Desde que meus pais morreram, me fechei para muitas coisas na vida. Tudo o que tenho é Sofia, minha irmã mais nova, a quem amo e protejo com todas as forças. Faço de tudo para que nada nem ninguém a machuque.
Estou nessa vida há anos. Assumi o controle desse morro quando tinha 17 e, desde então, sou o rei, o Barão, o dono dessa p***a toda. Tento cuidar da favela com mão de ferro, zelando pelos moradores, pela segurança, pelo postinho, pela educação. Sou temido e respeitado por todos. Construí um legado que me tornou um homem de respeito.
Estava sentado na minha cadeira, entediado, enquanto a filha da p**a da Viviane se achava a dona da favela. Só porque eu a coloquei como minha amante fixa, ela pensa que tem algum poder. Quero que essa v***a entenda que não é bem assim.
Ela faz todas as minhas vontades. Trepa até com os meus amigos e não se importa. A b****a dela já foi passada por todo o morro e não me satisfaz mais. Na verdade, estou querendo mandá-la embora. Quero carne nova.
— Ô, Barão, qual é? Comeu b****a hoje não? Tá com uma cara... — disse Polegar se aproximando.
— p***a! Tô comendo todo dia, mas tô cansado dessas putinhas da favela. Quero uma bucetinha nova, uma diferente, p***a! — respondi, sorrindo.
— Eu te entendo. Você é um cachorro que não quer compromisso com ninguém, mas a Viviane fica se iludindo. A p**a paga de fiel e coloca uma posse do c*****o, mas o problema é que você não quer assumir ela — brincou.
— Vai se f***r, p***a! Enquanto eu não achar uma nova b****a, você tá fudido. Vai trabalhar duro. E começa agora. Já viu a p***a da lista de noias? Só volte aqui quando você matar todos, ou faz isso, ou eu te mato — falei, frio.
— p***a! Qual é, Barão? Vai descontar seu mau-humor em mim? — ele questionou, enquanto Caveira entrou sem pedir licença.
— c*****o! Vocês estão cheios de confiança. Acho que perderam o medo de mim — rosnei.
— Olha lá, o Patrão tá nervoso hoje. Qual é, a Viviane não tá comparecendo mais na cama? — perguntou Caveira.
— Não me fala dessa miséria — rosnei.
— Não tá mais aqui quem falou — brincou ele.
— Vou puxar meu carro, tenho umas cobranças para fazer. Depois, vou caçar uma mina para o chefe, para ele ficar calminho, uma que seja gostosinha — disse Polegar, cheio de graça.
Ele saiu com Caveira e fiquei ali, sozinho, fumando minha verdinha de lei. Hoje eu estava pro crime, e quem procurasse comigo ia encontrar uma bala bem no meio da cara.
À noite, segui para casa e encontrei Sofia sentada no sofá, de braços cruzados. Ela estava com uma cara emburrada, e eu não conseguia entender o motivo.
— Solta a fita, Sofia — ordenei.
— Odeio essas putas, principalmente as que você pega. Odeio todas elas. Poxa, Henrique, você poderia muito bem melhorar. Não suporto a Viviane, ela é uma p**a e ainda fica me chamando de cunhada. Se você assumir aquele espantalho ridículo, vou embora desse morro e você nunca mais vai me ver — disse, fazendo bico.
— Eu não vou assumir ninguém, minha pequena. Nunca vou casar, não me vejo tendo uma família. Não tenho paciência para essas porras de relacionamento, e tudo o que eu quero é apenas sexo sem compromisso — expliquei.
— Mentiroso! Você já está com aquele espantalho há dois anos — retrucou.
— Se isso é ciúme, não se preocupe. A única mulher que conhece o Henrique é você — sorri.
— Sei! — respondeu ela, ainda emburrada. Meu rádio tocou, interrompendo a conversa.
— Fala, PP — atendi de imediato.
— Chefe, a Viviane tá fazendo o maior barraco na pracinha. Ela está dando uma surra da p***a na Marcela, aquela mina que o senhor mandou eu acertar para ficar com o senhor hoje — ele informou.
— Que p***a de mulher surtada. Por isso que nunca daria certo entre mim e ela. Onde já se viu eu me amarrar a uma p**a dessas que acha que manda em mim? Hoje vou dar um ponto final nesse lance com essa v***a, e vou fazer isso em grande estilo — rosnei, levantando bravo.
— O que vai fazer, Henrique? — Sofia perguntou, apreensiva.
— Vou dar uma surra naquela p**a e terminar nossa relação, para ela entender quem manda — rosnei, furioso.
Eu estava tão nervoso com toda aquela confusão que saí de casa sem camisa, apenas com a pistola na cintura e uma bermuda jeans preta. Desci o morro apressado, e quando cheguei na praça, a cena já estava montada: a filha da p**a da Viviane estava em cima da Marcela, dando uma surra na mina. Passei pelo meio da multidão e, furioso, dei um tiro para o alto.
Todos se assustaram. Caminhei até Viviane e a puxei pelo cabelo.
— Ficou maluca, p***a? — gritei.
— Você é que ficou maluco! Como tem coragem de me trair? — perguntou, nervosa. Dei um tapa na cara dela.
— Quem você pensa que é para falar assim comigo, sua p**a do c*****o? Eu como a b****a que eu quiser, porque não te coloquei no meu nome, não fiz nenhum acordo com você, p***a! — rosnei.
— Não fez? Temos dois anos juntos — sussurrou, chorando.
— Você tem dois anos esquentando a minha cama, sendo minha p**a. Uma mulher de respeito não daria a b****a para todos, mas você faz isso — cuspi as palavras, e ela chorou.
— Tô cansado dessa p***a! — falei, puxando minha arma. Destravei e coloquei na cabeça da Viviane.
— AH! — um grito me assustou.
Olhei na direção da multidão e procurei quem seria o louco de interromper meu momento. Vi Polegar parado com Ingrid e, no meio deles, uma mulher abaixada em posição fetal, com a mão no rosto.
Caminhei até ela. Queria punir a v***a, mas percebi que Ingrid ficou apreensiva quando viu meus olhos escuros.
— Levanta — ordenei.
— Calma, Barão! Nós podemos convers... — cortei Polegar.
— Meu papo é com ela, não com você. Eu odeio que me atrapalhem, e você sabe muito bem disso — disse, bravo.
— Desculpa a minha amiga, ela... — cortei Ingrid.
— Levanta, p***a! — gritei, e a mina se levantou rapidamente.
Meus olhos passearam pelo corpo dela. Ela era pequena para c*****o, tinha um cabelão e um corpo divino. Meu p*u pulsou na calça, e eu a comi com os olhos.
— Barão, ela... — cortei Polegar.
— p***a! Meu assunto é com ela — gritei. — Quero ver seu rosto. Levanta a p***a da cabeça — pedi, e ela obedeceu de imediato.
Ela parecia uma boneca, com lábios bem desenhados, nariz afilado e olhos assimétricos que eram perfeitos junto ao cabelo ondulado, castanho médio.
— Patrão, ela... — cortei ele novamente.
— O show acabou. Quero que todos saiam daqui agora — ordenei, disparando dois tiros para o alto. Ela se tremeu.
— Barão, desse jeito vai assustar a Lavínia — falou Polegar, cheio de graça.
— Quem é você? O que veio fazer no meu morro? Nunca te vi — falei, sério, sem tirar os olhos dela.
— Chefe, ela veio te conhecer. Eu prometi que arranjaria uma carne nova para você — disse Polegar.
— E aí, mina, você é muda por acaso? Quero ouvir de você, não dele — falei, sério.
— Eu... eu... eu... quero ir embora — sussurrou, com lágrimas nos olhos.
— Quer ir embora? Acabou de chegar, veio me conhecer e agora quer ir embora? Se assustou comigo? Se você andar na linha e for grudenta, vai viver na paz! — falei, e ela não respondeu. — Estou curioso. Você não é do morro, então o que uma mulher como você, que parece tão inocente e certinha, quer na minha favela? — perguntei.
— Patrão, a gente pode conversar sozinhos? — Polegar perguntou.
— As duas estão liberadas! Saiam da minha vista — rosnei, e Ingrid a puxou para longe. — Solta a fita, Polegar — falei, sério.
— Eu falei que arranjaria carne nova para você, e aí está. Lavínia, a melhor amiga da Ingrid — respondeu sorrindo.
— Aquela garota nunca vai querer ficar comigo. Ela tem uma cara de inocente pra c*****o. Minas como ela não querem sexo sem compromisso, e eu não sou nenhum príncipe encantado — resmunguei.
— Você tem razão, uma garota como a Lavínia não ficaria contigo por vontade própria, mas a necessidade faz o ladrão. Ela tá fudida, com a mãe no hospital e uma dívida de mais de 50 mil. Se você pagar, ela vai ficar te devendo. E aí, só tem um jeito de te pagar: com aquele corpinho dela — disse Polegar, provocando.
— 50 mil por uma f**a? c*****o! Ela pode ser gostosa, mas isso é dinheiro demais. A b****a dela é de ouro? — perguntei, sarcástico.
— Patrão, ela é pequenininha, tem aquele corpo de violão, bundinha empinada, boca quente... Vale a pena, sim! — insistiu ele.
— 50 mil por uma noite? Isso tem que valer muito a pena mesmo — declarei.
— Então é isso que você quer? — perguntou Polegar.
— Estou indo pra boca. Traz a mina pra mim, quero ver se vai valer a pena — ordenei.
— Pode esperar, patrão! Vou trazer ela pra você — afirmou Polegar, saindo.