A semana foi corrida Miguel almoçou os 3 primeiros dias fora, mas sempre arrumaram uma desculpa para chamar ela e fazer ir na sala dele.
Na quarta ele ligou para ela.
- Alô Luiza.
Pode trazer um café para mim, mas não aquele da copa, eu quero aquele que você faz.
Ele sentiu o riso dela, que respondeu.
- Já vou fazer e te levar.
Luiza chegou com uma bandeja e um copo grande de café como ele sempre pede.
Ela olhou a caixa no chão como ele tinha deixado na segunda, ele percebeu e falou
- Essa semana está corrida já vou começar a ver isso.
Luiza ficou vermelha e falou.
- Me desculpa eu não olhei por mau.
Miguel colocou a mão no rosto e inclinou o pescoço para trás, parecia desconfortável Luiza perguntou.
- Está tudo bem?
- Estou morrendo de dor de cabeça, acho que o café vai ajudar.
- Vou buscar um remédio para você.
Minutos depois ela voltou com um comprimido, foi até o bar do escritório dele pegar um copo de água, quando foi alcançar para ele, Miguel sem querer segurou a mão dela em volta do copo
Eles sentiram uma corrente elétrica forte passar por eles, Miguel viu a vibração se formar envolta deles, uma energia intensa, eles pareciam dois Imã puxando forte um para o outro.
Luiza sentiu suas pernas ficarem bambas.
Ela derrubou o copo de água em cima dele, que se levantou em um pulo.
Luiza começou a gaguejar nervosa
- Aí meu Deus Aí, e agora, me desculpa.
- Luiza calma, pega uma toalha no bar para mim.
Luiza pego e a toalha e foi secar ele, chegou perto e viu que molhou a baixo da linha da cintura e parou.
Miguel percebeu que ela esticou a mão sem pensar depois puxou de volta quando viu para onde sua mão estava indo .
Ele pegou a toalha e se secou, olhou para ela e disse
- Ainda bem que não vou sair do escritório pelas próximas duas horas.
- Me desculpa, me desculpa foi sem querer me desculpa.
Miguel olhou para ela e Luiza vermelha lembrou da vez que ele gritou no telefone que ela só sabia falar desculpa e não servia para mais nada.
- O senhor tem razão eu falo muito me desculpa.
- Tá tudo bem Luiza eu estava segurando o copo também, eu que peço desculpas por ter falado daquele jeito com você.
Luiza estava assustada, pegou um pano e se ajoelhou no chão para secar, Miguel percebeu que ela estava tremendo e tentou quebrar o gelo.
- Isso foi uma vingança por eu ter sido um b****a.
Luiza olhou para ele e disse .
- Não! eu juro que não.
- Ainda bem que não derrubou o café quente, iria ser dolorido para mim, bom eu não vou mais te irritar.
Luiza olhou tímida para ele e Miguel falou rindo.
- Ou eu posso continuar gritando com você por telefone, na ligação você não pode atirar nada em mim.
Luiza sorriu mais relaxada e falou.
- Eu sei aonde é sua sala.
Depois franziu a testa e falou.
- Além da dor de cabeça está molhado agora.
- Está tudo bem, mesmo Luiza!
Luiza saiu da sala de Miguel e ele se lembrou da corrente que percorreu eles quando as mãos deles se tocaram.
Ele lembrou que já tentou fazer uma parceria com a Alfa & Ômega, e que Estefano Valóre recursos, mas Miguel viu claramente que Estefano tem dons, pegou o telefone para ligar para ele, antes de completar de digitar os números falou para ele mesmo.
* E eu vou falar o que para ele?
* Eu não conheço ninguém que é como eu, só ele? Caramba tem o Durval
*Durval se ele souber que gosto dela vai usar ela contra mim.
Miguel baixou o telefone pegou as caixas para analisar.
Logo no início achou muitos furos, vários repasses Durval passou só pela metade.
Miguel ficou furioso, praticamente em todas parcerias que ele não pegou para fiscalizar, foram passados para trás.
Chamou Sérgio na sua sala.
- Oi Sr. João Miguel, tudo bem.
- Sérgio me explica o que essas parcerias com a empresa do Durval Varelo.
Sérgio ficou nervoso
- Senhor para mim estava tudo certo, pois quando faltou alguma coisa ele acertava direto com você.
Miguel falou aos berros.
- Sérgio o combinado era que as transações no exterior seriam minhas e as transações nacional são suas, nossa imagem no Brasil é péssima, a partir de hoje nos não teremos mais nenhum contato com Durval nem com a empresa dele.
- Senhor ele é meu principal parceiro.
- Não me interessa, se você insistir será demitido.
- Sr. as minhas negociações são muito vantajosas para empresa, só não é maior porque o senhor as vezes não aceita minhas medidas, como no caso do Jardim Aurora, poderíamos ter tudo.
Miguel falou mais irritado com sarcasmo.
- Daqueles pobres coitados você queria arrancar tudo, para o Durval está abrindo as pernas a anos.
EU NUNCA MAIS QUERO TER MINHA EMPRESA RELACIONADA COM A EMPRESA VARELA OU COM DURVAL, SE VOCÊ INSISTIR SERÁ DEMITIDO.
Para falar a verdade estou procurando motivos para não demitir você agora.
- Eu trabalho nessa empresa a 10 anos, antes do senhor assumir, dei meu sangue aqui, me dediquei ao máximo para o crescimento das empresas.
- E para o crescimento da empresa do Durval também, ou você joga no meu time ou no dele.
- Eu não farei mais negócios com Durval ou a empresa dele.
- Sérgio agora saí da minha frente antes que eu mude de ideia e te demita agora.
Sérgio saiu irritado da sala de Miguel, gritando e humilhando quem passa-se na frente dele.
Miguel chamou Luiza na sala dele, ela foi com medo.
- Pois não Sr. João Miguel.
- Luiza preciso que você faça uma sondagem para mim em sigilo.
- Claro.
- Preciso contratar alguém para ser meu assistente, participar ativamente das negociações internas aqui no Brasil.
Luiza olhou para Miguel levantou a sombrancelha, e não falou.
-No que pensou, tem alguém em mente.
Luiza abriu a boca para falar mas depois desistiu e balança a cabeça.
- Luiza me fala no que pensou.
- Eu pensei no Sandro sei que ele recebeu uma proposta muito boa de outra empresa só não foi porque a noiva não podia sair daqui e também no Sr.Francisco poderia promover os dois.
- O Francisco eu até entendo Luiza ele se saiu muito bem na quando coloquei ele trabalhando sozinho, mas o Sandro até hoje não sei o que ele faz na empresa.
- As últimas 3 negociações que você aprovou e elogiou foram dele, ele não se expressar muito bem perto do senhor, mas as análises e projeções dele são excelentes, tanto que iria assumir um cargo de diretor na outra empresa.
Miguel franziu a testa
- Eu achei que aquelas projeções e negociações fossem do Sérgio.
- O Sérgio é chefe da equipe, ele apresenta as ideia, e a maioria das aprovadas é do Francisco e do Sandro.
Miguel ficou sério e suspirou pesado.
- Está tudo bem Sr. João Miguel?
- Tirado o fato que eu não saber o que acontece na minha própria empresa.
Luiza ficou insegura achou que falou de mais e acrescentou.
- Eu vou contatar um recrutador.
- Não precisa Luiza vou seguir sua sugestão e ficar de olho no Sandro e no Francisco passar mais funções para eles.
Miguel e Luiza ficaram se olhando por um tempo ele queria chamar ela para sair mas não sabia como.
Luiza se perdeu no olhar dele por alguns segundos.
- Mais algumas coisas Sr.
- Sim, Luiza me chama de Miguel por favor somente de Miguel tanto no telefone quando pessoalmente, realmente me incomoda você me chamando de forma tão formal parece distante demais.
Luiza ficou sem palavras, e respondeu com um sorriso.
- Tá bom, até amanhã Miguel.
- Até amanhã Luiza, bom descanso.
Luiza foi para faculdade, mas não prestou atenção em nada, lembrava do olhar dele da maneira que ele falava com ela, quando as mãos deles se tocaram.
Nós últimos 20 dias, depois que ela levou a bandeja com o lanche eles se viram todos os dias.
Luiza sempre se sentiu atraída por Miguel, apesar de ter medo até de falar com ele, como a maioria dos funcionários da empresa, mas se aproximaram e ela esperava ansiosa todos os dias para ir trabalhar e ver ele, quando ele pedia para ela ajudar ele em uma pesquisa na sala dele, sempre era descontraído e gentil e ele era assim só com ela.
Ela ficou impressionada quando ele pediu para ela o chamar só de Miguel, sabia da exigências de chamar ele pelo Sr. João Miguel.
Mas ela amou e falava mentalmente Miguel, Miguel.