O que acontece Com Jack

1037 Words
Bryan Narrando Hoje nós tá como? tá suave, ladrão. Hoje eu e meu gêmeo completamos 19 anos. A gente já acordou ganhando presente do nosso coroa. Faz tempo que eu tô querendo um carro, mas ainda não tinha comprado porque faltava uma cota. Queria só uma Lamborghini do ano, e esses carros são caros pra c*****o. Já tava de olho em um na concessionária, comentei uma vez só com meu pai e, quando ele me acordou, me pediu para olhar na garagem. Porr@, quase surtei, maluco! Quando minha madrasta tirou a mão dos meus olhos, eu fiquei tipo, sem acreditar no que tava vendo. Era uma Lamborghini prata, brilhando só o veneno, bem ali na frente. Minha adrenalina subiu, meu coração acelerou, e eu não conseguia parar de pensar: “É sério isso? Esse carro é pra mim?!” Aí meu pai, com aquele sorrisão de canto a canto, veio na minha direção e jogou a chave na minha mão. Ele falou que era meu presente! Meu Deus, eu quase tive um treco de tanta felicidade. Eu pulei igual doido, gritando que nem um maluco! Abracei meu pai com toda força, me segurando pra não chorar de emoção. Também abracei a Camila, sei que tem dedo dela aí também. Dei um beijo na barriga dela, no meu irmãozinho. Foi um momento surreal, tá ligado? A vibe era só alegria, e eu me sentia no topo do mundo, com a minha nova belezura na garagem. É um dia pra ficar na memória! O melhor aniversário da minha vida. Entrei no meu brinquedinho novo e, cara, quando pisei no acelerador, o ronco do motor me fez sorrir como se eu tivesse ganhado na loteria. Abri a janela, dei uma buzinada pros moleques, Libera o portão, e já saí com tudo. Enquanto acelerava, o vento batia no meu rosto, e a adrenalina subindo, não tinha como não me sentir o dono do mundo. Passei pela quebrada, ouvindo o motor roncando forte, como se ele quisesse gritar que eu tava ali. As mina olhavam, e os manos me acenavam. O morro ficou pequeno pra mim! Cada curva que eu fazia, era uma sensação de liberdade, de poder. Eu acelerava mais e mais, deixando todo mundo pra trás. A vibe era insana! Ria à toa, só pensando em como esse carro é a realização de um sonho. Um sonho que o meu coroa realizou. Quando eu voltei, deixei o meu carro na garagem onde estava, entrei em casa e a mesa do café já estava pronta. Comecei a ganhar os presentes dos meus avós, dei o presente do meu irmão. O Bruno é ligado nessas paradas de tecnologia, então eu achei melhor dar para ele um malote e ele compra o que quiser; não entendo nada dessas paradas. Ele também me deu uma noite, meus irmãos, na verdade, tudo, menos a Beatriz. O café da manhã foi muito bom, mas eu saí para comprar um kit novo para jogar no baile, né, galera? Quando voltei, almocei com meu pai e a minha madrasta. De tarde, fui dar uma volta pela quebrada. O Oliver está cuidando de tudo, como eu já falei, e o trabalho direto para o meu pai no comando me deu um dia de folga. Então, eu fiquei de marola pelo morro, conversando com os moleques. De tarde, quando eu voltei, ganhei mais presentes das minhas cunhadas, Caroline e Alice. Fui pro banho, né? Não tem nada melhor que aquela ducha quente pra dar um ânimo. Depois que saí, sequei a cabeça, passei um desodorante e fui direto pra parte boa: me arrumar! Eu escolhi uma camiseta branquinha da Lacoste, básica, mas que dá aquele destaque. A logo verde sempre brilha, sabe? Combinei com uma calça jeans skinny que, bem na moral, . E pra completar, um pisante novo desses que reluzem. Comprei pra isso mesmo. A cereja do bolo foi o boné da Lacoste que ganhei da Carol. Mano,deu aquele ar de despojado e, ao mesmo tempo, estiloso. O verde e o branco do logo combinam com tudo, E pra não perder o costume, uma pulseira de couro no pulso, só pra dar aquele toque a mais. Passei perfume, 212 daquele que as mina pira. Pistola na cintura que é de lei, Saí de casa me sentindo o próprio, pronto pra encarar o rolê. Confiança lá em cima! O baile tava naquele pique, irmão, tudo zuado, bota fé. As paradas rolando a rodo, bebida, meu mano puxou uma salva pra nós e já pediu a Carol em casamento. Aí eu dou valor, caraí. Caroline é uma mina da hora, tá sempre no fechamento com ele, merece respeito e felicidade. Desci pra dar um rolê na pista, todo animado, já no radar pra arrastar uma gostosa pra base. A música bombando, a galera dançando, tudo tranquilo, mas, quando passei pelo cantinho mais escuro, ouvi um choro de mulher. Fui me aproximando, achando que era só mais uma mina com uns problemas, mas, caraca, quando cheguei perto, vi que era uma garota chorando de desespero, pedindo socorro. O som tão alto que ninguém lá fora percebeu, só eu. Um cara em cima da mina, rasgando a roupa dela, beijando ela a força, que merda é essa. O coração já começou a acelerar. Eu não ia deixar isso barato. Sem pensar duas vezes, já fui pra cima dele. Peguei ele pela camisa e arrastei pro meio da galera. — E aí, rapaziada! Olha o que acontece com Jack nessa quebrada — Berrei, A galera se afastou. O cara olhou pra mim, cheio de medo. Foi aí que eu não pensei duas vezes e dei só um pipoco na cabeça dele. O Som parou na hora, a gritaria começou. Corri de volta até a garota, que estava encolhida, tremendo e chorando. Não pensei em mais nada, tirei a minha camisa e vesti nela. — Fica calma, tá tudo sob controle — falei, tentando acalmar ela. Peguei ela no colo, O Oliver colou com os meus outros irmãos, depois eu explico, só falei: — Joga o resto de lixo na vala, beleza? Ele assentiu e eu saí com a garota nos braços, mão faço nem ideia de quem seja, mas hoje vou cuidar dela.
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