02 - Pesadelo.

2517 Words
Lunna Narrando. O meu corpo levemente se mecheu na cama dura, mas já foi o bastante para eu acordar, abrir os olhos e os fechei outra vez na esperança disso tudo for apenas um pesadelo e que tudo isso iria passar, mas não foi isso que aconteceu, infelizmente, só Deus sabe o que será da minha vida nas mãos desse bandido malvado, eu odeio ele, odeio com todas as minhas forças, mas odeio, mas ainda a minha irmã, e por causa dela que eu tô nesse inferno. Olho pra cima pra ver a luz do sol, como eu queria sair pra tomar um sol, mas pelo visto eu vou viver pra sempre nessa masmorra, me olho em volta vendo o sangue na cama e me recordo de tudo que houve ontem a noite e outra vez começo a chorar, mas dessa vez resolvo ir tomar um banho, eu só queria tirar aquela sujeira do meu corpo, mas infelizmente o que tava sujo foi a minha alma, ligo o chuveiro e deixo a água gelada cair sobre o meu cabelo, a frieza da água não me espanta mais, eu sempre tomei banhos frios, e não era agora que eu ia conhecer um chuveiro quente, para de se iludir né Lunna? se esse cara não me matar tá ótimo. Me sento na cama após colocar uma roupa velha, na verdade, eu nunca pude comprar roupas novas, a calça que eu usava pra trabalhar foi a irmã ana que me doou da filha dela, continuo a pentear o cabelo com os dedos mesmo, a i****a aqui não trouxe nem um pente se quer, e nem me perguntem com o que eu tô lavando o cabelo, por sorte deixaram aquele pedaço de sabão velho que se eu economizar da pra uns três banhos fora hoje, coloco uma roupa qualquer e tiro o lençol da cama e coloco no chão, e se tava duro antes pior vai ser deitar nesse "pinico" que os colchões velhos soltam..... Suspiro observando o meu estômago roncar de fome, será que aquele ogro quer me matar de fome? Mas pensando bem, melhor morrer de fome do que ter que me sentir suja de novo. Começo a andar pelo quarto pequeno já sem paciência tentando encontrar quando foi que a minha irmã Luciana virou esse monstro pra me entregar de bandeja pra um traficante de merda... Tento suplicar forças de todas as formas, não queria acabar nessa situação, queria poder voltar pro meu emprego cansativo, pra a minha cama dura e pro o meu barraco de madeira, não entendo por que tudo para mim sempre dá errado, coloco a cabeça no meio das pernas e fico ali, procurando peças pra se encaixar no quebra cabeça que existe na minha mente, ouço a porta grande de ferro se mecher, e sim alguém entrava, me encolho na parede ainda mais, não sei se isso é um sinal bom ou mau pra mim, saio dos meus pensamentos observando o th do outro lado, não sei por que, mas senti um alívio em ver que era ele ao invés do lobão, ele me olha e depois olha pra cama suja de sangue e nega... Th: E aí Lunna de boa? Trouxe umas paradas pra tu encher o buxo aí.- Ele coloca em cima da cómoda uma sacola com comida e eu continuo sentada no chão frio - Ai, o lobão vem te ver mais tarde e eu sinto muito não poder te ajudar - os meus olhos se enchem de lágrimas descendo devagar pelo rosto. - Por favor não deixa ele me machucar denovo, me ajuda a fugir daqui. Th; Calma ele não vai te fazer m*l de novo, ontem ele tava drogado por isso aconteceu isso- ele diz olhando pra cama suja de sangue pelo menos ele percebeu que eu era virgem até ontem.- Por enquanto e só isso lunna vou pedir pra trazerem um lençol limpo pra tu. -Ele balança a cabeça e sai e eu me levanto pra olhar a sacola que ele trouxe, o th e legal comigo mesmo sendo um bandido também, ele e alto e moreno do sorriso colgate, ja ouvi comentários que ele era casado, mas nunca o vi com mulher nenhuma pelo morro. Na sacola tinha duas maçãs e duas bananas e uma marmita de comida, abrir com tanta pressa que parecia que eu estava a dias sem comer nada, a comida tava boa mesmo sendo simples, comi tudo em tempo recorde, como se fosse um animal enjaulado, o meu Deus em que ponto eu cheguei não e mesmo. E depois disso me deito no chão frio e acabo adormecendo ou talvez só nos meus sonhos por que a porta foi aberta de novo, lá se vai mais um pesadelo quando eu me toquei que era o lobão, ele não diz nada só fica parado na porta me olhando, ele olha pra cama e depois pra mim. Lobão: tira a roupa - diz frio e os meus olhos se enchem outra vez sentindo a dor de ser rasgada. - Não por favor eu te peço que tenha misericórdia de mim, eu não fiz nada. Lobão: Claro que não fez, mas tu ta aqui pra pagar a dívida da tua irmã vagabunda e mentirosa, e então vai fazer tudo que eu mandar, anda logo que eu não tenho o dia todo.- A voz dele me arrepiava como alguém pode ser tão desumano assim, eu não aguento mais isso, faço o que ele pediu enquanto ele me olhava com ódio, tirei a parte de baixo das minhas roupas e me virei pra ele, a vergonha tomava conta de mim e o ódio era a única forca que eu tinha pra não pirar, e mais uma vez sem aviso o previ-o ele me penetra com toda a sua forca e pra ser sincera no começo doe muito, mas não como da primeira vez, ali e eu não sentia nada de prazer, na verdade, eu so sentia nojo daquilo, como pode alguém sentir prazer dos sofrimentos dos outros. E assim ele continuou o seu ato de tortura até estiver totalmente saciado o seu desejo s****l como um lobo faminto, ele me olha com os olhos vermelhos será que esse cara so vive chapado. Lobão: Dessa vez foi melhor que antes, pelo menos tu não chorou igual uma criancinha- Não, na verdade, eu não chorei ou quer dizer não ate ele sair dali batendo a grande porta de metal, suspiro com o corpo cansado mesmo não fazendo nada e choro mais uma vez por que só isso pra aliviar a minha dor, a dor psicológica de saber que eu sempre fui infeliz a minha vida e que sempre vou ser, agora sozinha, isolada do que muitos chamam ´´família´´eu nunca vou saber o que e isso, Luciana? Lobão? odeio eles com toda a minha força, por saber que a minha vida foi vendida. 1 SEMANA DEPOIS!!!!!!! Bom nada de bom aconteceu aqui, continuo presa como uma presidiária e o lobão a ele veio aqui por uns três dias e depois sumiu, já o thiago também sumiu, as esperanças de sair com vida daqui desapareceram totalmente, ja não lembro que dia da semana e hoje acabei perdendo o sentido dos dias passados nesse inferno. Me levanto pra varrer o quarto, acredito que faço isso pelo menos 3 vezes ao dia, isso aqui suja mais que o meu barraco que era no chão de terra, mas tudo bem o importante e não surtar. Tomo um susto quando vejo alguém abrindo a porta e não era o th e muito menos o lobão, parecia uma criança praticamente, fiquei olhado curiosa pra ele, concerteza era um vapor mas como pode uma criança dessa ser vapor? Vapor: ai dona o patrão mandou te buscar - você não devia tá numa escola? Vapor: estudo na escola da vida dona - me reponde sério como se já fosse um homem feito. - Como é seu nome? Vapor: E sorvete dona - ele diz e eu asinto. - o que aquele mostro do seu patrão quer comigo? Vapor: sei não dona, mas bora logo- amarro o cabelo e saio com o sorvete, parece que o ar daqui de fora e mais puro, mais claro né lunna? ele me leva ate a sala da casa do lobão e ele estava lá sentado juntamente com o th me olhando sem esboçar emoção alguma. Th: senta ai lunna - ele diz e eu me sento enquanto o lobão me olhava. - o que querem comigo ja vão me matar? - lobão rir Lobão: tu e cheia das marra aqui fora né vou logo ao assunto, tu vai ser um dos meus aviãozinho, preciso de alguém pra entregar droga numa escola de grafino no asfalto e não tô tendo ninguém diponivel pra isso então vai ser tu - como assim eu? e se eu for presa ou morta ?? Lobão: Melhor a tua cabeça do que a minha né? - eles riem e eu engulo o choro pra não demostrar fraqueza.- O th vai te ensinar a atirar só por precaução, o trabalho e simples pra quem é esperto, e só mais uma coisa, tu vai receber por cada entrega feita como se fosse qualquer outro vapor. Th: Bora Lunna- ele me chama e eu o sigo, quando o Thiago me disse que o lobão não ia me tocar eu acreditei, mas não foi bem isso que aconteceu, então sei que ele também é desumano como o lobão e eu não posso confiar mais nele. Eu entro no carro preto de vidro escuro com o th e o sorvete e eles saem dali, coloco a cabeça no vidro vendo o morro passando na minha frente, até ontem eu era só uma pessoa simples que não usava mais tinha a liberdade e hoje é uma pessoa amarga que foi traída pela própria família. Eles param num galpão enorme cheio de árvores ao redor, pelo visto e fora do morro, eles desçem e encontram outros vapores armados até os dentes, eles fazem um tipo de toque e os sigo pra dentro do galpão. Th: Pronto Lunna, vou te dar uma pistola comum pra tu ir se acostumando.- ele pôs um fone no meu ouvido e me entregou a pistola gelada, sentir um calafrio segurando aquela arma de bandido, ele me ensinou como segurava e me ajudou a mirar no alvo, e pelo visto eu era boa já que aceitei quase o meio logo de primeira, só queria que a cara do lobão fosse o alvo.- Mandou bem Lunna- ele diz sorrindo e eu não esboço reação nenhuma. Sorvete: A dona tem talento - sorrir ao ver ele olhando pra mim. - Devia ir pra escola ao invés de aprender a atirar. Sorvete: A dona não sabe de nada não, então fica sussa dona - o th abaixa a cabeça e depois levanta rindo fraco. Th: O sorvete só é pequeno, mas é ágil, tem lábia e sabe atirar bem.- viro os olhos me preparando pro próximo tiro, ele me ensina destravar uma arma e eu começo a acertar o alvo todas as vezes - Retado Lunna, tá arrasando - Não digo nada e ele me olha - Qual foi tá com raiva de mim? solta a voz- tiro o fone e coloco a arma na mesa. - Tu só se fingiu de meu amigo Thiago mas no final e tão m*l quanto o mala do lobão. Th: Tá falando de que ? ? - Tu disse que ele não ia me tocar e mais uma vez eu fui machucada e traumatizada. Th: Pow Lunna eu esqueci de falar com ele dá parada do colchão.- ele diz me olhando e eu voltei pra pegar a arma. - Tanto faz, vamo acabar logo com isso pra que eu volte pra minha masmorra- ele não disse nada só foi me ensinando, cada vez trocava de arma pra que eu aprendesse em todas, não sei pra que vou precisar disso já que se eu for pega vou morrer de qualquer jeito mesmo. Algumas horas depois*** O sorteve já tinha ido embora e eu fiquei ali com o Thiago, sozinhos. Th: Vamo nessa Lunna, por hoje é só. - Foi bom imaginar que o alvo era a cabeça do lobão. Th: Tu só não deixa ele saber que tu disse isso por que já era a paciência dele. - Você acha que ele vai me soltar ? Th: o lobão e imprevisível, não dá pra saber se isso vai rolar, mas tomara que sim, quem devia tá aqui era a tua irmã Luciana e não tu. Ele me leva no carro de volta ao morro, ninguém diz nada até chegar na casa do lobão. Th: Aí sorvete, leva a lunna de volta que eu tô indo nessa.- o sorvete asente e agente desçe, o th balança a cabeça pra mim em forma de tchau e sai com o carro. Sorvete: Bora Lunna- ele diz quando me vê olhando o morro, tinha uma vista linda daqui de cima, pena que é também uma masmorra infernal pra mim, eu e o sorvete entramos e demos de cara com o lobão sentado no sofá fumando. Lobão: Já voltaram, e aí sorvete essa mina serve pra alguma coisa? - pergunta pro sorvete mas olha diretamente pra mim. Sorvete: A mina manda bem pra c****e chefe, melhor que muito vapor desse morro. Lobão: De rocha, pelo menos não vai morrer se for pega não se for esperta né- ele rir de canto- pode deixar ela aí é seguir teu rumo que por hoje é só.- ele asente e sai me deixando sozinha em pé igual uma estaca enquanto o lobão me olhava. - Quando eu começo mesmo.? Lobão: Amanhã cedo.- diz seco - aí Lunna o th me disse uma parada tua- ele diz e eu gelo. - Não entendi lobão. Lobão: O Thiago me disse que tu era virgem, tu deve achar que eu sou um monstro- não respondo nada- se eu soubesse disso antes não tinha feito nada daquilo contigo, só achei que tu era igual a p**a da tua irmã que dá pro morro todo. - Já passou - falo seca com o semblante fechado. Lobão: Não vou mais te tocar, a não ser que tu peça pra ser tocada e eu consiga te dar uma primeira vez legal. - Prefiro morrer - digo séria e ele sorri de lado. Lobão: Gosto da tua disciplina Lunna, mas sabe que não vai resistir por muito tempo. - De você eu só tenho nojo lobão- digo e ele segura meu queixo forte me fazendo sentir dor. Lobão: Me respeita desgraçada, eu disse que não ia te comer mais nada me impede de te matar.- diz frio e aquilo me causa medo, os olhos dele transbordam ódio. - Não tenho medo de você, e de quebra morrer parece ser melhor que conviver com um monstro como você.- sinto a ardência no rosto e o gosto de sangue na boca. Lobão: Some da minha frente e volta pro teu quarto.
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