Primeiro Impacto

880 Words
Belinda se sentiu tomada, era uma emoção forte, ela sentia um frio na barriga ao olhar para Ezequiel, mas o que sentia nesse exato momento era devastador, não sabia identificar se era medo, desejo ou algo mais aterrador. Ezequiel era alto e forte, mas Benjamin parecia um leão enjaulado, pronto para dar o bote. Belinda não conseguiu desviar os olhos, quando se moveu a dor a fez gritar, tinha cortado o pé nos cacos de vidro. Ezequiel a pegou nos braços e a depositou no sofá, Belinda observou assustada Benjamin se ajoelhar aos seus pés para cuidar do ferimento, mas a proximidade dele a incomodou, era mais fácil trabalhar com o olhar sorrateiro de Ezequiel, Belinda se afastou imediatamente. Esse foi o momento em que o arrependimento de ter aceitado aquele trabalho ficou ainda mais forte. _ Não me toque. A mão dele parou, mas o olhar que queimou sobre ela, continha um aviso pesado. _ Ben, não a assuste. Ezequiel interviu. _ Ela está me repelindo. _ Belinda chegou hoje, nunca esteve rodeada de homens de nossa idade. Benjamim deu um ótimo olhar para ela, e se levantou. Bel soltou o ar que prendia nos pulmões, mas se sentiu incomodada com Ezequiel muito próximo também. Era estranho toda aquela atenção, mesmo de vestido que cobria os joelhos, ela se sentia exposta, e arrependida de estar naquela situação. Os olhos de Ezequiel brilhavam sobre ela, algo menos intenso do que via nos olhos de Benjamin, mas estava lá também, um sentimento que nunca tinha vivenciado. _ Me deixe olhar o ferimento,. _ Não, eu faço isso, depois que cuidar do piso sujo. Não queria ser tocada, era exatamente disso que fugiu ao sair de casa. Enquanto algumas meninas se sentiam livres por perder a virgind@de, para ela ao contrário, o maior ato de rebeldia que havia feito contra seu pai era se preservar, ninguém a tocaria sem permissão. _ Senão me deixar tirar os cacos de vidro e colocar uma faixa, Ben irá fazer isso. O que prefere? Não desejava que nenhum dos dois se aproximasse, mas ainda preferia o homem à sua frente, ele parecia menos volátil, mas suspeitava que Ezequiel era ainda mais perigoso, seu sorriso fácil escondia segredos profundos. Ao olhar para ele, Belinda tinha a impressão de ser transportada a um filme de ação, onde não existe mocinho, mas sim um vilão bonito demais para ser odiado. E ela tinha caído nas garras de um, em sua inocência em fugir de seu pai. Ela fechou os olhos e deixou Ezequiel cuidar de seu pé, quando ele terminou Belinda se levantou para cuidar da limpeza, mas foi impedida. _ É meu serviço. _ Você precisa manter a casa limpa e a comida quente, a faxina pesada alguém vem fazer amanhã. Vou levá-la para o quarto. _ Não, por favor. Se tocar em mim, vou ficar com medo de vocês, já estou, seu irmão me assusta fora dos limites. Ela tinha o péssimo hábito de falar de mais. _ Ben não vai machucá-la, pelo contrário, vá se deitar. Belinda correu para o quarto, mesmo mancando. Achava que aquela proximidade toda, era estranha. Ezequiel sabia que não podiam se aproximar demais, talvez por isso, ele ainda tinha a sensação que faltava algo naquela casa. Claramente com a presença de Belinda algo foi preenchido, soube disso assim que a viu na cozinha, mas ainda existia uma vazio que precisava fechar. Entrou no quarto. A casa era grande e tinha quartos demais, mas ele e o irmão costumavam dividir o mesmo espaço, era assim desde criança. No início a divisão de espaço era porque usavam o calor um do outro para se esquentarem em noites frias, depois era por protteção. Os dois conseguiam manter eles próprios e a mãe segura. E agora mantinham aquele antigo costume, não tinham problema nenhum em dormir na mesma cama, eram a metade um do outro, mesmo não sendo gêmeos. Benjamin não era muito de falar, mas conseguiam se entender em um olhar. _ O pequeno passarinho está assustado comigo. _ Vai passar, e ela vai descobrir que você é o irmão bom. _ Não somos bons, e pode ser que ela corra longe ao descobrir isso. _ Ela não vai, não vamos permitir. Você precisa dela. Ezequiel tinha razão, Benjamin necessitava de um ponto de controle, na verdade, eram o controle um do outro, mas nos últimos meses, não estava funcionado muito bem. Benjamim estava perdendo o controle de seus atos, até mesmo os homens mais próximos e mais leais estavam ficando com medo dele. Sempre beberam, e até mesmo fumavam um cigarro mais pesado, mas Ben estava se tornando inacessível para Ezequiel nesses momentos. As mulheres não se aproximavam muito, porque sempre estavam juntos, até mesmo durante o sex.o e ser compartilhada para muitas não era aceitável. Quando isso acontecia eles não insistiam, não mudaria o estilo de vida por uma mulher que não valia a pena. Cada um deles desejavam construir uma família, mas uma mulher para casar com um Orlov, precisava aceitar e respeitar que eles nunca se separariam, nunca morariam em casas diferentes, seria como arrancar os dois braços de ambos. Benjamim não funcionava sem Ezequiel, e Ezequiel não funcionava sem o irmão, descobriram isso muito cedo, e não se separariam.
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