Capítulo 7

2090 Words
Minha avó estava gritando loucamente com o meu pai, que aceitava tudo o que ela falava apenas por que ela era mãe da minha mãe, então ele se via obrigado a aceitar qualquer palhaçada que ela falava, no tom italiano e tresloucado que ela usava para se referir a todas as coisas. - Você vai mesmo casar a Belinha com aquele crápula? você sabe toda a história! Por que você deixaria Arturo? - bom o buraco era mais embaixo, e a minha vontade de saber do que eles estavam falando era maior do que eu. Acontece que eles não estavam a fim de falar. Será que Beatrice sabia? p***a, será que ela mais uma vez fez a viés de irmã mais velha e altamente insuportável? bom, eu precisava saber também. - Do que vocês estão falando? quem fez o que para quem? - minha avó estava tentando engolir as palavras, olhando para a cara do meu pai como se quisesse dizer tudo o que estava engasgado, mas não podia, eles tinham esse tipo de acordo infernal sobre as coisas que envolviam a minha mãe, não sabia que guardavam segredos sobre inimigos. - Nada minha filha... eu e sua avó sempre discutimos desse jeito acalorado, você sabe disso, mas já resolvemos... não é? - Sim, nós resolvemos... então Belinha, você está animada com o casamento que o seu pai arranjou? E me diz Arturo... - ela virou a conversa para mim, mas só por alguns segundos, logo depois ela voltou a querer esganar o meu pai - Por que decidiram ficar com a Isabella? e não com a Beatrice como era o combinado? - disse ela furiosa - Eu não entendi, o problema é a Beatrice não ter sido escolhida? - sei lá por que isso me ofendeu, mas ofendeu. - Não tem nada disso, sua irmã só teria mais preparo... ela é mais velha! Você é apenas uma criança Isabella. Não acredito que o seu pai fez isso! - ela ainda olhava firme para o meu pai como se ele tivesse feito a maior das cagadas, eu até concordava. Mas a proteção em cima de mim era insuportável, e o mito de que Beatrice era a única dentro daquela maldita casa que tinha um cérebro também me tirava do eixo, eu chegava a espumar de tão nervosa que eu fiquei. - Por que sempre isso? vocês são insuportáveis! sempre a mesma conversa, eu sou a filha problema enquanto a Beatrice é a mais preparada, a mais inteligente... arrisco dizer até mais bonita! Eu estou me casando com um cara que eu odeio apenas por que o meu pai tomou decisões erradas, acho que eu mereço um pouco mais de crédito! Bom te ver vovó, mas já pode ir embora... aguardar lá onde quer que você esteja morando nessa temporada talvez um convite para esse casamento dos infernos, bom Voyage! - ISABELLA! - eles gritaram juntos. Mas eu não dei bola, subi até o meu quarto... ao andar da casa onde a minha irmã ainda me odiava por eu ter roubado a sua glória de se casar com quem não se conhece por dinheiro e onde ainda o casamento era real. Será que havia um multiverso em camada onde eu podia escapar daquele drama todo? Eu não saí mais do meu quarto, ninguém fez questão nem de me levar a p***a do jantar, claro, estava todo mundo puto da vida comigo e isso já era normal, éramos italianos... então era usual que estivéssemos sempre putos uns com os outros. A madrugada chegou, eu peguei o meu notebook para começar a resenhar alguma coisa sobre a minha vida, era tarde da noite já e só o que se escutava era a chuva caindo lá fora. E os passos na minha varanda. Calma aí, passos na minha varanda? Eu me levantei correndo para saber do que se tratava, abri o vidro para olhar lá para fora... e lá estava ele, fumando a droga de um cigarro, com uma jaqueta de couro que não deveria ser usava por ninguém, e totalmente molhado. - p***a, demorou para abrir... eu bati na janela, você estava o que? de fone? - ele disse parecendo irritado. Sim, vocês estão entendendo a situação do jeito certo, o cara estava SEM SER CONVIDADO na minha varanda, em uma madrugada chuvosa e estava bravo comigo por que eu não abri na primeira batida na minha janela... pasmem... por eu não ter escutado. - O que você faz aqui demônio? veio me matar? - eu disse cochichando no meu próprio quarto. O medo de ser pega com esse animal dentro do meu quarto era maior do que o medo de ter ele ali dentro. - Eu não me daria esse prazer tão rápido, me diz... eu queria olhar na sua cara para saber como você está se sentindo, gostou da minha mudança brusca de caminho? - disse debochando totalmente da minha cara, que filho da p**a, ter coragem de vir até aqui para rir do que havia me feito. - Maldito! você fez isso por puro capricho, e a minha irmã nem quer mais olhar na droga da minha cara! Se você se considera alguém decente, desfaz isso.. casa com alguma Antebelum ou Marquês... existem tantas coitadas para você explorar e fazer de esparro... escolhe uma e vai ser feliz! - Eu estou pouco me fodendo se a sua relação com sua irmãzinha deu errado, você me desafiou e eu paguei na mesma moeda... e não, eu não me casaria com uma Marquês, ou Antebelum... elas não merecem sofrer como eu estou disposto a fazer com você! - o cara não escondia nem por um segundo que era um i*****l, quem tinha aquela coragem? - Eu odeio você... aposto que consigo te matar primeiro! você é insuportável, eu não consigo nem olhar para a sua cara... e tem mais... eu jamais vou dormir com você! - Você vai, é a sua função... você vai ter todos os filhos que eu quiser, é meio que um contrato quando você se casa! - Eu não vou me casar com você... você sabe disso não sabe? é só uma questão de tempo para eu dar um jeito de me livrar desse circo! - E como você espera fazer isso? vai pagar tudo o que o seu papai deve para manter os empregados e as empresas girando? eu vou adorar ver você tentar... sua insuportável! Você é sempre assim tão arrogante? - Eu vou dizer ao concelho que eu não sou mais virgem, o que eu não sou de fato... e vão negar o pedido, não é uma regra das famílias quando acontece um casamento assim? Eu me senti naquele momento, eu tinha certeza que ele daria dois passos para trás como se eu tivesse lepra como todo playboy i****a que eu havia conhecido desde o início dos tempos, Deus sabe que Beatrice já namorou alguns. Mas não. Ele começou a andar na minha direção, e a medida que eu ia para trás ele andava um pouco mais para frente até me prensar contra a parede - O que você está fazendo? - me faltava o ar, juro que eu perdi todo o fôlego como um bicho assustado, eu olhava nos olhos dele tentando achar algum motivo para odiá-lo e ficava perdida nos olhos verdes que ele tinha, que sina! O infeliz tinha os lábios mais lindos do mundo e o rosto parecia ter sido escupidos por anjos... caídos... é bom frisar! Ele segurou a minha nuca e enrolou os dedos pelo meu cabelo, me prensou ainda mais contra o seu corpo e a parede e eu conseguia sentir a minha respiração ficando mais forte, ficando mais entrecortada, a minha pele foi ficando cada vez mais quentes e eu não conseguia desgrudar de seus olhos... eu não conseguia fingir costume, e nem que ele não estava perto demais de mim. Era insuportável como ele me envolvia nesses gestos que ele tinha. - Me solta agora! o que você pensa que está fazendo? Ele segurou o meu queixo bem forte com o corpo todo encostado no meu - Eu aposto que se eu enfiasse a mão agora na sua calcinha... eu vou encontrar uma calcinha de virgem, rosinha e com alguns desenhos... e vou encontrar você totalmente molhada... implorando para ser tocada... implorando para eu te colocar na minha boca... - ah meu Deus, eu não acreditava no que eu estava escutando, muito menos que eu estava gostando - Se afasta de mim! - eu tentei reagir, o jogo estava quase perdido mas eu ainda insistia na ideia de que eu queria me soltar dele - Shiii... - ele colocou a mão na minha boca - você nunca transou, isso está nítido para mim... e só me faz ter mais vontade ainda de ser o primeiro e o único que vai ter você de verdade. - Mesmo eu sendo insuportável como você disse? - Eu supero isso nesse momento... já que você é bem gostosinha... e nem parece assim tão difícil... porque eu aposto que se eu quisesse eu conseguiria ter tudo de você hoje... só pelo jeito como você está respirando. - Eu tenho repulsa de estar perto de você... eu não vou dormir na mesma cama que você, eu vou viver a vida fugindo de ter qualquer i********e que seja com você seu traste! - Ah é? dez minutos atrás o casamento nem ia acontecer por que você não era mais virgem... e agora você já está até fugindo do nosso quarto? - ele abriu um sorriso que me desmontou inteira, mas era uma cilada, ele só estava tentando me confundir. - Eu vou dar um jeito de não ser mais quando chegar o momento... eu juro, eu tenho coragem para isso... e pretendentes para o cargo não vão faltar! - falei quase encostando a boca nele, ou ele estava envolvido ou fingia muito bem, e eu estava acreditando mais na segunda versão dos fatos. - Eu mato você antes disso acontecer! eu te escolhi, você vai ser minha e de mais ninguém pelo resto da sua vida... diaba insuportável! - continuava perto demais e agora respirava profundamente assim como eu. - Acho que morrer é um destino melhor do que ter que dividir a cama com você... - Você não tem coragem de fazer o que fala, e no dia que estiver perto disso, eu mato quem estiver com você... eu mato você! - Ciúme? tão rápido assim? cínico... você me conheceu ontem! só está fazendo tudo isso para me perturbar! - Como você adivinhou? eu não divido o que é meu... e só por que você me ameaçou vou pedir para o seu pai adiantar o casamento, para o final dessa semana, que tal? eu duvido que ele não vá aceitar... está feliz? continua falando, eu estou adorando ter o poder de fazer a vida de alguém como você um inferno! - Você vai adiantar essa tortura? r**m para você que vai ter que conviver comigo... vamos ver quem acaba com quem primeiro! Se afasta de mim, eu tenho nojo de você Matteo! - Tem nojo de mim? - ele disse encostando a boca levemente no meu pescoço, minha reação natural foi apenas fechar os olhos. Droga! - Tenho... eu tenho nojo de você... Ele encostou a boca nos meus ouvidos, deu uma risada sexy e disse - então por que você está segurando as minhas mãos com tanta força? E eu estava segurando a mão que estava solta ali... qual era o meu problema? Deu mais uma risada e me soltou abruptamente como já era o seu costume animalesco fazer. - Foi apenas uma reação natural, você estava me machucando... - Não me faz arrancar a sua roupa para provar que você não estava sentindo dor Isabella Lion... por que eu não tenho limites, e logo você vai descobrir isso! - Eu não vou. Já te contei o meu plano! Ele caminhou de volta a minha janela para pular como um ladrão depois de levar algo de valor - Não me provoca, você não sabe do que eu sou capaz quando alguma coisa me irrita! - Estou tendo uma previa! - Final da semana Isabella... eu vou pedir adiantamento para o seu pai amanhã! - Você não estava de s*******m? Ei... volta aqui! - não adiantou nada, ele pulou na chuva e sumiu no meio do meu jardim como um bandido profissional. Eu sentia as minhas mãos geladas, mas o restante do meu corpo quente como o inferno. Como sobreviver aquela situação?
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