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2151 Words
Vinícius narrando: Novamente me peguei pensando naquele dia, o dia em que a mulher da minha vida se foi e tudo por pura ganância minha. Olho pra Karen que me tirou das minhas lembranças. - O que foi agora, Karen? me deixa, p***a, saí da minha bota. - encarei ela irritado. - Já passou um ano e todo santo dia você pensa nela. Você esta comigo e continua pensando nela, noite passada na hora em que era pra você me chamar, você chamou por ela, me chamou pelo nome daquela v***a. - A Karen falou e eu respirei fundo, peguei ar mesmo.  - Papo reto pra tu, esquece ela. - falei apontando o dedo na cara dela. - a próxima vez que tu xingar ela a parada vai ficar f**a pra tu! Se liga, garota, sem k.o nenhum. - falei e dei uns tapinhas na cara dela. - Você esta comigo e quer que eu aceite você me chamando pelo nome de outra. - Falou séria, me encarando.  - p***a!! Saí daqui agora, mete o pé. Se você ficar aqui eu vou te comer na p*****a. - Mandei e apontei pra porta. - Aposto que você nunca levantou a mão pra ela. - falou e saiu do quarto batendo a porta. Abusada pra c*****o. Saí do meu quarto e fui pro quarto do meu pivete. Entrei e parei na beirada do berço, fiquei encarando o quarto, era pra ser do meu filho com a Yanca. A gente era tão louco que mesmo sem ela estar grávida, montamos o quarto e mesmo depois de mudar de casa trouxe todas as coisas pra cá. Tava vazio e era pra ter meu filho ali, junto com a Yanca. Mas eu fodi e acabei com a p***a toda. Sai do quarto, passei a chave e joguei dentro do meu bolso. Nem comi nada, peguei minha moto e arrastei pra boca. Já avistei o Dedé, junto com o BigBig. Sentei lá e comecei a conversar com eles. Assim que o BigBig saiu pra, ir na outra boca, o Dedé ficou me ensaiando pra falar comigo. - Fala logo, p***a. Eu mordo não c*****o, pelo menos não mordo tu.- falei zoando e ele me olhou sério. - Eu tô ligado. Mas ai, tu pensa o que sobre pegar ex de parceiro? - perguntou e eu o olhei sem entender. - Só pra saber mermo, só curiosidade. - Explicou e eu continuei encarando ele.  - Depende, pô, depende de quem é a mina. Depende se o parceiro ainda gosta da mina, depende de cada um, mano. EU acho feião, mulher de amigo tem que ser homem. - falei sincero. - Pode crê, é isso ai mesmo. Mas tu sente alguma parada pela tua ex? e se alguém daqui se envolvesse com ela.  - Qual foi, essas perguntas é pra que mesmo? eu tô gostando do rumo dessa conversa não. - falei sério. - Nada pô, tava só perguntando, puxando papo. - Falou rápido e eu balancei a cabeça. - Papo retão, se eu pego um filho da p**a traíra desse, eu mato. Pra mim não tem isso não. - falei encarando ele. Ele entendeu o recado, que só concordou e saiu rapidinho. Adorei esse papo, né? aquela filha da p**a que pense. Eu chamo ela ainda hoje, quero ver como é essa história. Amigo que é amigo não pega, nem mesmo se eu só tivesse gostado dela, mesmo sem ter tido nada com ela.  Fiquei o dia todo na boca com os caras e uma putas lá. Quando deu 19:00 fui pra casa. Tomei banho, deitei na cama de toalha e a Karen me olhou e saiu do quarto, peguei meu celular e fui lá no Face da Yanca. Só vou pesquisar pra ver. Desde aquele dia esse é o único modo em que eu vejo ela, através de fotos. De cara, já vi uma foto maneira, mas tava mostrando demais. Ela tinha acabado de postar. Yanca Hummer. A melhor liberdade é quando você se livra do que te faz m*l. Vi o comentário de um cara na foto, cheio de gracinha e de liberdade.  Peguei meu radinho e chamei o BigBig. - BigBig, entra no face da Yanca. _pronto. Já tô aqui já. - na primeira foto, eu quero que tu ache o filho da p**a que comentou. É um tal de Gabriel Santana, quero ele amanhã lá no barraco da 15. _ demoro, amanhã ele tá lá. Filha da p**a, cheio de macho atrás dela.  - v***a, esse filho da p**a vai se f***r na minha mão. - gritei irritado. - Quando comentam na minha foto você não faz isso. - falou de braços cruzados. - p***a, vai ser insegura na p**a que pariu. Eu tô contigo, p***a. Se eu quisesse ela, não teria te assumido em uma semana, o que eu não fiz com ela nem em três anos. Vem aqui! - falei me sentando e ela sentou na minha perna. - deixa de fogo, p***a, me da um beijo, gata. - falei e ela sorriu me beijando. - Por que você se importa tanto com ela? - perguntou e fungou no meu pescoço. - Eu não me importo não, quero até que morra. Só não gosto de ser enganado. Mas esquece, deixa ela, eu tô contigo, minha gatona. - falei e joguei ela na cama e já fui pra cima dela. - Me diz uma coisa. - falou me soltando e saiu de baixo de mim. - Agora?- perguntei e ela concordou. - que foi?  - Como você conheceu ela, como foi tudo entre vocês?  - Não é tu que não gosta dela? tá com esse papo por quê? - Falei e de um beijo no pescoço dela. - Eu quero saber, me fala. - Pediu outra vez. - Conheci ela quando tinha 15 anos, na porta do Colégio dela. Nós ficamos juntos, até que o coroa dela empatou e mandou ela decidir e ela veio morar comigo. - Pausa - No começo foi f**a, passamos por vários momentos ruins e mesmo assim ela preferiu a mim, do que a vida luxuosa que tinha. Eu fui crescendo aqui dentro, ganhei conceito e comecei a frequentar as festas da facção. Até que comecei a comandar tudo isso, ela sempre tava comigo, mas eu vacilei com ela e não me arrependi, não me expliquei com ela. Ela queria que eu ao menos negasse e eu sabia disso, mas eu tinha feito mesmo p***a e ainda tirei onda com a cara dela, tirei onda pra c*****o. - Falei e parei um pouco lembrando de tudo. -  começaram a comentar sobre meus atos aqui na favela e um dia eu cheguei lá na outra casa, ela tava sentada encarando a porta e me entregou uma peça de roupas minha, que ela mesma tinha me dado. As roupas estavam juntos com umas fotos e ela me pediu explicação, eu tirei sarro mesmo, tirei onda quando ela disse que iria embora, achei que ela fosse voltar, mas ela não voltou e agora eu tô contigo p***a. - falei e a ela sorriu. - Então ela não é uma v***a qualquer. - Falou pensativa. - Até aquele dia não era, hoje em dia eu já não sei, não falo com ela e nem nunca mais vi ela. - falei a verdade. - Entendi, então o errado de tudo foi você. Tu nunca amou ela. - falou me encarando. - Lógico que amei, pô. Amei muito mesmo. - Falei sério e já perdendo a paciência. - Mentira, é mentira e você sabe disso. Quem ama não traí, você podia se sentir atraído por ela, mas amor não, isso nunca foi. -  - tá falando isso por quê mesmo? eu amava sim, só eu sei o que eu sentia. - Falei puto e levantei.  - Você enganou ela tão bem que começou a acreditar na própria mentira. - Falou me analisando. - Tu cala a tua boca, você não sabe de nada. - falei segurando ela pelo pescoço. Apertei por um bom tempo e quando ela estava toda roxa soltei. Acordei rápido e vi a Karen me encarando sem me falar nada. (...) Acordei e já saí de casa, fui direto pra casinha da 15 porque eu sabia que o BigBig não ia vacilar. Entrei e já dei de cara com o filho da p**a amarrado e com o rosto um pouco roxo. -  Tá ligado quem sou eu, né? Eu quero te conhecer, pô, mas antes me diz uma coisa, como tá a Yanca? - Perguntei e arrumei meu bigode. - Tô lembrando de você. - Falou me analisando e eu sorri quando ele mostrou que tinha lembrado -  Tu que é o ex filha da p**a da Yanca, né? - Perguntou sério.  - Hum, ela falou de mim. - ri sarcástico. - como ela tá?  - Mais gostosa do que quando saiu daqui. - Falou sério.  - Folgado você, né? acontece que eu quem mando aqui. - Abri um sorriso falso. Fui até a mesinha e peguei o alicate. - Eu não gosto de ser tirado pra o****o. - falei e peguei a mão dele, já tirando dois pedaços do dedo dele. (...) - Dedé, manda ele pro forno. Tá quase morto e eu quero ele no fogo ainda vivo. - saí de lá e fui pra outra casa. A que eu morava com a Yanca, tomei banho, saí de lá e fui pra boca. (...) - Eu não perguntei. Eu quero e vou falar com ele. - ouvi alguém gritando. A porta foi aberta e vi o AL entrando. - Ô patrão, a Ya... tem uma mina ai querendo falar com tu. - Falou mas dava pra ver que ele estava com um receio.  - Deixa entrar, mas fica na porta com mais dois. - falei e ele concordou. Ele saiu e é só vi um vulto batendo a porta. - Qual é o seu problema? você matou ele, você matou ele! - A Yanca gritou nervosa. Olhei ela de cima a baixo, mais gostosa do que nunca. - Primeiro, não grita e segundo não se meta na minha vida ou nos assuntos da minha favela. - Falei sério. - Eu quero que você e a p***a desse morro todo vá tomar no cu. Eu só quero saber o porquê de você ter matado o Gabriel. - Pausa - O Dedé me falou, e eu te odeio, meu deus, como eu te odeio. - Falou e riu - Minha vida estava ótima, eu tinha ate esquecido dessa época da minha vida e você decidiu renascer das cinzas. - Você quem veio me procurar. Eu tava no meu canto, mas já que está aqui, me diz uma coisa. - Pedi e levantei - Tu tá dando pro Dedé? - perguntei encarando ela. - Pra quem eu dou ou deixo de dar não é da sua conta, olha... eu vou embora porque já percebi que está pior do que nunca. - falou me encarando com nojo. Quando eu ia responder fui interrompido. - Vini, eu vou.. - entrou falando mas parou quando viu a Yanca. - Ai meu Deus, é você mesmo! Sua p*****a, mudou de número e esqueceu de mim. - Me desculpa, amiga. - Pediu olhando pra Larissa mas me olhou de canto. - É porque foi tudo muito rápido e eu precisava botar um fim em tudo que aconteceu aqui.- falou e me olhou. - Sim, eu sei.  Vamos lá em casa, a gente precisa botar o papo em dia. - falou e ia sair arrastando a Yanca. - O que tu queria comigo? - Perguntei pra Larissa.  - Eu.. esquece, depois eu falo contigo. Agora vou falar com minha amiga que me abandonou. - Vamos fazer assim, eu vou pra casa e qualquer dia você vai lá, eu não quero ficar aqui. - falou olhando atenta pra Larissa. - Na.. nada disso, eu vou pra minha casa junto com a senhorita. - A Larissa falou séria e grudou na mão da Yanca. - Ai patrão, o CJ chegou ai e disse que a guerra tá armada. - entrou já falando e depois que viu as meninas ali. - Dedé. - Olhou pra ele e abriu um sorriso. - Ai, vaza todo mundo da minha sala. - Mandei sério observando os dois. A Larissa saiu primeiro, o Dedé atrás dela e a Yanca me encarou por um tempo, olhando dentro dos meus olhos como fazia antes, sempre que queria alguma resposta. E depois saiu também. Porra, p***a, p***a, essa v***a voltou. Voltou e veio me atormentar, eu tô ligado porque conheço ela muito bem, e ela vai atormentar minha mente.
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