Eduarda Gutemberg
Eduarda sentia que ainda estava sendo um incômodo ali, ainda mais com os olhares dos gêmeos, Eduarda não era tão próxima a crianças, apenas próxima dos filhos da sua prima que teve gêmeos também, assim como seu primo, então havia ficado de babá apenas uma vez e mesmo assim havia perdido eles no shopping e ficou bem desesperada e ficou se culpando por vários dias.
E Eduarda sabia que aqueles gêmeos eram bem complicados e eles não estavam nada felizes com a sua presença ali, e ela já havia decorado o nomes dos pequenos, os dois mais velhos eram Levi e Alan, o caçula dos meninos era o Lucca e a mais nova de todos era a Alice, ou lice com ela havia pedido para a morena a chamar e foi a primeira palavra dela após muito tempo.
E Eduarda achou aquela garotinha muito fofa, a mesma se sentou ao seu lado e não saiu mais, já Lucca não era tão arredio como os irmãos, ele era falante e já havia feito várias perguntas para ela e algumas foram impedidas pelo pai e o garotinho fazia um bico chateado, e aquilo era bem divertido para Eduarda.
Já Levi era um menino que sempre tinha uma resposta para tudo, já seu gêmeo, Alan era um menino mais calado e os dois faziam com que ela se sentisse desconfortável mesmo que de uma forma diferente e o mais parecido com Henrique era Lucca, mas todos tinham o mesmo tom de pele e a cor dos olhos.
E para Eduarda ela se sentiu incrível perto daquelas crianças, ainda mais daquelas duas e ela conhecia uma criança que a deixava constrangida que no caso era seu afilhado Gabriel, o menino era inteligente ainda mais quando era para aprontar, mas sua irmãzinha era totalmente ao contrário, zoe era uma boneca, sempre delicada e ao contrário do irmão ela não gostava de bagunça.
E por um breve momento Eduarda se lembrou de sua família, e eles com certeza deveriam estar bastante preocupados, na verdade todos eles, seus amigos deveriam estar preocupados, afinal ela nunca tinha sumido daquela forma e foi por isso que ela pensou se não deveria acalmar a todos mesmo que não fosse falar aonde ela estava, afinal ela não estava pronta para ver ninguém naquele momento.
As pessoas já deveriam saber o que tinha acontecido, e ela não queria nem imaginar os comentários sobre aquilo, Alice chamou sua atenção com o seu jeito meigo sem falar nada, e Eduarda havia se encantado por aquela menina de uma forma que jamais imaginou que aconteceria, ainda mais da forma que havia conhecido ela.
E quando menos se viu já estava se imaginando mãe, e aquilo nunca havia passado por sua mente, nunca chegou a pensar naquela hipótese, e ela sabia que poderia acontecer, mas ainda assim não era o momento ainda mais agora que ela estava sozinha.
Sozinha e completamente perdida.
— Alan
Eduarda pisca ouvindo Henrique falar firme com o filho.
— Mas ela tem um noivo, era o que tava escrito naquela revista
Eduarda sente o seu mundo girar ao escutar as palavras do garotinho.
— Então ela pode ligar pra ele
— Levi
— Ela resolveu fugir como um princesa
— Ela não é uma princesa Lucca — Levi retruca — Ela é apenas uma mulher mimada que deve ter brigado com os pais
— Levi — Henrique fala com a voz ainda mais firme, mas que logo foi impedido de continuar a brigar quando escutou alguém gritar
— Ela desmaiou — Lucca fala já de pé, assim como sua irmã que estava ao lado da morena e logo em seguida Henrique se coloca de pé e da a volta na mesa para ver como a mulher está — Ela está doente papai ?
Henrique leva a mão a testa da mulher ao perceber que a mesma estava pálida e com um pouco de febre, levou os dedos da mão ao pulso dela sentindo pulsar, mas mesmo assim ele ainda estava preocupado, principalmente por ver que ela estava inconsciente no chão da sua cozinha.
— Ela irá ficar bem — Henrique fala levantando ela em seus braços — Alan eu quero que você chame o seu tio aqui, liga pra ele mas não fale o que aconteceu, eu vou falar pra ele quando ele chegar aqui
O garotinho faz como o pai pediu, até por que a mulher estava inconsciente e enquanto isso Henrique subia com Eduarda em seus braços e os filhos atrás de si, o mesmo a deita devagar na cama que era da sua esposa.
— Arruma o travesseiro para mim Levi
Já sua garotinha sobe em cima da cama ficando ao lado da morena, toda preocupada, e Henrique percebe aquilo e por isso tocou os cabelos da sua filha.
— Ela vai ficar bem meu amor
A garotinha olha para ele mas rapidamente voltou a olhar para a mulher novamente, e Henrique sabia qual era os sentimentos da sua garotinha ainda mais quando via os olhinhos dela brilharem em tristeza e por isso engoliu em seco e seguiu para o banheiro aonde pegou um antitérmico e um pouco de algodão com álcool, então ele levou o algodão até o nariz dela e aos poucos ela foi acordando, quase ao mesmo tempo que Alan entrou no quarto falando que o tio estava vindo.
Eduarda levou as mãos até a cabeça sentindo a mesma latejar e aos poucos seus olhos foram desfocados e voltou a enxergar um por um ali no quarto, primeiro viu Alice, depois Henrique, Lucca, Levi e Alan, ela não sabia do como e do por que ela conseguia dizer quem era quem dos gêmeos, mesmo os dois sendo idênticos.
— Ai
— Vai devagar — Henrique fala quando vê a mesma se sentando, percebendo que estava sendo bem complicado para ela — Você desmaiou
— Me desculpa
Henrique não respondeu, até por que não ela não tinha que pedir desculpas por nada, mas ele também não sabia o que falar naquele momento.
— Eu senti tudo girando
— Você está com febre
E quando ele falou aquilo ela levou a mão até a testa e constatou que o homem estava falando a verdade.
— Era tudo o que eu queria agora — Eduarda fala — Eu não quero dar mais trabalho, eu irei pedir um táxi e ir — Eduarda sente tudo girando novamente mas fecha os olhos para controlar aquela sensação — Para um hotel
Henrique ficou pensando que seria uma ideia muito doida deixar aquela mulher sair do jeito que estava, afinal ela estava com febre e não estava nenhum pouco bem então ela estaria colocando a própria vida em risco, e ela insistia em não falar com os pais, ele também estava bem curioso para saber o que havia acontecido mas ele não iria falar nada.
Afinal havia se passado apenas duas horas do que havia acontecido.
— Papai
E aquela era voz da sua garotinha, ela havia falado, e era tão raro ouvir a voz da sua garotinha que quando escutava era como uma emoção sempre, e só pelos olhinhos dava para ver que ela não queria que a mulher fosse embora dali, e mesmo passando tão pouco tempo com a mulher era estranho para o homem.
— Eu chamei um médico, ele é meu irmão ele ira cuidar de você
— Realmente....
— Eu não seria louco de deixar você sozinha, ainda mais agora — Ele a corta — Você vai ficar — a mesma desviou os olhos para os gêmeos que não estavam mais olhando pra ela e a mesma compreendeu aquele olhar — Eu trouxe o antitérmico — Henrique fala pegando o remédio e entrega para ela
— Ela está parecendo um zumbi Papai
— Lucca
Seu pequeno era extremamente sincero, todos os seus filhos eram até demais.
— Eu estou tão pálida assim ?
Todos olharam para ela com exceção de Alice que não havia tirado os olhos dela, e que segurava na mão dela a fitou.
— Está um pouco — os gêmeos fitaram o pai só que o mais velho não olhou — mas logo você vai se sentir melhor, o meu irmão deve estar chegando
Eduarda concordou, sentiu sua mão ser apertada e viu os olhos assustados da garotinha, e ela se sentiu um pouco m*l por isso.
— Está tudo bem meu bem, eu estou bem — deu um sorriso vendo a mesma relaxar
— Estou perdendo alguma coisa por aqui ?
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Até o próximo capítulo