Capítulo 2

1206 Words
Acordei, tomei um banho e me vesti, estava pronto para começar mais um dia. Quando abri a porta de casa vi um tulmuto na rua, várias pessoas se aglomeravam, e eu como um bom curioso fui olhar qual era o motivo daquela comoção toda. Fui me enfiando e se espremendo entre as pessoas até chegar ao meio da rodinha de pessoas. Tinha um homem alto com cor de pele diferente, um estrangeiro, mas não qualquer estrangeiro, seu tom de pele escura e seus cabelos brancos como neve, ele era uma pessoa tão diferente das outras, nunca tínhamos vistos alguém como ele, as vestimenta longas e a bolsa em suas costas eram de materiais que eu não conhecia, então entendi o motivo de todos estarem ali admirando aquela pessoa. Ele parecia procurar por alguém, se virava de um lado para o outro até que seus olhos verdes como as folhagem das árvores na primavera me encararam, senti um arrepio passar pelo meu corpo dos pés a cabeça, eu senti como se estivesse vendo um velho amigo, como se estivesse reencontrando um parente, ao mesmo tempo eu não sabia dizer quem era aquele homem, nem de onde o conhecia. Me senti intimidado pois aqueles olhos me encaravam sem cessar, enquanto o estrangeiro se aproximava. __Sou Idris. Foi tudo o que ele disse antes de fazer reverência a mim, então sua expressão mudou e eu me senti acolhido. O que está acontecendo aqui? O homem se ergueu e me estendeu a mão, sem entender eu a segurei e fui conduzido até um cavalo que já estava preparado para partir. Por incrível que pareça aquele homem me parecia familiar, não me deu medo ou dúvidas apenas montei no cavalo e saí da cidade junto a ele. Sim, depois que eu estava a uns 6 km da cidade eu comecei a raciocinar e aquilo era muito estranho e i****a da minha parte, quem subiria em um cavalo e iria com um estranho pra sei lá onde? Vai que ele me mata e me entera em algum lugar longe da minha família. Nunca se sabe ainda mais vindo de um estrangeiro, e se ele for carnívoro? Onde é que eu estava com a cabeça ao subir neste cavalo? Bom agora já estávamos longe da cidade e não havia nenhuma alma viva por perto, esta não era a rota dos viajantes e comerciantes, estávamos indo para um lugar onde muitos não se atrevia a ir. A densa floresta do Sul. Dizem que é tão fácil se perder nesta floresta como se perder em um labirinto sem saídas. O corpo másculo e enorme do estrangeiro estava aquecendo o meu apesar de ser incômodo depois de um tempo, ele não disse nenhuma palavra no caminho até a floresta, então resolvi perguntar. Tivan:__Então... aonde vamos mesmo? Ele permaneceu calado, resolvi não perguntar mais para não correr o risco de deixa-lo irritado, ele deve ter força o suficiente para me matar apenas com um de seus braços. Entramos na floresta densa e a medida em que adrentavamos mais, mais escuro se tornava, isso por causa da pouca luz solar que conseguiam entrar sem ser bloqueada pelas folhagens grossas e largas no topo das árvores. Ele parecia saber o caminho pois guiava o cavalo com calma e foco. Eu já estava cansado já fazia horas que estávamos galopando pela floresta, o cavalo não parecia nem um pouco afetado, será que ele é de raça? Um cavalo estrangeiro? Um super cavalo? Desviei os pensamentos desnecessários, eu deveria estar me preocupando com a minha vida e com a volta para casa, isso se eu voltar para casa. Continuamos até eu ver o fim da floresta, mas era estranho pois em nenhum momento da caminhada senti que estávamos subindo e agora vejo um desfiladeiro e uma montanha a alguns kilometros, e o mais surpreendente era os flocos de neve que caiam sem parar, eu nunca tinha visto a neve antes, dizem que o frio de Alambra é relacionado aos ventos, e que dói na pele, apesar de eu nunca ter sentido com a mesma intensidade dos demais, eu percebia um pouco de dor pelas expressões em seus rostos. Esfreguei meus olhos, só posso estar delirando, ou sonhando. Me belisquei, eu não poderia sonhar com algo que nunca vi antes poderia? Tivan:__Isso dói, então é real. Observei a paisagem e o local onde estávamos, será que passamos por algum portal? Isso é o que os comerciantes chamam de mágica? Passamos por uma passarela que ia até a outra montanha, no meio do caminho dava de ver melhor o que estava do outro lado, era como uma construção enorme, como nas imagens que os comerciantes traziam de castelos, em suas histórias haviam Reis que usam uma tiara de ouro (coroas) em suas cabeças, e comandam todos que viviam no castelo, inclusive homens em vestimenta de ferro que lutavam com espadas, desejo conhece-los e aprender a empunhar uma espada apesar de ter visto apenas uma em Alambra. Eu conheço um pouco através das histórias, mas nunca havia visto algo assim, real, era lindo mas ao mesmo tempo eu temia a altura em que estávamos, não suportava olhar para baixo, minha cabeça começava a rodar. Entre a passarela e a neve lá embaixo não havia nada, isso me deixou nervoso e ansioso para chegar ao outro lado. O estrangeiro estava inquieto, percebi sua agitação, parecia querer chegar logo também. Quando finalmente chegamos ele suspirou de alívio e eu quase fiz o mesmo mas me segurei, ainda não sei o que me aguarda. Ele desceu do cavalo e me deu a mão para descer também, eu desci e começamos a caminhar na neve. Apesar de não ter vestimenta adequada eu não senti frio, ele também não parecia ser afetado pela temperatura baixa, isso era estranho mas desde que acordei coisas estranhas estão acontecendo, então não me incomodei tanto com isso, sentir o frio seria ainda pior. O cavalo ficou amarrado a alguns metros da passarela em um tronco de árvore e seguimos apenas nós dois pela mata até chegar aos enormes portões do castelo. Idris:__Antes de entrarmos quero que vista isso. Ele tirou um manto n***o de sua bolsa estranha e me deu. Ele quer que eu me troque aqui? No meio do mato, na frente dele mesmo? Tivan:__Você poderia se virar? Ele assentiu e se virou. Se eu for rápido consigo correr e pegar o cavalo, mas eu não conseguiria encontrar o caminho pela floresta. Respirei fundo e comecei a tirar minhas vestes. Eu não iria conseguir voltar para casa sem um guia, e as chances de ele me alcançar antes de eu chegar até o cavalo são grandes. Terminei de me trocar ainda indeciso. Tivan:__Pronto. Ele se virou e conferiu depois se aproximou do portão e bateu três vezes, em alguns segundos começou a se abrir lentamente. A medida que abria eu me aproximava mais para ver o que estava lá dentro, e era enorme, um enorme castelo branco como nos desenhos. Caminhamos até a entrada e pelo caminho não havia nem uma única pessoa, achei que teria mais estrangeiros como ele, uma dúvida surgiu, como os portões foram abertos? Idris:__Entre, o mestre te aguarda. Mestre? Talvez um Rei que usa tiara de ouro?
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