Capítulo 2 - ENCONTRO

3630 Words
"Finalmente bateu o sinal para o terminar da aula. Juntou os materiais apressados e se pôs a correr para fora da sala de aula até o estacionamento. Se fosse rápida talvez o encontrasse antes dele ir embora.       Chegou ao estacionamento e finalmente pôde suspirar aliviada ao vê-lo do lado de sua moto preta e com o capacete da mesma cor nas mãos pronto para subir.       - Stevie! - chamou com sua voz melodiosa se aproximando do Cassano a passos lentos.  Viu-o virar para si com uma expressão confusa no rosto. Quando chegou a sua frente continuou com as bochechas um pouco coradas e fitando os próprios pés - Obrigada por sexta, sei que foi você que me levou para casa e não me deixou fazer nenhuma besteira. Realmente havia bebido demais. - dizia muito constrangida, já havia ficado sabendo de como ela estava embriagada e do modo que ela dançava com um dos atacantes do time de basquete. Se não fosse por Stevie nem imaginava o que poderia ter acontecido.       Sorriu de lado, não esperava que a Nocfel fosse lhe agradecer por isso. Como ela havia dormido, a única coisa que ele poderia fazer era levá-la para casa.       - Não tem problema, faço isso por qualquer pessoa que seja especial para mim. - falou de maneira ambígua, mas que não foi notado por Narin - Mas já está melhor? - perguntou ainda com o capacete nas mãos.       Arregalou os olhos perolados com a pergunta, sabia que ele estava se referindo ao seu termino de namoro com Lian, mas logo suavizou a expressão para um sorriso miúdo. Ainda era duro ver o loiro todos os dias, mesmo depois do termino do namoro. Mas realmente já se sentia muito melhor e até livre de uma forma que nunca se viu antes.       - Estou bem sim, obrigada por se preocupar. - falou sorrindo largamente para o Cassano que sentiu o coração disparar dentro do peito com aquele sorriso. Já estava se virando para ir embora quando escutou a voz do moreno novamente.       - Venha, te levo para casa. Sei que Leon Nocfel não veio hoje para acompanhá-la. - quando se deu conta do que havia dito, já havia falado.       Ficou incerta, não sabia se aceitava ou não a carona. Mas não via problema algum em aceitar o convite do Cassano.       - Está bem. - respondeu por fim já sentindo as bochechas queimarem e vendo Stevie dar um imperceptível sorriso.       - Coloque suas coisas dentro minha mochila. - falou o moreno pegando o fichário e o livro das mãos da Nocfel e colocando dentro da própria mochila.       - Então deixa que eu levo. - falou Narin pegando a mochila das mãos de Stevie e colocando nas costas.       O moreno sorriu com a atitude, entregou o capacete para Narin e subiu na moto esperando-a fazer o mesmo. Colocou o capacete e logo subiu sentando-se atrás de Stevie. Corou violentamente sem jeito ao colocar as mãos pequenas na cintura do Cassano, que apenas achava graça no jeito envergonhado dela tocá-lo. Então por si mesmo, pegou as mãos pequenas e rodeou-as em seu tórax, não queria que Narin corresse o risco de cair da moto.       Ligou e finalmente saiu do colégio, arrancando a atenção dos alunos que estavam no portão conversando. Corria pelas ruas, o vento esvoaçava os cabelos de ambos, enquanto Narin o abraçava ainda mais forte, mesmo que inconsciente. Finalmente chegaram em frente a casa da Nocfel, onde a mesma desceu da moto e entregou-lhe o capacete e a mochila depois de retirar suas coisas.       - Obrigada Stevie, até amanhã. - falou a garota sorrindo e se virando abrindo o portão de casa.       - Narin, você se lembra de algo que aconteceu na festa? - perguntou antes que a morena entrasse.       - Não. M-Mas aconteceu algo que eu devia lembrar? - perguntou já com o rosto em chamas ao pensar que tivesse feito algo muito constrangedor.       - Acho melhor não. - falou colocando o capacete e sentindo o aroma de flores dos cabelos de Narin.       - Espero que não tenha sido nada de constrangedor. - falou corando mais ainda e observando o Cassano já ligar a moto. O moreno apenas sorriu de leve, mesmo que Narin não pudesse ver devido ao capacete.       - Pode ficar despreocupada. - foi a única coisa que disse antes de ir embora. Narin apenas ficou observando o Cassano se distanciar com um sorriso miúdo nos lábios. Não sabia por que, mas sentiu-se bem na companhia de Stevie."           ............................................................................................................................. Dias de hoje.         Atendeu a porta depois de ouvir a terceira batida insistente na porta. Deparou-se com uma Vitória mais madura e podia-se dizer atraente. Ela tinha um sorriso nos lábios vermelhos sangue, os mesmos olhos esmeraldinos e os cabelos róseos antes curtos agora estavam longos, o que ele gostou e muito, sempre foi fã de mulheres de cabelos longos. Usava um vestido curto e vermelho que delineava todo o corpo mediano, com um enorme decote em V que revelava a curva dos s***s também médios. Nos pés uma sandália prata de salto alto fino. Para Stevie, vestida daquela maneira ousada e pronta para seduzir, ela mais parecia uma prostituta chegando em seu apartamento.       - Há quanto tempo Stevie. - falou maliciosa pousando as mãos de forma provocante na cintura e mordendo o lábio inferior com uma olhar felino para Stevie.       O Cassano não respondeu nada, apenas puxou Victoria pela cintura, fechou a porta e prensou-a ali mesmo com seu corpo e tomando os lábios para si. Sentiu o gosto de bala de hortelã nos lábios femininos. Realmente não estava a fim de ficar escutando a conversa mole de Victoria, apenas queria que ela fizesse logo o seu trabalho, esse era o motivo dela estar ali. Lembrava que havia iniciado um "caso" com Victoria, logo no outro dia quando Narin lhe contou sobre a gravidez. Victoria havia sido apenas um setup naquela época e estava fazendo o mesmo papel de novo. Preenchendo o papel de outra. Mas também não tinha remorso ou culpa pelo que estava fazendo, Victoria sempre soube que nunca teve ou terá lugar em sua vida, ela se sujeita a esse papel por vontade própria.       Praticamente arrancou o vestido do corpo da Strider, deixando-a apenas com a calcinha pequena de rendas vermelhas, o desejo entre os dois era explosivo, apenas o t***o acontecia ali. Saíram dali da sala e foram seguindo para o quarto se agarrando e se amassando, conheciam todos os cantos daquele apartamento quando tiveram seus encontros ali no passado.       Adentraram o quarto e jogou-a na enorme cama de casal forrada com um edredom azul marinho e se pôs por cima logo apertando os s***s fortes.       - Stiv... ie! C-Como eu senti... sua falta. - gemeu jogando a cabeça para trás em puro êxtase. Empurrou-o para o lado se pondo por cima, era a sua vez de brincar.       Começou a desabotoar a camisa lentamente, depositando pequenos beijos pelo caminho que a mão fazia. Sentia as mãos grandes e ásperas passando por suas costas apalpando e apertando e descendo até as nádegas. Finalmente retirou a camisa descendo os beijos até o umbigo, retirou as calças seguidamente, tocando o m****o já rijo e duro dentro da boxer preta. Ouviu o Cassano tentar conter um gemido em vão e sorriu maliciosa aumentando a pressão ali.       Abriu os olhos ônix rendidos pelo prazer e a luxúria, mas o que viu a sua frente o fez arregalar os olhos levemente e o corpo tremer. Os olhos antes esmeraldClarices se tornaram perolados e os cabelos róseos, agora eram negros azulados.       Terminou por si mesma de tirar a calcinha e logo depois retirou a boxer preta dele. Deitou-se sobre o corpo masculino, voltando a beijá-lo com desespero e paixão e que foi logo correspondido pelo moreno na mesma intensidade e desejo, as mãos embrenhadas nos cabelos longos. O Cassano a virou na cama se pondo por cima novamente, os olhos ônix só enxergavam Narin ali abaixo de si, com os cabelos espalhados pelo edredom e o olhando de forma desejosa.       - Senti a sua falta. - ouviu a voz que para ele era melodiosa e doce. As unhas passando com ousadia pelo tórax deixando linhas avermelhadas e mordendo o lábio inferior sensualmente – Sempre te quis e ainda te quero, Stevie.       - Eu também. - respondeu sincero e com os olhos cheios de desejo. Abaixou-se sobre o corpo feminClarice beijando-a nos lábios com carinho e todo o amor que só agora percebia que estavam guardados dentro de seu interior, adormecidos para quando a encontrasse novamente. Os beijos que antes eram desesperados e selvagens, agora eram calmos e com leveza, demonstrando todo o amor que ainda sentia por Narin.           oOoOoOoOo           A luz batia no casal que dormiam abraçados na cama de casal. Abriu os olhos perolados sonolentos piscando algumas vezes se acostumando com a claridade. Virou a cabeça de lado e viu Alex dormindo serenamente ao seu lado, sentia a respiração varrendo sua nuca.       Retirou a mão que a prendia pela cintura e levantou-se vagarosamente sem fazer barulho para ele não acordar, levando o lençol que cobria o corpo nu junto consigo para o banheiro. Fechou a porta e foi até a pia abrindo a torneira e fazendo uma conchinha com as mãos e enchendo-as de água e jogando no rosto para despertá-la. Olhou seu reflexo no espelho e notou as olheiras debaixo dos olhos e o semblante abatido. Realmente não havia conseguido pregar os olhos direito durante a noite, imagens de seu encontro com Stevie no supermercado vinham a todo momento em suas lembranças para atormentá-la. Sabia que Stevie já sabia que Naira era sua filha. Sabia que o moreno não era bobo a ponto de ficar em dúvida em relação a sua paternidade e também não tinha nem como negar, Naira era a cara de Stevie.       "Por que você teve que voltar Stevie? Só para me atormentar?" - perguntava para si mesma.       Deixou o lençol que cobria seu corpo cair e entrou no box para tomar banho. Deixou estes pensamentos para lá, iria continuar sua vida da mesma maneira como foi até hoje, com sua filha e seu marido, tinha uma família que precisava zelar. Stevie não tinha que ficar tomando conta de seus pensamentos com tanta coisa com o que se preocupar. Apenas desejava que Stevie desaparecesse como havia feito há anos atrás. Mas imaginava que isso não iria acontecer e sim, justamente o contrário.           oOoOoOoOo           Estava sentado em sua cadeira de couro ali em seu escritório. Os cotovelos apoiados na mesa e as mãos embrenhadas nos cabelos negros. Ainda não conseguia acreditar no que havia acontecido na noite anterior que passou com Victoria. Como pôde deixar os seus sentidos enganá-lo daquela maneira tão i****a? Não era mais um adolescente que ficava tendo alucinações e sonhos eróticos com alguma mulher. Já era um homem maduro, no auge de seus 25 anos, não tinha mais idade para ficar se comportando como um pré-adolescente cheio de hormônios para dar. Aquilo nunca tinha acontecido antes, nunca esteve com uma mulher, pensando loucamente em outra.       FLASHBACK ON       Sentiu a mulher abaixo de si chegar ao quarto orgasmo, quando finalmente despejou o seu g**o dentro da cavidade que o enclausurava. Um sorriso miúdo surgiu nos lábios finos, estava mais do que satisfeito, os olhos ainda estavam cerrados sentindo todo o prazer que ainda estava presente em seu corpo. Abriu os olhos ônix lentamente e arregalou levemente os olhos em espanto ao perceber que a mulher que estava abaixo de si com os olhos fechados e sorrindo satisfeita não era Narin e sim Victoria.       Sentiu-se como se um balde de água fria tivesse sido atirada sobre sua cabeça, fazendo-o se sentir gelado como nunca se sentiu antes. Todo aquele fogo e aquela satisfação que habitava seu corpo a pouco, evaporaram em questão de segundos. Saiu de dentro do corpo feminClarice e jogou-se para o lado rapidamente. A frustração estava presente no rosto espantado do Cassano que fitava o teto, não acreditava que toda aquela sensação de bem estar e prazer eram coisas de sua cabeça. Durante o ato só escutava os gemidos e a voz de Narin, era o corpo dela que ele tocava com tanto amor e apreciação.       As mãos femininas logo pousaram sobre o seu peito e o corpo grudou-se ao seu de lado. Não conseguia olhar para Victoria ao seu lado, sentia nojo do corpo e da presença dela ali e mais nojo de si mesmo por ter feito um papel de um completo i*****l e o****o.       - Obrigada, você foi magnífico. Você nunca fez sexo comigo com tanto amor e carinho. - falava a Strider mais do que satisfeita e com um imenso sorriso nos lábios. Stevie nunca tinha sido tão carinhoso e atencioso com ela. Estava tão satisfeita que nem enxergava a expressão frustrada do Cassano.       Não deu nem ao trabalho de olhar a Strider, ouvir aquilo só fez sua raiva aumentar e tinha certeza que se fitasse Victoria, acabaria a enforcando ali mesmo. Apenas virou-se de costas para a Strider, que logo se grudou nas suas costas e o abraçou possessivamente. Poucos minutos depois os dois adormeceram.       FLASHBACK OFF       O seu principal objetivo naquela transa com Victoria era para deixá-lo mais calmo e menos tenso, mas aconteceu justamente o contrário, estava muito mais tenso e irritado. Pois Victoria podia estar naquela cama com ele, mas não era a ela que ele desejava, isso ficou bem claro na noite passada. Pelo menos de manhã conversou um pouco mais com Victoria e ficou sabendo um pouco de sua vida. Ela lhe contou que está noiva de Nefin, um garoto estranho que também estudava no colégio, mas nunca teve i********e com ele. Então não tinha porque se sentir culpado de ter usado Victoria daquela maneira tão suja, ela estava fazendo pior que ele, noiva e indo para a cama com outro. Mas o que vinha dela não lhe interessava em nada, ela que se dane com esse Nefin.           oOoOoOoOo           Fazia poucos minutos que chegou a Empresa Cassano e a loira já estava ocupada com seu trabalho. Assinava alguns papéis quando ouviu a voz masculina de forma altiva e séria dirigir-se a ela:       - Gostaria de falar com Stevie Cassano. – pediu.       - O senhor tem horário marc... Senhor Nocfel! - exclamou perplexa ao ver o altivo homem de olhos perolados que já adentrava o escritório de Stevie sem cerimônias e sem ser avisado.           Saiu de seus pensamentos ao ouvir a porta ser aberta e passar por ela quem ele menos esperava e que reconheceu de imediato como Jackie Nocfel. Estava surpreso e curioso para saber o que o patriarca Nocfel fazia ali na sua Empresa. Percebeu nos olhos perolados a ira que aquele homem tinha.       Quando Jackie havia se aproximado o suficiente, o Cassano levantou-se e estendeu a mão direita para cumprimentá-lo. Mas o que recebeu a seguir foi um forte soco na boca fazendo-o cair sobre a cadeira batendo as costas no encosto. O gritinho estrangulado de Clarice que observava tudo foi ouvido por ambos. Um pequeno filete de sangue começou a deslizar do pequeno corte feito no canto esquerdo lábio inferior do Cassano que o fitava incrédulo.       - Há muitos anos que eu queria fazer isso, mas você fugiu antes como um covarde que é. - falou Jackie com uma voz altiva num misto de asco e nojo. Fitava Stevie com indiferença e desprezo.           oOoOoOoOo           Arrumou a mesa com o farto café da manhã. Naira comia tudo com vontade, era fã dos dotes culinários da mãe. Alex chegava à cozinha já totalmente vestido para o trabalho. Usava um terno risca de giz, o que o deixava com um ar mais charmoso, mesmo com aquele olhar selvagem característico. Tentava fazer um nó na gravata, mas como sempre era uma negação para isso e acabava Narin tendo que fazê-lo.       - Pronto. - falou sorrindo docemente e recebendo um beijo suave nos lábios. O marido como era empresário, por muitas vezes tinha que fazer viagens em que tinha que ficar até uma semana fora de casa. Ele mesmo havia chegado de uma dessas viagens na noite anterior - Tome o seu café da manhã. - completou soltando-se de Alex e preenchendo uma xícara com o café preto e forte como o moreno gostava.       - Obrigado Hina. - agradeceu já pegando uma torrada numa cestinha e passando a manteiga - Bom dia, Naira. - falou olhando de esguelha para a moreninha ao seu lado.       - Alex! Morri de saudades suas. - falou a menina descendo da cadeira afoita abraçando o Porling pelo pescoço e lhe dando um beijo na bochecha. Naira sabia que Alex não era seu pai verdadeiro, mas amava-o como tal. Mesmo que às vezes sentisse falta e até curiosidade de conhecer seu pai verdadeiro que havia abandonado ela e a mãe antes mesmo de nascer. Mas apesar de tudo continuava com aquela ansiedade de filha, que um dia ainda iria conhecê-lo e finalmente poder perguntar o porquê dele ter deixado sua mãe e a ela.       Soltou-se de Alex e voltou para a cadeira se ocupando agora com o biscoito e o toddy que tomava. Narin logo se sentou de frente para a filha e ao lado de Alex para tomar o café. Começaram a conversar coisas supérfluas sobre o que aconteceu o tempo que esteve fora, a escola de Naira, essas coisas. Passaram-se alguns minutos e escutaram a voz de Naira que agora pegava uma torrada:       - Sabia que encontramos um colega de escola da mamãe ontem no supermercado? Você deve conhecer já que estudou junto com a mamãe. - falou a menina inontemente e com um sorriso, fitando o Porling que a fitou curioso. Narin arregalou os olhos ao notar o que Naira falou e falava.       - Quem? - perguntou Alex dando um gole no café, os olhos fixos em na menina.       - Um tal de Estive, Instivie... não lembro o nome, mas é mais ou menos isso. - falava terminando de tomar o leite.       Alex arregalou os olhos e deixou a xícara imediatamente na mesa, fitando agora Narin que estava tensa. Já havia entendido perfeitamente quem elas tinham encontrado no supermercado.       - Stevie. – falou num fio de voz.       - É isso mesmo, Stevie. Você também o conhecia? – perguntou a menina curiosa.       Fitou a própria xícara, os punhos cerrados fortemente, odiava Stevie por tudo, por ser um convencido, alguém que não se importa com os sentimentos dos outros, seu modo altivo de agir e falar e principalmente, pelo que fez a Narin, este motivo ultrapassava todos os outros motivos do seu ódio pelo Cassano. Para ele o que o Stevie fez não tem perdão, abandonou Narin grávida dele, logo ela que tinha lhe entregado todo o seu amor naquela época.       Narin percebendo a tensão que começava a tomar conta do marido dirigiu-se para a filha.       - Naira, vai trocar de roupa, daqui a pouco você tem que ir para a escola. - falou a morena querendo tirar a filha da cozinha para poder conversar mais abertamente com Alex.       A filha logo afirmou com um meneio de cabeça e saiu correndo para o interior da casa para se trocar. Se vendo livre da vista da filha, finalmente fitou Alex que continuava com a cabeça baixa e os punhos cerrados.       - Eu iria te contar, é que não tive tempo. E também ainda estou tentando me recuperar do choque. - falou num fio de voz tocando as mãos do Porling com as suas.       Fitou Narin ao seu lado, não era bobo, sabia como a volta de Stevie devia ter afetado a esposa, devido ao tanto que ela sofreu e passou por causa dele.       - Você está bem? - perguntou calmo e relaxando as mãos.       Sorriu com a atitude de Alex para animá-la, realmente sempre seria agradecida a ele e Lian, que foram as duas pessoas que mais a apoiaram nos momentos difíceis, junto com a sua amiga Clarice. Foi por esse motivo que aceitou finalmente o pedido de namoro de Alex há três anos atrás e depois de um ano se casaram. Devia muito a ele e principalmente, dele sim tinha certeza que recebia amor verdadeiro.       - Não se preocupe, vou conseguir dar a volta por cima disso, como todas as outras vezes. - disse num timbre calmo entrelaçando seus dedos com os dele - Não vou deixar ele me abalar, prometi para mim mesma há anos que nunca mais iria derramar uma lágrima sequer por ele.       Sabia como Narin dava de forte na frente dele, mas sabia que estava sendo difícil para ela toda aquela situação. Mas dessa vez ela não estava mais sozinha, tinha a ele a quem podia se amparar e como seu marido iria protegê-la de tudo e todos.       - Narin, sei que não é da minha conta, mas você não acha que Stevie pode começar a querer reclamar seus direitos como pai? - perguntou com um semblante sério e afastando as mãos.       A expressão da morena se tornou sombria e olhando para seu próprio colo começou:       - Para começar isso é da sua conta sim, a partir do momento que você se tornou meu marido tem o direito de se meter em tudo que é relacionado a minha vida. Mas continuando, não acho que ele chegaria a tanto, nunca se importou em saber se a filha estava bem ou pelo menos viva, por que iria se importar agora? Mas caso ele viesse a fazer isso, não iria permitir, ele perdeu todos os seus direitos de pai quando me abandonou com um filho no ventre. Ele não tem nem o direito sequer de chamar Naira de filha. - disse séria e com o olhar distante - Naira é a minha razão de viver e não vou permitir que Stevie faça minha filha chorar e sofrer como ele me fez.    
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