_ Não acredito que você pediu isso pra ele, você só pode ser doida Olivia!
Nando ainda estava incrédulo com o desenrolar da minha história, e eu estava desiludida, nunca mais vou ter a oportunidade de dar uns beijinhos em Michael.
_ Eu não pedi nada… não explicitamente.
Nando começou a rir, ele sabe que é perda de tempo tentar me advertir sobre essas coisas, eu sou apaixonada por aquele homem a bastante tempo, óbvio que eu vou querer tirar uma casquinha. Na verdade eu fui até burra, deveria ter agarrado Michael ou roubado um beijo. Acho que ele teria me dado um soco, mas valeria a pena o olho roxo. Já tomei por menos.
_ Senhora, Tomaz gostaria de vê-la.
_ Ah não, de novo ?
Tomaz é um rapaz da minha idade, que se acha o maioral. Aqui nós temos algumas famílias que não fazem parte da máfia, mas que tem um poder gigantesco. Eles tem influência e dinheiro suficiente pra comprar a Colômbia inteira, eles também armamentos e trabalham com algumas drogas, mas nada do que a minha máfia trabalha. A família de Tomaz, mais especificamente o pai dele, Rui, querem entrar pra máfia e simplesmente controlar tudo o que é meu. Ninguém me disse, eu mesma tirei essa conclusão. Todo mês Rui dá um jeito de tentar juntar Tomaz e eu, chega a ser repetitivo e cansativo, mas não posso simplesmente me livrar deles, não me deram motivos claros pra isso, e o coitado do garoto fica todo sem jeito quando chego perto dele. Às vezes eu faço só pra perturbar, é engraçado ele ficando todo vermelho.
Tomaz entrou e eu me estiquei no sofá do escritório, como estou de folga resolvi usar um vestido curto e confortável, Nando saiu nos deixando a sós. No fundo Nando torce para que eu me arranje logo com alguém, talvez assim eu sossegue.
_ Boa tarde senhora.
Disse ele me observando dos pés à cabeça. Modos ? Desconheço. Não sento que nem mocinha não, tô mais pra um homem sem bolas.
_ Não me chame de senhora, temos a mesma idade.
Falei enquanto tentava expulsar a preguiça do meu corpo.
_ Desculpa, meu pai vive dizendo que devemos respeitá-la e é somente assim que eu sei me comportar…
_ Tudo bem, não precisa se desculpar. Mas me conta, o que seu velho quer agora ?
Ele coçou a cabeça, acho que nem ele sabe.
_ Sinceramente eu esqueci.. eu ..
_ Eu sei, fica nervoso e esquece das coisas.
Completei. Ele ficou vermelho e eu ri.
_ Desculpa..
_ Pare de ficar vermelho garoto, desse jeito você me estressa.
Falei brincando, mas para um bom entendedor meia palavra basta.
_ Não consigo evitar, você é linda e eu.. eu sou esquisito.
Olhei pra ele sem acreditar que estou tendo esse diálogo. Parece filme adolescente.
_ Não diga isso. Apenas entregue um recado ao seu pai..
Me levantei e parei na frente dele, que levantou também. Tomaz é bem maior, parece aqueles jovens que não pararam mais de crescer, mas esqueceram de engordar.
_ Diga a ele que eu não vou casar com você, não pretendo me casar com nenhum homem e nem mulher.
Tomaz estava pálido.
_ Sim, vou entregar o recado. Obrigado.
Ele ia saindo quando eu segurei a mão dele. Puxei Tomaz para um beijo, rápido porém foi o suficiente para conhecê-lo bem.
_ Pronto, agora ao menos você ganhou algo.
Falei enquanto sorria. Mesmo com todo o vermelhão ele sorriu de volta e logo partiu. Me joguei no sofá novamente, tentando descansar.
_ Senhora..
_ Ah meu Deus. o que foi agora ?
Me sentei irritada, o soldado estava de cabeça baixa.
_ Houve um confronto de gangues ao sul da capital, as autoridades requisitaram a senhora.
Eles me requisitam somente quando querem sumir com alguém.
Levantei bufando, me vesti ali mesmo. Peguei meu armamento e uma pequena equipe.
Demorou alguns minutos até chegarmos ao local onde ocorreu o confronto. Havia somente uma viatura ali. O bairro é pobre, e a polícia só dá atenção quando são os ricaços como Tomaz que precisam.
_ O que houve ?
Perguntei enquanto o policial se aproximava. A família dele mora aqui, por isso ele me chama quando dá alguma *merda.
_ Estão querendo fazer um ponto de *tráfico, ameaçaram os moradores e feriram uma senhora, ela está em estado grave no hospital.
_ O que sabe sobre eles?
Perguntei enquanto observava os cartuchos usados no chão. Todas de calibre baixo, provavelmente é um bando de i*****l drogados tentando fazer dinheiro.
Ele me entregou o relatório e as imagens de segurança. Olhei cada rosto e decidi dar um bom fim aos envolvidos.
_ Pode deixar, dê o aviso que não quero nenhuma criança circulando pelo bairro amanhã.
Ele entendeu e apenas de um aceno.
Passei o comando para os meus homens, os melhores. Tive apenas que aguardar no galpão. Enquanto isso, troquei algumas mensagens com Pierre, que teceu elogios pra mim, e eu fiquei sem saber como responder. Aos poucos ele está conquistando a pedra de gelo que é meu coração.
Meus homens chegaram com o grupo, e um a um foram sendo amarrados e suspensos. Um ao lado do outro.
_ Eu espero que vocês saibam o motivo de estarem aqui, vocês sabem bem a *merda que fizeram.
Falei enquanto ligava o fogaréu. Não gosto de usar esse método porque faz muita sujeira, mas vai ser necessário.
Um deles mijou nas calças, outro ficou implorando pela vida enquanto os outros rezavam. Me ofereceram todas as coisas possíveis, desde informações inúteis até dinheiro e drogas, mas nada me compra. Nada compra a honra de uma pessoa. Eu não estava nem um pouco afim de torturar, mas meus homens sim, eles odeiam pessoas injustas e maldosas, e adoram dar um trato no coro de quem merece. Aqui não tem heróis e muito menos pessoas boas, somente pessoas que gostam de fazer justiça com as próprias mãos, mais um motivo pro meu pai ter perdido o posto. A panela de óleo quente começou a borbulhar, ela é gigante e foi feita exatamente da maneira que eu pedi. Foram muitos litros de óleo, mas valeu a pena, é o terror e a maior lenda que muerte criou. É assim que sou chamada pelos meus inimigos, e todos que falam meu nome sentem medo.
Meus homens jogaram um por um, e mesmo com eles gritando e implorando por suas vidas não me compadeci nem um pouco, se eles tem família eu também tenho, ou já tive.
_ Esse não, eu quero o rostinho lindo dele.
O líder do grupo estava todo *cagado, não o julgo, ver seus companheiros serem queimados em óleo quente até a morte deve ser difícil. Ele me olhou e eu aproveitei pra testar o presente que ganhei de um aliado, uma linda espada. O corte foi limpo e eu fiquei impressionada com o quão afiada ela é.
No dia seguinte nenhuma criança saiu de casa, mas os homens e mulheres sim, e finalmente todos os carros de polícia fizeram uma breve visita ao bairro pobre pelo qual eles tem tanto desprezo. Ao invés da placa de PARE, a cabeça do líder estava exposta e enfiada na estaca, para que todos soubessem que há alguém que cuida e vigia aquelas pessoas. Um anjo de asas *negras e métodos nada ortodoxos. Muerte.
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Dias de calmaria também fazem parte da minha vida, e eu decidi aproveitar cada minutinho deles. Na primeira oportunidade que tive, embarquei em um avião e fui para Paris curtir um pouco daquela linda torre de ferro que as pessoas fazem questão de conhecer.. bem capaz!!
Não avisei a ninguém onde estava indo, muito pelo contrário, fiquei em total silêncio e ninguém me viu saindo da mansão, até porque se alguém soubesse certamente Pierre também ficaria sabendo. Usei identidade falsa e uma peruca loira, eu fico linda loira, mas ainda prefiro o meu *preto.
Quando cheguei em Paris consegui passar despercebida pelas autoridades.Eu não devo nada, até porque nunca ninguém me pegou fazendo minhas ‘’artes’’, e também sou bem protegida pelas autoridades. Paguei um táxi até certa parte do caminho, e depois disso foi a maior loucura.
Tive que me enfiar em um porta malas de um carro de soldado e aguardar algumas horas, até tirei um cochilo. Depois disso fui parar na garagem da mansão, tive que acionar um dispositivo que carrego junto comigo, ele congela as câmeras por alguns segundos e depois tive que me esgueirar até a janela do quarto dele.
Já era noite, quase madrugada, e Pierre estava deitado na cama, somente de calção. O peito nu me chamou a atenção. Os músculos simplesmente eram lindos e definidos. Fiquei um tempo na janela, observando e óbvio que eu sabia que ele já tinha sentido minha presença.
Fechei a janela de forma sorrateira e comecei a tirar a roupa, ficando somente com minhas peças íntimas, e quando me virei novamente em direção a ele tomei um susto. Pierre me agarrou pela cintura e me jogou na cama.
_ Pensei que não fosse vir até mim nunca, acabei não aguentando a ansiedade e vim até você.
Disse ele com um sorriso encantador no rosto.
_ Você é bem apressadinho, señor Pierre.
Ele atacou meus lábios com fúria me tirando o ar. Eu retribui, já que andei treinando.
_ Seu beijo melhorou, não me diga que andou beijando outras bocas por aí Olivia..
Eu apenas sorri. Óbvio que não ia ficar parada feito uma *virgem recatada. Eu posso até ser *virgem, mas recatada JAMAIS!!
_ … você é minha.. somente minha.
Ele me beijou novamente e eu inverti nossas posições.
_ Não lembro de ter colado uma placa com seu nome em mim.
Falei enquanto apreciava o corpo dele com os olhos, até que não seria uma má ideia.
_ Então eu vou deixar uma marca em você, pra nunca mais esquecer meu nome!
Sem ter chance de revidar ele conseguiu inverter novamente as nossas posições. Pierre é habilidoso com luta corpo a corpo, mais uma coisa para me deixar atenta. Ele deslizou os dedos pelos meus *s***s me fazendo arrepiar. Eu não conseguia sorrir, ele me olhava de maneira faminta e eu não sabia como reagir, somente me deixei sentir..