Conversa com o primo

1162 Words
CAPÍTULO 25 Conversa com o primo Narrado por Elijah Entro no restaurante e vejo ele já sentado à minha espera. Vou ao seu encontro rapidamente. — Jason, que bom ver-te. — Ele levanta-se e damos um forte abraço — Então, e essa lua de mel como correu? — Maravilhosa, conhecemos a Espanha toda, bem, quase toda. Rimos, percebi bem o que ele quis dizer, kkk. — E como foi a festa das vossas boas vindas? — Foi ótima, faltavas lá tu. — É, mas tive um contratempo lá no hotel, não deu mesmo para ir, com muita pena minha. Fizemos o nosso pedido e falamos de vários assuntos, até que ele chega à questão, que eu tinha a certeza que ele ia falar — Deves perguntar-te porque eu e a Emily não te falamos muito da Mia! — Ele fala, sabendo bem a minha resposta. — Foi a primeira pergunta que me fiz a mim mesmo, quando soube quem ela era! — digo sincero. — Elijah, eu conheço-te desde toda a minha vida, crescemos juntos, e vi o quanto tu foste apaixonado pela Stella. Vocês pareciam o casal ideal, o casal perfeito, aos olhos de toda a gente. Faço uma careta involuntária, mas que ele percebe. Jason dá um sorriso de lado e continua. — Tu mudaste radicalmente, a partir do momento que vocês acabaram o vosso noivado. Tornaste-te, hum, como dizer… — Um tremendo filho da p**a com as mulheres! — eu digo o interrompendo e ao mesmo tempo o ajudando na descrição. — Pois, o que me faz pensar muitas vezes o que realmente aconteceu, entre ti e a Stella, para tu te tornares um cafajeste, mulherengo, que só quer uma mulher para o teu belo prazer, e as mandas embora com uma frieza impressionante. Eu respiro fundo, mas nada digo. — Por isso, eu e a Emily tivemos o máximo cuidado para nunca conheceres a Mia. A Mia é uma mulher incrível e não merece esse tipo de tratamento, percebes? Consegues entender os nossos motivos? — ele pergunta. — Sim, claro! — acabo por dizer. — Bem, quem sou eu para dizer como os outros vivem a vida deles, e agora, nada mais podemos fazer, vocês já se conhecem, por isso… O telemóvel dele toca. Ele atende. Fala e desliga. — Tenho que voltar para o banco, surgiu uma merda de um problema lá. — Fala chateado. Despedimo-nos. Penso nela. Já se passou uma semana desde que lhe fiz a proposta. Parece que ela não vai voltar atrás na decisão dela. Ela me parece sim uma mulher espantosa, mas a Stella também o parecia e no fim ela sim, foi uma tremenda filha da p**a, c***a da pior espécie. Por isso, não, não confio na raça fêmea, elas são lobas em pele de cordeiro, muito bem escondidas, dissimuladas. Mas a Mia, ao contrário das outras falsas dissimuladas, seria a esposa que eu queria. Tou fodido, onde vou eu arranjar uma mulher para casar, em quatro meses e meio. Dois Dias Depois Vamos ter regras? Narrado por Elijah — Sim, está tudo pronto, o evento é amanhã às oito e meia da noite. — ... — Sim, claro. Falo ao telemóvel com o chefe da cozinha do restaurante do piso 1. Amanhã vai haver um importante evento e tivemos que abrir as duas salas, para caberem as quinhentas e cinquenta pessoas que são esperadas. Mas felizmente, o meu trabalho está feito, o resto já não é comigo. Entro na minha sala e vou para a frente do computador, agora tenho outros assuntos para tratar. Ora bem, a manutenção do nono piso, também já está encaminhada. Batem na minha porta. — Entre! — digo para quem bate. Uma das recepcionistas abre a porta. — Senhor Elijah, liguei aqui para a sua sala, mas como não atendeu, tomei a liberdade de vir aqui. — Ela parece nervosa. Normalmente elas ligam, só ali vão se for mesmo urgente. — Eu entrei mesmo agora, mas diga por favor, qual o problema? — pergunto. — Está uma Senhorita na recepção, que gostaria de falar consigo. — Uma senhorita? — estranho, quem será? — Sim! — ela fala. — E se apresentou, ao menos? — pergunto surpreendido. — Se apresentou sim, diz ser a senhorita Mia Knight. Eu dou um salto da cadeira, ficando de pé rapidamente. — Deixe estar, eu trato disso. Digo passando por ela e indo em direção à recepção em passos largos. Chego lá, e ela está junto a uma janela grande, olhando o belo jardim que temos. Ela está de costas e eu sorrio. Ela está com umas calças azul escuro e uma camisa rosa que lhe cai perfeitamente bem no seu belo corpo. Respiro fundo antes de falar, mas ela olha para trás, para mim, antes disso. Nos olhamos profundamente até ela desviar o olhar. — Elijah, espero não te estar a incomodar! — ela diz e noto ela um pouco nervosa. — Claro que não! — digo chegando perto dela e lhe dando um selinho no rosto — Tu és sempre muito bem-vinda aqui no hotel. Ela sorri, não percebo se é um sorriso divertido ou um sorriso malicioso. Espero que seja malicioso mesmo, é bom sinal, kkk. — Obrigada! — ela agradece — Mas vim falar contigo e não sabia bem onde te encontrar, então vim aqui. — Fizeste bem. Anda, vamos falar então num lugar mais privado. Levo ela para a minha sala. Sentamo-nos numa parte da minha sala mais descontraída, onde tem três sofás individuais de cor bege. Ela senta-se num e eu no outro, à sua frente. Ela aclara a voz e começa a falar. — Elijah, eu estive a pensar naquela tua proposta que me falaste aqui há uns dias. — E então? Mudaste de ideias? — pergunto todo esperançado. — Em que consiste esse casamento? Vai ser em que moldes mesmo? — ela pergunta com curiosidade. — Mia, sabemos que não temos nenhuma relação e que por isso mesmo, é um casamento, deixa-me ver qual a melhor palavra para o descrever, — penso um pouco — conveniência, acho que é a palavra que melhor o descreve. Mas sinceramente não pensei muito nisso, porque achei que tu não voltarias com a tua palavra atrás. — Ok, então praticamente vamos ter regras, é isso? Vamos assinar um, digamos, um contrato! — Sim, penso que seja o melhor, para depois não termos problemas. — Ok, Elijah! — diz se levantando — Faz esse contrato e depois me chama e vemos se estamos os dois de acordo com o mesmo. Eu me levanto também. — Ok, m*l tenha tudo escrito eu ligo-te, mas vou já, já tratar disso. — Falo empolgado. Ela chega perto de mim e me dá um selinho no rosto. — Fico então à espera. E sai da minha sala me deixando ali, ainda sem acreditar que ela pensou no assunto. Vou para a minha mesa para escrever as regras que eu acho justas.
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