anthony eu queria só sair com mulher que eu gosto como um cara normal.
- Miguel você é um cara normal.
Miguel chorando falou.
- A é mesmo Anthony, porque eu tenho um monte de laudos de provam o contrário, porque meu médico é da Suíça para o Durval não descobrir e me impugnar como inválido, porque você alterou os exames e colocou você como paciente para mim não ter problema, é porque eu sou normal?
- Miguel escuta, você é um cara incrível, eu não sei o porquê você vê as coisas diferentes, e é uma combinação de coisas, seu QI muito alto, o terror noturno, e a síndrome de Savant, não te faz alguém r**m, nem deficiência mental.
- Eu sei porque a Fernanda não vêm mais aqui, porque ela se afastou de você, ela se assustou quando me viu ter uma crise depois do pesadelo, você pediu para ela não contar para mãe dela, ela deve ter contato.
Você deveria ter ficado com sua filha, deveria ter escolhido ela, eu já atrapalhei muito a sua vida.
- Você também é meu filho Miguel.
Miguel com a voz embargada.
- Você está errado, deveria ter ficado com ela, eu sou filho daquele desgraçado que me quer morto e ele está certo eu deveria estar no carro com a minha mãe e ter morrido com ela, isso evitaria tudo isso.
- Miguel Filho.
Miguel se levantou e saiu da sala entrou no quarto e fechou a porta.
Quando ele saiu do quarto, Anthony não estava na sala, Miguel pegou a chave do carro e saiu dirigindo sem destino, estava com a alma dilacerada.
Anthony foi no quarto de Miguel, ele não estava, não encontrou Miguel na casa e ficou desesperado.
Pegou o carro e passou na frente da casa da Luiza e não viu o carro dele lá voltou para casa, Miguel não tem amigos ou parentes, ele não tinha mais ninguém.
Miguel dirigiu sem destino, perdido, parou o carro em uma rua escura e chorou, depois ligou o carro e seguiu foi até a empresa, estava fechada, ele foi até bar tinha um pessoal, mas estavam de saída, Miguel sentou em um canto isolado pediu whisky mas ficou só olhando para bebida.
Damião e Tião se olharam, Damião perguntou
- Oi rapaz, a bebida está r**m.
- Não, desculpa eu mudei de ideia.
Se levantou para pagar a conta, Tião disse.
- Então vem perder uma partida para mim.
Entregou o taco para ele , Miguel pegou e foi jogar, Jogaram algumas partidas, Tião tomou o Whisky que foi servido para Miguel.
Damião.
-Está tudo bem Miguel?
- Eu não sou o quem você pensa Damião.
- E o que eu penso?
- Eu que sou o cara no controle de tudo, com o mundo nas mãos.
- Eu não penso isso, você é só um rapaz, com medos, alegria e tristezas, acertos e erros como qualquer rapaz da sua idade.
- Eu sou um grande e terrível erro, apenas isso.
Miguel abriu a carteira pagou a conta e iria sair quando Tião gritou.
- Mauricinho, rola uma carona.
- Para onde você vai?
- Isso importa, você parece sem destino.
- Não importa entra que te levo aonde você quiser ir.
Miguel começou a dirigir e Tião guiava o caminho, o caminho começou a ficar deserto Miguel já estava dirigindo a meia hora.
- Tião que lugar é esse
- Está com medo mauricinho?
- É sério Tião.
- É só minha casa, se está com medo eu desço aqui.
- Não, eu não vou deixar você no meio do nada.
- Aqui não é perigoso só e quieto, Miguel entra nessa estradinha de chão.
- Tião você não é um serial Killer certo?
- Você deveria ter me perguntado antes de me oferecer carona.
- Foi você quem pediu.
- Já pensou na machete, um dos maiores CEO do país e encontrado morto no mato ao sair com andarilho.
Miguel gargalhou e Tião falou.
- É aqui minha casa , quer entrar?
Miguel ficou curioso e entrou a casa era um chalé parecia ter saído dos contos de fadas, uma típica casa de lenhador, mas incrivelmente arrumada com muitos livros.
- Você não tem energia elétrica Tião?
- Não, eu tenho gerador que eu construí.
- O que você construiu um gerador.
- Não sou só uma carinha bonita.
Tião ligou o gerador.
- Tião você é maluco sabia, morar aqui isolado é perigoso.
- Maluco eu era quando tentando me enquadrar na vida perfeita na família perfeita eu gosto disso da liberdade das coisas simples da amizade verdadeira.
- Não é solitário?
- Você é o meu oposto e parece solitário.
- Você tem razão, posso fazer umas fotos aqui .
-Fotos?
- Eu gosto de fotos, sempre gostei mas não estou fazendo muito isso ultimamente.
Miguel ficou um tempo tirando fotos, mostrava para Tião era noite estava escura, a lua estava enorme e brilhante as fotos ficaram incríveis o contraste da lua e a mata n***a.
Miguel e Tião sentaram perto de um barranco que dava uma visão perfeita da lua e no vale.
- O que aconteceu Miguel você não estava bem.
- Eu sou complicado Tião.
- Me conta uma novidade.
- Eu tenho crises de pânico, e episódios de terror noturno bem violentos.
- Eu sei como é.
- Não, você não sabe mesmo.
- Eu nem sempre levei essa vida Miguel, eu tinha uma carreira era professor de universidade e dos bons, apartamento, era o filho perfeito e crises de pânico quase diárias, um dia vi esse lugar para vender vim passei o dia.
Vendi meu apartamento e comprei até sobrou uma boa grana ninguém queria morar aqui, então eu passei a vir para cá no fim de semana e quando estava aqui ficava bem, quando eu tinha que voltar o pânico voltava.
Acabei ficando e ficando, fui demitido por abandono de emprego, eu até gostava muito de dar aulas, gostava mais de ensinar crianças elas não tinham a pressão que os universitários tem para se enquadrar nos padrões.
Eu abandonei tudo e descobri que fora do padrão que me sinto bem, nunca mais tive uma crise de pânico.
Acabei perdendo o convívio com minha família, mas fiz grandes amigos eu não troco o Tião de hoje pelo perfeito professor Alfredo do passado.
- A garota que eu gosto presenciou uma crise de terror noturno, eu não sei o que fazer.
- Eu só consegui superar quando enfrentei o que me causava o terror, quando descobri que era o medo de errar e ser perfeito o tempo todo que me aterrorizava, hoje sou o mais imperfeito possível e feliz .
- Eu não sei o que te responder Tião.
- O que te aterrorizar?
- Eu não quero falar nisso
- Um dia quando você se sentir confortável quem sabe.
- Quem sabe.
Miguel ficou por duas horas lá e foi embora.
Chegou em casa Anthony estava apavorado.
- Que d***a Miguel aonde você estava?
- Eu só fui a caminhar um pouco .
Miguel tirou o sapato estava sujo da lama da mata.
- Você foi andar aonde no pantano Miguel.
- Eu só fui fazer umas fotos Anthony.
- Cadê a câmera?
- Eu fiz com o celular, agora vou tomar um banho e dormir, trabalho cedo amanhã.
- Writer
