Não Julgues o Livro pela Capa

1066 Words
CAPÍTULO 19 Não Julgues o Livro pela Capa Narrado por Mia Cutuco o telemóvel, sem saber bem o que fazer. Olho para o ecrã a ler a mensagem dele, mais uma vez. Respiro fundo. Que merda vou eu fazer! E é com este pensamento na minha cabeça de andorinha, que já estou a fazer a chamada. Ele atende. Já não há como voltar atrás. — Oi, Mia! — ele diz com aquela voz sensual — Até pensei que não ias retornar. Ele brinca, e o que ele não sabe é que eu pensei mesmo em não retornar. — Porque não havia de retornar? — minto descarada, kkk — Não me parece que sejas má pessoa. Ele gargalha e eu sorrio nervosa. — Não julgues o livro pela capa, Mia, não sou má pessoa, sou péssima. — E volta a rir, e aquele som da sua risada, me deixa excitada. Tá louca menina? Misericórdia. — Hum, a ver vamos. — digo apenas pensativa. Há um breve silêncio. — Então, e quando me dás a honra de irmos jantar juntos? — ele pergunta. — Vou ter dois dias de folga, por isso, por mim pode ser hoje ou amanhã, o que te der mais jeito. — Falo para ele, mas me sinto tão nervosa ao falar com ele, isto não é normal. Foco, foco, Mia. — Por mim pode ser hoje então. — Ele diz decidido — Posso passar pela tua casa às sete e meia da tarde, o que achas? — Na minha casa? — pergunta um pouco assustada — E como sabes onde eu moro? — Não sei, mas se me disseres onde é, eu chego lá! — ele responde rindo. Caralho, sou mesmo uma retardada, que vergonha. — Ah, sim, então já te mando pelo w******p a localização exata. — Falo, tentando não parecer tão i*****l. — Fico então à espera. — Ele fala despreocupado — Mia, antes que me esqueça, gostaria de te levar ao "Canlis", se não houver problema para ti. Canlis é um restaurante requintado que serve a nova cozinha americana em Seattle, Washington. Situado no bairro de Queen Anne, o restaurante tem vista para o Gas Works Park e para as montanhas Cascade. Tenho que me vestir como uma Lady, portanto, kkk. — Por mim está ótimo. Despedimo-nos. Fico a pensar. O Elijah tem gostos requintados, das duas uma, ou quer me impressionar ou então é um exibicionista. Ou as duas coisas. Vou tentar descobrir. Inquieto Narrado por Elijah Depois de chegar do hotel, vou tomar um bom banho. Saio da casa de banho direto ao meu closet e escolho o que vou vestir para este jantar, e me decido por um fato preto, camisa branca e gravata azul clarinha. Sapatos pretos, coloco o meu perfume preferido, Carolina Herrera, Bad Boy. Dou um jeito, mas pouco, no meu cabelo e visualizo-me no espelho. — É, estou bem, muito bem. — digo sorrindo para o meu reflexo. Desço e quando estou a pegar as chaves do meu carro, a minha mãe aparece, nem sei de onde. — Onde vais, filho? — ela pergunta. Oh, que mulher curiosa. — Vou jantar fora, mãe, já tinha avisado a Olga que não jantava. — digo. A Olga é a nossa cozinheira, desde que me lembro. — E posso saber com quem o meu filho vai jantar? — ela arqueia uma sobrancelha, sorrindo discretamente. Eu não digo que ela é curiosa! Mas de repente, fico sem saber o que responder. — E então? Não vais responder? — ela pergunta continuando a sorrir. — Ahhh, com ahh…— c*****o, mas porque merda estou a gaguejar? Pareço um i****a. A minha mãe continua a olhar para mim com um sorriso no rosto, parece estar a divertir-se com a minha figura de b***a. — Mas porque queres saber? — pergunto por fim — São negócios mãe, apenas isso, negócios. Pego finalmente as chaves do carro e abro a porta pronto para sair. — Por acaso esses negócios usam saia, Elijah? — ela pergunta, está claramente a divertir-se com a minha cara. Respiro fundo. — Não sei, mãe, pode ir de calças hoje. Ela ri divertida. — Beijo, mãe, te amo. — Me despeço. Fecho a porta. Caminho para o meu carro em passo apressado, não vá aparecer mais alguém para me atrasar. Já dentro do meu carro, ligo o meu potente, McLaren 650S Coupé e acelero, senão não chego há hora combinada. Chego no local que ela me mandou pelo w******p, um condomínio privado que tem um segurança na entrada. — Boa noite, venho buscar a senhorita Knight. — Informo o porteiro. — Boa noite, Senhor Bettencourt, pode passar, a senhorita Knight deu a ordem. — Ele diz todo profissional. Agradeço e arranco, devagar né, é uma zona residencial, não uma auto estrada. Entro na segunda rua à direita e paro no número 60. É uma moradia de dois andares, vê-se que a Dra. Mia Knight, vive bem. Mando uma mensagem, a dizer que estou aqui à porta dela. Saio do carro e vou encostar-me na porta, do lado onde ela vai entrar. Dois minutos depois ela abre a porta de casa e sai, e a visão dela me deixa inquieto, p**a que pariu, ela tinha que ser tão bela assim? Ela começa a descer a meia dúzia de degraus que nos separam, e eu instantaneamente estico a minha mão para a ajudar, ao qual ela dá um sorriso e me dá a sua mão. Ela acaba de descer. — Obrigada. — Ela agradece. — De nada. — digo abrindo a porta do seu lado para ela entrar. Ela entra e enquanto dou a volta ao carro, o meu pensamento não sai da sua silhueta felina. Ela trás um vestido azul claro comprido, justo em cima e não tão justo da parte de baixo. O cabelo solto. O seu b***o perfeito faz eu ter pensamentos impuros. Será que ela trás lingerie? E se trás de que cor é? Sinto o meu p*u dar sinal, ai por favor amigão, agora não, se mantém na tua, quieto. Entro no carro e arranco, rumo ao restaurante, "Canlis". Durante o caminho pouco conversamos, nota-se que ela ainda não está à vontade, eu olho para ela pelo canto do olho. Não posso sequer pensar o que eu quero fazer com ela, senão o meu p*u vai dar nas vistas. Chegamos ao restaurante e entramos.
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