Capítulo 2

2361 Words
Ian Castiel Acordei às seis horas da manhã e fui directamente ao banheiro para me lavar. Depois , desci à cozinha para pedir a uma das secretárias que me preparasse o café da manhã. Mas encontrei tudo pronto pois eles sabiam como eu era antes de ir à empresa. Minha família trabalhava com fabricação dos maiores e melhores aviões do mundo, o que fez de nossa empresa uma das maiores do mundo. Depois que o meu pai deixou a empresa sob minha responsabilidade, tive que me tornar alguém responsável. Porque ser dono da maior empresa de fabricaçoes de aeronaves da Itália não era fácil. Depois de um longo percurso, cheguei à empresa e todo mundo já ia me cumprimentando. Dirigi-me até o elevador que me levou ao último andar, onde ficava minha sala, onde preservava o silêncio absoluto. Encontrei a minha secretária sentada em sua mesa, toda impetuosa. – Bom dia, senhor Castiel! – Cumprimentou Charlotte, interrompendo minhas reflexões. – Bom dia! — Respondi ríspido e caminhei até a minha sala. – Bom dia, Ian! Hoje, demoraste a chegar! —Disse Liam assim que cruzei a porta da minha sala, ele já se encontrava sentado numa das poltronas da minha sala. A sala era decorada de luxo total, com uma vista enorme para a cidade a partir da varanda; também tinha um banheiro. A sala mantinha-se fechada com uma porta à prova de som que não deixava que ninguém escutasse as conversas. Era também repleta de quadros de artes eu era um amante da arte e por vezes pintava. – Pois é, tive alguns problemas. – Falei tomando o assento. – A tua noiva é linda. – Disse o Liam. – Como se isso me tivesse alguma importância. – Respondi levantando-me para olhar a vista pela janela. Eu não me importava com a aparência exterior, o que vale para mim é o interior. – Então, falemos do carregamento de hoje às vinte e uma horas, será feito por este homem. – Disse enquanto me mostrava a foto e o nome do homem. – Espero que ele faça bem o seu trabalho. – Também. Mas, depois disto tudo, não quer se divertir? – Liam gostava de se divertir em cassinos. – Gostei da ideia, faremos isso. Depois do carregamento, podemos passar pelo cassino. – Então, tudo bem. Vemo-nos por aí. – Disse levantando-se para sair. – Ah, e tem mais: deveria mudar a expressão que tu tens hoje, você está com uma cara de quem comeu e não gostou! – Pára com isso Liam e vai logo, hoje, não estou para brincadeiras. — Liam deu uma risada, se dirigiu até a porta e saiu. Minutos depois, alguém estava a bater na minha porta. Fiquei indignado: por que a minha secretária não informou que vinha alguém? – Entre. – Desculpa-me, senhor. Aqui estão os papéis para assinar. – Disse Charlotte. – Ouvi que o senhor irá se casar. É mesmo? – Sim. – Respondi com os olhos nos papéis que ela deixara na mesa. – E nós? – Perguntou. Charlotte sempre teve uma paixonite por mim mas eu sempre deixei claro que não estava interessado nela. Um dia eu exagerei na bebida quando as lembranças que tanto atordoavam minha mente apareceram, e acabei ficando com ela, e desde então a mesma colocou algo na cabeça que nós poderíamos ter algo a mais. Lauryn Gilbert Acordei bem cedo e fui ao banheiro para me lavar. De seguida, decidi ir até a empresa dos Castiel, pois precisava de ter uma conversa bem séria com o bruto do Ian. Se ele não aceita-se minhas condições eu cancelaria o noivado. Arrumei-me: pus-me num vestido curto e fiz-me os cabelos longos e uma maquiagem leve. Pedi emprestado o carro da minha mãe, não iria num táxi pois tinha de passar, depois, pela casa da Melissa, minha melhor amiga. Cheguei à empresa enorme, estacionei o carro e entrei nela. Pedi para a recepcionista que me indicasse a sala do senhor Ian Castiel. – E posso saber quem a senhora é? – Eles eram extremamente controladores, talvez temessem que eu entrasse com uma arma para matar o Ian. – Sou a noiva dele, senhorita. E creio que o Ian não ficaria feliz em saber da confusão que me armas aqui, então, por favor, leva-me logo para a sua sala. A moça assentiu e me levou até ao elevador. Fomos até ao último andar, chegados lá, ela voltou ao seu posto. Vi a única sala que lá se encontrava e imaginei que só poderia ser a sala do Ian, antes dela tinha um canto da sua secretária que, por sinal, estava ausente. Aproximei-me, e já que a cadeira da secretaria encontrava-se vazia não tinha ninguém para me anunciar! Fiquei me perguntando se entrava ou não e decidi entrar na sala do Ian. E lá estava o Castiel aos beijos com uma mulher, fiquei chocada, não por motivos de ciúmes, mas por ter uma noiva ele devia fidelidade a sua noiva que no caso só eu. Saí da sala sem dar sequer uma palavra e fui directamente à casa da Melissa. Pelo menos, lá, eu encontraria um pouco de tranquilidade que tanto queria naquele momento. Cheguei ao enorme prédio no qual morava a Melissa, estacionei o carro e segui ao seu apartamento pelo elevador. Como eu tinha a chave, não precisei bater na porta. – Mel, cheguei. – Disse assim que entrei. Sentei-me no sofá e mudei de canal para ver filme. – Nossa, pensei que já te havias esquecido do caminho para o meu apartamento. – Debochou. – Amiga, tantas coisas aconteceram, estou de casamento marcado. – Falei abraçando nela. – O quê?! Estás noiva e eu sou última a saber? – Foi tudo repentino. O casamento será por contracto. São negócios, amiga, com o Ian Castiel. – Aquele gostosão da capa de revista!? Socorro, irmã... daqui a pouco serás esposa de um bilionário elegante. – Pára com isso, Melissa. Ele é muito frio, dá-me um certo medo, não sorri. E mais: minutos atrás, flagrei-o aos beijos com uma mulher em sua sala. Adivinha o que ele fez? Nada, como se eu não os tivesse visto. – E te importas? Ou sentes algo por ele?– Perguntou Mel. – Claro que não! Não sinto nada por Ian Castiel, mas me senti desconfortável vendo-o aos beijos com uma mulher em sua sala. Ele é meu noivo e me deve lealdade e respeito! Não quero que as pessoas me olhem como uma chifruda. — Eu sinto muito amiga! Queria eu que não tivesses que casar com aquele cretino de Ian Castiel. — So têm uma semana para um milagre acontecer e eu não ter de me casar com Ian Castiel! Pois o casamento está para próxima semana... – Vamos torcer para esse milagre acontecer. — Respondeu Mel. – Mas chega desse assunto, eu preciso de me descontrair. E acredite não deixarei que aquele cretino de Ian me toque jamais. Vai saber com quantas ele se deita, sinto um nojo profundo dele queria eu que não fosse necessário casar me com ele. Porém minha família está na ruína, meu pai perdeu tudo estamos falidos Mel e está é a única opção que temos para não perder nossa casa porque a empresa e outros bens matérias nos foram tirado. E o pior estou aflita por não saber o paradeiro do meu pai e da minha irmã. — A polícia está investigando e tenho fé que seu pai e sua irmã serão achados. E sobre Ian, o evite o máximo que tu poderes. Pois já que é um casamento arranjado o principal é o que você deve aparentar ser em frente das câmeras mas por trás dela não crie muito laço com ele somente crie caso ele mude de comportamento. — Disse Mel. – Vamos ao cassino, hoje. Haverá uma grande festa lá. – Sugeriu a mesma sorrindo. – Tu achas uma boa ideia?— Perguntei pensativa. – Claro que é. – Respondeu-me. – Vem comigo. Fiz o almoço, vamos comer e depois a gente experimenta alguns vestidos que acabei de comprar. Há um que comprei pensando em ti. Puxou-me pelo braço, almoçámos e, depois disso, vimos um pouco de séries de televisão. Fomos provar os vestidos e optei pelo creme que me desenhava bem os contornos até aos joelhos. Fiz-me os cabelos e passei um batom. E acompanhei calçando um saltos nude. Eu e Mel estávamos arrumadas. Saímos às dez da noite, no carro da minha mãe. Eu usava dela pois o meu tivemos que vendê-lo. Chegámos no local e entrámos sem rodeios, fomos ao barman pedir algo a beber. Vieram dois moços em nossa direcção. – Podemos nos juntar a vocês? – Perguntou um deles, alto, forte e loiro; o outro era moreno. – Sim. – Respondeu Melissa. – Prazer, eu sou o Yvon, esse é o Henzo. – Disse o loiro, sorrindo para mim. – Prazer, sou a Lauryn. – E eu sou a Melissa. – Disse Melissa. E olhava fixamente para o Henzo. Ficámos a conversar, e depois, começou a tocar uma música. A Melissa foi lá e Henzo juntou-se a ela. – Não queres dançar também? – Questionou Yvon. – Eu não acho uma boa ideia. – Por que não? Tu vieste aqui para se divertir. Creio que uma dança não faz m*l a ninguém. – Dava para ver graça em Yvon. – Vens? – Perguntou novamente. Consenti com um abanar de cabeça e deixei que me puxasse pelo braço. Entrámos na pista, deixei a música me levar. Dançava ao ritmo da música e deixei ir todos os meus problemas. Ian Castiel – Como foi o carregamento? – Perguntei ao Liam logo que ele entrou na minha sala. – Caramba! Parece que um dos homens roubou a metade do carregamento que estava sendo exportada para cá, e sem esses instrumentos não poderemos ultimar de fazer os novos modelos de aeronaves sem contar no prejuízo que teremos por conta dos mesmos serem caríssimos e teremos que encomendar novamente. Não conseguiremos publicar o novo modelo nas datas previstas.– Disse Liam com as mãos na cabeça. – Mas que merda! Quero o homem, quero nomes. E o culpado pagará, irei denunciá-lo a autoridades. – E a nossa saída de hoje? Melhor que tu resolvas isto, amanhã, com a cabeça fria.... Agora, seria melhor se saíssemos para nos diverti-mos. – Tudo bem. – Respondi. – O meu dia está uma bagunça primeiro, de manhã, a Lauryn flagrou-me com a Charlotte. – O quê? Tu e a secretária? – Sim, acredita que ela entrou em minha sala e me beijou a força e no mesmo momento Lauryn entrou e viu tudo! Uma hora dessas ela deve estar imaginando coisas que não existem... — Sinto muito por você Ian Castiel, você era o segundo solteiro mais cobiçado de Itália, (o primeiro solteiro mais cobiçado sou eu é claro) depois que assumiu compromisso com Lauryn e já não é mais solteiro, suas admiradoras foram a loucura e farão de tudo para não te ver casado. m*l sabem que é um casamento arranjado! — Vamos logo para esse cassino, antes que eu mude de ideia. — Falo saindo da minha sala. Fomos até o meu carro e dirigimo-nos ao cassino, um dos cassinos da minha família. Entrámos, haviam várias pessoas dançando. Decidi ir levar bebida acompanhado de Liam. Não pude acreditar no que via: a Lauryn se esfregando para outro homem. Quem ela pensa que era? Eu não permitiria que a minha noiva fizesse aquilo. O que as pessoas achariam de mim? Fui ao homem, puxei a Lauryn pelos braços e ela se assustou. – Solta-me. Estás a machucar-me. – Gritava a Lauryn . – Quem é ele? – Questionou o homem com quem ela dançava. – Eu sou o noivo dela e o dono deste cassino. Então é melhor tu ires-te embora daqui! — O homem logo se sentiu ameaçado e se afastou, já que eu sooei o mais sombrio que pude. – Ei, solta a minha amiga. – Eu já disse que estás a machucar-me, Ian . – Gritou mais uma vez. – Acredita: a minha intenção não é essa. Se te comportares, talvez eu te trate melhor. Estamos em público, sou uma figura pública; então, nada de escândalos, só me obedece e me acompanha. Ela assentiu com a cabeça. Levei ela para a minha sala, lá onde nada se podia escutar. Entrámos e fechei a porta. – O que tu queres? – Perguntou empurrando-me. – Como é que tu tiveste a audácia de vir com aquele homem e ficar a se esfregar em público? A minha imagem não te importa? Olha aqui: melhor que não me provoques, não brinques com fogo, senão te queimas. – Falei com um semblante sério e me sentei. – Eu estou pouco me lixando para a tua imagem. És um machista que acha que pode ficar com qualquer uma quando quiser. Aliás, que problema tem o simples facto de eu ficar a dançar com alguém? Sabe: quero que te danes! Falou, estava pronta para sair, mas eu fui rápido, puxei ela pelo braço e a pus contra a parede. – O que você viu na minha sala, não foi o que você imaginou! Foi a Charlotte quem tomou iniciativa de me beijar sem a minha permissão, e no momento você entrou. E eu nem se quer pude explicar como ocorreram as coisas, já que você saiu correndo da minha sala parecendo uma criança birrenta. E outra coisa eu não aceito que minha noiva e futura esposa fique se esfregando para outro homem. Mesmo que o casamento seja arranjado, você será minha esposa! E vai te acostumando, futura esposa, serás submissa. — Eu não fiquei me esfregando para ninguém, apenas estava dançando e não passaria além disso pois tenho meus princípios. Diferente de você que não consegue ver uma mulher, que já fica que nem um cachorro. Você é um i*****l se pensa que vou acreditar na história de ser a tal da Charlotte quem tomou a iniciativa de beija-lo. Assim que terminou de falar não me deu espaço de eu respondê-la. Lauryn saiu da sala, batendo a porta com força.
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