Capítulo 3

2226 Words
Lauryn Gilbert Saí do lugar às pressas e pelo caminho, esbarrei-me com um rapaz, eu quase caía, mas ele segurou-me. – Tem mais cuidado por onde andas, cunhadinha. – Olhou para mim e sorriu. – Inayat. – Disse surpresa. – Por quê a pressa? – Acabei de sair da sala do teu irmão bruto. Nossa, por que é que ele é tão bruto, frio e m*l humorado com as pessoas? – Desabafei. Ian parecia que me odiava. Mas a proposta de casamento foi o seu pai quem fez para minha mãe e não o contrário. – Calma, posso ajudar-te. Podemos conversar, tem um lugar, um restaurante excelente, tenho certeza que irás gostar. Vamos, lá a gente conversa. – Não posso, estou com a minha amiga e com o carro da minha mãe. Tenho de ir. – Tudo bem. Quando tiveres tempo, liga-me, aqui está o meu cartão. Não precisas de ter medo, sou muito diferente do meu irmão, não quero estar ligado com a empresa Castiel e os negócios da família, por isso passo a maior parte do tempo no exterior. – Disse isso e de seguida se foi. Fiquei me perguntado o porquê de ele querer me ajudar. Sendo eu uma completa estranha para ele, assim como ele é para mim, não fazia sentido. Fui até à boate e procurei pela Melissa, achei ela ainda a brigar com o Liam, o melhor amigo do Ian. – Vê se controlas a selvagem da tua amiga. – Disse Liam. – Selvagem? Vais ver o que é ser selvagem quando eu quebrar essa tua cara. – Disse Melissa, pronta para partir para cima do Liam. – Melissa! – Segurei-a pelo braço, a minha amiga era explosiva e ateatrada. – Quebrar a minha cara? Era só o que me faltava. – Liam arranjou seu paletó e se foi. – Vamos. – Disse para a minha amiga. – Por que não deixaste que lhe partisse a cara? – Pára com isso, ele é um poderoso. Pode ser muito perigoso, então não penses nisso. – Está bem, Lauryn. – Revirou os olhos. Entrámos no carro e eu a deixei no estacionamento do seu prédio. Fui até à minha casa. Entrei e fui até ao banheiro.Lavei-me, vesti um pijama e fui dormir pensando na proposta que Inayat me fizera. Acordei e já tinha começado a me preparar. Vesti calças, uma blusa leve de mangas compridas. Calcei sapatos altos, pintei um batom rosa leve, eu não gostava de exagerar na maquilhagem, optei sempre por algo leve. De seguida, fui até à cozinha da minha pequena e aconchegante casa. A minha casa, diferentemente da dos Castiel, não era nenhuma mansão. Preparei meu café da manhã. Peguei no meu celular e disquei o número do Inayat e liguei para que combinássemos de nos encontrar numa cafeteria, pois não me sentiria bem de ir com ele a um restaurante ou estar sozinha com ele. Cheguei no local combinado e fui até à mesa onde o Inayat já se encontrava. Ele se levantou e afastou a cadeira para que eu pudesse me sentar. Pediu um café para os dois e algo para acompanhar. – Sei que não entendes o porquê de eu te ter feito o convite para chegares até aqui. — Falou e sorriu. – Pois é, até agora não sei o que pretendes. – Eu posso te ajudar a pagar a dívida que tens, e então não precisarás de te casar com ele. – E o que tu ganhas com isso? – Nada, eu só estou a ser generoso com contigo. Talvez, ganharia tua amizade. – Pegou na minha mão. — Afastei-me de imediato. – Inayat, o nosso noivado já está feito e não tem como eu voltar atrás. – Podes não aceitar agora, pensa na minha proposta. – Irei pensar. – Agora tenho que tratar de alguns assuntos. Posso acompanhar-te até à tua casa, se quiseres. – Não, obrigada. Agora que eu terminei a faculdade, estou à procura de emprego e ocupo o meu tempo dando aulas de dança. – Então, cunhadinha, a gente se vê por aí. – Levantou-se, pagou a conta e foi. Inayat Castiel Desde a última vez em que vi a Lauryn, eu pensei que ela fosse ainda a mesma menina, mas parecia que estava mais crescida. Ela não se lembrava de mim, mas eu faria de tudo para a ter. Esta batalha eu é quem ganharei. Parecia ontem que enquanto eu viajava para o exterior por conta da depressão pela perda devastadora da garota que eu amava, vê uma garota andando pela calçada. A garota me chamou bastante atenção, mas eu continuei o meu caminho. Anos depois vejo que é ela "Lauryn Gilbert" o triste é que é noiva do meu irmão. Lauryn Gilbert Fui até ao salão onde eu dava aulas de canto e encontrei as minhas crianças esperando por mim. Era o primeiro dia de aula depois das férias que eu havia dado. – Tia Lauryn. – Disse Angélica me abraçando. – Oi, meu amor! Como te portaste durante as férias? – Muito bem, tia. Falou mostrando seu bonito sorriso. Eu gostava dos meus alunos, mas a Angélica me comovia mais, pois ela era uma menina que não cresceu com os seus pais, vivia em um orfanato e, se eu pudesse, adoptaria aquela menininha linda. Juntei-me aos meus alunos, dei-lhes a aula e, depois das aulas, todas as crianças foram para as suas casas num autocarro que as deixava nas suas devidas residências. Fiquei praticando mais um pouco, escutei um barrulho parei, tentei procurar. – Tu pegaste-me, desculpa-me. Eu estava passando por aqui e, como sei que dás aulas de canto por aqui, decidi entrar. E não aguentei quando te vi a cantar. Tens uma voz espetacular. – Eu não sei o que acontece contigo, mas eu decidi aceitar a tua proposta! Daqui, irei falar com o teu irmão para ver se ele aceitará a proposta. Sei que será o melhor, porque Ian me odeia e parece não gostar nem um pouco do nosso casamento arranjado. Além que ele não têm nem um pouquinho de respeito por mim. – Sério? – Respondeu sorrindo. Ele gostou de ouvir. – Eu mesmo acompanho-te, mas não poderei entrar na casa. Te deixarei no endereço, precisarás deste cartão para entrar. Mostra isto aos seguranças e diz que Inayat Castiel é quem te deu, permitirão a tua entrada! Agora vamos, porque a esta hora ele deve estar em casa. Acompanhou-me até fora e estava lá o seu carro. Abriu a porta para que eu pudesse entrar e entrou, de seguida. – Inayat. – Falei. – O quê? – Perguntou olhando para mim antes de arrancar o carro. – Obrigada! Nem sei como te agradecer por isso. Se eu conseguir me livrar deste casamento arranjado, estarei em dívida contigo, serei eternamente grata. – Lauryn, não precisas de agradecer. Faço isso com prazer enorme e a tua amizade me é o bastante. Tu não estarás em dívida comigo, quero que sejas livre e vivas a tua vida! Desde o primeiro dia que te vi, eu gostei de ti, digamos: tu me caíste bem. Quando soube da tua história, me comovi. Por isso irei te ajudar, conheço perfeitamente o meu irmão: ele não te merece, tu és uma menina boa e ele um ser frio. – Disse Inayat. Apenas sorri para ele, de seguida, dirigimo -nos à mansão do Inayat, uma mansão enorme, uma fortaleza cheia de seguranças. Era um lugar muito escondido, acho que era a única casa naquela região. Inayat deixou-me no portão e disse que se precisasse de ajuda, bastava ligar para ele e ele viria me buscar. Cheguei no portão enorme, entreguei o cartão, o segurança viu e ligou para alguém, revistaram-me; de seguida; me acompanharam até dentro da casa e me deixaram esperando na sala, uma sala enorme, muito elegante. Uma senhora foi ter comigo. – Olá! Como te chamas? – Sorriu. – Lauryn. E a senhora, como se chama? – Eu sou a Mari. Trabalho com a família Castiel; a propósito: no dia do vosso noivado, eu estava lá. Eu queria pedir que tivesses paciência com o meu menino. No fundo, é uma boa pessoa. – Bom, eu acho que...– Estava para falar quando fui cortada por uma voz de arrepiar. – Nana querida, será que poderias me deixar a sós com a minha noiva? – Disse Ian. Pela primeira vez o vi amável com alguém. Seria somente bonzinho com a mãe e a Nana? – Sim, meu menino. – Respondeu e foi-se. – Acompanha-me ao escritório. Assenti e fomos subindo a escada, até parar no corredor, na porta da sala. Abriu a porta, a sala era enorme e cinza. Tinha vários livros e uma foto de Ian, sua mãe e a sua nana; era uma foto de quando ele era pequeno. Na sua mesa, havia uma foto sua actual, esbanjando um semblante sério. – Senta-te. – Disse tomando o assento. – Agora me diz a causa da tua visita. Consultei aos seguranças e disseram-me que foi o meu adorável irmão quem te deu o meu cartão. – Sim, deu-mo. Fiz uma pausa, eu estava tremendo pois não sabia qual seria a sua reacção. Ian dava-me medo, mas acalmei-me e continuei. – Tenho algo importante para te falar. – Então fala. – Disse olhando fixamente para os meus olhos. Seu olhar era frio, e ele nunca demonstrava nenhuma expressão. – Não é mais necessário o nosso acordo, quero cancelar o noivado. – Disse. Ian deu um sorriu sarcasticamente, olhou-me e disse: — A senhorita Mikeyla sua mãe sabe disso? — Não, mas em breve saberá e sei que me apoiará assim que souber que te encontrei fazendo sexo no seu escritório com sua secretária e depois foste agressivo no cassino comigo. — Sabe Lauryn, eu Ian Castiel nunca recebo não das mulheres e jamais vou passar a vergonha de ter o meu noivado cancelado. Uma vez que nosso noivado foi publicado, iremos até o final. E acredite que posso deixar sua família na ruína mais do que já está. Vossa casa está em meu nome, e sem contar que posso fazer uma carta pedindo que nenhuma empresa contrate você e sua família. E ainda tem mais arranjarei uma forma de seres expulsa do teu atual emprego. Então não me provoque senhora Gilbert, pois não sabes com quem estás se metendo. – Se Ian já me amedrontava antes imagina agora depois de mostrar suas garras. Mas eu também não podia me mostrar frágil. — Você me odeia, e odeia este casamento que acontecerá. Nem amenos amigos somos. Você me trata grosseiramente, foi um erro eu ter aceitado essa proposta. Me deixe ficar livre e arranje outra garota ao seu gosto. — Digo me levantado. — Já estás avisada Lauryn. — Não preciso de teu dinheiro e nem da tua ajuda pois alguém irá fazer isso. Mesmo que nos tire tudo, ainda assim eu e minha mãe teremos um teto. Sai da enorme fortaleza, e para minha sorte consegui achar um táxi agora só me restava contar a minha mãe que não teria mais casamento. ... Chego na casa, e minha mãe se encontrava na cozinha preparando o jantar. — Bom noite mamãe, Ayann. — Estávamos te esperando bebê. O jantar já está pronto. — Ayann me ajude a por a mesa. — Acrescentou mamãe. Me direciono até a torneira para lavar minhas mãos e depois me sento na cadeira soltado um longo suspiro. — Oque foi? — Mamãe me olhou preocupada. — Não terá mais casamento. — Como assim não terá mais casamento? — Cancelei o casamento, estava em casa do Ian. Acreditas mãe que ontem fui na sua empresa para deixar claro algumas coisas sobre o nosso casamento e o encontrei transando com sua secretária e este nem se importou em vir atrás de mim. Ficou lá. De seguida fui a casa da Melissa, e a mesma propôs de irmos nos divertir no cassino e lá cruzei com Ian. O mesmo fez um enorme escândalo por eu estar dançando com um cara e tratou-me grosseiramente. E no final disse que eu tinha que acostumar pois ele não seria fiel a mim. — Esse Ian e mesmo um homem c***l, mas a que custo? Sendo que o pai e a mãe são uns amores. — Disse Ayann. — Não posso crer que Ian fez essas barbaridades contigo minha filha. Não se preocupe com o dinheiro pois eu arranjarei outra forma de conseguirmos. — Mamãe com isso não se preocupe, diferente de Ian Inayat tratou-me muito bem. E disse que me ajudará. Porém tenho medo pois Ian ameaçou nos despejar e fazer algo para que eu fosse expulsa do emprego. Em suma ameaçou prejudicar nossa família. — Agora comecei a ter medo dele, Lauryn você precisa casar com ele. E se ele me prejudicar também? Lembre-se que estou concorrendo para uma vaga para eu estudar em uma das melhores faculdade deste país. — Não se preocupe Ayann, talvez ele não cumpra e esteja só me ameaçando. Não vamos ceder as suas chantagens. — Lauryn aceite a ajuda de Inayat mas nada mais do que isso. Pois se está te ajudando é porque também está interessado em você caso contrário estaria do lado só irmão. E eu não quero escândalos, por isso adverto a não se deixar apaixonar por Inayat Castiel.
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