Jasmine Schmidt.
Na manhã seguinte, havia levantado ansiosa. Calcei meus chinelos e segui para o chuveiro. Assim que terminei, me vesti e segui para a cozinha. Sentei-me à mesa, mas não estava conseguindo comer, pois o meu nervosismo e ansiedade estava a mil.
— Parece nervosa — falou Jade.
— E eu estou... e muito! Não estou conseguindo nem comer.
— Relaxa Jasmine, tudo ficará bem, não precisa de todo esse nervosismo e ansiedade.
— Eu estaria tranquila se soubesse que George e eu viajaríamos somente como chefe e secretária, como profissionais, mas não será bem assim... eu sei que o George gosta de verdade de mim e toda essa situação ficará estranha, e eu ficarei extremamente desconfortável com ele, entende?
— Eu entendo você, mas são coisas que não podemos mudar... se o George tentar algo com você nessa viajem, então converse com ele e seja franca!
— Eu estou quase me demitindo.
— Não faça isso, você precisa desse emprego! Não deixe que uma situação dessas faça você desistir.
— Não é a primeira que me diz isso, mas obrigada — sorri.
Algum tempo depois, George chegou. Peguei os meus pertences e saí de casa, entrando no seu carro. Em seguida, partimos para o aeroporto. Ao chegarmos, entramos e subimos no avião.
Eu estava impressionada, pois nós havíamos ido de primeira classe e claro que tudo era muito confortável e bonito.
— Parece impressionada com tudo aqui.
— E estou! Nunca havia viajado de primeira classe e tudo aqui é bem confortável, e bonito também.
— Fico feliz que tenha gostado.
— E eu agradeço por você ter p**o a minha passagem.
— Imagina, não precisa nem agradecer.
Algum tempo depois, o avião começou a decolar, partindo para Paris. Ao chegarmos, descemos e entramos no táxi, seguindo para um hotel. Assim que chegamos, descemos do carro e entramos, subindo para os nossos dormitórios.
— Bem, aqui está o seu dormitório, o meu estará logo ao lado, caso precise de algo.
— Tudo bem, obrigada mais uma vez.
— Enfim, vou para o meu quarto.
Adentrei no quarto e sentei-me na cama.
Ainda estava desconfortável e nem um pouco à vontade por estar aqui com o George, mas estava menos ansiosa e nervosa, a única coisa que eu torcia agora, era para o George não tentar nada comigo.
George Greco.
Eu estava feliz por estar em Paris com a Jasmine, mas, ao mesmo tempo, fiquei chateado por ela ainda estar desconfortável comigo, queria pode fazer algo para tentar deixá-la mais à vontade, então pensei em convidá-la para jantar hoje à noite. Não tinha certeza se ela ficaria mais confortável, mas torcia para que sim.
Ao anoitecer, abri a minha mala e tentei escolher uma roupa boa, queria ficar bonito para a Jasmine e queria que ela se surpreendesse.
Jasmine Schmidt.
Assim que havia anoitecido, recebi uma mensagem de George, me convidando para jantar, claro que novamente fiquei ansiosa, mas tentei relevar a ansiedade e o nervosismo, mesmo que fosse difícil.
Abri a minha mala e peguei uma roupa, vestindo-a em seguida. Havia colocado um vestido curto preto de alças largas e decote quadrado. Meias finas pretas e sandálias plataformas da mesma cor, completando com bolsa e brincos na cor prata.
Assim que saí do quarto, encontrei com George, no qual ele já estava-me esperando.
— Está muito linda! — sorriu George.
— Obrigada! Você também está — sorri.
Entramos no elevador e descemos até a recepção. Ao chegarmos, saímos do hotel e entramos em um carro que George havia alugado. Em seguida, seguimos para um restaurante. Assim que chegamos, descemos e entramos, nos sentando à mesa.
— Então, está gostando? — indagou George.
— Claro, o país é lindo e está sendo bom viajar, mesmo que seja a trabalho.
— Fico feliz, essa é a única parte do trabalho que eu gosto.
— Entendo — sorri.
— Então Jasmine, estava ansiosa para vir?
— Um pouco, eu nunca tinha vindo para cá e muito menos viajei a trabalho.
— Entendo, as coisas estão sendo novas para você.
— Exatamente isso.
— Espero que você possa ficar mais tranquila agora, principalmente mais confortável.
— Eu vou ficar.
Algum tempo depois, nossa comida havia chegado. Ao terminarmos de comer, saímos do restauram e retornamos para o hotel. Assim que chegamos, entramos e subimos para os nossos quartos.
— Obrigada pelo jantar de hoje.
— Imagina, ainda terá mais.
— Claro... enfim, vou entrar.
— Qualquer coisa me chame.
— Tudo bem, igualmente.
Entrei no quarto e deitei-me na cama.
Eu estava assistindo a televisão, quando decidi ir tomar um pouco de ar. Coloquei um casaco e saí do quarto, seguindo para o pátio do hotel. Assim que cheguei, avistei George conversando com dois homens, ambos de ternos pretos, os mesmos pareciam da noite que eu havia visto George pela primeira vez, na qual, ele estava com dois homens ao seu lado.
Aproximei-me sutilmente, ficando atrás de uma parede e comecei a ouvi-los conversar. George estava inquieto, parecia impaciente com algo e aborrecido. Já ambos os homens, pareciam preocupados com alguma situação que estava acontecendo.
Tempo depois, ouvi algumas coisas que acabou deixando-me intrigada e, ao mesmo tempo, amedrontada. George dizia para ambos os homens que precisava se livrar das provas que poderia comprometê-lo e que suas mercadorias estavam caindo. Em seguida, avistei um dos homens entregando uma arma para o George e assim que o avistei, me afastei, mas infelizmente eu havia feito barulhos e George acabou me avistando.
— Jasmine? O que está fazendo aqui?
— Eu... — engoli em seco. — Eu só vim tomar um ar.
— Ah certo... estava entediada?
— Sim, mas já estou voltando para o quarto, então ate mais.
— Tudo bem, até mais.
Assim que eu me virei, rapidamente George agarrou-me e colocou um pano em meu rosto, fazendo com que eu desmaiasse.
Algum tempo mais tarde, eu havia acordado. Levantei-me da cama onde estava e sentei-me nela, olhando ao redor e tentando raciocinar onde eu estava, mas era um lugar desconhecido e não consegui pensar muito.
Algum tempo depois, George entrou no quarto, ele aproximou-se e sentou ao meu lado.
— Espero que não esteja com medo, não queria assustar você.
— Como você quer que eu não me assuste se eu fui sequestrada?!
— Desculpa, mas eu não poderia deixar você voltar para o quarto.
— Onde estou? — indaguei com os olhos marejados.
— Por favor, não chore. Não estamos no hotel, estamos em minha casa, mas não se preocupe, não irei machucá-la.
— Por que estou aqui?
— Infelizmente você acabou ouvindo a minha conversa com os meus seguranças e viu a arma também, então precisei trazê-la até a minha casa e te explicar sobre certas coisas.
— Do que você realmente trabalha? Seu nome é George de verdade? Que merda!
— Relaxa, não precisa se alterar, eu explicarei e te contarei tudo, ou quase tudo.
— Pois bem, comece a contar.
— Meu nome é realmente George Greco, mas não, eu não trabalho como um empresário, na verdade eu trabalho na máfia.
Assim que o ouvi dizer que trabalhava com a máfia, meu coração disparou e senti meu corpo todo estremecer. Eu estava apavorada, não sabia o que George faria comigo e tinha medo dele me machucar, principalmente de tirar minha vida.
— Você vai me matar? — indaguei com os olhos marejados.
— Não, claro que não! Eu nuca faria isso. Eu jamais mataria a mulher que me apaixonei.
— O que? Eu achei que você só queria ficar comigo, mas não achei que estava apaixonado.
— Eu estou e muito! Jasmine, eu estou completamente apaixonado por você, eu a amo!
— Você não acha que se apaixonou um pouco rápido demais? Nos conhecemos faz pouco tempo.
— Não vejo assim. Claro que nos conhecemos a pouco tempo, mas foi o bastante para eu a conhecê-la de verdade e acabar me apaixonando.
— E vai fazer o que agora? Me deixar em cárcere privado? Ou vai me deixar ir?
— Bem que eu queria deixá-la ir, mas não posso, eu sinto muito, mas não se preocupe, não a deixarei em cárcere privado, eu a levarei para sair.
— Então no que você está pensando? Que nós iremos ter um "possível" relacionamento futuro? Porque para mim, isso não irá acontecer.
George suspirou fundo, agora tentando conter sua irritação. Em seguida, ele prosseguiu:
— E por que não? Tem algum problema comigo? Porque sinceramente, eu não consigo entender você.
— Não consegue entender porque eu fui a primeira mulher com quem não conseguiu levar para cama? A primeira que não retribuiu reciprocidade? Porque, sim, eu não fiz nada disso e não farei! Olha, George, eu sinto muito se eu não lhe dei o que você quis e nem daria, eu sei o porquê trouxe-me para Paris, eu percebi suas intenções, mas mesmo que isso não tivesse acontecido, eu ainda não teria nada com você e não é porque você tem algum problema, ou "não" tinha, já que agora eu vi o verdadeiro problema aqui, mas eu só não quero me relacionar com ninguém, principalmente com um chefe, ou um mafioso!
— Eu entendo-a, de verdade, sei dos seus motivos, mas sim, é verdade, você foi a primeira em tudo, mas agora você será minha.
— E vai fazer o quê? Me prender e impedir-me de me comunicar com os meus amigos e a minha família? Eles virão atrás de mim George, você não pode me prender pelo resto da vida!
— Jasmine, a um tempo eu venho observando você e a sua vida, eu sei que você não conversa com a sua família, é raramente e já os seus amigos, eles são ocupados, principalmente a Jade e eu estarei com o seu celular e mandarei mensagens para eles, então não se preocupe com isso.
— Vai acabar com a minha vida assim? Vai tirar a minha liberdade? Que droga George! Por favor, só me deixe ir.
— Se eu não conseguir conquistá-la, eu prometo que a solto, mas enquanto isso, você ficará comigo, sob o meu teto.
Eu estava presa, não tinha como eu fugir daquele lugar, as janelas tinham grades e George trancava a porta. Eu estava em completo desespero, não sabia se o George estava falando a verdade, quando dizia que me soltaria, mas eu torcia para que fosse real, porque só de pensar em ficar presa em uma casa com George, eu entrava em pânico.
— E agora? — perguntei com os olhos ainda marejados.
— Nós sairemos — sorriu. — Não se preocupe, eu cuidarei bem de você e a levarei para lugares bons.
George se levantou e se retirou do quarto, trancando a porta em seguida. Assim que ele saiu, deitei na cama e voltei a chorar. Agora deixava toda a angústia sair, caindo em prantos ainda em desespero. Eu só torcia para que tudo isso acabasse.