Jasmine Schmidt.
Algum tempo mais tarde, assim que havia anoitecido, George retornou para o quarto e deu-me um traje de roupas, mandando eu ir tomar banho e vestir-me, pois hoje à noite, nós iríamos jantar fora. Peguei uma toalha e segui para o chuveiro. Ao terminar, coloquei um vestido que George havia-me entregado e calcei um pequeno salto preto. O vestido era um preto de cetim, curto, um pouco acima dos joelhos. Com alças finas e cinturado.
George entrou novamente no quarto e olhou-me de cima para baixo, com um sorriso doce em seus lábios, admirando-me. George parecia tranquilo e contente por estar saindo comigo, ou de ter-me consigo em sua casa.
— Você está linda! Este vestido ficou ótimo no seu corpo.
— Então, para onde vamos? — indaguei indiferente, com meu semblante m*l morado.
— Não seja tão rude, dê um sorriso, grano que você irá gostar do lugar.
Revirei os olhos e suspirei aborrecida. Não estava suportando o fato de eu estar naquela casa, principalmente de ter sido ingênua e ter confiado no George. Mas eu sei, eu não poderia culpar-me, até porque, a culpa era dele e não minha, eu jamais imaginaria que George me sequestraria e seria mafioso.
Saímos do quarto e descemos as escadas, seguindo para o carro. Entramos partimos para o tal lugar que George estava me levando. Ao chegarmos, George me conduziu até o lugar. O local era lindo, havia um arco grande florido e sob ele, tinha uma mesa com duas velas acesas. Haviam luzes e ao redor do lugar, tinham várias flores, como se fosse um jardim. Claro que não pude negar o quão incrível e bonito era o lugar.
— Vejo que gostou — sorriu George, puxando a cadeira para eu me sentar.
— É um lugar realmente muito bonito, não posso negar — sentei-me.
— Eu sabia que gostaria, foi difícil encontrar um lugar assim, mas felizmente eu achei e agora estamos aqui.
— O que é isso? Um restaurante para as pessoas jantarem a sós?
— Exatamente isso, eu só tive que marcar uma reserva para nós.
— Entendi.
— Então, Jasmine, você já jantou com alguém antes?
— Vai me deixar presa no quarto? — mudei de assunto. — Ou vai me deixar andar pela casa?
— Eu lhe fiz uma pergunta primeiro, deve respondê-la, então por favor...
— E eu lhe fiz outra, então responda-me!
— Você não vai ganhar nada sendo arrogante! Se continuar assim, terei que tomar algumas providências contra isso.
Suspirei tentando conter a irritação. — Sim, eu já tive um encontro com alguém.
— E foi com quem? Com seu amigo Carl?
— Não, saímos apenas como amigos.
— Que ótimo! Espero que sim. E não a deixarei trancada no quarto, você poderá sim andar pela casa, como hoje, caso você queira.
Algum tempo depois, os nossos pratos havia chegado. A comida estava ótima, mas não consegui comer muito, pois a ansiedade e o medo ainda me consumiam.
— Não vai comer mais?
— Não consigo — respondi em voz baixa, tentando não chorar.
George Greco.
Estava observando Jasmine e sabia que ela não estava à vontade, pude perceber sua voz embargada, tentando segurar o choro. Não queria que ela ficasse o tempo todo deprimida e muito menos queria que ela sentisse medo, eu só queria que ela entendesse que tudo ficaria bem e que eu jamais a machucaria.
Tentei conversar com ela sobre sua família, para conhecê-la melhor e para saber o que ela realmente sentia, mas Jasmine respondia-me com respostas curtas, sem se abrir muito. Claro que isso me frustrou e me aborreceu, mas tentei não demonstrar minha irritação e tentei me acalmar.
Assim que eu percebi que Jasmine não estava conseguindo comer, fiquei chateado, pois queria que nossa noite fosse tranquila e boa, sem ela ficar ansiosa, mas infelizmente não saiu como o planejado.
Jasmine Schmidt.
Assim que terminei de comer, olhei ao redor do lugar, tentando ver se havia alguma escapatória, de eu conseguir fugir dali, sem ser pega pelo George. Olhei novamente sutil e assim que George colocou a taça na boca, me afastai e da mesa e levantei, correndo para a saída. Agora corria com todas as forças pelos corredores floridos, mas era um corredor largo e parecia não ter fim. Assim que estava prestes a sair do jardim, um dos seguranças do George apareceu na minha frente, bloqueando a minha passagem. Em seguida, George puxou-me pelo braço, virando-me para olhá-lo.
— Sabe, Jasmine, eu estava tentando não me irritar com você nessa noite, mas conseguiu ultrapassar a minha paciência! Voltaremos para casa e conversaremos lá — disse George aborrecido.
George puxou-me pelo pulso e me conduziu bruscamente até o carro. Entramos e seguimos de volta para casa.
Eu estava apavorada, não sabia o que George faria comigo. Ele havia dito que não me machucaria, mas eu não confiava em suas palavras, isso poderia mudar repentinamente.
Ao chegarmos, descemos do carro e George pegou meu pulso novamente, conduzindo-me para o quarto. Ao chegarmos, entramos e George fechou a porta, a trancando e retirando a chave, colocando em seu bolso. Em seguida, sentamos no sofá.
— Olha, Jasmine, não quero deixá-la assustada, mas entendo o quão deve estar sendo assustador para você estar aqui, mas não tente fugir, porque você não vai conseguir escapar, entendeu?!
— Vai para o inferno!
George riu sarcasticamente. — Serão longos dias para você.
George se levantou da cama e se retirou do quarto. Assim que ele saiu, voltei a deitar-me.
Eu estava extremamente aborrecida e frustrada. Como eu pude ser tão burra e ingênua? Eu deveria ter me ouvido, deveria ter me demitido! Eu estava tão brava comigo mesma, principalmente de ter dado ouvidos aos outros.
Na manhã seguinte, acordei com George sentado numa poltrona no canto do quarto, olhando fixamente para mim. Levantei-me assustada e o olhei.
— O que está fazendo aqui?
George sorriu e se levantou, caminhando até mim. Em seguida, ele sentou ao meu lado, colocando uma das suas mãos em meu rosto.
— Hora de levantar bela adormecida.
— Você passou a noite aqui?
— Sem perguntas, meu bem... levante e vá se arrumar, hoje sairemos novamente e daremos um passeio.
Assim que George se retirou do dormitório, levantei-me e segui para o banheiro. Assim que terminei de vestir-me, saí do quarto e desci as escadas, seguindo para a sala, onde George me aguardava.
— Está linda com este vestido! — sorriu George.
Saímos da casa e entramos no carro, seguindo para um restaurante. Ao chegarmos, entramos e nos sentamos à mesa.
O restaurante era bonito, seus pratos eram caros e as pessoas que havia no lugar, usavam vestis elegantes.
Sentia falta da Jade, de conversar com ela e não poder saber nada sobre ela, deixava-me preocupada.
— Você está bem? — indagou George.
Ignorei sua pergunto e debrucei meus cotovelos na mesa, descansando minha cabeça em minhas mãos.
— Jasmine? O que foi?
— Como assim, o que foi? Você me sequestrou e está me forçando a viver com você, então como acha que estou me sentindo diante de toda essa situação?
— Fala baixo! Não quero que se sinta presa, por isso estou levando-a para sair e deixando-a andar pela casa, mas também não quero que sinta-se triste, mas não posso deixá-la ir, não agora.
— Sinto falta da Jade, ela faz falta.
— Olha, Jasmine, posso deixá-la conversar com ela, cado você se comporte.
Revirei os olhos e enxuguei as lágrimas, que já estavam escorrendo.
George Greco.
Ver a Jasmine triste, deixava-me desanimado, não queria vê-la daquela forma, mas não queria deixá-la ir e ver que a Jasmine ainda relutava contra nós, deixava-me ainda mais frustrado.