Eu sou a filha mais sortuda do mundo, tenho os melhores pais. Apesar de ter nascido no meio da máfia e meu pai ser de uma das famílias mais importantes e temidas, ele era o melhor pai do mundo e o marido mais amável, nos tratando como joias preciosas.
Em breve, farei 20 anos e, como meu pai e minha mãe me tratam como uma princesa, decidiram organizar uma festa que não é uma simples festa. É uma festa em que todas as famílias importantes, inclusive o Capo da Camorra, foram convidadas. Não tive como negar, pois meus pais, quando querem, são persistentes.
Por esse motivo, virei a boneca da minha mãe. Ela está tão animada para a festa que já fomos a mais de vinte boutiques e compramos uns cinquenta vestidos. Ela sabe muito bem que eu prefiro roupas mais simples, mas disse que devo me vestir de acordo com a posição do meu pai.
Os dias correram tão rápido que m*l percebi que já era o grande dia. A mocinha aqui vai fazer vinte anos. O dia foi tão corrido; começamos a tratar meu cabelo, decidi deixá-lo solto e ondulado. Para a maquiagem, optei por um look nude e adorei, estava linda. Meu vestido era vermelho, do tipo sereia, com um decote modesto na parte da frente, mas na parte de trás tinha um V bem grande, o que deixava o vestido sexy. Optei por saltos altos de cor preta.
E quando me olhei no espelho, uau! Estava linda.
Minha mãe me abraçou com tanto carinho e depois olhou para mim e disse:
— Filha, como você cresceu e se tornou uma mulher tão linda. Estou tão orgulhosa de você.
— Mamãe, para! Se não, vou ficar emocionada e depois vou estragar a maquiagem chorando.
— Nada de choro — diz meu pai. — Hoje é um dia de muita alegria, porque em uma data como essa nasceu a minha princesa.
Então saímos do quarto. A festa já tinha começado e não podíamos deixar as famílias esperar por muito tempo, seria uma falta de respeito, ainda mais com o Capo da Camorra presente. Entramos no salão e todos os olhares se voltaram para nós. Eram olhares de malícia de alguns homens, algumas mulheres olhavam com desdém e outros olhares eram de admiração. Era como se não acreditassem que essa era a filha do Don Luís.
Fui guiada pelo meu pai, acompanhada da minha mãe, para me apresentarem às famílias mais importantes da máfia. Em momento algum meu pai soltou minha mão e não permitiu nenhum comentário engraçado daqueles velhos que me olhavam como se quisessem me devorar.
Paramos na frente de alguns homens, eram jovens e bonitos, devo admitir.
— Ana Lúcia, quero lhe apresentar o nosso Capo, Logan Venturelli. m*l meu pai terminou de falar, eu olhei para ele e era notório que ele era um homem que metia medo a qualquer um: um homem de olhos verdes e cabelos loiros, alto e forte, e notava-se que malhava bastante, pois seus músculos marcavam em seu terno, que parecia ter sido feito especialmente para ele. Fui tirada dos meus pensamentos quando ele puxou minha mão e beijou-a com um ato cortês.
— Prazer, por favor, trate-me apenas por Logan. Luís, sua filha é realmente muito bonita. Os boatos não fazem jus à sua beleza. Com uma beleza dessas, não deve deixá-la solteira por muito tempo.
— Não se preocupe, minha filha foi criada e educada para manter-se pura para seu futuro marido, então não teremos problemas mesmo que ela continue solteira — meu pai respondeu ríspido, mas com um tom aceitável. Não podemos esquecer que ele está falando com seu Capo.
Em seguida, ele me apresentou a um homem lindo, moreno, de olhos azuis e com um olhar sombrio e indecifrável. Alto e com algumas tatuagens à mostra no pescoço, ele era muito sexy, com o corpo marcado em seu terno preto. Ele apenas estendeu a mão e me cumprimentou com um aperto de mão, mas nesse simples toque senti meu corpo drenar; foi estranho. Mas ignorei e voltei a prestar atenção no que falava.
— Prazer, eu sou Vincenzo Fizterra, Consigliere do Logan Venturelli — ele disse, seco, olhando-me de cima a baixo, e simplesmente não consegui decifrar o que ele estava pensando quando me olhava daquele jeito.
Nosso contato foi cortado quando meu pai pediu para ter a primeira dança comigo. Eu prontamente aceitei.