— Você está me abraçando — falei baixinho, chocada, conforme os cabelos castanhos de Solange faziam cócegas em minha bochecha. — Estou — disse ela, num tom bem humorado. Então se afastou, segurando-me pelos ombros. Tínhamos uma altura parecida, mas por ser um pouco mais gordinha, ela aparentava ser mais forte em alguns aspectos, embora meu treinamento não me permitisse pensar muito nisso. — E também quero que você converse comigo. Se o emprego não estiver fazendo bem para você, então é o meu dever como empregadora tentar ajudar de alguma forma. Eu fiquei sem palavras por um momento. Não era como se eu jamais tivesse recebido um abraço além daqueles que meu pai sempre me dera até a pré-adolescência, antes de sua morte. Eu tive namorados, e eles certamente me abraçavam, nem que fosse apena