Capítulo 1

1888 Words
Eva Mendes — Amiga cheguei na mansão Rosa dos Santa Cruz... é incrível. — Deixa eu ver... Virei o celular de frente a casa mais famosa da cidade. Aqui é onde muitos artistas e famosos do mundo da moda vêm passar a virada do ano. — Nossa que lindo, rosa pra caramba mesmo! Para quê essas luzes todas?! Lógico! Podres de ricos não se preocupam com contas de luz. Amiga? — Oi, Carolina. Fiquei distraída com as pessoas chegando...muita gente elegante. Será que estou a altura deles? — Amiga, põe o celular no alto para ti ver de corpo inteiro... isso! Eva Mendes, você está muito linda, gata, super elegante nesse vestido de uma manga só... e esse detalhe no ombro! Esse vestido preto foi feito exclusivamente para o seu corpo perfeito! —Também não é pra tanto... a maquiagem tá boa? —Tudo está perfeito, só fico preocupada com uma coisa. Abaixei o braço, segurando o aparelho usando as duas mãos, olhando minha melhor e única amiga na tela. — Sei... mas, Aline quer se redimir... preciso dá uma chance a ela. Somos humanos e precisamos amar o próximo. — Aff! Falou a santa Eva... tá vai se divertir, depois me conta detalhes. Jogamos beijinhos uma pra outra, encerramos a chamada de vídeo. Guardei o celular na bolsa carteira, respirando fundo caminhei sorridente em direção a mansão. Chegando em frente a portaria tinha um porteiro todo bem alinhado, sustentando uma postura austera, seu rosto demonstrava impaciência. Um casal adiante, mostrou uma espécie de carteirinha, ele olhou para o seu celular afirmando a entrada deles dois. Fiquei tensa, eu não possuía nada disso, nem mesmo um convite em mãos! Antes de entrarem, a mulher acompanhada por um belo homem de meia idade, virou levemente o rosto me dando uma piscada. Achei estranho, inusitado, mas deixei pra lá. Dei um passo à frente. Na minha vez o porteiro ficou me analisando por completo, olhei igualmente pra minha roupa procurando o motivo dele estar tão intrigado. Em seguida o encarei. — Boa noite, há algo de errado com a minha roupa? Senhor. — Perguntei firmemente, como Carolina havia me ensinado. Porém por dentro fiquei super nervosa. Seu olhar sério encontrou o meu. — Boa noite jovem. Não! Pelo ao contrário, achei a mais elegante e fashion desse antr... quer dizer... desta mansão. Entretanto... — Semicerrou os olhos observando-me. — A senhorita nunca estivera aqui. Estou enganado? — É verdade, será a minha primeira vez... — É muito jovem para esse tipo de lugar. Quantos anos tem? Achei a pergunta desnecessária. — Tenho 21 anos. O porteiro ainda ficou na dúvida, aproveitei e peguei dentro da bolsa a identidade. Ele pegou da minha mão, olhou para o celular voltando a me entregar o documento, rapidamente guardei. Controlando os batimentos cardíacos, pois, ficava muito mais tímida quando era o foco da situação. — Cadê o seu parceiro ou parceira? — Como assim? Eu... não tenho... — Humm... não importa, quando for meia noite ninguém é realmente de ninguém mesmo. — O quê quer dizer... — O celular por favor! — Mas por quê? — Regras da casa! — Sua voz saiu feito trovão, completamente impaciente. — Tá bom... Por medo de levar outra cortada desse estilo acabei entregando tudo a ele. Mas era um tolice ficar sem uma identificação numa festa de granfino? Questionei em pensamento tendo a péssima idéia de pedir de volta a bolsa carteira. — Poderia por favor... — Entre! — Falou de forma ríspida, amendrotada entrei imediatamente dentro da imensa mansão. Esquecendo um pouco do porteiro e suas atitudes esquisitas, fui admirando o interior do luxuoso local. A mansão era rosa até no teto, no centro dela havia um lustre cheias de detalhes rosas, parecia a casa da Barbie. No entanto, baseado num estilo muitíssimo requintado, moderno, amplamente espaçosa. Entrando mais, me infiltrei no meio de inúmeros casais que dançavam uma música lenta, suave... ficando encantadoramente fascinada. Os homens usavam fraques pretos, gravata borboleta, calças de linho, super charmosos, distintos. Depois de atravessar o baile, um garçom aproximou-se servindo canapés, peguei um, comi, descobrindo seu gosto que não me agradou em nada. Outro garçom passou, pego uma taça de champanhe e bebi avidamente num ímpeto de tirar o terrível gosto que permaneceu na minha língua. Enquanto bebo dou umas olhadas em volta, pela razão do qual sou mestra em fazer caras e bocas, então logo imaginei as minhas expressões de puro asco pela comida servida que com certeza não devem ter passado desapercebida. Depositei a taça na bandeja e prossegui. Andei mais adentro no interior da grande casa, achando várias alas, estavam ocupadas por charmosos casais chiques conversando, bebendo, dançando... até que, me vi entrando numa sala de espelhos. Por que os Santa Cruz teriam uma sala de espelhos? Também havia uns dez balanços enfileirados, pendurados no centro do cômodo. Os balanços continham adornos com flores falsas, precisamente usaram um centímetro de espaçamento no processo de separação uma da outra. Toquei em um, vendo os detalhes. E pensei...por que não? Sentei e me balançei rindo... sentindo-me uma criança. Em seguida me ergui ficando em frente ao espelho, olhando o meu penteado, mexendo nele. Os meus cabelos presos no alto da cabeça, a franja toda pra frente. Sorri, gostando pela primeira vez da minha imagem. Cadê a Aline? Queria que ela me visse assim, o que falaria? Sempre me achou feia e sem graça. Hoje me sinto uma cinderela! Inclinei o queixo me contemplando nos espelhos de corpo inteiro. Coloquei as mãos na cintura, admirando o meu lindo vestido. Meus pais, lá de Goiânia, enviaram o dinheiro para que eu mesma comprasse o tecido e fazê-la com as minhas próprias mãos. Fazer faculdade de moda sempre foi o meu sonho, desde de criança, meus pais me apoiavam em tudo... Senhor Antônio é o meu pai, um agricultor da fazenda dos Silvestres. Minha mãezinha, Senhora Zélia é uma costureira de mão cheia, foi com ela que aprendi a costurar, criar trajes interessantes, além de desenhar fazendo os croks, sei costurar super bem graças a está mulher de fibra... sentia falta deles, penso com saudades dos meus velhinhos. Essa especialidade só existia aqui, no centro do Rio de Janeiro. Ainda bem que a minha amiga irmã Carolina gostava da mesma coisa que eu, uma compania pra mim, e mesmo com as preocupações dos nossos pais, decidiram permitir nós duas seguir o nosso sonho... vim pra cidade grande e estudar. Moramos juntas, rachamos as despesas, passamos as viradas do ano juntas... bom, essa é a primeira vez que estamos separadas. Estou tranquila que esteja namorando, agora certamente deve estar com Bruno. Nossa! Estou completamente apaixonada pela minha própria criação. Por esse vestido longo, corte reto, ostentando um lascado de arrasar no meio da coxa direita, usando um estilo de short por debaixo, mostrando a perna sem ser vulgar. Sobretudo, me arrependo de ter escolhido essa cora, sei lá...aqui a maioria do público feminino vestia uns vestidos branco, dourado ou vermelho. Sou a única dama de preto. Aproximei bem diante do espelho, mirando o pequenino piercing do nariz, somente uma pontinha brilhante sobre a pele. Toco na jóia da mão direita, cobria do dedo, trilhando até encontrar o pulso. Alguns achavam fora de moda, eu particularmente amava. Escutei uns murmurinhos pela minhas costas, virei imediatamente, não encontrando ninguém. Dei de ombros, deve ser uns dos casais convidados conversando entre si ao passar. Resolvi sair desse cômodo. Caminhei de volta ao centro do salão, onde todos estavam... Faltava 10 segundos para a meia noite. Olhando na direção do relógio antigo da cornija... homens e mulheres falavam em voz alta, sorrindo alegremente...10! 9! 8! 7! 6! 5! 4! 3! 2! ... 1! O badalar do relógio se fez ouvir, todas as pessoas da festa abraçaram seus pares, achei lindos... até que... começaram a se despir, uns tiravam suas peças sozinhas, outras sendo ajudadas pelo parceiro ou parceira. Alarmada, permaneci em estado de choque, com os olhos esbugalhados, assistindo incrédula o desenrolar das cenas sendo demonstradas na minha presença, sem nenhum tipo de pudor. Os casais nús trocando beijos, carícias ousadas, cobiçando além dos seus pares. Permaneço sem ação, sentindo o desespero me consumir por nunca ter presenciado algo parecido, ficando ainda pior... eles começam a trepar diante dos meus olhos. Recuperada do primeiro impacto e sem nenhuma vontade de ver até o final, corri em busca da porta, sendo obrigada a passar pelos corpos grudados feito cachorros no cio, eles gemiam feito animais, ensandecido. Assim que cheguei nela ao tocá-la, girá-la, torcer-la, constatei que se encontrava definitivamente trancada. Bati gritando por ajuda, caindo a ficha de que não haveria ninguém preocupado o bastante ao meu socorro. Nem mesmo podia usar o celular pois foi devidamente confiscado pelo m*l-humorado porteiro. Sem saída virei de frente ao povo derramando-se nos prazeres carnais, corpos pelados se acabando nos corpos uns dos outros, dando-se sem reservas. Alguns deles se enfiavam... interagindo com vários ao mesmo tempo. Uma verdadeira devassidão dos infernos. Preocupada, pois, não sabia o que fazer pra sair daqui, abandonar pelo menos o salão principal... Foi quando avistei três homens idênticos, vindo com ar de predadores na minha direção. Seus olhos penetrantes examinaram-me da cabeça aos pés e vice e versa. Trigêmeos lindos, super altos, uns verdadeiros armários... a imagem da perfeição em dose tripa. Vestidos... Graças a Deus! Desviando dos corpos nús com demasiada maestria. Acuada pela força que emanava deles, imprensei o corpo contra à porta, como se eu quisesse atravessá-la a qualquer custo. Quando finalmente me alcançaram, um permaneceu de frente, meneou a cabeça de lado, as mãos foram pra sua cintura e não parava de me encarar, um olhar penetrante, instigador, envolvente. Os outros dois já haviam me encurralado, ficando entre eles, seus braços apoiados na porta... encostaram o tecido do terno nos meus braços. Estremeci por inteira, encolhendo os braços projetados na frente do meu corpo, tímida pelo momento inesperado, nada normal. Escutei os sorrisos roucos desses dois, uma melodia sensual. Um deles tocou no fio do meu cabelo, desviei do seu toque sem tirar os olhos do irmão da frente batendo o rosto no peito do outro, afastei imediatamente. Este pegou a minha mão direita delicadamente, olhando encantado pra ela, em seguida depositou um beijo molhado. Esse simples ato enviou uns arrepios diretamente ao meu ventre, arfei, jamais senti algo parecido. Coração a mil, batendo descompensado... achando que iria enfartar. De onde esses morenos musculosos saíram... dos contos de livros da Harlequin? Isso tudo era muito irreal! O desconhecido continuava sua exploração, beijando cada cantinho da minha pele, senti um dedo tocando novamente na mexa do meu cabelo, virei o rosto na direção do Deus Grego, seu rosto pairou a poucos centímetros do meu, mirou a minha boca lambendo os lábios... aproximando-se, avançando... Um toque surpresa tirou o transe que esse gato jogou em mim, redirecionei o rosto para o terceiro irmão, que já se encontrava quase colado no meu corpo, seu dedo tocou novamente o meu nariz, especialmente no piercing que usava. Seu olhar sexi fixou ao meu... — Nos daria a honra de ser nossa amante está noite? Primeiramente a sua voz grossa e viril entrou fortemente em meus ouvidos, deixando-me entorpecida, depois o gaguejo... — C-Como a-assim...
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