FELICIA
- Felicia acorda!- pulo da cama com as batidas fortes na porta do meu quarto.
- Ja acordei!- digo
- Ate que enfim,agora bora!- mamãe diz.
Olho pro lado e a minha gatinha ainda ta deitada do meu lado.
- Bom dia esperança!- ela ronrona e fica de barriga pra cima.
O alimentado dela apita e derruba a ração e ela se levanta.
Vou pro banheiro tomar um banho pro meu dia de trabalho.
Coloco a minha roupa de secretaria.
Trabalho como secretária em umas das grandes empresas de tecnologia da Espanha.
Trabalho pra senhorita Luciana, acho que ela é namorada ou noiva do CEO, o senhor Samuel Monteiro.
Sempre que eles chegam, ele dar um beijo na testa dela e sobe pro último andar, enquanto ela fica no andar dela.
A senhorita Luciana é engenheira da computação e é muito boa no que faz.
A senhorita Luciana é uma ruiva linda de olhos azuis e cabelos vermelho ferrugem cacheados.
Trabalho pra ela a dois anos e gosto do meu trabalho lá.
Vamos dizer que não sou o poço da inteligência, sou mais burrinha.
Não consegui entra em uma faculdade então fiz um curso de secretariado e assim que me formei logo contratada e ate hoje trabalho lá.
Vejo se ta tudo certo com a minha roupa.
Essa roupa de secretaria fica muito feia em mim, nunca gostei.
Tiro a saia e coloco a calça preta social, fica melhor.
Desço e vou direto ja geladeira pra tirar a minha marmita que tinha feito na noite anterior.
- cade a minha marmita daqui?- me viro pra minha mãe e irmã que estão na cozinha.
-Dei por Celso quando ele chegou ontem a noite.
- A minha comida a senhora deu pra ele? A senhora não podia ter feito outra coisa?- Digo pra minha mãe, minha irmã so abaixa a cabeça.
Celso era namorado da nossa mãe, infelizmente nosso pai morreu quando tinha 9 e a Anita 2 anos.
Nossa mãe era ótima, mas depois que começou a namorar esse cara tudo foi de mall a pior. Odeio ele com todas as forças do meu ser.
-Era o que tinha Felicia, não enche o saco
- Agora vou ficar com fome o dia todo?
- fiz um café reforçado pra ti!- olho o café reforçado que ela diz que fez.
Era apenas um pão,5 cream crack e um café simples.
Quanto do outro lado tinha frutas picadas, mel, bolo cafe com leite e outras coisas.
- Esse aqui é o meu?- pergunto pro pequeno banquete que tem so de um lado da mesa
- Não, é do Celso, esse ai- ela ponta pro pão-é teu- respiro fundo com uma vontade enorme de chorar, sempre era assim.
Ela prefira um macho escroto que sempre sumia no final de semana e ela ficava sempre igual a uma trouxe esperando ele.
- Passou a minha fome!- digo
- que bom pelo menos você emagrecer!- desce a primeira lágrima.
Tinha uma insegurança muito grande com meu peso.
Sou gordinha, tenho muito peito, muita b***a, muita coxa e uma barriga saliente.
E a minha mae sabe o quanto sou insegura com isso.
- Vamos Anita!- digo tentando não chorar.
- Sim!- Sempre levava a Anita pro curso que ela ta fazendo que por sinal quem pagava era eu.
Anita desde pequena gostava de maquiagens e penteados. Então quando deu matrículei ela no curso que ela realmente gosta
Porque ate o dinheiro do nosso pai,mamãe gastava com aquele merda ao invés de gastar com a gente.
- ah ja recebeu?- mamãe pergunta e olho incrédula pra ela.
- Não
- Mas ja era pra ter recebido.
- ja paguei as contas,o que a senhora quer?
- preciso de mais dinheiro pra compra as pra casa.
- Pra que? Pra sustenta aquele gigolô?
- Não fala assim do Celso, ele é um bom homem.
- tenho vergonha alheia de vocês.
- Tu fala isso porque não arranjou um homem que te ame de verdade como eu encontrei
- sim, homem que te amou de verdade foi meu pai, não esse dai. Ah quer saber? tchau.- Vou pra garagem.
Moramos no bairro ate que bom, a casa é minha e da minha irmã.
Papai colocou nosso nome, acho que a mamãe ainda não me expulsou daqui por isso.
Saio com carro que era do meu pai que é bem antigo.
Papai tinha uma paixão por esse Mini Authi, esse carro é dos anos 70 e mesmo tendo um trabalho pra deixa ele todo em dia, ainda vale a pena.
Lembro quando papai me coloca nas pernas dele e ia dirigindo comigo.
Anita entra no carro e pego a direção do curso dela.
Minha barriga ronca alto
- toma!-Anita me entrega uma marmita, uma maçã, suco e um pedaço de bolo.
- como tu conseguiu isso?
- Peguei da mesa quando a mamãe saiu pra chamar aquele cara!- acabei rindo.
- Lembra que tu vai chegar primeiro que eu!
- Me faço de sonsa!- Anita diz e acabei rindo mais.
Como ainda tinhamos tempo, paro e divido com a Anita.
Ela também não come direito em casa.
- Tem dinheiro pra um lanche?
- tenho Fe, relaxa peguei da carteira da mamãe!- acabei rindo
- anda roubando a mamãe?
- sim, ela rouba da gente pra dar as coisas para aquele cara. Vou continuar pegando.
- Anita a mamãe vai acabar descobrindo.
- Se ela grita comigo coloco ela pra fora de casa.
- tu teria coragem?
- teria sim, aquela mulher não é mais a nossa mãe Felicia. Ela trata m*l quem ajuda dentro de casa e dar tudo para aquele cara, odeio aquele homem
- eu também
- Então parar de ser tão submissa pra ela. Se ela fala toda carinhosa contigo tu dar tudo que ela quer.
- acho que ainda ta enraizado na minha cabeça o jeito que ela era.
- Tem que entender que aquela morrer e ficou so corpo pra encher o saco!
- O f**a que tu tem razão, mas não sei ser diferente Anita.
- Fe to aprendendo tanto no curso, algumas garotas sabem se impor e acho que to pegando isso delas.
- Que bom!- do sorriso e faço um carinho no rosto da Anita
- Tu es a melhor irmã do mundo!
- você também!-depois que comemos, peguei o caminho curso da Anita e depois fui pro trabalho.
Estaciono o carro e pego o meu crachá.
- Bom dia Germano- digo pro porteiro
- Bom dia Felicia- ele abre a porta pra mim- Tenha otimo dia.
- Você também!- do sorrir e pego o elevador e vou pro décimo quinto andar, desço e vou direto pra minha mesa.
Peço o café e os biscoitos amanteigados que a senhorita Luciana gosta.
Chega e deixo ja cima da mesa dela.
Organizo a agenda dela pro dia.
Sento na minha mesa e o elevador da privativo abre e como sempre ela sorrir pro CEO e sai do elevador. Me levanto
- bom dia Felicia
- Bom dia senhorita Luciana, hoje a sua agenda ta bem cheia!- ela suspira
- novidade, vamos trabalhar!
É vamos trabalhar!