04 - Aviãozinho

1521 Words
Lunna Narrando?! Acordei mais uma vez nesse inferno, cada dia que passa as minhas esperanças de sair desse lugar diminuem drasticamente pelo ar. Todos os dias rezo para a minha santinha me tirar dessa masmorra e me levar pra longe por que nem pra a minha casa mais eu quero ir, só de ter que olhar pra cara de sinica da Luciana me da (nojo), assim que saio da cama vou até o cômodo do lado tomar um banho, acredito que nem posso chamar essa imundice de banheiro. Quando ja estava sentada na cama vestida a minha última peca de roupa limpa alguém começa a abrir os cadeados da porta de metal e isso ja me causa um medo terrível, mas quando vejo o th na porta o alívio bate no meu coração mesmo não querendo falar uma palavra com ele. Th: Oi Lunna — Oi! — Falo baixo quase que num suspiro. Th: Eu vim te buscar pro trabalho — viro os olhos e ele percebe. — Isso não e trabalho, isso e crime Thiago Th: E serio que quer discutir isso comigo agora pow — Ja tô indo — saio do quarto rastando a havaiana velha no chão, agente sobe as escadas do porão e passa pela casa do lobão, mas pelo visto não tinha ninguém. Th: Agente vai de carro Lunna — ele fala e eu assinto entrando no carro, sem olha muito pro th, mas ele acaba passando em frente à minha antiga casa e lágrimas rolam por todo o meu rosto. Th: Aí não chora não pô, odeio ver mulher chorando cara. — Vire o rosto pro outro lado então Thiago- falo e ele não me responde nada, agente sai do morro e ele dirige pro lado do asfalto. *** Th: Aqui Lunna toma esse moletom pra camuflar a arma — ele fala e eu me viro vendo um moletom preto com touca. — Não vou usar arma, não sou bandido. Th: Tá querendo me ofender é novinha? Precisa fazer mais que isso tá ligada ne — O que eu preciso fazer mesmo? Th: O bagulho é transparente Lunna, tu só vai entregar e receber a grana dos playboys — Entregar maconha você quer dizer ne. Th: Toma a arma Lunna, vou te dar esse celular que só tem o meu número se precisar me liga beleza? - Ele me entrega aquela arma e as minhas mãos gelam de medo, visto também o moletom e prendo o cabelo num coque- Só usa essa arma em último caso tá ligada e não inventa de fugir não que o lobão não vai gostar muito — Quero mais e que o lobão se f**a — falo e saio do carro dando de cara com um colégio enorme e muito lindo, deve ser o sonho de qualquer pessoa estudar aqui pena que para mim e um sonho pra lá de impossível. Th: Falou marrenta, quando terminar pode ir embora que eu te encontro no caminho — nem olho mas pra ele e saio andando pra perto de uma árvore, olhando aquelas pessoas arrumadas entrando na escola. Fico parada em baixo da árvore até um grupinho de adolescentes se aproximarem de mim. Xxx: Veio no lugar do sorvete? — balanço a cabeça afirmando.- Me dá três aí rápido- passo os três pacotezinhos da erva pra ele bem rápido.- Deu quanto? — 150 — ele me passa a grana e eu a pego rápido, mas logo todo mundo do bonde compra e eu fico só com quatro pacotes restantes, fico olhando aquelas meninas ricas passando por mim, conversando sobre unhas e roupas e eu admirando a escola delas, será que a vida vai continuar injusta pra mim? Fico sentada ali na calçada em baixo da árvore quando um casal se aproxima de mim, eu não gosto de olhar muito no rosto das pessoas aqui pra elas não me reconheçerem mas esse casal me chamou a atenção, pra ser sincera o rapaz que me chamou, ele era lindo demais, todo branquinho do olho verde e musculoso, mas a menina que tava com ele parecia aquelas patricinha de revista, ela até me olhava torto. Xxx: Tu vende droga né? — a moça me pergunta seca e não me deixa nem responder- me dá quatro pacotes menina. Xxx: Pelo amor de Deus Melinda, você só deve tá pirando- o rapaz fala colocando a mão na frente dela, e que nome bonito ela tem pena que faltou duas gramas de humildade, não é por que eu tô aqui vendendo droga que eu sou bandida. Melinda: Não enche Rafael, não tô pagando com a sua grana, quanto é menina? — 250 — Eu iria falar 200, mas eu preciso de grana pra voltar pro morro, não vou confiar no thiago pra me buscar aqui e não é porque eu fui vendida que sou obrigada a andar pela cidade toda até chegar ao morro. Melinda: a nossa que roubo, olha o tamanho do saquinho.- dou de ombros e ela me olha junto ao rapaz- tá toma aqui logo. — ela me entrega o dinheiro e põe a droga dentro da bolsa rápido e o rapaz continua na minha frente me olhando. Xxx: Como e o seu nome? — eu não respondo — Bom o meu e Rafael e aquela e à minha irmã Melinda. — Eu sou a Lunna. — falo baixo e continuo de cabeça baixa. Rafael: Eu não gosto desses traficantes vendendo droga na porta do meu colégio, desde que eles começaram a minha irmã virou uma usuária — ele diz bravo- mas você não me parece ser uma deles — me olha curioso. — Eu não sou traficante. Rafael: E por que tá aqui então? Não fode com a tua vida Lunna, você me parece boa demais pra isso - ele me olha e dá um sorrisinho de lado e sai entrando no colégio, aí meu Deus que homem lindo, acho que ele tá competindo com o ogro do lobão só pode. Fico ali olhando ele entrar no colégio com a mochila no ombro admirando a vista linda daquela escola, ouço um bagulho do nada e me assusto quando vejo que era o tijolo que o th me deu tocando. *w******p on ligação* - Oi Thiago. Th: Já terminou de vender ? - Sim Th: Vou te encontrar na metade do caminho, pode vir andando ? — De boa, tchau.- falo e desligo logo antes de começar a andar por aquelas ruas enormes, encontro um táxi no caminho e pego o mesmo até o local que o th falou, fico olhando pela janela e me lembrando do Rafael, será que ele tem uma irmã viciada igual a mim? Coitado dele, ele deve me odiar por tá aqui hoje vendendo droga pra irmã dele, eu sei como dói ver a irmã da gente se afundar é não poder fazer nada. O táxi chega no lugar e eu p**o os 50 reais que eu cobrei a mais da patricinha e fico em pé esperando o th chegar que não demora muito para aparecer, e parar o carro pra que eu entrasse no mesmo. Th: Como foi lá? — Bom e que não foi né? — ele não me responde. Th: Acho que o lobão tá certo de te tratar m*l Lunna, tu trata m*l todo mundo pow — Você e igual ao Lobão, na verdade todo bandido e igual Th: Pow Lunna achei que tu fosse diferente, mas na real eu me enganei feio — ele fala e eu não respondo é ele não fala mais nada. *** Pouco tempo depois… — Tá desculpa por ser fria com você — falo assim que ele para o carro na frente da casa do lobão, acho que eu preciso ter pelo menos um amigo nessa masmorra. Th: Suave mina, entendo teu lado também pow mas fica ciente que se fosse por mim nada disso tava acontecendo- ele fala e eu dou um abraço nele, mas somos interrompidos por uma moça batendo muito forte no vidro do carro, agente toma um susto quando vê ela desesperada ali. — Quem é essa mulher? Th: É a minha fiel — ele fala e eu caiu na real que ele era realmente casado e não era apenas boatos pelo morro, mas pelo visto a esposa dele não tava muito contente de ver agente se abraçando, aí meu Deus espero que ela não pense nada de errado pro lobão não me matar. O th desçe do carro e ela se distância pra ele abrir a porta e eu já vou desçendo também ouvindo eles conversarem. Th: Que p***a é essa Camila. — ele diz e ela me olha. Camila: Que merda você tava fazendo com essa p**a de quinta Thiago? foi pra isso que eu mentiu todas as vezes dizendo que ia ensinar um vapor a atirar. Th: Pelo amor de Deus Camila, vai pra casa c*****o lá agente conversa- ela olha pra ele e depois vem na minha direção e eu fico em choque, ela era muito bonita também, tinha a pele morena do cabelo liso, o sorriso branco e da minha altura...
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