CAP 2

1259 Words
Victória Blant Depois do chá com os meus pais, eu peguei as minhas coisas na sala e subi as escadas em direção ao meu quarto. Eu sei, parece um pouco estranho eu ainda morar com eles, mas, além de amar os meus pais, eu gosto muito da companhia deles, gosto de ter eles por perto e aqui, eu consigo ter mais foco em estudar e aprender mais com o meu pai. Eu tenho um apartamento no centro de Londres com tudo o que preciso, mas, eu ainda prefiro mil vezes ficar aqui. Só as vezes que decido dormir por lá, mas a maioria dos meus pertences ainda estão aqui. Ao entrar no meu quarto, eu me jogo na cama em um suspiro alto de relaxamento e encaro o teto do meu quarto. Amo esse cheiro de casa. Eu também gosto de viajar, de ver coisas novas, de respirar novos ares, de ver pessoas desconhecidas, mas, nada se compara a estar em casa e por isso, eu já começo a tirar a minha roupa e me preparar para um banho. Sinto a água quente sobre a minha cabeça que traz a sensação mais gostosa da vida e uso e abuso da esponja de banho. Pego um esfoliante de baunilha, faço bastante espuma perfumada e me lavo como se não houve amanhã e nisso, faço uma depilação de leve. Tenho sorte de ter puxado a minha mãe que não tem muitos pelos. Depois do banho, vou ao meu closet me vestir e já escolho um vestido para usar. Ele é leve, tamanho médio com alças finas, um pouco rodado e é branco. Uso um creme no corpo também de baunilha, uso um óleo corporal e vou me arrumando para descer, mas, antes de sair, a porta é aberta pela minha mãe e a vejo se sentar na cama. — Nossa, que cheirosa! — Sorrio indo na sua direção. — Você tem um perfume único e mesmo com esses produtos, eu consigo sentir. — Ela declara me olhando com carinho e olhando o meu vestido. — A senhora também tem um perfume único! — Deixo um beijo na sua bochecha e me sento ao seu lado. — Está tudo bem? — Está, sim, mas eu quero conversar com você! — Dou total atenção a ela e ela segura a minha mão. — Você saiu tão rápido para viajar que nem tivemos tempo, mas, como você está com Collin? — Estamos bem e por isso vamos nos casar! — Respondo tão rápido que nem precisei pensar nas palavras. — Vic, eu sei como é estar apaixonada e sei como o pensamento de casamento nos deixa nervosa e tensa, e por isso eu preciso perguntar uma coisa. — Fico confusa com isso. — Você sabe que eu e o seu pai adoramos o Collin, sempre o recebemos muito bem e já o temos como família, mas, eu quero saber de você... — Aceno querendo que ela continue. — Você realmente se sente pronta para se casar? — Tenho pensado nisso e repensado também. — Falo tentando procurar as palavras certas. — Eu não esperava esse pedido agora, eu fui pega de surpresa por completo e claro que quero me casar, mas eu também não pensei que seria tão cedo. — Sente confiança nele? — Ela pergunta olhando bem cada expressão que faço. — Sinto! — Digo olhando bem para ela. — Tem certas coisas que eu não entendo nele, mas, Collin sempre me tratou muito bem, sempre me respeitou mais do que é descritível e ele tem se mostrado ser uma pessoa de confiança. — Digo o que tenho vivido e visto nos meses de relacionamento com ele. — Mas você o ama? Ama de verdade? — Confesso que a pergunta me pega de surpresa e me deixa sem reação. — Vic, gostar é diferente de amar e mesmo com amor, todo casamento é complicado. Principalmente no começo. Gostar para se casar não é suficiente e quero que saiba de uma coisa... — Pego bem todas as palavras que ela diz. — Casamento é algo sério e precisa ter certeza! Se você decidir desistir por algum motivo, não pense que vai nos chatear ou nos decepcionar, porque queremos ver a sua felicidade completa a cima de tudo. — Acha que vou me arrepender? — Confesso que fico com esse pensamento e quero saber o que ela pensa sobre isso. — Eu não sei e por isso perguntei se o ama, porque se não tiver amor, Vic..., como pode dar certo? — A pergunta e medo dela faz todo o sentido. — É tarde para pensar em desistir, mãe, e eu gosto do Collin! — Digo como se já fosse no automático, não sei explicar. — Até o dia da cerimônia ainda é tempo e só quero que pense nisso! — Ela traz a sua mão ao meu rosto e faz um leve carinho. — Eu nunca quero vê-la infeliz, o seu pai também não e é meu dever alertá-la! Quero que se case tendo total certeza disso e se me garantir que tem essa certeza, nós ficaremos tranquilos e seguiremos como planejado. — Entendi! — Falo engolindo em seco e com a cabeça bem confusa. — Eu vou pensar muito sobre isso. — Pense que ainda tem tempo! — Recebo um beijo na testa e ela fica de pé. — Por que ele não foi lhe buscar no aeroporto? — Ele estava esvaziando a sala do antigo emprego dele e resolvendo os papéis da burocracia. — Digo vendo-a acenar. — Ele está animado em trabalhar na empresa comigo. — Ela não diz mais nada, apenas suspira. — Vai descer? — Aceno na mesma hora. — Sim! Collin chegará em breve! — Respondo tendo o sorriso dela. Nos levantamos juntas para descer e encontramos o meu pai no sofá falando ao celular. Como é fim de semana, sempre ficamos em casa para descansar e fazer algo mais em família e por isso, o jantar será amanhã e pelo que vi, Collin tem pressa em oficializar tudo. Fico com os meus pais na sala conversando e quando menos espero, a porta da frente é aberta por ele e sorrio indo ao seu encontro. Collin é um homem muito bonito. É alto, tem pele alva, cabelos pretos e lisos, olhos castanhos médios, boca bem desenhada e ele usa um perfume que adoro. — Oi, que saudade! — Recebo um selinho dele e recebo também rosas vermelhas que são lindas. — Me desculpe por não te pegar no aeroporto! Eu fiquei preso no RH assinando vários documentos sem fim. — Não tem problema e obrigada pelas rosas! — Digo sentindo o perfume delas. — Vem, entra! — Como estão, senhor e senhora Blant? — Ele pergunta em cumprimento. — Estamos bem, querido! E você? — A minha mãe pergunta vindo até ele. — É bom te ver! — Estou bem! Só um pouco cansado e com enxaqueca bem chata, mas vai passar! — Nos sentamos no sofá e o meu pai chama a minha mãe para subirem. — Então, como foi a viagem? — Tranquila e a empresa é perfeita! — Falo começando a contar tudo. Collin me dá toda a atenção e começamos a conversar sobre esses dias. Mesmo animada com ele aqui, eu confesso que as palavras da minha mãe estão martelando a minha cabeça e por isso, eu começo a tentar abrir mais os olhos para algo que ela falou. É como ela disse, eu ainda tenho tempo e vou usá-lo para observar as coisas!
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