IX

2521 Words
[•••] Ainda no hospital... Anna se encontrava sentada lendo em uma poltrona ao lado da maca em que Mikael estava deitado, quando ouviu sua voz fraca e falha lhe chamar. ─ A-Anna? ─ Mikael? Você acordou! céus, é a primeira vez que te vejo acordado... e é um alivio. ─ Disse a garota empolgada enquanto colocava o livto de lado e se levantava para abraçar o garoto que a recebeu devolvendo o abraço e com um largo sorriso nos lábios, mas que em seguida deu leves tapinhas em suas costas se pronunciando: ─ Uh! Eu, eu estou bem, Anna... mas... está me sufocando... ─ Ah! Me desculpe, empolguei um pouco. ─ Sorriu docemente o soltando e assim colocando uma mecha de seus cachos atrás da orelha. ─ Você nos assustou, seu bobo. E Paulo se recusava a ficar longe de você mesmo que fosse por apenas segundos. ─ Paulo?! E... E onde ele está? Ele está bem? ─ Mikael se forçou a sentar soltando um leve gemido de dor. Afinal, sua última lembrança nítida a respeito do garoto era a de que ele tinha sumido do mapa sem aviso prévio ou retorno de suas mensagens e ligações. ─ Ei! Calma, não se force ok? Ele está bem, apenas... Ele apenas teve que sair para resolver algumas coisas, logo estará aqui. ─ se pronunciou enquanto ajudava o moreno a se ajeitar melhor na maca ─ Enquanto isso, que tal nos atualizarmos? Tenho tanto pra falar com você. ─ Sorriu abertamente voltando a abraçar o amigo que não se conteve, mesmo sentindo pequenas pintadas de dor acabou soltando uma breve gargalhada junto a dela. [•••] Casa dos Roman Smith... Depois que chegou na casa de Mikael, Paulo rondou envolto da casa conferindo a porta ─ que ainda estava com resquícios do arrombamento que fez naquele dia ─ e janelas. Como esperado o pai de Mikael estava lá, deitado no sofá como um porco. O cheiro do álcool predominava o local, o sangue de Paulo fervia e a vontade de matá-lo era imensa, mas a vontade de o fazer sentir cada minuto de dor que fez Mikael passar era maior. O garoto então voltou para a parte de trás da casa e sorrateiramente adentrou pela porta dos fundos que estava destrancada, era um costume deles trancar as portas somente quando iam dormir, o que de fato facilitou muito para Paulo. Podia se ouvir um murmúrio vindo do outro cômodo ao que a voz do homem bêbado ecoava pela casa indicando estar a procura do menino Mikael. Olhando ao redor Paulo apenas pegou um canivete que estava a vista por cima do armário na cozinha e seguiu diretamente para a sala sentando no sofá e tacando uma das latas de cerveja ao chão para fazer barulho e chamar atenção do homem. ─ Mikael é você? Seu desgraçado, onde esteve?! ─ O homem claramente alterado, mais do que depressa desceu as escadas cambaleando alguns degraus, e assim que ascendeu as luzes se deparou com o olhar sério e o sorriso nos lábios daquele que m*l aguentava se conter no momento para ter o que tanto desejava. ─ Olá “papai”... ─ Paulo? o que faz em minha casa suma daqui agora seu pirralho! ─ Esbravejou o homem que claramente se sentia incomodado com Paulo ali presente. ─ Ora!! eu só vim lhe fazer uma visitinha senhor Steve, á quanto tempo que não nos vemos? já estava com saudades desde o nosso último encontro, aliás eu preciso ter uma conversa séria com o senhor. ─ Falou com o tom de voz mais sério e frio. ─ Eu não quero conversar, cadê o Mikael aquele filho da p**a eu vou matá-lo. ─ Matá-lo? Isso foi a gota d'água seu verme. ─ Paulo sorriu dando um fraca risada ao que se levantava tremendo de puro ódio agarrando o homem pelo colarinho o colocando contra a parede e lhe desferido um soco sobre a face. ─ Seu desgraçado! já não está satisfeito pelo o que fez com ele outro dia e já esta pensando na cartada final? Eu vou te ensinar a ser um homem de verdade seu covarde. ─ Como ousa tocar em mim seu moleque insolente? ─ Steve novamente esbraveja com o garoto, tentando se soltar acaba por levar o punho fechado até Paulo o socando ao canto da face fazendo com que seus lábios do loiro sangrassem. Assim dando uma brecha pra sair de perto dele. O garoto limpou o canto dos lábios, mas não se deu por vencido e logo seguiu atrás do mais velho que subia as escadas na tentativa de se esconder no quarto. Puxou-o pelas canelas o fazendo cair ali e arrastou-o novamente para a sala devolvendo o soco que o fez perder um pouco de noção, tempo o suficiente para retirar-lhe a blusa juntamente da gravata podendo amarrar seus pulsos e calcanhares. Depois de feito, Paulo se sentou sobre a barriga de Steve estapeando-o para poder o olhar nos olhos. ─ Ei, maldito... acorde! ─ Dizia ainda a lhe estapear a face vendo-o ainda que zonzo tentar manter os olhos fixos no loiro ─ Então... Você quer brincar senhor Steve? que tal "papai e filhinho", hm? não seria ótimo brincarmos assim? ─ De fato seria... ─ O homem começou a gargalhar olhando para aquele que sentava sobre si com o olhar diabólico. ─ Vamos cavalgue no colinho do papai... ─ Paulo juntamente a ele gargalhou e da mesma maneira em que um sorriso surgiu em seus lábios, ele se desfez em uma linha séria e novamente o garoto voltou a esmurrá-lo fazendo com que o homem cospisse sangue junto a um de seus dentes. ─ Seu Infeliz! solte-me ou eu vou... ─ Você vai...? o que é Steve, por acaso se esqueceu com quem esta falando? Deixe de ser chato e vamos brincar direito... sabe senhor Steve... ─ Segurando-o pelos cabelos, se levantou o arrastanto para o sofá o fazendo se ajoelhar ao chão e jogar o resto do corpo sobre o assento, ainda o agarrando pelos cabelos e por trás do homem, sussurrou aos pés do ouvido dele. ─ Eu curto sadomazoquismo, espero que não se incomode com isso. ─ Seu canalha! solte-me!! ─ Uh! Não? ─ fingiu-se de bobo simplesmente ignorando o que o homem dizia ─ Que bom, assim me sinto bem mais aliviado tendo seu consentimento e autorização pra isso, caso contrário me enquadraria como um estuprador... não é mesmo? ─ Sorriu puxando mais dos fios fazendo com que a cabeça do homem tombasse para trás e em um movimento rápido empurrou novamente para frente fazendo-o bater o rosto na parte mais dura do encosto do sofá. Se levantou soltando um breve suspiro, sentia um incômodo no peito mas não iria parar agora. Apenas ignorou o que poderia acontecer consigo mesmo e olhou pelas paredes da sala. ─ Mas, antes de prosseguirmos, precisamos de brinquedos, o que acha? ─ Propôs retoricamente para o homem que ainda contra o sofá sacudia a cabeça para retomar os sentidos. Bem ao canto pendurado na parede havia um taco de basebol, Paulo foi até lá e voltou o arrastando no chão para perto de Steve novamente. Paulo se abaixa para poder então retirar as calças do homem que rapidamente reagiu tentando o chutar, sem muita paciência Paulo se levantou empunhando o bastão e acertando diversos golpes no homem ─ estes para lhe machucar mas não ao ponto de desacorda-lo ─ que suplicava para que ele parasse. Mas Paulo somente parou quando começou a ver os mesmos hematomas que haviam no corpo de Mikael, espalhados pelo corpo de Steve. Já ofegante, Paulo ainda ignorava as dores que sentia no seu peito esquerdo, ele apenas queria ver aquele homem pagar por tudo, e não deixaria essa chance passar. Não dessa vez. Então voltou a ajeitar Steve no sofá como antes e na medida em que falava ele retirava as calças do homem. E a cada vez que Steve suplicava para que ele parasse outro golpe e soco lhe eram desferidos pelo corpo. ─ Meninos maus merecem punição, então brinca direito senhor Steve, quero desfrutar desse momento a sós com o senhor... ─ POR FAVOR PARE!!! EU NÃO AGUENTO MAIS, ISSO DÓI! ─ Cale a boca seu desgraçado, enquanto você machucava seu filho você não pensou em parar seu verme, com certeza ele suplicou e implorou para que parasse, e você por acaso parou? ─ o agarrou pelos fios de cabelos novamente, agora o forçando a olhar em seus olhos para que pudesse lhe responder ─ diga seu desgraçado, vamos, diga! ─ NÃO!!!! EU NÃO PAREI, MAS POR FAVOR JÁ CHEGA!!! Steve chorava que nem uma menininha pedindo socorro para o mocinho, mas Paulo queria fazer ele sentir na pele tudo, exatamente tudo o que ele havia feito para Mikael todo estes anos, então parou por alguns segundos respiro fundo e voltou a pegar o bastão em mãos. ─ O-O QUE VAI FAZER COM ESTE BASTÃO? P-POR FAVOR PAULO, PENSE MUITO BEM ANTES DE QUALQUER COISA, EU LHE IMPLORO, VOCÊ QUER DINHEIRO PARA ESQUECER TUDO ISSO? EU LHE DOU DINHEIRO, MAS POR FAVOR PARE! ─ Dinheiro? Você acha que eu sou um objeto que pode ser comprado a qualquer custo senhor Steve? ─ Paulo começa a rir e se ajeita atrás do homem abrindo bem as pernas do mesmo. Dinheiro definitivamente era o que não Galatasaray para ambos ali. E ainda assim... o loiro odiou a ideia de que ao ver do homem ele poderia ser simplesmente comprado. ─ P-PAULO, POR FAVOR O QUE PENSA QUE VAI... ─ CALE-SE! Eu já me cansei de você seu velho nojento, eu não aguento mais ouvir a sua voz, não, eu não vou parar, eu quero te ver sofrendo assim como fez com o seu filho, seu canalha infeliz... ─ Engoliu a seco cerrando os dentes enquanto que as pontadas no peito somente pioravam ─ eu quero te ver sangrar, quero sentir o pavor do seu corpo escorrendo junto ao seu suor, quero que você sinta na pele tudo o que fez com o Mikael seu doente, então sofra... Você não é viciado em sexo senhor Steve, hm? você não é um ninfomaníaco seu desgraçado de uma figa? eu vou acabar com a tua raça. E já que você ama sexo senhor Steve eu estou afim de brincar com você hoje, estou bastante "e******o", o que acha disso, hm? ─ Paulo estapeou a b***a do mesmo na medida em que continha o objeto na outra mão, o posicionava na entrada do orifício do mais velho o enfiando ali enquanto cantarolava: ─ V-A-M-O-S-B-R-I-N-C-A-R! Se fosse um dia normal e agitado, de fato poderiam se ouvir os gritos do homem do lado de fora da casa, já que Paulo não tinha em mente usar sua compaixão pois movia com força o taco dentro do homem que berrava enquanto o loiro gargalhava de forma diabólica aos pés do ouvido do homem e o arranhava as costas ao ponto de sangrar. ─ Geme seu filho da p**a, quero ouvi-lo gemendo! ─ A-AH! PARA POR FAVOR, EU NÃO AGUENTO MAIS! ─ Parar? ─ Estocou mais fundo o vendo se contorcer. ─ Logo agora que eu estou começando a sentir prazer? Vamos geme logo seu filho da p**a! Steve forçou gemidos, e Paulo fez os mesmos movimentos e torturas por um longo tempo, até perceber que realmente o corpo dele não iria aguentar mais, e que havia o machucado bastante pra que não pudesse se sentar por um longo tempo. Pegando-o novamente pelo cabelo o fez olhar em seus olhos. ─ Agora Sr.Steve ouça muito bem o que vou falar com você e espero não ter que repetir novamente. Primeiro não quero vê-lo nunca mais perto do Mikael, nem se quer saber que perguntou por ele. Segundo meu advogado irá entrar em contato e lhe dará os papéis á qual o senhor vai passar a guarda do Mikael para o meu nome, caso venha a desculpa eu já sou de maior e condições financeiras é o que não me falta. E caso isso ainda seja um impedimento tenho quem possa responder por mim. Terceiro se você puder observar claramente lá fora ao derredor de sua casa tem inúmeros capangas que vão te vigiar caso tente fazer algo que não me agrade, e não pense em fugir senhor Steve, eu sei muito bem onde te encontrar e eu juro pela minha alma que eu acabo com a tua raça nem que seja no inferno. ─ Sorriu por fim, dando leves tapas na face do mais velho e se afastando um pouco. ─ Há mais coisas que quero entrar em acordo com o senhor mas não lhe vem ao caso no momento, Meu advogado o verá na segunda-feira e espero receber boas notícias no final do dia, entendido senhor Steve? ─ O homem que o olhava com ódio ficou mudo mas logo Paulo o sacudiu e ele respondeu aceitando os termos, depois disso o soltou colocando o bastão mais fundo de sua região anal o deixando jogado no chão bem como estava. Quando finalmente saiu da casa, Paulo se apoiou no poste ao que levava a mão até o peito se forçando a respirar melhor e se manter de pé, não podia ficar m*l, não agora. Um dos homens que estavam lhe esperando ao lado de fora da casa ─ o mordomo ─ se aproximou do garoto ao perceber sua situação e o ajudou a ir para o carro. [•••] Mansão dos Lion... Já em seu lar, Paulo se medicou e se limpou para então poder voltar ao hospital e ficar junto de Mikael e Anna. Contudo, foi forçado pelo próprio mordomo a ficar um tempo em observação já que momentos antes seus batimentos estavam instáveis. Quando finalmente foi liberado, o loiro seguiu mais do que depressa para o hospital. Depois daquilo, a noite seguiu tranquilamente e os três se divertiram como nunca contando casos e vendo alguns filmes na Tv disponibilizada nos quartos dos pacientes. Embora Anna olhasse para Paulo com certa curiosidade e medo do que ele poderia ter feito, sabia também que somente ficaria na curiosidade já que não ouviria nada dos lábios dele. Mas não era como se não pudesse ter imagina algo já que os lábios do mais velho estavam machucados. [•••] Como predito, na segunda-feira o advogado de Paulo havia entrado em contato com o homem que se encontrava internado, conseguindo então a guarda de Mikael. O moreno ficou somente por mais alguns dias em observação no hospital tempo o suficiente para que Paulo pudesse se organizar e ajeitar um dos quartos para o amigo ficar. Mikael pareceu bem feliz com a notícia de que iria ficar com seu amigo, ao mesmo tempo que estava confuso com a decisão do seu pai. Mas claro que Paulo teria que omitir boa parte da história e não assustar ainda mais o garoto. Apenas queria o seu melhor, e não hesitaria em repetir tudo de novo para o ver bem. [•••]
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