Capítulo 8

1003 Words
Alfa Romeo… Realmente perco o equilíbrio quando as coisas não dão certo. Por conta do imprevisto, falhei na minha última missão. Não consigo me organizar no trabalho se eu estiver com pendências. Nenhum dos dois celulares estavam com esse microchip, nem o da jovem, nem o do ministro, então eu falhei. Falhei em parte. Maurício Farias está morto, o problema é não ter achado o tal chip que todos estão feito abutres atrás. Deixei uma jovem viva. Por causa da minha falha a vida dela vai virar um inferno, até que achem esse chip e a matem. Talvez seja torturada por algo que não tem ideia do que seja. Na verdade nem eu tenho. Limousine fala o tempo inteiro em segurança nacional. Mas o que há nesse chip que todos estão atrás. Alguém andou fazendo uma sujeira muito podre com o nome do país, isso é certo. Observo meu celular vibrar em cima da mesa, certamente uma mensagem, assim que abro me surpreendo. Número que não está na minha agenda, geralmente não atenderia, mas a pessoa me chamou pelo nome de guerra. “Boa tarde Alfa Romeo!” “Boa tarde! O que quer e como sabe meu nome e número?” “Quero te contratar e o Porsche me deu seu nome e número, como ele está fora do país, falou que você é o cara certo para executar esse serviço.” “Não está fora do país, está fora de combate, depois da lambança de matar o motorista junto da vereadora. Não pego serviços por fora da organização, ainda mais indicados pelo Porsche” “1.000.000,00 Já observou quantos zeros tem aqui meu amigo? Sei que pela organização pagaria a metade disso e seria dividido parte para você e a outra para eles. Porém quero alguém motivado” “Se caso fosse aceitar qual seria o serviço?” “O microchip” “Terei de rejeitar, já me pagaram por esse serviço” “2.000.000,00” “Mais uma mensagem e você vira meu alvo. Não irei pegar o serviço por valor algum” Essa história desse chip está me enchendo a paciência, me tirando do controle. Vou organizar meu trabalho da semana, tomar um banho e pensar onde e com quem ele possa está. Logo após do trabalho organizado, banho tomado e comida a caminho, uma barca japonesa só para mim. Enquanto aguardo o delivery que vai acalmar o leão que ruge no meu estômago, ligo a TV para saber as patranhas que estão falando em torno da morte do ministro. Vou passando os canais e todos informam o mesmo. O que vejo é péssimo, a cara da jovem estampada em todas emissoras. Alguém vazou a identidade dela. Está em apuros. Agnes... Dormi feito um urso na casa da Yasmim, quando acordei ela já não estava. Tomei um banho peguei minhas coisas e vim para casa. Agora é acertar a vida. Pagar o Trocacem, cuidar da minha mãe e arrumar um novo emprego. Sento na poltrona e ponho minha bolsa no colo, de dentro dela retiro dois maços de dinheiro, um com elástico com o valor de mil e quinhentos reais, que a Yasmim me emprestou e o outro com papel no valor de cinco mil pagos pelo ministro. Que Deus o tenha! Junto todo o dinheiro e confiro, está certinho e me livraria daquele homem. Ponho todo o dinheiro no elástico, pego o papel para jogar fora. Assim que o amasso para jogar na lixeira sinto algo durinho, desamasso o papel novamente e não tem nada, o viro do avesso e nada. Foi então que percebi que ali haviam duas tiras de papéis, uma colada a outra, Peguei a unha e pus na emenda, abrindo com cautela destaquei as duas tiras. Vi quando algo preto e leve caiu no meu piso, agachei e peguei era o tal microchip. Ao olhar as tiras novamente, em uma delas uma mensagem, era do Ministro. “Cara colega! Se você está lendo isso agora e eu não lhe liguei atrás desse microchip é porque estou morto. Destrua esse chip sem ver o conteúdo. Caso veja, será testemunha do que tem ali e sua vida estará em perigo. Não copie, não conte a ninguém, negue até o fim.” O que é isso! Um filme de terror? Será que a Samara parou de sair do e-mail e da fita K7, agora ataca pelo microchip? Mas tudo bem, mediante que não tenho sorte e o defunto mandou destruir. Irei destruir então. Vai que ao invés da Samara, sai de dentro desse chip o próprio, com o Ocani D querendo arrancar minhas pregas, cobrando pelo serviço que pagou e não teve tempo de concluir. O terror seria muito pior Ando até o banheiro com a intenção de jogar no vaso e dar descarga. Por um breve momento me vem uma lógica na cabeça. Se vou mentir que não vi esse chip, posso mentir também que não vi o conteúdo que está dentro dele. Por isso é melhor dar uma espiadinha e matar a curiosidade. Comecei a pensar a onde iria ver o conteúdo que tem dentro do chip. Aquele filho da p**a do Sub-Zero roubou meu celular. lembrei que tinha um suporte daquele chip, era só encaixar no computador. Peguei tudo o que precisava e sentei a frente do desktop. — Leu que máximo — falo comigo mesma. Clico no vídeo, e como meu computador é lerdo demora a abrir, vou até a cozinha pegar algo para beber. Ao voltar o vídeo já estava rolando no computador, eu cheirei meu copo para ter certeza que o que eu bebia era água e não ardente. Bati na minha cara. Belisquei meu braço. E mordi meu dedo. Não tinha jeito, aquilo que eu estava vendo era real. Era ele que estava naquele vídeo, o próprio. O que podia dizer é, que naquele micro tem nitroglicerina pura. Meu copo se espatifa no chão, quando o deixo cair ao perceber que alguém adentrou no meu quintal. Ninguém poderia ver aquilo.
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