Capítulo 9

1344 Words
Só deu tempo de apertar o power e desligar o computador, ainda bem que havia guardado o dinheiro no meu quarto. Quem adentrava o quintal com a maior cara de p*u, era o cretino do Renan. Já fiz minha cara de zero paciência, acreditando eu que ele estava ali para me pedir para voltar. Entretanto fui surpreendida, o meu ex noivo entra na minha casa com o dedo apontado para minha face e gritando feito marido traído. Enquanto ele berrava, varria os cacos de vidro do copo quebrado. Não dando a mínima para a presença dele. — Sua safada! A quanto tempo tu me trai ganhando dinheiro? — Oi? — fico meio boiando com a pergunta do i*****l a minha frente. — Não finge que não sabe do que estou falando. — Fingir para ele, é muita petulância.— Sua cara tá estampada em tudo que é canal de TV. Foi aí que me dei conta, que alguém vazou para imprensa o último desastre na minha vida, Eu só tinha uma preocupação. Minha mãe. Renan continuava a representar o show de namorado traído, tudo que esse falso falava, estava sendo abafado pelo tamanho da minha preocupação. Até uma frase me chamar atenção. — Você já tem um c*****o né! Por isso nunca vi a cor desse dinheiro. Há pessoas que a gente para, olha e pensa: “Um preservativo teria evitado muita coisa” — Traste! A sua preocupação é porque não comeu o dinheiro que acha que ganhei? Antes que o verme pudesse responder, fomos surpreendidos com uma mulher parada a porta nos observando. Só tinha a visto uma vez, mas jamais esqueceria aquela mona elegante. Era a mulher que estava na delegacia com os policiais, a que o investigador disse ser a p**a das galáxias da segurança nacional. Poderia me perguntar o que fez essa mulher vir até um bairro do subúrbio do Rio, após ver o conteúdo do microchip, é certo que ela veio atrás dele. Não sei se jogava o Renan em cima dela e corria ou se chorava. Me mantive firme e banquei a adulta. — A senhora deseja alguma coisa? A mulher entra na minha casa, escaneando com os olhos e fazendo cara de nojo. Já Renan a olha com cobiça. Patético! — Manda ele sair — ela ordena, com toda sua superintendência. — Vou falar para ele ir embora, porque não tenho mais nada a conversar com esse ebó. Aqui na minha casa mando eu. Só podia ser louca, estava desafiando a bam bam bam da segurança não sei de quê. — Não vou a lugar algum sacô. A coroa gostosa ai que espere. Cheguei aqui primeiro. Não vai fugir de mim. Tu me deve muita explicação… Renan apontava o dedo para nós duas enquanto falava, antes dele concluir as merdas que cagava pela boca, a loira belzebu pegou o dedo dele impulsionando em sentido contrário. Pude escutar o crack junto ao grito de dor que deu. Com a força de um homem, ela virou o Renan com o braço para trás e de costas para ela, encostou sua boca no pescoço do indivíduo e por um instante achei que Renan iria se borrar ali mesmo. Eu até que gostei. — Escuta bem bonitinho! Você sai daqui agora e vai para o posto de saúde consertar suas falanges, pois desloquei as três de uma só vez. Agora se eu continuar a ver sua cara de pobre, ou ouvir a sua voz de gente m*l educada. Farei o mesmo com seu saco escrotal do que fiz com seu dedo. E esqueça se tiver em mente algum dia ter um Júnior. Naquele momento percebi que o Renan não se deu bem na vida, pois estava no esporte errado. Deveria ter tentado o atletismo. Com o dedo pendurado ele correu feito um cisco e pulou meu muro feito um canguru. Sair pelo portão! Nada disso. Se pula o muro mesmo quando se estar perto de perder os ovos. Assim que Renan saiu a mulher voltou seus olhos para mim. — Agora podemos conversar em paz. — Torcendo para que seja somente uma conversa — respondo, mas na verdade gostaria de ter saído igualmente ao Renan. — Tudo depende de você — posso sentir o ataque no tom das palavras delas — Agnes eu só preciso de um objeto, um microchip que faz parte da segurança do país e nos foi roubado. — Queria muito lhe ajudar senhora, mas não tenho ideia do que está falando. Provavelmente está com aquele homem que matou o ministro e depois se jogou do prédio. — Não. — ela n**a com segurança — se caso o tal homem tivesse encontrado já estaria nas minhas mãos. — Comigo não está. — Sinto minha voz oscilar. Estou com meu edí que não passa a metade de uma agulha de miçangas. A mulher balança a cabeça em positivo. — É, não tem jeito Agnes. Terá de vir comigo. — Não irei com a senhora a lugar algum. — Será só para lhe proteger, vão vir gente atrás de você e não serão tão amáveis como eu. — Porque viriam atrás de mim? Não fiz, nem vi nada. Mas que droga! Sou só uma azarada que estava no local errado. — Não se exalte querida! Lá fora no carro estão os três policiais no qual você viu comigo na delegacia. Vai vir por bem, andando com suas pernas? Ou os mando entrar? — O que vocês querem de mim? — Além de lhe proteger? Queremos o microchip. Você não pode ficar a solta por aí obtendo esse poder. — Não tenho poder nenhum. Não vi vídeo algum! — Hum! — ela exclama — nunca lhe disse que tinha um vídeo no microchip. Como sou burra! Eu mesma dei um coice na minha cara. Fui dando passos para trás. Enquanto a mulher encostou a boca na gola do paletó e dizendo: Entrem. Como se precisasse de reforço! Depois do que fez com Renan, comigo seria molezinha. Com a porta escancarada, vi os três homens adentrarem meu quintal. E logo atrás deles, outro grupo de homens todos mascarados, menos um. Aquele eu já conhecia, o coroa que foi procurar o ministro no dia em que ele morreu. A frente da minha casa parecia guerra entre gangues, quando cada grupo puxou suas armas. — Esse abutre do Carmurati veio atrás do micro — a ouço vociferar. — Mas também já disse a ele que não tenho nada comigo. — Se prepara para se proteger, porque não sei será uma guerra fria. Pensa agora como seria lindo. Uma chacina no meu quintal. Tinha em mente que a situação não poderia piorar, até ouvir o primeiro tiro ser estourado. Todos olharam para o meu terraço. Dona Fodona e eu estávamos em alerta, em uma fração de segundos, um outro tiro foi disparado. Vi o coroa o tal do Carmurati cair com a mão no braço. — Se agacha e põe as mãos na cabeça! A mulher grita se jogando ao chão. E começou tiro para tudo que era lado. A frente da minha casa ficou parecendo guerra de facção rival. A superintendente das picas nacional tentava negociação para cessar fogo, enquanto eu me arrastava pelo chão querendo chegar ao quarto da minha mãe, sair pela janela e me desvencilhar de todo aquele bafucá. Mesmo no chão, a mulher percebeu minha tentativa de fuga e me puxou pelos cabelos trazendo-me de volta ao seu lado. Isso doeu! — Não tenta gracinhas mocinha, você só sai daqui comigo. Viva ou mor… Foi só uma pesada na cara, na verdade no queixo. Vi um coturno acabar com toda superintendência da loira, aplicando uma bicuda forte, fazendo a cabeça da pirua cair que nem gelatina. Não sei se ficava feliz ou triste. Porém a mesma pessoa que desmaiou a fodástica, me pegou do chão me jogando no ombro feito um saco de batatas e me tirou dali pela parte detrás da minha casa. Justamente por onde eu queria sair. Aí Deus! Quando isso irá acabar.
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