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2053 Words
Ester Narrando, Mais um dia difícil, agora eu revezava em decorar o quarto do bebê e hospital, estava completando 7 messes de gestação e 221 dias que ele estava em coma, eu não sei mais o que vai acontecer tem sido muito difícil me manter de pé, mas eu ainda continuo aqui por ele e pelo nosso bebê. O médico pediu que colocasse outra cama no quarto bem ao lado da dele para que eu pudesse me acomodar melhor e assim poderia dormi com mais conforto e com menos dores nas costas. Eu estava lendo um versículo da bíblia e não me contive eu chorei desesperadamente pois eu me sentia incapaz, eu queria tudo para nós e agora eu não tinha nada de concreto mais, sentia tanta falta dele, eu apenas tampei a minha boca não queria que ele escutasse que estava chorando. Doutor: Vou trazer um calmante para que consiga dormi, eu gostaria que fosse para casa, tomasse banho e descansasse essa rotina está te deixando m*l, o bebê está bem, mas você está cada vez mais magra e só as vitaminas não são suficientes. Eu não consigo deixar ele aqui. Doutor: Não vão tirar ele daqui o hospital é bem vigiado e só os aliados sabem dele, eu realmente estou preocupado, está indo pro oitavo mês e está cada vez mais fraca se continuar assim vai ser impossível ter um parto normal você não vai aguentar. Eu vou pra casa. Doutor: Mas é ir e ficar, dormi e comer bem não me faça te internar antes do dia certo ok. - Eu concordei e suspirei fundo vendo-o sair, eu não queria ir, mas eu sabia que precisava e era pro nosso bem, me despedi do JP e fui pra casa eu iria tomar banho e comer, no caminho já fiz um pedido em um restaurante, eu só queria descansar ao menos ia tentar. 9 Messes Completos. — A data marcada do parto estava próxima, mas o bebê poderia nascer a qualquer momento e era desesperador para Ester esse momento, não pela chegada do filho, mas sim que precisaria ficar em casa longe do hospital e sem ninguém para ajudá-la, medo angustia e todos os pensamentos ruins rondavam a sua mente era quase impossível pensar em algo bom, JP não acordava e não dava nenhum sinal, Ester deixou claro que não aceitaria que desligassem os aparelhos dele e que tinha esperança dele acordar, era insano pensar nessa possibilidade o médico estava preocupado e até mesmo com medo de alguma coisa acontecer com ela, magra pálida e sem nenhuma estrutura emocional, todas as vezes que ia ao quarto a encontrava ela chorando a preocupação maior era a depressão que havia se instalado ali e ela se recusava aceitar. — Instantaneamente o médico aumentou os remédios com cuidado, mas parecia que nada fazia efeito ela estava a baixo do seu peso normal e com uma gravidez isso era preocupante e o fazia pensar que tinha que deixar tudo pronto para uma possível cesariana de emergência. — Em mais um dia no hospital ela já nem sentia as dores nas costas nem desejo afinal ela não teve nenhum na gravidez, e se teve não se deu conta sempre perdida nos pensamentos emersa a dor que se instalou no seu coração, apenas desejando que ele a acordasse precisava dele. — E foi em uma madrugada chuvosa que tudo aconteceu ela entrou em trabalho de parto começou a perder muito sangue, JP teve uma parada cardíaca ao mesmo tempo chegando a ficar 20 segundos morto antes de conseguirem o trazer de volta, mas ele ainda permanência em coma. Ela foi levada às pressas o parto difícil, mas bem sucedido, porém ela não estava nada bem e tudo parecia se complicar quando a mesma disse que queria apenas dormir sem mais acordar pois não tinha mais forças pra lutar. Pós Parto, — Ao acordar Ester não conseguia assimilar onde estava e nem o que havia acontecido, ela apenas sentia um enorme vazio, os médicos examinaram mas ela não conseguia falar apenas chorava, o choro que nos últimos messes chegava com tamanha facilidade não tinha pretensão de deixar ela ir tão cedo, ela precisou tomar um calmante para dormi os dias seguintes não seriam fáceis, o bebê estava bem e sendo muito bem cuidado ainda não tinha sido levado ao quarto e isso seria um problema, após examinar Ester o médico deixou claro que ela está em depressão, e agora poderia virar uma depressão pós parto, duas seguidas sem um espaço para recuperação não seria fácil lidar com tudo isso, muito menos sozinha.— No outro Hospital JP estava sendo reanimado mais uma vez, ele estava lutando para viver parece que sentia tudo que estava acontecendo com a sua mulher ele queria acordar mas seu corpo não correspondia, e por conta disso teve mais duas paradas cardiorrespiratória, era eles lutando um pelo o outro mesmo que o corpo já não aguentasse mais tentar ou suportar tamanha dor. — A coisas na vida que acontece sem sentido, e sem nenhuma explicação não entendemos e também não aceitamos, nunca vamos saber quando o último suspiro será dado e nem quando perdemos todas as esperanças que nem sabíamos que existiam, mas a unica certeza é que lembranças de um amor tranquilo permanecerá eternamente. Ester Narrando, Hoje estava fazendo um mês que meu pequeno havia nascido, e foi o mês mais difícil a minha recuperação os cuidados com o bebê eu me sentia em alto mar com fortes ondas se quebrando em cima de mim, sem tempo para ao menos conseguir puxar o ar com mais força, me sinto exausta mas ainda sim sei que não vou desistir JP bom ele ainda continua em coma, o hospital me ligou hoje umas três vezes pedindo que eu fosse até lá, mas eu não quero ir não por não querer velo mas por medo do médico falar que quer desligar os aparelhos que não tem mais jeito que ele não vai mais acordar, eu não vou saber lidar com isso, eu que pesava 62 quilos estou hoje com 48 e parece que minhas pernas não tem força suficiente para me aguentar em pé, as profundas olheiras e aquele olhar que não há um brilho a bastante tempo, eu só queria dormir umas três horas seguidas para poder descansar, mas aqui estava eu dentro do carro com o bebê na cadeirinha entrando no hospital, sei que não deveria traze-lo mas eu não tinha com quem deixa-lo. Doutor: Pedi que viesse cedo ta tudo bem com vocês, essa sua cara não ta boa. Só estou cansada, porque pediu que eu viesse, se for pra falar que vão desligar os aparelhos eu não autorizo. Doutor: Imaginei que teria essa reação, mas o assunto não é esse. Então qual é? Doutor: JP acordou essa madrugada, ainda meio perdido fiz todos os exames e ele está bem se recuperou dos ferimentos e ele estava colocando esse hospital a baixo porque voce ainda não estava aqui, eu conversei com ele se ele se lembrava da conversa que voce tinha com ele quanto ele dormia, ele disse que não lembrava muito então eu contei tudo que havia acontecido, o confronto o coma a sua descoberta da gravidez a sua depressão e suas crises de ansiedade, ele ficou desesperado e precisou ser dopado pois não parava de repetir que precisava te ver e cuidar de você. Ester eu acompanhei de perto tudo o que você passou, então por favor não guarda mais pra você isso ta te matando dia após dia. Ta tudo bem, eu posso ver ele agora? Doutor: Ele ainda ta dormindo, mas você pode ir até o quarto quer que eu peça uma enfermeira para ficar com o bebê? Não precisa, eu vou levar ele. - Eu sai daquela sala com as pernas trêmulas, fui até o quarto e ele dormia sereno, mas agora sem ajuda dos aparelhos, eu dei um selinho e me sentei o bebê resmungou então eu comecei a lhe dar de mamar fechei os olhos para descansar um pouco e me assustei com mãos no meu cabelo. JP: Eu pensei que nunca mais fosse te ver, eu sou pai de um filho seu, amor me desculpa por deixar você passar por tudo isso sozinha, eu vou cuidar de você, não amor não chora por favor. Eu tive tanto medo, medo de não te ver de não consegui trazer nosso filho ao mundo. JP: Você foi muito guerreira, lutou por mim e pelo nosso filho, mas agora eu vou te ajudar a lutar por você, vamos sair juntos dessa depressão fazer o possível para que não tenha mais crises de ansiedade, eu prometo que não vou mais te abandonar. Eu te amo tanto. JP: Eu sempre vou te amar. JP Narrando, Ela me abraçou forte e chorou como eu nunca havia visto antes, parecia um choro libertador mas com um grito de socorro, ela está muito mais magra com um olhar perdido e muito cansado, não consigo imaginar o quão difícil esses messes foram para ela mas agora eu estou aqui vivo e de volta pra ela, soube que meu sub assumiu o comando do morro mas em nenhum momento prestou assistência a minha mulher, e isso me fez repensar em muitas coisas, Ester me contou que tirou todas as minhas coisas e as delas também do morro assim como o dinheiro que eu deixei malocado e com isso eu não vou voltar pro comando pelo menos não agora, eu vou cuidar da minha mulher e do meu filho, quero ver ela bem e alegre como antes. Doutor: Sua alta, Ester já assinou nada de muito esforço pelo menos essa semana, e cuida dela ela precisa de você. Vou cuidar, obrigado por toda força que deu ela durante esses messes que ela esteve aqui. Doutor: Eu já atendi muitos chefes do comando, mas foi a primeira vez que a mulher ficou até o último momento, ela realmente ama você e não o seu dinheiro, cuida dela assim como ela cuidou de você. - Ele me deu mais algumas orientações e depois saiu, ela voltou com o bebe no colo e com uma sacola e me entregou havia um sanduíche natural e suco de laranja, eu comi observando ela dá de mamar olhando a janela pensativa, acabei de comer e ela estava indo colocar o pequeno pra arrotar mas eu pedi ele e ela me entregou me ensinando o que deveria fazer, ele arroto e logo dormiu nos meus braços enquanto ela organizava as minhas coisas que estavam aqui eu fiquei na cama junto com ele, tão pequeno tão frágil tão meu amor. Capitulo Final... Ester Narrando, Hoje completava 3 messes que o JP havia recebido alta, havíamos acabado de chegar em casa de uma consulta com a pediatra, ele estava bem crescendo saudável a minha bolotinha mais gostosa, eu estava fazendo acompanhamento com a psicóloga e já me sentia melhor havia até engordado um pouco, JP estava ao meu lado cuidando de mim a todo momento segurou firme a minha mão e deixou claro que era hora dele cuidar de mim, e eu me permitir ser cuidada ser novamente amada e ser novamente feliz. entendi que os caminhos tortuosos que eu passei vieram como uma lição de uma grande escala, a maior delas foi passar pela depressão a gravidez e o cuidado com o JP em coma, essa foi a mais dolorida ver ele naquela cama por longos messes mesmo sabendo que a vida nos reservava um enorme propósito eu ainda assim não queria acreditar que era verdade, e que o destino apenas estava brincando com meus sentimentos, tudo que eu mais desejava era ter o homem que eu amava ao meu lado bem e com nosso filho nos braços. Hoje eu sou uma nova versão de mim mesma, aquela atualizada no sistema me fez ver que eu posso ser muito mais que eu um dia imaginei que conseguiria, a força dentro de mim não me deixa desistir assim como a força dentro de você, por mais que a exaustão tome conta e queira te fazer desistir lembre se você é forte suficiente para poder se reerguer. Acredite em você. ---------------------- Obrigada meus amores por me acompanharem até aqui. Nó vemos na próxima obra, um beijo. Nat.
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