Capítulo 02

1650 Words
Mayara narrando Mais um dia acabada, Xoxa, só fui em casa tomar banho pra ir pra escola e banho de água fria mesmo porque não tenho dinheiro pra taxa de água, meu almoço hoje foi um salgado com água, porque não tenho dinheiro pro suco, foi a única coisa que eu comi hoje, chego na escola e as meninas estão falando do baile que vai ter amanhã e eu vou quero nem saber, me mato de trabalhar pra manter os vícios do meu pai, mas me divirto também, sem gastar um real porque não tenho, vou com um conjunto branco que a tia helo me deu de aniversário ano passado, ela sempre me ajuda, eu odeio incomodar, mas ela sempre me chama pra comer, me dá roupas, porque ela sabe que literalmente tudo que eu ganho meu pai pega pra comprar droga, eu tenho uma tatuagem no pé, uma cobra, que eu fiz ano passado no meu aniversário, foi a única coisa que fiz com o meu dinheiro, mas pra isso eu não pude mostrar pro meu pai porque ele iria me bater e acabar ferrando com a atatuagem, porque ele acha que o que eu dou pra ele é pouco Eu comecei a trabalhar com 13 anos porque me pararam na rua e falaram que meu pai estava devendo a boca, eu me tremi todinha, foi o sub que veio falar comigo, tal do bola, ele me deu maior papo ainda me ajudou a arrumar o trampo na borracharia eu pego todo dia 5:30 e saio 16h da tarde, quase trabalho escravo mas eu não reclamo, trabalho duro todos os dias, pra ter o mínimo de dignidade, mas as condições que eu vivo não são nenhum pouco dignas, na minha casa não tem mais nada, meu pai vendeu tudo, tudo mesmo, eu durmo no colchão no chão, ele também, porque até a própria cama ele vendeu, tenho um fogão velho caindo aos pedaços e uma mini geladeira pra enganar com água isso que ela fica no meu quarto, quer dizer ficava né, porque ao entrar hoje no quarto de manhã eu vi que ela não estava mais lá, nem faz diferença não tinha nada, minhas roupas eu guardava em duas mochila e uma mala, tudo ganhado, não me importo, tia helo me deu a maior parte, eu sou tão grata a ela, devo tudo aquela mulher, quando minha mãe sumiu ela me mantinha a maior parte do tempo em sua casa, junto com a Nanda filha dela, nanda se mostra minha amiga, mas sabe aquela pessoa que não te passa tanta confiança, então, ela vive sentando pra bandido em troca de lança é maconha nos bailes, só quer saber de patrocínio, eu sempre tenho que carregar ela, uma vergonha, o bola vive brigando com ela por isso, eles já ficaram mas ela fala que ele não serve pra ela, eu nem me preocupo em saber o porque, só tiro ela e deixo em casa, não tenho tempo pra me preocupar com os meus problemas vou me preocupar com os dela, essa semana dei mil e quinhentos do meu p*******o para meu pai, porque ele falou que tinha que pagar umas contas, ou seja a boca, aí quando chego em casa me deparo com o gostoso do dono do morro, o bola e o gerente na minha sal, ouvir meu pai me vendendo não me decepcionou, só me deu mais raiva, porque apesar de todas as brigas eu sempre catei ele bebado no bar e levei pra casa, colocava ele no banheiro pra ele se virar, dava meu jeito da forma que podia, mas nunca abandonei ele, apesar de sempre ter sido sozinha, nem luz nós temos, é gato da casa da tia helo e ela não deixa nem eu pagar uma taxinha, eu me envergonho da situação que eu vivo, mas não foi escolha minha nascer, eu faço tudo que posso pra me manter viva, mas não pense que eu abaixo a cabeça pra ninguém, cada gracinha que eu escuto eu rebato, sou abandonada sim, passo necessidade mesmo mas vou fazer o que? Chorar ? Não, eu levanto a cabeça e enfrento, boto a cara a tapa pra geral, as novinha que me zoa por eu trabalhar duro não tem metade da disposição que eu tenho, não tem metade da coragem que eu tenho, e eu não falo isso pra me achar melhor não, eu falo isso porque é a realidade, eu bato na cara e faço, não fico de chorinho não, porque eu não tenho quem faça por mim, se eu deixar faltar já era, faltou e fica por isso, nem a tia helo que eu posso pedir o que eu precisa eu peço, ela me dar por iniciativa dela, ela sabe disso, pode falar que eu sou orgulhosa, mas na verdade é vergonha na cara, porque quem tinha obrigação me abandonou, então ninguém tem que fazer nada por mim, se eu não arregacar as mangas e fizer eu morro de fome e é isso Agora tô aqui na casa desse merda, é uma delícia e, mas é um merda e eu não tô nem aí se ele é dono do morro , eu não viro p**a dele nem fudendo, não dou confiança pra ninguém, sou virgem mas não sou i****a, sei muito bem dos babado, mas geral aqui me zoa da filha do viciado então eu não vou ficar me pegando com ninguém pra sair na boca do povo, tô na minha, não rendo pra ninguém, eu curto baile, trabalho e so, vivo disso, além de tirar a manda é meu pai de enrascada, f**a, não tenho um tempo pra mim, tô um ano atrasada na escola porque eu perdi por falta, tinha nota de tudo, mas faltei muito cuidando deles e perdi um ano, eu sou um gênio em matemática, ninguém me alcança, mas isso não tem me servido pra nada, mas eu não abandono a escola, quero acabar logo e tentar achar outro emprego a noite sei lá qualquer coisa que eu consiga alugar um barraco até em outra favela, só quero ficar longe do merda que se diz meu pai , mas agora todos meus planos foram por água abaixo - merda de vida, lixo de pai, p*u no cu, que ódio dele que ódio- falo sozinha no quarto e olho e quarto onde o i*****l falou pra eu ficar Cama de casal, banheiro, tudo maior conforto, que isso até que gostei, mas nada vai me fazer ceder a chantagem dele, ouço ele andando no corredor e a porta lá embaixo bater, saiu ufa, já que tô na merda, pego uma roupa e entro no banheiro vendo que tem até uns produto, tomo um banho de água quente, quase chorei de emoção, lavei meu cabelo, mas com as coisas que eu trouxe que tia helo tinha comprado pra mim, não sei nem como falar com ela já que nem celular eu tenho, lavo meu corpo todo e fico ali aproveitando um pouco da água quentinha, saio do box escovo meus dentes e finalizo meu cabelo, vou ma mochila e pego uma camisa é um short que uso pra dormir, sem nada por baixo, não gosto, estendo a toalha e minha barriga ronca, já que o ignorante saiu eu vou tentar comer algo Desço e reparo o quanto essa casa é enorme e bem organizada, nada fora do lugar, tudo moderno, primeira linha, chego na cozinha e é pique de rico mesmo, só coisas alto nível, fico até nervosa de encostar, abro a geladeira e vejo que tem umas panelas, abro vendo frango com batata, outra com arroz e um pote com feijão, esquento tudo e como parecendo que nunca vi comida na vida, nossa que fome, meu estômago até estufou de tanta comida, lavo tudo que eu sujei e quando termino de guardar ouço barulho da porta, merda ele chegou Ele entra na cozinha e me olha sério com o olhar correndo no meu corpo só de short e top, eu mostro que não estou intimidada e vou subir para o quarto - quem te deu ordem de sair do quarto ?- ele fala rude e vem na minha direção - em momento nenhum’ você falou que eu estava presa- enfrento ele sabendo que posso tomar umas porrada - tu é muito abusada vai ter que apanhar muito pra aprender a me respeitar- ele fala e eu sustento seu olhar intimidador - amanhã eu trabalho cedo com licença – falo e viro pra subir mas volto na sua direção- já pensou qual vai ser minha função ?- pergunto de braços cruzados - bom- ele analisa todo meu corpo- pro valor que está a dívida vai ter que trabalhar muito – ele fala debochando - quero saber de valores- falo seria com tanta raiva do merda que contribuiu para eu nascer - 50 mil- ele fala com o maxilar trincado - p***a- me assusto com o valor- como vocês venderam tanto assim c*****o- falo bolada – posso trabalhar vendendo droga ou na contabilidade que tá uma merda pelo visto, sou ótima em matemática assim você vai abatendo- falo e ele ri negando - quer trabalhar vai ficar de vapor, toda carga 70% é meu pra abater na dívida e nas despesas da casa- ele fala e agora é minha vez de começar a rir - tá me obrigando a ficar aqui porque quer, por mim até na rua eu moro, mas suave, até eu arrumar um canto eu fico e tu abate os dois- ele fecha a cara e me deixa falando sozinha, esse maluco Eu nem vou render assunto de manhã já vou correr atrás de resolver todo esse k.o não vou ficar na merda por culpa do meu pai, eu vou me tirar dessa ou não me chamo Mayara, subo pro quarto e deito na cama macia e confortável me rendendo ao sono
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