A Violinista

05- Leão

Leão narrando:

Confesso que fiquei meio perdido com tudo que aconteceu, aquela mulher com meu filho no colo, o desespero de algo ter acontecido com ele, e eu não pude protegê-lo, minha cabeça estava uma confusão.

Já fiquei hipnotizada pela beleza dela, nunca vi uma mulher como ela, seus cabelos tinha cor de chocolate, meio ondulado, sua pele bem branquinha, e os olhos da cor de mel, fiquei realmente encantada por ela, o seu jeito é parecia meigo e doce, viu o olhar dela para Dominique, ela não olhou com dó, e nem olhou com desprezo como geralmente acontecia, ela olhou com carinho.

Naquele momento me acalmei, peguei meu filho no colo e deixei ela falar, fiquei hipnotizada com as palavras que saíam de sua boca, ela já não podia ser tão perfeita, ainda gosta de música clássica, como assim, onde ela estava esse tempo todo que eu não percebi ela no meu morro?

Pensei que ela ficaria com medo da minha reação, mas ela estava tão tranquila que fiquei até sem jeito depois.

Finalmente podíamos ir para casa, meu coração estava tranquilo, pois não estava bem, mas eu estou com a cabeça mil, pensando em quem fez isso com ele, juro que quando descobrir o filho da pu.ta, não vai sobrar nada dele.

Hoje o dia está sendo totalmente diferente do que estou acostumado, quando Jade disse que já tinha p**o o hospital, olhei para ela mais confusa ainda, essa mulher não pode existir, se fosse as piranhas do Morro, estariam aqui ainda esperando apagar a conta, e ainda me pedindo mais dinheiro...

Não sei o que tá acontecendo comigo, mas eu não consigo tirar os olhos dela, puxei ela para perto de mim, levando para fora do hospital, quando o médico chamou, não gostei da atitude dele de dar em cima dele na minha frente, pela primeira vez em muito tempo meu coração deu uma pontada de ciúmes, sendo que eu nem conheço a mulher ainda.

Deus chega para lá no doutor, e voltamos para o morro, deixei ela na casa da avó, depois fui para meu barraco, chegando lá coloquei Dom na cama, e cobre ele, fiquei com dó de tirar a blusa de Jade, ele parecia bem quentinho e satisfeito.

Quando eu fui dar um beijo de boa noite dele, pode sentir o cheiro dela na blusa, ela segurou ele com tanta força no colo que o seu cheiro acabou passando para ele, ou já estava, não sei, só sei que por um momento eu fechei os olhos e sentir fundo aquele cheiro doce amadeirado, foi como se eu tivesse sentido uma brisa, minha mente ficou turva, sentei na ponta da cama me recuperando, que tá acontecendo comigo?

Quando desci para andar de baixo, meu subido morra estava sentado no sofá, com o celular nas mãos.

_ Fala aí Leão, Você sabe quem poderia ter feito isso com seu moleque, e qual é dessa tal de Jade? Agora entre nós, irmão, que mulher bonita da po.rra! _ ele disse com um sorriso cheio de malícia, fiquei com raiva e fechei a cara no mesmo momento.

_ Tá louco rato, respeita a novinha, ela cuidou bem do meu moleque, agora para de palhaçada e vamos ao que interessa, a enfermeira ainda está na salinha? _ perguntei querendo respostas rápidas.

_ Tá lá sim, o que você quer fazer com ela? _Rato me perguntou fechando a cara, com a mente focada no que estava a falar.

_ Quero saber onde ela estava todos esses dias que Dominique saiu de casa, e subiu para parte de cima do morro, como ele chegou na pedra, sozinho? Onde ela estava que não viu meu moleque, para que eu tô pagando essa po.rra?

_ Leão, vou te passar o papo reto eu não sabia se era caô dos moleques, ou se a fita era verdade, mas aquilo que eu tô sabendo a enfermeira tá pegando vapor, ele fica de frente para o morro. _ rato disse baixar na cabeça, como se tivesse se culpando.

_ Cara.lho, Rato, Quando acontecer esses B.O você tem que trazer logo para mim, olha a p**** que aconteceu, tá ficando com ela e leva para p**** da salinha também, precisa que alguém fique com Dom, para poder resolver isso, mas agora eu não tenho ninguém de confiança, mer.da. _ disse tentando pensar em alguém...

_ Acho que você está pensando demais, tem uma pessoa que está apaixonada por Dominique, e que cuido muito bem dele pelo que vemos. _ Rato disse sorrindo...

Olhei para ele, o sorriso sarcástico já me disse quem era, ele está falando de Jade.

_ Acabei de deixar a novinha na casa da vó, vou lá encher o saco de novo, a responsabilidade de dó é minha, e de mais ninguém. _ disse tentando me acalmar...

_ Ok, então você fica aqui com Dominique que eu vou resolver esse B.O. _ olhei para rato furioso, cheguei perto dele e deu um tapa na cabeça dele.

_ Tá me tirando po.rra? Quem vai resolver o B.O do meu moleque sou eu, vai lá e busca a novinha, vou tomar um banho e trocar de roupa.

Rato saiu da minha casa rindo, gargalhando, na verdade, só não dei um tiro nele porque meu melhor amigo, senão ele ia sair se arrastando do meu barraco.

Subi para o meu quarto, tomei um banho rápido, coloquei outro moletom, uma blusa de frio com capuz, lá fora tá frio para pó.rra, e a salinha é um frio, não tô a fim de ficar doente agora.

Quando já estava pronto fui até o quarto de Dominique, ele continuava a dormir profundo, estava agarrado em seu travesseiro como se estivesse abraçando ele, como sempre ele se descobriu, dó não tem uma noite de sono tranquila, nunca pode dormir como uma criança capotada, ele se mexe a noite toda, acorda várias vezes, e às vezes fica acordado com ele até tarde da noite, ele não consegue se desligar, o médico passou um remédio para quando ele fica assim, Na verdade, eu sou meio Cabreiro com essas coisas, para mim remédio é que nem droga, vicia, e depois a gente não larga mais. Então confessa que só dou remédio para Dom quando ele realmente não consegue dormir, fora isso fico batalhando a noite com ele, mas hoje pelas medicações que ele deve ter tomado para dor está dormindo, mas não completamente, a cama já está toda bagunçada nos poucos minutos que deixei ele aqui.

Cobrir ele de novo, beijei sua cabeça e saí, mas antes olhei para ele em sua cama, meu coração apertou, envia uma marca em seu rosto, parece que a Palma de mamão ficou gravada no meu filho, agora vou gravar a palma da minha mão nessa pessoa.

Peguei meu celular na mão e lembrei de uma coisa importante, tem uma câmera na entrada de casa, vou poder ver os horários que Dominique saiu, e onde estava a enfermeira, se estava dentro de casa ou fora, pena que só coloquei câmera na entrada, isso foi um aviso, vou correr atrás e deixar essa casa toda equipada com câmera, assim consigo ficar de olho em Dom.

Descendo para o andar de baixo, Rato entrou, e Jade logo atrás dele, ela estava com uma cara de sono, e parecia bem cansada.

_ Foi m*l Jade, mas eu preciso resolver umas coisas, e você nesse momento é a única que eu confio para ficar com dom, ele está no andar de cima, a primeira porta é o quarto dele, a segunda porta no final do corredor é o meu quarto. Só preciso que você fique de olho nele, prometo que quando voltar libera você para sua casa, mas eu preciso achar que fez isso com meu filho. _ falei com sinceridade para Jade, não adianta inventar uma desculpa louca...

_ Tudo bem, pode ir tranquilo, vou ficar com Dom em seu quarto. _ ela disse sem jeito, subindo as escadas, fiquei olhando para ela, antes de entrar no quarto de dão, ela virou e me olhou nos olhos, percebi que ela ficou com vergonha, logo se virou e fechou a porta.

Quando olhei para Rato, ele me olhou estranho, depois colocou o seu olhar para a porta se fechando, foi aí que eu vi o sorriso em seu rosto, filho da pu.ta adora me provocar.

_ Vamos logo, quero descansar cedo hoje, disse para ele empurrando para fora da minha casa, e fechando a porta, deixei vapores na contenção do lado de fora, disse que ninguém entrava e ninguém saia da minha casa.

_ Vai na fé patrão, vamos ficar igual falcão...

Fui direto para boca, entrei no meu escritório e comecei a olhar as câmeras com o Rato, descobrimos que todo o horário que Jade disse, ele saía sozinho, abria a porta e corria para fora, a enfermeira continuar em casa, coloquei o vídeo para passar devagar, alguns minutos antes de Dom saísse de casa, foi naquele momento que eu olhei o Vapor entrando, não tô acreditando que aquele arrombado entrou da minha casa para fu.der com a enfermeira.

Bati na mesa com raiva, comecei a olhar todos os dias, até o dia de hoje onde tudo aconteceu, foi aí que eu peguei o culpado, o Vapor estava entrando na minha casa, quando Dominique estava saindo, ele bateu de frente com o vapor, que começou a conversar com ele, mas como sempre Dom não respondeu, continuou de cabeça baixa, ele puxou o rosto do meu filho para ele com força, Dominique se assustou, e empurrou ele devagar, o Vapor é bem maior do que ele nem se mexeu com o gesto de Dom, mas ele ficou com raiva, e deu um grande tapa no rosto do meu filho, Dom caiu no chão, e bateu a cabeça na quina da porta, foi assim que ele se machucou.

Olhei aquele vídeo duas vezes respirando fundo, depois peguei o meu celular e guardei na gaveta, peguei e tirei minha blusa de moletom, ficando apenas de camiseta regata, peguei meus dois soco inglês e coloquei no bolso da calça, e foi em direção a salinha, Rato não falou nada apenas me observou.

Quando eu cheguei na salinha, o Vapor estava amarrado de frente para a enfermeira, ela estava chorando, e ele estava sério olhando para ela, fingindo que não a conhecia.

_ Olha, os pombinhos estão um de frente para o outro, perfeito como eu queria pegar vocês. Dei um sinal para tirar a mordaça da boca da enfermeira, ela já começou a falar, a voz dela estava me irritando.

_ Senhor Leão, eu não fiz nada com Dominique, da última vez que eu vi estava em seu quarto eu juro. _ puxei uma cadeira e fiquei no meio, e me sentei olhando para enfermeira enquanto ela choramingava.

_ A questão aqui é essa, estou te pagando uma fortuna para ficar de olho no meu moleque, em vez de você fazer a sua obrigação, você usa a minha casa para trepar com esse vapor! Você desonra minha casa Levando qualquer lixo para dentro dela, e o principal, colocando meu filho em risco, mas não se preocupe, hoje eu vou te ensinar o que é ter ética no trabalho. _ disse para ela sorrindo...

Depois me virei para o Vapor, ele continuava me olhando sério, ele não disse uma palavra e não esboçou nenhuma reação.

_ Está se fazendo de idio.ta ou de um homem sério, não se ofendeu de ter te chamado você de lixo, porque para mim, homem você não é. Um homem de verdade não levanta a mão para uma criança inocente, ainda mais para o meu filho, não levanta a mão para uma mulher, e se ele está realmente com uma mulher, ele a protege, você está de fuden.do com a enfermeira, mas estou vendo nos seus olhos, que você não liga para que vai acontecer com ela, mas quem sabe você começa a ligar com o que vai acontecer com você.

Levantei-me da cadeira e dei um chute nela, depois peguei no meu bolso o socos inglês colocando um em cada mão, fui até o Vapor, e comecei a fazer ele de saco de pancada, bati tanto em seu rosto que ele ficou desfigurado, eu podia sentir os seus ossos quebrando enquanto batia nele. A minha raiva era tanta, que enquanto batia nele, vi a imagem dele batendo no rosto de Dom e ele caindo no chão. Isso me deixou mais forte, era meu combustível para acabar com ele.

A salinha estava cheia, os vapores estavam lá como exemplo e Rato estava no canto apenas observando sem falar nada.

Estava com respiração ofegante, de tanto que eu me esforcei para bater no vapor, joguei a cadeira dele no chão fazendo ele cair, ele não estava mais conseguindo nem abrir os olhos, os seus dentes estavam no chão, sua boca e seu nariz sangrando. Fui até a mesa e peguei o machado, puxei a mão ele com a minha perna, comecei a dar golpes com o machado em sua mão, até que arranquei ela fora, não sei de onde o vapor tirou força para gritar, mas isso é apenas uma pequena amostra para quem maltrata meu filho. Parei, pois estava satisfeito com a punição dele, agora veio um grande final...

_ Rato tire esse lixo daqui e coloque para queimar, ele vai aprender o que é realmente a dor, e espalha para o morro que aconteceu, o próximo que tocar no meu filho, vai demorar dias para morrer...

Olhei para a enfermeira, ela estava amordaçada, enquanto eu batia no vapor ela estava gritando muito, me deixando totalmente irritado, o que vou fazer com ela?

_ Infelizmente não posso deixar você viva, você abandonou meu filho quando ele mais precisa de você, trouxe o inimigo para dentro da minha casa, porque vapor que coloca os pés sem permissão em minha casa, não é aliado! Mas não se preocupe, vou te dar uma morte rápida...

Puxei a arma da minha cintura, mirei no meio da cabeça e atirei na enfermeira, cumpri a minha promessa de morte rápida, mandei se livrarem do corpo.

Voltei para o meu escritório, fui direto para o banheiro que tem lá dentro, estava cheio de sangue, não posso voltar para casa sim, se meu filho me ver nesse estado, pode ter uma crise.

Quando eu saí do banheiro o rato já estava com uma roupa em cima da minha mesa, coloquei a roupa e olhei para ele.

_ Vai para o seu barraco descansar, ver Dominique e Jade, vou cuidar disso e limpar o lixo, Leão, eu sou seu melhor amigo, somos irmãos, então vou te dar um conselho, como sempre a escolha de me ouvir é sua, mas lembre do que aconteceu da última vez que eu te avisei e você não me ouviu. "Se você não quer se apaixonar novamente como você mesmo grita para os quatro cantos, se afaste de Jade, dá para perceber que ela é aquele tipo de mulher que prende seu coração e fo.de a sua mente".

Olhei para Rato e não disse nada, peguei as minhas coisas e sai da boca, voltei para o meu barraco, o dia já estava quase amanhecendo, não acredito que me perdi tanto batendo naquele vapor, a hora passou e eu não percebi.

Quando eu cheguei em casa os vapores continuavam olhando e observando tudo ao redor, entrei e fechei a porta, fui para o andar de cima, abri a porta do quarto de Dominique bem devagar, e não pude acreditar na visão que eu tive.

Jade estava deitada na cama de Dominique, ele estava agarrado em seu pescoço, os dois estavam cobertos dormindo profundamente, é a primeira vez que vejo meu filho tendo sono tranquilo. Perdi a noção do tempo vendo eles ali, não sei explicar qual foi a sensação, meu filho estava com uma afeição feliz, uma que eu nunca tinha visto em seu rosto desde que sua mãe foi embora, ao mesmo tempo que eu sorri, eu chorei emocionado, mas que po.rra essa mulher que tem?