A ESPOSA DO CONSIGLIERE

CAPÍTULO 2 ( ANA LÚCIA )

Começo a dançar com meu pai. Confesso que não sou a melhor dançarina do mundo, mas também não sou de se jogar fora. Meu pai dança com tanta elegância, todo baboso pela menina dos seus olhos. Enquanto dançávamos, ele me dá um giro e, m*l viro para o outro lado, encontro aqueles olhos azuis lindos e intensos do Vincenzo. Sinto um calorzinho nas minhas pernas enquanto nos olhamos.

Decido espantar esses sentimentos estranhos, cortando o contato visual com Vincenzo. m*l percebo que a música parou.

— Me bella, eu sei que seu pai é lindo e dança muito bem, kkk. Mas preciso deixá-la agora. Só vou resolver umas coisas no meu escritório com Logan e já volto.

— Está bem, papai. Vejo meu pai caminhando para o escritório com Logan e Vincenzo, e sinto uma aflição sem saber por quê, mas fico preocupada.

Caminho até minha mãe e ficamos jogando conversa fora com as esposas dos Caporegime. A conversa era repleta de risadas falsas, e umas olhavam para as outras como se fossem as donas do mundo. Não suportava mais ficar naquele ambiente e decidi subir para dar uma fugidinha no meu quarto. Ia aproveitar e mudar, pois esses saltos estavam me matando. Entro na casa e caminho pelo corredor que me leva até a escada, mas paro assim que ouço meu pai gritando: "Eu não aceito, podem escolher a filha de qualquer outro membro." Ao ouvir isso, tive a certeza de que estavam falando de mim, e a aflição que eu sentira naquele momento se tornou visível em meu rosto. Ouço Logan respondendo ao meu pai com um tom mais alto, como se fosse um aviso e ao mesmo tempo uma repreensão pela forma como meu pai gritou.

— Farão isso em nome da máfia — anunciou Logan, selando sua palavra de vez.

Decido sair de lá antes que seja pega. Não queria aumentar a preocupação do meu pai, seja lá o que foi dito sobre mim. Foi visível pela voz dele que ele não gostou nem um pouco.

Finalmente no meu quarto, me jogo na cama. Estava cansada e com mil pensamentos na minha mente sobre o que será que estavam conversando. Não vejo a hora dessa festa terminar para poder conversar com meu pai. Acabo cochilando e acordo com o carinho da minha mãe em meu rosto para me despertar.

— Filha, você precisa voltar; os convidados já notaram sua ausência. Vamos descer para nos despedirmos dos convidados. Seu pai não está mais de bom humor e pediu para terminarmos a festa o mais rápido possível, porque ele quer conversar com a gente. Acho que aconteceu alguma coisa grave.

Então descemos e conversamos mais um pouco com os convidados. Meu pai inventou uma desculpa de que eu estava me sentindo m*l para que pudéssemos terminar a festa sem causar nenhum alarido. Começamos a nos despedir dos convidados um por um, até que chegou a vez de Logan e Vincenzo.

— Querida Ana Lúcia, foi um prazer conhecê-la — diz Logan.

— Digo o mesmo, Sr. Venturelli.

— Luís, aguardo sua resposta sobre a data amanhã, e sem desculpas — diz Logan.

— Sra. Ramona, foi um prazer revela.

Terminamos de despedir os convidados e meu pai diz, muito sério, que queria conversar com a gente e pediu para que fôssemos ao escritório dele. m*l oiço isso e fico tão nervosa e preocupada por saber que é sobre mim, mas seja o que Deus quiser.