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DON- O DONO DO MORRO

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??E se o dono do morro, também tivesse um final feliz?

Neste novo romance da Autora Heloisa Oliveira, vamos conhecer Don, o dono do Alemão, Evandro antes de ser o impiedoso Don, era um garoto com sonhos e planos para um futuro brilhante, mas se viu obrigado a mudar para o morro quando sua mãe uma renomada advogada, se apaixonou pelo dono do morro, transformando assim toda a realidade que o garoto conhecia. Com a morte de sua mãe e seu padrasto, ele se viu obrigado a assumir o controle do morro, tornando-se assim alguém que ele nunca desejou, porém aprendeu a gostar de ser.

Ele achava que já tinha conhecido o amor, ao se encantar pela herdeira da máfia Julia, porém a noticia de que a irmã de seu sub estava esperando um filho dele, mudou completamente o rumo desta historia.

Gabi uma menina cheia de sonhos, apesar de nutrir um amor por ele desde a adolescência, ela não sonhava ser a mãe do filho do dono do morro ou menos, ainda sua esposa.

??Será que alguém tão c***l, poderia ter um coração?

??Será que o amor verdadeiro o transformaria?

??Embarque nesse Romance, ambientado no Brasil, cheio de perigo, desejo, luxúria, redenção, poder e claro um louco amor.

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PRÓLOGO
DON O DONO DO MORRO SPIN OFF DE O PRINCÍPE DA MÁFIA PRÓLOGO RIO DE JANEIRO-BRASIL —Está me dizendo que eu não posso optar pela minha felicidade? —a mulher de cabelos pretos e olhos verdes, com postura elegante a qual eu chamo de mãe me diz. —Estou lhe dizendo que não pode largar tudo que construiu para morar no morro do alemão mãe, olhe para você, uma advogada renomada, de sucesso, prestes a se tornar juíza, largar tudo isso por um traficante de merda? —digo irritado. —Um dia meu filho, você vai amar tanto alguém, que não ira querer outra coisa a não ser estar ao lado dela, mas existe outra pessoa em minha vida que não posso deixar, e é você, então preciso que me entenda e venha comigo—ela diz me olhando. —Entender mãe? Realmente quer que eu entenda isso? Quer que eu entenda que esta acabando com o meu futuro, pra ficar ao lado desse merda ai—digo olhando para o homem tatuado parado ao lado da porta de entrada do nosso luxuoso apartamento na zona sul, que até agora não havia dito uma palavra sequer. —Olha garoto na moral, escuta sua mãe ai, e para de me ofender certo—ele diz me olhando. —Se não o que? Vai mandar me matar igual faz lá no seu morro? —digo o encarando. —Filho não fale assim—minha mãe diz se aproximando. —Você não sabe nada sobre o morro moleque, não sabe como as coisas funcionam lá, mas a visão é essa ai que sua mãe disse, ela tá indo comigo, e se tu quiser pode ir será bem vindo, mas não vou ficar implorando não certo, Fernanda estou lá no carro—ele diz olhando para minha mãe e sai pela porta. Olho pela janela, que me da a mais linda vista da praia de Copacabana, deixar tudo isso por nada, minha mãe só pode estar louca não existe outra explicação, mas eu não posso evitar, ainda sou menor de idade, não tenho emprego ou como me sustentar sozinho, e meu pai um conceituado advogado, havia ido para Nova York, alguns meses depois de se divorciar da minha mãe para ficar com a sua secretaria, bem mais jovem que ele. A verdade era que eu não tinha escolha, ou melhor, dizendo não tinha poder de escolha, eu estava fadado a ir para aquele lugar. Nossa mudança se deu em poucos dias, pois minha mãe já tinha vendido o nosso apartamento, com móveis e tudo que havia dentro, e minha infância e vida toda se resumiu a três malas e algumas caixas de papelão com livros, cds de minhas bandas favoritas, alguns brinquedos guardados, que me faziam lembrar de que um dia eu fui uma criança feliz com uma família de verdade. A adaptação naquele lugar foi a pior possível, e mesmo que todos soubessem quem eu era, as pessoas dali pareciam me olhar torto, e sempre cochichavam entre elas quando eu passava, eu sabia tudo que acontecia ali, observava Tato comandar tudo aquilo, e eu que sonhava estudar medicina e me tornar um medico para salvar vidas, estava vendo de perto como tira-las, e mesmo com o passar dos anos e com a mordomia que ele me proporcionava eu ainda não queria aquela vida, odiava quando me chamavam de Príncipe do morro, a única parte que eu gostava era com as mulheres, eu tinha qualquer uma à hora que eu bem quisesse, às vezes até mais de uma, e essa parte eu confesso que gostava muito. Os anos foram se passando, e eu fui acostumando com essa vida, concordar eu não concordava, mas tinha aprendido a aceitar. Chamo-me Evandro, mas todos por aqui me conhecem por Don, e agora sou o dono do morro do Alemão, comando o tráfico de drogas e armas, tudo absolutamente tudo neste lugar passa por mim. Algumas pessoas me julgam como alguém sem coração ou piedade, eu prefiro dizer que a vida me obrigou a ser assim. Da varanda da minha luxuosa casa consigo acompanhar tudo, inclusive a movimentação do meu pessoal, meus pensamentos são interrompidos pelo toque do celular. —Diga logo Isaque—falo sem paciência. —Chefe, um carro preto estacionou em frente a casa da morena, um cara veio buscá-la—ele diz. —Descubra quem é, e então o mate—digo. —Entendido—ele diz e desliga. Tomo mais um gole da vodca pura e arremesso o copo na parede à minha frente. Merda! Ela não poderia ser de outro cara. Maria Eduarda era a minha fraqueza, eu me apaixonei por ela quando ela ainda era uma menina, estive com ela durante dois meses e posso dizer que aquela menina me fez mais feliz do que qualquer outra mulher tenha feito. Ela caminhava por essa casa com suas Maria chiquinhas, e shorts jeans, descalça sempre aprontando alguma coisa. Ela era a luz em meio a toda minha escuridão, e eu me apaixonei, estava obcecado por ela. Quando a mãe dela chegou a minha porta com o dinheiro da dívida, eu não queria aceitar que teria que deixá-la partir, mas eu sabia que ao meu lado ela seria um alvo fácil, logo meus inimigos saberiam que eu a amava e usariam isso contra mim, então a libertei, deixei que ela fosse embora, apesar dela não querer me deixar, pois assim como eu ela estava apaixonada, então tive que quebrar seu coração, coloquei uma garota qualquer em minha cama e fiz com que ela me visse f***r aquela v***a. E como esperado ela me odiou e se foi, desde então a acompanho de longe, e fico feliz com suas conquistas, ela é uma estudante de medicina agora, e eu tenho um orgulho da p***a da minha bebezinha, tenho certeza que ela vai voar, afinal ela esta realizando o meu sonho, antes dessa merda toda eu havia prestado vestibular para medicina também, eu queria salvar vidas, e hoje eu sei que mesmo indiretamente eu as tiro. Mesmo não podendo ter ela ao meu lado a ideia de vê-la com qualquer cara me deixava irado, eu descobriria quem era o playboy de merda que entrou no meu morro para buscar a minha garota e o mataria. Mas essa nem sempre foi a minha vida, até meus dezesseis anos, eu sequer morava no Alemão, foi quando minha mãe uma renomada advogada conheceu meu padrasto até então o dono do morro, eles se apaixonaram e ela deixou nosso lindo apartamento na Zona Sul para ser a mulher do dono do morro, e eu que estudei nos melhores colégios e conheci diversos países da Europa, me vi de repente morando no morro do Alemão. Quando completei vinte e dois anos, minha mãe e meu padrasto caíram em uma emboscada, o carro em que estavam foi alvejado mais de cem vezes, e os dois mortos pela maldita Máfia Italiana. E eu, que já conhecia todos os caminhos tortos do meu padrasto, assumi o morro e os “negócios da família”. Assim me tornei Don, o impiedoso Don. Jurei vingança à máfia italiana e todos aqueles que fazem parte dela, e isso certamente irei cumprir. Continuo olhando o morro pela varanda da luxuosa casa, me deixo flutuar através de meus pensamentos, o que meu pai o renomado Juiz diria se me visse aqui, talvez nem se importasse afinal não se importou nem quando eu nasci, mandava algum dinheiro por mês, mas nunca sequer me viu. A madrugada já dominava o morro, quando Isaque entra na minha casa dizendo. —Chefe, o playboy acabou de deixar a moça em casa e já sabemos quem ele é. —Então diz logo c*****o—digo irritado, imaginando todas essas horas em que ela esteve com ele. —Miguel Bernardi Armed—ele diz. Meu corpo arrepia a menção daquele sobrenome, só poderia ser. —Máfia Italiana—digo. —Sim chefe, ele é filho deles, herdeiro das duas máfias, é impossível enfrentá-lo. Caminho calmamente até ele, que me olha assustado. —Ouça Isaque, nada é impossível, todo sistema tem uma falha, todo homem um ponto fraco, descubra qual o dele, e quando descobrir o traga pra mim, eu tirarei dele o que ele tirou de mim. Vejo o homem sair da minha casa ainda com o fuzil pendurado, mais uma vez a maldita máfia. Mas desta vez é diferente, desta vez eu estou no comando. Aqueles malditos pagariam por tudo que fizeram, por terem arrancado minha mãe de mim tão precocemente e junto a ela se foi a minha chance de crescer longe dessa lama, longe do tráfico de drogas e toda essa carnificina. Maria Eduarda era minha obsessão, eu a queria, mas não podia tê-la, eu não a condenaria a essa vida, uma vida que eu mesmo não queria. E foi assim até conhecer Julia, essa onça brava que me tira do sério, que me leva de zero a dez em poucos segundos. A primeira impressão que tive de Júlia ao conhece-la, era de uma mulher m*l amada, e que não queria que os outros fossem felizes, mas agora depois de conhecer ela mais um pouco vejo o quanto a vida foi injusta com ela também, a verdade é que cada um de nós carrega seus monstros trancados no armário, cada um tem uma cicatriz, algo que deseja esquecer. Eu precisava de alguém para me mostrar que o amor que eu pensava sentir pela Maria Eduarda era uma obsessão, e essa mulher tem rondado minha mente, meus sonhos, meus pensamentos. Mas ela não me deixava ficar perto, ela me afastava a cada vez que eu tentava me aproximar. POV JULIA VENDRAMINNI Me chamo Julia, o que muitos de vocês já sabem, eu tenho trinta e quatro anos, e sou um m****o da Máfia, não posso dizer que sou uma herdeira como meu irmão Felipe e meu primo Miguel, eu não sou filha legitima de Hector, que é quem detém o lugar de capo da máfia brasileira. Eu sou apenas alguém rejeitada na vida, um pacote que foi junto com a minha mãe quando ela se casou com Hector, e eu não consigo me sentir parte disso, por mais que os ame, por mais que eu de minha vida por todos eles, eu continuo achando que aquele não é o meu lugar. Minha mãe sempre foi muito bonita, chamava atenção por onde passava, mas ela não queria ter a mesma vida da minha avó, ele queria sair daqui, mas o destino foi c***l com ela e repetiu a história. Como eu disse antes eram só as duas e quando minha avó morreu minha mãe não tinha sequer como enterra-la, aconselhada por uma amiga procurou o dono do morro, para lhe pedir ajuda com o funeral. Meu pai, ou melhor, dizendo o homem que engravidou minha mãe era o Tato o dono do morro do Alemão, ele não negou ajuda a minha mãe, mas em troca reivindicou o corpo dela dia após dia, e ela sem outra opção se submeteu a sujeira dele, ela se tornou uma espécie de brinquedo para ele, até que ela engravidou, e eu nasci, durante os cinco primeiros anos ele ajudava minha mãe a me criar, até desfilava comigo no colo por essas ruas, mas aí ele foi preso, minha mãe de certa forma nutria sentimentos por ele, ficou preocupada, mas ele disse que não queria que ela o fosse ver, ele ficou muito tempo preso , minha mãe se virava como podia para nos sustentar, mas ela já não tinha a ajuda dele, ele se encantou com a advogada ricaça na prisão, e proibiu qualquer pessoa de dizer que ele tinha uma filha com a minha mãe e sinceramente eu não faço a mínima questão de ser filha de um merda como ele, carrego o sobrenome Vendramini com muito orgulho, mas minha mãe não conseguindo arrumar emprego, começou a fazer programas, e foi assim durante um ano, até ela conhecer o Hector, ele era capo da máfia brasileira e tinha que se casar com uma herdeira da máfia no caso a minha tia Luna, enfim ele descobriu prestes a se casar que minha mãe estava grávida do meu irmão e voltou, tirando nós duas daquele lugar, mas mesmo assim, mesmo sabendo que Hector me ama como uma filha, eu não consigo me sentir como parte daquilo, eu carrego o sobrenome dele com orgulho, eu fui treinada por ele, educada por ele, mas não serei eu a substitui-lo, mesmo sabendo que eu sou melhor nisso do que meu irmão, que perde seu tempo roubando as noivas prometidas do meu primo. O que me incomoda é saber que fui rejeitada, eu não era o suficiente para o meu pai, e desde então eu acho que estou vivendo a vida de outra pessoa, sempre tentando me encaixar, ser aceita, meu irmão vai se tornar capo, e se eu fosse filha do Hector eu quem seria a capo, ou seja eu sou só um soldado a mais nas batalhas, eu não posso dizer que sou filha do dono do alemão e não posso dizer que meu pai é o capo da máfia, por que eu não tenho um lugar, eu não tenho e nem sou nada. Conhecer Don foi um giro em minha vida, eu nunca amei alguém, eu só usava as pessoas como eu queria, não me apegava, era só sexo e nada mais, o mais próximo que cheguei de amar alguém foi com Miguel, meu primo, eu acho que o amo, mas é um amor diferente eu quero ver ele feliz, e agora eu sei que esta, a menina teimosa do morro do Alemão, o conquistou e conquistou até o conselho, ele merece ser feliz. Mas o Don era diferente ele me entendia, ele parecia ser uma extensão minha, ele havia enfrentado os mesmos monstros que eu, ele havia sido empurrado para uma vida que ele achava que não pertencia assim como eu, mas ele ainda era filho da mulher que o meu genitor escolheu, ele ainda era o sucessor do dono do morro, e eu tinha nojo de tudo que me fazia lembrar que eu sai daquele lugar. Mas ao mesmo tempo, estar perto dele, com ele, era confortável, era acolhedor, e eu não queria achar o meu lugar, naquele lugar, nos braços do dono do morro, mas eu não conseguia evitar, Don parecia um ima me chamando para ele, ouvir sua voz me acalmava, eu queria tanto me entregar a ele, mas eu não conseguia, e guardava na memória um único beijo.

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