Nos Braços do Meu Mafioso

Capítulo III

Jamie

Se havia algo nessa vida que não existia era a porcaria de destino, as pessoas adoravam colocar nomes nas coisas que são fracos de mais para controlar, assim se sentem menos inúteis.

Eu aprendi cedo, crie seus planos, trasse suas metas e faça de tudo para consegui-las. Vale tudo para conseguir o que se deseja!

Foi assim que eu cheguei onde estou hoje, não me importava onde teria que jogar, se teria que matar ou me unir a outros. Valia tudo para que eu tivesse tudo o que sempre quis.

Meu maior desejo nessa vida era acabar com Oliver Miller. Na verdade havia se tornado meu único objetivo na vida, fazê-lo pagar por ter tirado meu pai de mim.

Mesmo que para chegar a esse momento eu tivesse que esperar pacientemente por anos.

Aproveitei o tempo para criar fortes alianças, levantar meus negócios, investir meu tempo, dinheiro e energia para ser melhor do que ele.

Eu o derrubaria, mesmo que para isso tivesse que enganar a mulher maluca que era a melhor amiga da nova paixonite de Oliver.

Finalmente havia chegado a pessoa que o mudaria, que iluminaria sua vida. Jackson tinha passado semanas reclamando do quanto a nova garota tinha virado a cabeça de seu chefe e o quão obcecado por ela Oliver tinha se tornado.

Era ela, eu esperei anos para que ele a encontrasse e enchesse seu coração de vida, agora era a hora de me aproximar, fazer seu império ruir em frente aos seus olhos e quando ele estivesse falido, na merda, achando que nada de pior poderia acontecer eu a tiraria dele.

Ele veria a vida da mulher que ama escorrer por entre os seus dedos e eu estaria do seu lado, para que ele soubesse quem tinha lhe tirado o seu bem mais precioso.

Não foi difícil atrair todos os amigos da irmã de Oliver até aqui, ela era uma presa fácil, ele a amava e cuidava com unhas e dentes, mas não era a mesma coisa que com Gabriela.

Gabriela estava se tornando seu ponto fraco, ele confiava nela nos negócios, ele a levava para todos os lugares. Logo estaria planejando um futuro juntos, filhos, casamento, família.

Algo que eu nunca deixaria acontecer para ele.

Depois de atrai-las até aqui não foi difícil para que os amigos drogadinhos delas começassem a causar problema. Nada como deixar um pouco de pó para quem não vive sem.

E agora finalmente estávamos aqui no quarto no andar de cima dentro da boate e eu tinha as duas a minha mercê.

Poderia fazer o que quisesse com elas, matá-las, sequestrar e pedir resgate, chantagear Oliver usando as duas.

Mas não era isso que eu queria, eu tinha aprendido a ser paciente e era isso o que faria até conseguir a confiança dela, precisava fazer com que ela se abrisse e me contasse sobre a amiga reclusa.

Ane era uma mulher linda, interessante de mais, até porque esse não era seu verdadeiro nome. Eu tinha investigado sua vida e descoberto quem de verdade era ela e quem era sua família.

A mulher era um mistério para mim, não entendia porque se escondia da família da alta sociedade, excluiu o sobrenome de peso de sua vida, mudou o primeiro nome e vivia uma vida de mentiras.

Mas eu vinha a observando por um tempo, já havia notado seus trejeitos, seu modo de agir na noite.

Ela realmente aproveitava cada minuto que durasse a noite, dançando, beijando, sorrindo, bebendo também mas não o suficiente para lhe deixar m*l.

Mas durante o dia, quando andava pelos shoppings e pelas ruas, apesar de sempre mostrar um sorriso no rosto e animação em fazer qualquer coisa, não era tão legítima quanto a noite.

O que fazia a pergunta rondar minha cabeça, o que havia de tão especial na noite para ela?

— Aqui você vai poder cuidar da sua amiga melhor.

Ane parecia insegura olhando em volta do quarto e ela ficou ainda mais nervosa retorcendo os dedos, com a testa vincada procurando por algo no quarto.

— Eu acho que ela já está melhor, nós podemos ir embora. — ela falou com rapidez.

Pude ver o leve tremor nas mãos e a tensão em seu corpo, o medo exalava de cada poro dela.

— Você acha? — questionei colocando a irmã de Oliver no chão, o corpo bêbado e cheio de drogas oscilou, mas mantive meu braço em volta impedindo que ela caísse.

— Nós temos pessoas lá fora, que vão nos procurar já que todos os nossos amigos saíram e nós não. — Ane falou e empinou o queixo para cima, tentando parecer confiante.

Eu tinha que aplaudir sua coragem, não era fácil para uma mulher se impor quando se está sozinha em um quarto de um desconhecido, que já mostrou estar cercado por seguranças, e que sua única amiga está quase apagada.

Mas eu jamais faria esse tipo de coisa que ela estava pensando agora, quase podia ver todo o tipo de de barbaridade passando em sua cabecinha.

Respirei fundo e fiz minha melhor encenação para parecer inocente e ofendido com suas palavras.

Coloquei Mag na cama devagar, tomando cuidado para que ela não cairia para nenhum dos lados.

Então me ergui imponente, sabendo o efeito que causava, ainda mais naquela situação.

— Você não tem que ter medo de mim. A última coisa que vai acontecer aqui hoje é eu fazer algo contra vocês. — estendi a mão direita e vi os olhos dela pararem ali analisando cada detalhe da minha mão, o anel preto da Bratva descansava ali, como um lembrete do sangue que corria em minhas veias e depois delicadamente ela deslizou os dedos sobre a minha pele e fechou aceitando o aperto. — Jamie, Jamie Blake. Se sinta a vontade para ir embora a hora que quiser.

Nossas mãos se mantiveram unidas e um calor se espalhando por meu corpo, algo como um fogo que estava me atraindo direto para ela. p***a porque Ane tinha que ser tão linda e ter aqueles olhos verdes maravilhosos, que pareciam querer penetrar no mais profundo da minha alma.

Eu pude ver a luta interior da refletida ali, ela também sentia o mesmo que eu e estava tentando resistir, querendo fugir e ouvir a razão.

Antes que eu tomasse uma atitude ela o fez, se jogando sobre mim, grudando nossos corpos e bocas em um beijo insano.