Resgatando o Coração

Prólogo!

Gael Maldonado:

Deixar pra que seja entendido, que tudo o que eu preciso eu encontrei em você, de repente até um pouco mais que isso, se palavras não são suficientes, talvez seja a hora de a vida te mostrar.

Que por mais que pareça brincadeira, há uma intensidade bem maior. Uma força, algo que me prende à você.

Eu queria talvez gritar, pro mundo inteiro saber, mas de que valeria a pena se eu só preciso provar à você.

Eu descobri em pouco tempo, que amar alguém verdadeiramente é possível.

O que eu precisava aprender, foi você que me ensinou.

Eu percebo agora que nada faz sentido sem você.

Se tornou minha rotina..

Minha mania...

Não sei dizer se é muita coincidência se apaixonar pela mesma pessoa todos os dias, mas sei dizer que você mudou completamente a minha vida.

Aurora, eu nunca imaginei que alguém pudesse surgir em meio a tanta escuridão que estava o meu coração e pudesse me fazer sorrir.

Jamais imaginei que alguém tivesse a força de trazer o brilho e a luz que eu precisava e nunca consegui antes encontrar.

Você se tornou assim, a pessoa mais especial para mim.

Não quero de você jamais abrir mão, pois você é quem resgatou o meu coração.

Ps: Eu te amo!

G.M.

2 anos depois. . . . . . . .

-Tem certeza que está tudo bem, meu amor? Pergunto depois de sair do banheiro, e voltar a me sentar ao seu lado na cama hospitalar.

Sua cesariana foi marcada pra daqui a pouco, Ben ficou na casa dos meus pais, e viemos pra cá na parte da manhã, estamos só esperando o bloco cirúrgico ficar pronto.

-Eu só estou um pouco nervosa, mas não vejo a hora de ter nossas meninas nos meus braços. Ela diz alisando sua enorme barriga.

-Não precisa ficar assim, não vai sair do seu lado nem por um momento. Digo beijando sua mão e colocando minha outra mão sobre a sua, e nossas meninas se agitam um pouco lá dentro.

Toc- toc. Uma batida na porta nos tira da nossa bolha.

-Com licença, eu sou a enfermeira Dayse, vim buscar a paciente, a doutora Rebecca já está esperando para fazer o parto.

-Claro que sim, minha mulher estava só esperando vocês virem buscá-la.

Ela com a ajuda de outros enfermeiros, puxou a cama da minha mulher e a levou para o corredor, e eu fui ao seu lado, segurando em sua mão.

-Gael nossas filhas vão nascer, e eu quero que você fique do meu lado o tempo todo. Minha mulher diz emocionada, enquanto aperta a minha mão.

-Eu estou aqui meu amor, não vou largar sua mão nunca, não vejo a hora de conhecer nossas princesas.

-Senhor Maldonado, você terá que trocar de roupas se quiser acompanhar o parto da sua esposa. A doutora Duarte diz interrompendo nosso momento, enquanto nos acompanha pelo corredores da maternidade.

Deixei minha mulher em frente ao bloco cirúrgico, e acompanhei um dos enfermeiros até o vestiário, como não queria deixar minha mulher muito tempo sem mim, eu me troquei rapidamente e fui direto para o bloco cirúrgico, sento ao seu lado, ela já foi anestesiada, e a médica só estava esperando eu chegar para realizar a cesária na minha mulher.

Aurora foi a minha segunda chance para ser feliz, ela foi a grande responsável pelo resgate do meu coração, quando eu tinha certeza que tudo estava perdido.

Depois da dupla traição que sofri, eu tinha prometido pra mim mesmo que não queria saber mais de relacionamento, pois Ellen arrasou comigo no momento que eu a peguei na cama como o meu melhor amigo, foi um dor quase insuportável, principalmente quando soube que Douglas era o verdadeiro pai do Nicholas, a maldita me fez acreditar que aquele menino era meu, mas até isso fazia parte das suas mentiras.

Eu pensei que iria morrer de dor, quase fui ao fundo do poço, quando me dei conta que vivia ao lado de uma mulher traidora e mentirosa e de um falso amigo, e isso me fez enterrar meu coração.

Minha vida ficou em suspenso por alguns meses, até que um anjo de lindos olhos azuis, foi chegando de mansinho até o meu coração, arrombou a porta do meu coração que estava fechado por dentro e ocupou o lugar que estava vazio, e não saiu mais.

Já temos já temos um filho de 2 anos, o nosso pequeno Bernardo , seu nascimento já nos trouxe muita felicidade, que será triplicada hoje com a chegada das gêmeas Phoebe e Phyllis, queremos muitos filhos, mas foi uma surpresa quando descobrimos que seríamos pais de dois bebês ao mesmo tempo.

Phoebe foi a primeira a nascer, seu choro era estridente e tomou conta de todo o bloco cirúrgico, tenho certeza que ela estava estressada por está sendo manipulada pela médica, mas seu choro acabou no momento que ela foi colocada sobre o peito da sua mãe, notei um vasta cabeleira castanha coberta por uma gosma branca, mas tinha certeza que ela a cópia fiel da mãe, minha mini Aurora, estava ali com seus dedinhos pequenos e fiquei ali curtindo as minhas duas mulheres, até que um resmungo baixo chamou minha atenção outra vez e quando olhei por cima do pano verde que cobria a parte de baixo da cintura da minha mulher, eu vi outra bolinha rosada, tão perfeita quanto a irmã, as duas eram idênticas, somente a personalidade seria diferente, já que Phyllis era calma como sua mãe até quando chorou.

Cortei seu cordão umbilical como fiz com a Phoebe, depois foi a vez dela ir para os braços da mãe, enquanto a irmã já foi levada para ser examinada pela pediatra.

Eu não tinha palavra para expressar direito o que estava sentindo, afinal antes de conhecer a Aurora, eu pensava que tinha perdido tudo, até a vontade de viver, mas agora sou pai de três lindas crianças, tenho uma mulher linda e maravilhosa que me ama de verdade e juntos temos uma família feliz.

-Phoebe chorava tanto que foi preciso colocar ela no peito da mãe ali mesmo.

Depois que ela mamou, ela dormiu logo em seguida e uma enfermeira levou ela para o berçário.

Tive que sair para que a doutora Rebecca costurasse os pontos da cesária, dei um beijo na boca da minha mulher e sair de lá.

Enquanto aguardava sua ida para o quarto, eu voltei para o vestiário, troquei de roupas, depois fui para o berçário ficar namorando minhas filhas pela vidraça.

Peguei o celular e avisei a todos sobre o nascimento das nossas filhas e avisei o horário da visita para que eles pudessem vim visitar minha mulher e nossas filhas.

Quando minha mulher voltou para o quarto, eu fiquei ali velando seu sono, ela precisava descansar, afinal colocar duas crianças de uma vez só no mundo não é pra qualquer uma.

Só sair do quarto, por um instante somente para comprar flores pra entregar pra ela.

Quando voltei Ana estava sendo checada pela doutora Rebecca, minha mulher estava acordada, mas seu rosto estava um pouco abatido.

Mas ela continuava linda.

Quando a médica saiu de dentro do quarto, eu fui sentar ao seu lado.

-Você está linda, amor. Quer que eu te ajude a tomar um banho? Pergunto tentando ajudar em algo.

-Depois que a anestesia passar você me leva, amor, também tenho que terminar de tomar o soro.

-Tudo bem, minha linda, eu espero, trouxe essas flores pra você. Estendo o buquê de rosas para ela pudesse cheirar as rosas, ela gosta de sentir o cheiro delas.

Coloco o arranjo perto da cama.

Quando a anestesia passou, uma enfermeira veio tirar o acesso do soro da sua veia.

Ela se prontificou a ajudar minha mulher com o banho, mas eu pulei na frente, pois queria cuidar da minha esposa.

Assim que terminei de dar banho nela, eu a coloquei de volta para a cama, que já estava de roupas de cama limpas, provavelmente uma enfermeira trocou os lençóis e as cobertas.

Depois do almoço, duas enfermeiras do berçário trouxeram nossas meninas pra ficar com a gente no quarto.

Phyllis estava dormindo, então eu fiquei com ela enquanto Phoebe que entrou no quarto berrando mamava nos s***s da mãe.

Eu estava apaixonado pelas duas.

Aliás eu amava a família que construir ao lado da mulher da minha vida, a dor ficou pra trás há muito tempo, mas entendo que precisei passar por tudo aquilo, pois o sofrimento me amadureceu e também me trouxe meu verdadeiro amor.

Aurora sempre foi a mulher da minha vida, só queria ter conhecido ela antes, mas que bom que ela aconteceu, e hoje me deu mais dois presentes valiosos, eu espero poder continuar vivendo feliz ao seu lado e ao lado dos nossos filhos.

Se hoje eu choro, é somente choro de felicidade, porque sou um homem realizado, com uma família linda e muito estruturada.

(...)

Mas antes de chegar até aqui, vou precisar voltar no tempo, e contar como Ellen e Douglas quase destruíram a minha vida, só assim vocês entenderão o que eu passei no tempo que fiquei casado com ela, sem saber que ela e o meu melhor amigo eram amantes, e que ela me fez de bobo me traindo sempre que podia, mesmo eu colocando o mundo ao seus pés.

Continua.............