Capítulo 1 Barão

1586 Words
Desde que meus pais morreram, me fechei para muitas coisas na vida. Tudo o que tenho é Sofia, minha irmã mais nova, a quem amo e protejo com todas as forças. Faço de tudo para que nada nem ninguém a machuque. Estou nessa vida há anos. Assumi o controle desse morro quando tinha 17 e, desde então, sou o rei, o Barão, o dono dessa p***a toda. Tento cuidar da favela com mão de ferro, zelando pelos moradores, pela segurança, pelo postinho, pela educação. Sou temido e respeitado por todos. Construí um legado que me tornou um homem de respeito. Estava sentado na minha cadeira, entediado, enquanto a filha da p**a da Viviane se achava a dona da favela. Só porque eu a coloquei como minha amante fixa, ela pensa que tem algum poder. Quero que essa v***a entenda que não é bem assim. Ela faz todas as minhas vontades. Trepa até com os meus amigos e não se importa. A b****a dela já foi passada por todo o morro e não me satisfaz mais. Na verdade, estou querendo mandá-la embora. Quero carne nova. — Ô, Barão, qual é? Comeu b****a hoje não? Tá com uma cara... — disse Polegar se aproximando. — p***a! Tô comendo todo dia, mas tô cansado dessas putinhas da favela. Quero uma bucetinha nova, uma diferente, p***a! — respondi, sorrindo. — Eu te entendo. Você é um cachorro que não quer compromisso com ninguém, mas a Viviane fica se iludindo. A p**a paga de fiel e coloca uma posse do c*****o, mas o problema é que você não quer assumir ela — brincou. — Vai se f***r, p***a! Enquanto eu não achar uma nova b****a, você tá fudido. Vai trabalhar duro. E começa agora. Já viu a p***a da lista de noias? Só volte aqui quando você matar todos, ou faz isso, ou eu te mato — falei, frio. — p***a! Qual é, Barão? Vai descontar seu mau-humor em mim? — ele questionou, enquanto Caveira entrou sem pedir licença. — c*****o! Vocês estão cheios de confiança. Acho que perderam o medo de mim — rosnei. — Olha lá, o Patrão tá nervoso hoje. Qual é, a Viviane não tá comparecendo mais na cama? — perguntou Caveira. — Não me fala dessa miséria — rosnei. — Não tá mais aqui quem falou — brincou ele. — Vou puxar meu carro, tenho umas cobranças para fazer. Depois, vou caçar uma mina para o chefe, para ele ficar calminho, uma que seja gostosinha — disse Polegar, cheio de graça. Ele saiu com Caveira e fiquei ali, sozinho, fumando minha verdinha de lei. Hoje eu estava pro crime, e quem procurasse comigo ia encontrar uma bala bem no meio da cara. À noite, segui para casa e encontrei Sofia sentada no sofá, de braços cruzados. Ela estava com uma cara emburrada, e eu não conseguia entender o motivo. — Solta a fita, Sofia — ordenei. — Odeio essas putas, principalmente as que você pega. Odeio todas elas. Poxa, Henrique, você poderia muito bem melhorar. Não suporto a Viviane, ela é uma p**a e ainda fica me chamando de cunhada. Se você assumir aquele espantalho ridículo, vou embora desse morro e você nunca mais vai me ver — disse, fazendo bico. — Eu não vou assumir ninguém, minha pequena. Nunca vou casar, não me vejo tendo uma família. Não tenho paciência para essas porras de relacionamento, e tudo o que eu quero é apenas sexo sem compromisso — expliquei. — Mentiroso! Você já está com aquele espantalho há dois anos — retrucou. — Se isso é ciúme, não se preocupe. A única mulher que conhece o Henrique é você — sorri. — Sei! — respondeu ela, ainda emburrada. Meu rádio tocou, interrompendo a conversa. — Fala, PP — atendi de imediato. — Chefe, a Viviane tá fazendo o maior barraco na pracinha. Ela está dando uma surra da p***a na Marcela, aquela mina que o senhor mandou eu acertar para ficar com o senhor hoje — ele informou. — Que p***a de mulher surtada. Por isso que nunca daria certo entre mim e ela. Onde já se viu eu me amarrar a uma p**a dessas que acha que manda em mim? Hoje vou dar um ponto final nesse lance com essa v***a, e vou fazer isso em grande estilo — rosnei, levantando bravo. — O que vai fazer, Henrique? — Sofia perguntou, apreensiva. — Vou dar uma surra naquela p**a e terminar nossa relação, para ela entender quem manda — rosnei, furioso. Eu estava tão nervoso com toda aquela confusão que saí de casa sem camisa, apenas com a pistola na cintura e uma bermuda jeans preta. Desci o morro apressado, e quando cheguei na praça, a cena já estava montada: a filha da p**a da Viviane estava em cima da Marcela, dando uma surra na mina. Passei pelo meio da multidão e, furioso, dei um tiro para o alto. Todos se assustaram. Caminhei até Viviane e a puxei pelo cabelo. — Ficou maluca, p***a? — gritei. — Você é que ficou maluco! Como tem coragem de me trair? — perguntou, nervosa. Dei um tapa na cara dela. — Quem você pensa que é para falar assim comigo, sua p**a do c*****o? Eu como a b****a que eu quiser, porque não te coloquei no meu nome, não fiz nenhum acordo com você, p***a! — rosnei. — Não fez? Temos dois anos juntos — sussurrou, chorando. — Você tem dois anos esquentando a minha cama, sendo minha p**a. Uma mulher de respeito não daria a b****a para todos, mas você faz isso — cuspi as palavras, e ela chorou. — Tô cansado dessa p***a! — falei, puxando minha arma. Destravei e coloquei na cabeça da Viviane. — AH! — um grito me assustou. Olhei na direção da multidão e procurei quem seria o louco de interromper meu momento. Vi Polegar parado com Ingrid e, no meio deles, uma mulher abaixada em posição fetal, com a mão no rosto. Caminhei até ela. Queria punir a v***a, mas percebi que Ingrid ficou apreensiva quando viu meus olhos escuros. — Levanta — ordenei. — Calma, Barão! Nós podemos convers... — cortei Polegar. — Meu papo é com ela, não com você. Eu odeio que me atrapalhem, e você sabe muito bem disso — disse, bravo. — Desculpa a minha amiga, ela... — cortei Ingrid. — Levanta, p***a! — gritei, e a mina se levantou rapidamente. Meus olhos passearam pelo corpo dela. Ela era pequena para c*****o, tinha um cabelão e um corpo divino. Meu p*u pulsou na calça, e eu a comi com os olhos. — Barão, ela... — cortei Polegar. — p***a! Meu assunto é com ela — gritei. — Quero ver seu rosto. Levanta a p***a da cabeça — pedi, e ela obedeceu de imediato. Ela parecia uma boneca, com lábios bem desenhados, nariz afilado e olhos assimétricos que eram perfeitos junto ao cabelo ondulado, castanho médio. — Patrão, ela... — cortei ele novamente. — O show acabou. Quero que todos saiam daqui agora — ordenei, disparando dois tiros para o alto. Ela se tremeu. — Barão, desse jeito vai assustar a Lavínia — falou Polegar, cheio de graça. — Quem é você? O que veio fazer no meu morro? Nunca te vi — falei, sério, sem tirar os olhos dela. — Chefe, ela veio te conhecer. Eu prometi que arranjaria uma carne nova para você — disse Polegar. — E aí, mina, você é muda por acaso? Quero ouvir de você, não dele — falei, sério. — Eu... eu... eu... quero ir embora — sussurrou, com lágrimas nos olhos. — Quer ir embora? Acabou de chegar, veio me conhecer e agora quer ir embora? Se assustou comigo? Se você andar na linha e for grudenta, vai viver na paz! — falei, e ela não respondeu. — Estou curioso. Você não é do morro, então o que uma mulher como você, que parece tão inocente e certinha, quer na minha favela? — perguntei. — Patrão, a gente pode conversar sozinhos? — Polegar perguntou. — As duas estão liberadas! Saiam da minha vista — rosnei, e Ingrid a puxou para longe. — Solta a fita, Polegar — falei, sério. — Eu falei que arranjaria carne nova para você, e aí está. Lavínia, a melhor amiga da Ingrid — respondeu sorrindo. — Aquela garota nunca vai querer ficar comigo. Ela tem uma cara de inocente pra c*****o. Minas como ela não querem sexo sem compromisso, e eu não sou nenhum príncipe encantado — resmunguei. — Você tem razão, uma garota como a Lavínia não ficaria contigo por vontade própria, mas a necessidade faz o ladrão. Ela tá fudida, com a mãe no hospital e uma dívida de mais de 50 mil. Se você pagar, ela vai ficar te devendo. E aí, só tem um jeito de te pagar: com aquele corpinho dela — disse Polegar, provocando. — 50 mil por uma f**a? c*****o! Ela pode ser gostosa, mas isso é dinheiro demais. A b****a dela é de ouro? — perguntei, sarcástico. — Patrão, ela é pequenininha, tem aquele corpo de violão, bundinha empinada, boca quente... Vale a pena, sim! — insistiu ele. — 50 mil por uma noite? Isso tem que valer muito a pena mesmo — declarei. — Então é isso que você quer? — perguntou Polegar. — Estou indo pra boca. Traz a mina pra mim, quero ver se vai valer a pena — ordenei. — Pode esperar, patrão! Vou trazer ela pra você — afirmou Polegar, saindo.
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