Que Deus me perdoe — O que acha de sair um pouco desse quarto querida? — papai pergunta encostado no batente da porta, a sua roupa e seu evidente cansaço demonstra que ele acabou de chegar do trabalho, por um momento penso em negar, porém logo jogo esse pensamento para escanteio, eu preciso sair desse cubículo que está me deixando claustrofóbica e com pensamentos suicidas. Concordo com um aceno de cabeça, papai entra no quarto, me pega no colo e coloca-me sentada na cadeira. Antes que ele possa empurrar a cadeira eu coloco as mãos nas rodas e saio do quarto, preciso aprender a fazer essas pequenas coisas, não quero depender da mamãe ou do papai para o resto da minha merda de vida. Papai passa na frente e anda até a vidraça da sala, ele a abre e passo com a cadeira, o ar puro do jardim to