Evelyn Fisher:
Começo a pedalar um pouco mais rápido, ouvindo minhas músicas no meu fone de ouvido.
E fico pensando na conversa que tive com a minha madrinha, é claro que não acredito que algum homem rico iria olhar pra mim, mas seria um sonho bom, caso isso acontecesse, mas é óbvio que esse doutor deve ser casado ou tem uma namorada, afinal tem roupas femininas entre as roupas dele, então se não for de uma irmã, só pode ser da mulher dele.
Que minha madrinha não me ouça, mas eu adorei o perfume amadeirado que estava empreguinado nas camisas do tal psicólogo que veio para lavar, e graças a minha madrinha, agora sei que aquele perfume delicioso pertence ao tal médico bonitão.
Finalmente chego a casa da família Thompson, desço da bicicleta para tocar o interfone, e assim que falo quem eu sou, um segurança abre o portão pra mim, depois me mostra a entrada dos fundos, e entro direto para a cozinha da casa.
Fico de boca aberta com o tamanho da cozinha da casa, adoraria cozinhar numa dessas, mas isso nunca será um sonho possível, só se eu arrumar um trabalho de cozinheira em alguma casa de madame.
-Boa tarde, você deve ser a Evelyn. A empregada entra na cozinha e eu já gostei dela de cara, já que ela me tratou bem.
-Sou sim, mas pode me chamar de Ivy, eu só vim trazer as roupas que minha madrinha lavou e passou, eu agora estou ajudando ela com as entregas, por isso você me verá mais outras vezes.
-É um prazer Ivy, eu sou a Molly, deixa eu só levar essas roupas lá pra dentro, vou aproveitar para pegar o seu dinheiro, volto em um minuto.
-Eu espero Molly, sem problema algum.
Ela vai pra dentro com as roupas que lhe entreguei, enquanto eu sento na cadeira e fico esperando.
Me levanto assim que Molly retoma para a cozinha.
-Aqui está o seu dinheiro Ivy, pode conferir se quiser.
-Não é necessário Molly, confio em você, muito obrigada.
-Eu que agradeço, nos vemos na próxima semana, Yvy?
-Claro que sim, eu mesmo irei vim buscar as roupas para lavar, agora deixa eu ir que tenho outra entrega para fazer.
-Tudo bem, até logo Menina.
-Até logo Molly.
Guardo o dinheiro na minha bolsa, pego minha bicicleta, e a empurro até a saída, onde o segurança abre o portão pra mim, e subo na minha bicicleta em direção a casa dos O'Donnell.
A medida que vou me aproximando do endereço do tal médico, eu começo a ficar nervosa, e não sei porque, afinal tudo que tenho que fazer é somente entregar as roupas passadas, e pegar o dinheiro, só isso, ele com certeza nem deve está em casa, mas a culpa é da minha madrinha que ficou colocando caramiolas na minha cabeça, agora estou assim por nada.
Chego em frente a mansão dele, mas fico ali na calçada igual uma estátua, sem coragem para entrar.
Desço da bicicleta, respiro fundo, e aperto o interfone, enquanto seguro a bolsa de roupas com a outra mão.
Um segurança alto, parecendo um soldado americano, abre o portão depois que eu disse meu nome.
-Pode entrar senhorita, Maria está te esperando na cozinha, é só seguir por esse caminho. Ele aponta pra onde eu tenho que ir.
-Obrigado pela gentileza senh....
-Harry, pode me chamar só de Harry .
-Obrigado Harry, a propósito eu me chamo Ivy.
Entro pelo lugar que ele me indicou, e uma senhora muito simpática me recebeu na entrada da cozinha.
-Boa tarde, eu sou a Ivy e vim trazer as roupas lavadas e passadas dos seus patrões.
-Aconteceu alguma coisa com a senhora Lourdes? Porque ela sempre fazia as entregas das roupas.
-Na verdade ela é minha madrinha, e como ela está com algumas dores na coluna, eu agora irei fazer as entregas para ajudá-la.
-Espero que ela melhore rápido, gosto muito dela, a propósito eu sou a Maria, a governanta dos O'Donnell, vou pegar o dinheiro pra você, Ivy, mas antes vou guardar essas roupas, fique a vontade enquanto eu vou lá dentro, você aceita um suco enquanto me espera?
-Eu aceito sim Maria, muito obrigada.
Ela abre a geladeira, onde pega uma jarra de suco, e me serve um copo, então sento em uma cadeira em frente ao balcão, para tomar o suco.
-Volto em um minuto.
-Eu te espero aqui Maria, sem problemas algum.
Fico ali distraída, me deliciando com o suco de laranja que por sinal está delicioso, quando escuta uma voz raivosa atrás de mim.
-O que uma mendiga está fazendo aqui sentada bem aqui na minha cozinha, infectando tudo?
Viro meu corpo, para olhar para uma mulher que parece uma água de salsicha, que está toda histérica, ao lado de outra mulher velha, que está com a mesma cara de b***a que a outra.
-Maria... Maria, cadê você? Ela começa a gritar, quase furando meus ouvidos.
-Estou aqui senhora O'Donnell, aconteceu alguma coisa?
Então essa é a esposa do doutor, como ele aguenta uma mulher dessa na vida dele, ela parece uma louca berrando desse jeito, achei que os ricos eram mais educados.
-Eu quero saber o que essa mulherzinha faz aqui sentada na minha cozinha, e tomando suco, quem autorizou sua entrada?
-Ela veio trazer as roupas limpas e passadas, já que a sua madrinha está enferma, eu que ofereci o suco, senhora, enquanto fui buscar o dinheiro para pagá-la, apenas isso.
-Nunca mais fique fazendo caridade com os serviçais sem minha permissão, essa casa é minha, você entendeu?
-Eu entendi senhora, isso não vai mais acontecer, me desculpe. Fico com pena da Maria que tem que aguentar essa mala como patroa.
-Acho bom mesmo, afinal eu sou a dona dessa casa, e você pegue esse dinheiro e suma da minha casa, não quero te ver por aqui nunca mais. Ela me olha como se eu fosse um coisa asquerosa.
A vaca m*l amada, joga o dinheiro no chão como seu fosse um cachorro, mas na hora que vou voar na cara dela, eu escuto uma voz grave que me faz tremer dos pés a cabeça.
-Você tem um minuto para pegar esse dinheiro que você jogou no chão, Marisa, ou eu te ponho pra fora da minha casa agora mesmo.
Viramos todas juntas para a mesma direção, onde aparece o homem mais lindo que eu já vi na vida, vejo a v***a ficar até branca que nem papel quando olha pra ele, já eu estou mesmo babando por esse deus grego.
OMG... Que homem é esse?
Continua...........