Parte 04
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Omotesando, Japão
Casa da Família Principal
[01:01 a.m]
Saori desperta assustada de um pesadelo.
– Não!!!! — gritou desesperada.
Hiroshi olha para a esposa preocupado, e puxa o pequeno corpo para próximo de si. A mulher tremia nos braços do marido. O olhar assustado, como se tivesse visto um demônio. Hiroshi preocupado, olha para a mulher e pergunta:
– O que houve, Anata?
– Um sonho r**m…
– O que houve? me conta.
– No sonho, eu via apenas… sangue. Nós três, cobertos por uma cortina de sangue. Foi horrível!
Hiroshi abraçou o corpo da mulher contra si e sussurrou no seu ouvido:
– Não se preocupe, meu amor, foi apenas um pesadelo. – disse sorrindo.
A porta foi aberta e por ela entra Hinata, segurando a sua boneca de pano e com os olhinhos marejados, ela olhou os pais abraçados e disse:
– Mama? Papa?
Hiroshi sorriu e abriu os braços para a filha, que correu em sua direção e se encaixou entre os pais.
– O que houve minha Hime?
– Tive um sonho r**m, papa… muito r**m… – disse a moreninha com um biquinho nos lábios.
Saori abraça a filha com carinho, e a beija. Hiroshi apenas se acomoda perto de sua família. Não diz nada, mas dentro se si, um pressentimento r**m tomava conta de seu corpo. Sentia que algo iria acontecer, e precisava agir rápido. Esperou sua filha e sua esposa dormirem, para sair do quarto e ir ao encontro do seu melhor amigo.
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Omotesando, Japão
Casa da família Principal
Quarto de Kazuya
[01:40 a.m]
Kazuya desperta ao escutar umas batidas na sua porta. Pega a sua katana e coloca nas suas costas indo à porta, para ver quem estava ali.
– Oyabun? O que?...
– Kazuya, meu amigo, preciso conversar com você.
Kazuya abre a porta do quarto permitindo que seu líder entrasse e ainda confuso, pergunta:
– Aconteceu alguma coisa com a sua senhora ou com Hinata?
– Não. Mas, sinto que algo muito sombrio vai acontecer meu amigo. – Kazuya olhou para seu líder seriamente. – Por isso, vim até aqui , porque você é a única pessoa que eu confio a minha vida e a da minha família. Quero que me prometa uma coisa.
– O que o senhor desejar, Sensei.
– Caso aconteça alguma coisa comigo ou com Saori..
– Hiroshi… – Kazuya era o único, que tinha o direito de se reportar ao seu líder, pelo nome. Isso, apenas em momentos entre eles.
– Quero que coloque o Kyūbi para ser protetor de Hinata. Ele e seus homens, deverão proteger a minha filha com sua vida.. Prometa Kazuya, prometa! – disse o homem olhando para o amigo, com os olhos marejados. Kazuya nunca viu o seu Oyabun temer, mas quando envolvia sua família, ele sabia que era o seu ponto fraco.
– Eu prometo meu amigo…
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Tokyo, Japão
Kabukicho,Shinjuku
Casa de Kyuubi
[01:50 a.m]
Kyūbi chega até o seu território. Finalmente, tinha vingado a morte de seus pais. Ainda coberto pelo sangue do seu inimigo, depositou o seu souvenir dentro da sala, onde ficavam os seus pequenos troféus. Lembranças de seus inimigos. Para que ele sempre lembrasse, de todos aqueles que ousaram o desafiar. Daiki entrou no quarto do amigo e apenas observou o pequeno ritual. Kyūbi retirava as suas vestes cobertas por sangue e as queimava. Não existiam indícios de seu feito. Apenas um nome, sem rosto. Um verdadeiro fantasma. O loiro olhou para o amigo que estava encostado na porta do seu quarto, bebericando seu whisky e perguntou:
– O que quer Daiki? --- perguntou o loiro irritado.
– Então… conseguiu a sua vingança! --- perguntou o moreno de olhos negros encarando o amigo nos olhos.
Kyūbi sorriu. Não um sorriso feliz, mas um sorriso macabro, que arrepiava todos os pelos do corpo do amigo.
– c*****o, mano, bem que você podia mudar mais esse seu lado sério e frio. Confesso que às vezes, até eu tenho medo de você. — respondeu o moreno sentando ao lado do amigo.
– Não fode, Daiki. Você sabe que é um dos poucos que não precisam ter medo de mim.
Kyūbi se despe, e vai até o banheiro. Suas tatuagens expostas pelo seu corpo, mostram que ele é m****o da yakuza. Mas diferente dos outros, ele tinha uma tatuagem única que tomava quase todo o seu peito. Uma Kitsune, que representava o seu nome.
– Acho então, que devemos comemorar meu caro amigo. Tem umas gatas que estão loucas para deitar com o dono de Kabukicho. E comigo, claro.
– Você não existe! — disse revirando os olhos.
– p***a Kyūbi, voce m*l bebe, m*l dorme, não fuma nem um baseado, e agora nem fuder quer? Cara, você precisa viver mano!
O loiro saiu do banheiro com uma toalha enrolada na cintura e disse:
– Eu vivo Daiki, eu só não tolero exposição como você e o Satoshi.
– Eu acabei de ouvir o meu nome sendo pronunciado? – disse o moreno com o coque de samurai entrando fumando o seu cigarro.
– O Daiki, está querendo sair para t*****r e beber, e precisa de companhia. – disse o loiro vestindo sua roupa.
– Então… já foi feito? – Satoshi olha nos olhos do loiro que apenas dá um pequeno sorriso irônico e concorda com a cabeça. Sorri junto e diz: – Então Daiki, vou com você. Deixa o ermitão aí sozinho. Sabe que Kyūbi não curte orgias e coisas do tipo.
Os dois saem do quarto do loiro que apenas sorri. Seus amigos… apesar de não demonstrar, ele os amava. E era capaz de tudo por eles. Colocou uma dose de seu saque e bebeu de vez. Se aproximou da janela do seu quarto e apenas observou a lua, que brilhava no céu, linda para ele. O que será que a lua reservava para ele? Se afastou da janela e se recolheu. Sua mente e seu corpo, em perfeita sintonia.