São Paulo-23/agosto/2015
POV. Caroline
O choque ainda era visível no rosto de Hugo, mas não iria ceder, para esse casamento sair teria que ser ao meu modo de ver, pensar e agir, simples assim.
-Quais tipos de regras Caroline?
-As quais serão para uma boa convivência, creio que irei ter que morar aqui!
-Sim, é o correto já que será minha esposa, seria estranho nos casarmos e cada um vivesse em sua casa, nem os casais mais modernos vivem assim.
-Concordo, contudo vamos iniciar um tour pela sua casa, antes de iniciar nossa reunião.
Vi ele rir um pouco, assentindo em seguida, nos levantamos, o apartamento era muito lindo, tinha dois andares, era todo branco e cada cômodo, tinha uma parede de destaque, na parte de baixo consistia em uma sala de televisão, e uma de jantar, um banheiro, uma cozinha, e uma pequena biblioteca, no segundar andar tinha três quartos, todos com suítes e o quarto principal no caso o dele tinha uma varanda, estranhei um homem solteiro morar em um apartamento tão grande, com certeza maior que minha casa.
-Porquê três quartos?
-Quando mais novo davas muitas festas, mais conhecida como party adrenalina, então sempre algum amigo dormia em casa, mas hoje não acontecem com frequência.
-Perfeito, seria a primeira coisa que teríamos que resolver-Vi ele erguer uma sobrancelha, mas não disse nada
-Me empreste um papel e uma caneta, por favor - Ele foi até um lugar em sua sala, em seu móvel, e pegou o que pedi, me entregando.
-Então Hugo vamos decidir tudo hoje, já que disse que o casamento seria por contrato, teremos que colocar o que esperamos ao decorrer do tempo, certo? Me fale o que pensou, assim farei um rascunho, para avaliarmos item por item.
-Bom, o a primeira clausula deve ser a de confidencialidade, acho que nem eu quanto você quer que isso saía daqui.
-Deus me livre seria uma humilhação, um desgosto a minha mãe, e um escândalo para você-Anotei aquilo-Continue, que vou anotando.
-Bom o que estamos decidindo aqui, o advogado redirá e assinaremos, aí sim marcaremos uma data para ser o casamento, o contrato será para ambos, não ter que passar por sustos futuros, uma proteção, te darei uma empresa, o tratamento de sua mãe, e o que você e Julieta precisarem
-Já disse que não quero nada, apenas o tratamento de minha mãe, é o suficiente, não quero nada que venha de você, não quero ter obrigações com você, a salvação de minha mãe, já é um fardo muito grande, mas estou pagando um preço muito alto, então estaremos kits.
-Contudo, te darei uma pensão mensalmente para cobrir seus gastos de sua família e seus, terá que parar de trabalhar.
-Impossível, quero ser uma grande economista.
-Mas uma dama da sociedade fica em casa, a espera de seu marido, no caso eu, que em breve será o presidente da Coopercol.
Aquilo parecia uma reunião de negócios, o que me fazia me sentir ainda mais suja, mas Deus conhece meu coração, só quero minha mãe saudável, ela é jovem ainda para nos deixar, teria que abrir mão de meu sonho por um tempo, só quero minha mãe saudável, isso seria um pecado? Com certeza que sim, mas não me importo de ir ao inferno, sabendo que ela ainda teria uns bons cinquenta anos comigo e a Ju.
-Justo, quanto seria essa pensão?
-Creio que cem mil reais mensalmente, é o suficiente-Arregalei os olhos
-Está louco isso é muito
-Não é, como você não quer uma empresa futuramente, como dizem vocês pobres, fazer um pé de meia enquanto estivermos casados
-Não concordo
-Ou é isso, ou é a empresa, que fatura em lucros em média um milhão mensalmente.
-Tudo bem a pensão é o suficiente, alias mais do que suficiente, e quanto tempo seria o casamento?
-Indeterminado, talvez uma vida, até a leitura do testamento, já que meu pai é saudável igual a um touro, estaremos fazendo bodas de ouro, ele deverá estar vivo.
-Um divórcio?
-Impossível! Os Bertolazzi têm um histórico impecável quanto ao casamento, seria uma blasfêmia quebrar as regras, quebrar a tradição de mais de trintas anos
-Hugo isso não é correto, perderia minha vida ao seu lado, e se me apaixonar? Terei que me abdicar de meu amor, para ficar ao seu lado?
-Estarei pagando muito bem por isso!, talvez uns dez anos podemos desatar essa união.
-Você é muito groso, me ofende com suas palavras.
-Não é minha intenção, mas sim um fato, agora o assunto que envolve recém-casados, Filhos?
Parei para pensar, não quero filhos de um casamento sem amor, aliás não quero nenhum contato com ele, e teria que ser assim ou nada feito.
-Nada de filhos.
-Concordo
-Mas não me esperou terminar de falar, esse casamento será uma farsa, na sociedade comportarei como tal, mas em casa serei ainda Caroline Viegas Souza
-Qual casal não tem contato íntimo?
-Hugo não somos um casal, lembre-se do contrato, iremos dormi em quartos separados, e quero uma clausula que me defende quanto a isso.
-Por acaso é vigem? -Vi uma demonstração de deboche com incredulidade
-Isso importa?
-Sim
Fiquei pensativa, responderia a verdade, mas da maneira mais c***l possível.
-Sim sou virgem, mas acho que isso não possa ser uma vergonha, pelo ao contrário, me faz uma pessoa correta, não sou qualquer uma, não vou para cama com qualquer um, um como você, e muito menos por interesse, o homem que me ter, será por que o amo, não por que me ofereceu um contrato, então quero um quarto separadamente
-Isso irá mudar, por sua vontade!
-Não conte com isso, uma virgem não sente falta de sexo, a não ser que tenha umas pegas quentes, o que não vai acontecer com a gente.
-As pessoas estranhariam, não termos contato publicamente, e não aparecesse grávida.
-Filhos ainda alegamos sermos jovens, e quanto carinhos, não precisa ser demonstrado, mas sim nossos familiares sim estranhariam, e demais no começo ainda quando sermos recém-casados, uns carinhos, e alguns selinhos podemos sim trocar, mais nada que isso, qualquer ser humano na fase da terra sabe que algumas demonstrações de afeto e carinho, se faz quando está a sós, não precisa ficar se comendo quase com roupa, para mostrar as pessoas que estamos apaixonados, e espero que isso seja seu ponto de vista.
-Sim concordo, você e solta desinibida
-Hugo só sou reservada, mas sou como qualquer garota de vinte e três anos, gosto de biquíni, danço, bebo socialmente, gosto de beijos, apesar desse ano está mais caseira, mas não sou uma extraterrestre esquecida na terra.
-Fidelidade será impossível lhe dar, se negando a manter uma vida conjugal comigo
-Pensei nisso também, você poderá ter uma mulher fixa para isso, não quero ser taxada como chifruda e trocada por uma qualquer da rua ao ver da sociedade, se descobrir uma infidelidade a não ser que envolva essa mulher de sua escolha, o casamento acaba no mesmo momento, contrato nenhum me segurara
Vi ele incrédulo, me olhando pasmo, mas não quero um homem com falta de sexo em casa, me imaginando sentando nele, só de estar sentada em uma simples cadeira, tomando um café da manhã, isso é nojento.
- Comparei um apartamento neste mesmo edifício para sua mãe e irmã e viverem, um andar abaixo do nosso, assim não precisará ir tão longe para vê-la, e Julieta não sentiria tanto sua falta, e também poderá ajudar a sua mãe com tudo que precisar
-Obrigada
-Não quero empregadas posso dar conta do serviço em casa completo, já que não trabalharei, só uma empregada de quinze em quinze dias para fazer uma faxina completa, não quero ter que fingir em casa também-Ele concordou.
-Então acho que seja só isso, redija o contrato juntamente de seu advogado e marque uma reunião, lhe entregue esse rascunho, ele se baseará nele, aqui está nossas vontades
Pov. Hugo
Ainda estava atônito com tanto de coisa que conversamos, era quase impossível de acreditar que tudo aquilo saia de sua boca, o que uma pessoa é capaz de fazer por ambição? Se casar com uma estranha completa, e ainda que tem caráter de uma sociedade inteira dentro de si, E até onde uma pessoa poderia ir por amor? Caroline era prova disso, ela se entregou a mim de certa forma, pelo bem da mãe, isso é a maior demonstração de amor, e de abrir mão de si mesma, para o bem de outra pessoa, ela uma jovem ainda, muito linda por sinal, mas o que ela fazia? Se dedicava de corpo e alma pela família, venderia o corpo para o demônio se precisasse, para ver a sua mãe e sua pequena irmã bem, isso me admirava e muito em uma mulher.
Enquanto o advogado redigia aquele contrato a observava, ela batucava os pés no chão, soltava e prendia seus cabelos, olhava as horas em seu celular, jogava alguns joguinhos, mas nada de seu olhar ir de encontro o meu.
Seus olhos verdes, sua boca pequena e rosada, o jeito que sua bochecha continha um leve rubor, se sentia incomodada pelo fato do advogado, e Rodrigo que seria a testemunha que assinaria o contrato juntamente conosco.
-Revisem o contrato e assinem se está do jeito que pediram-Fui tirado dos meus pensamentos com o advogado entregando uma cópia a cada um, mantendo uma com ele.
Percebi Rodrigo incrédulo e com cara de riso, ela estava com seus óculos que pelo que vi era para não cansar as vistas, lendo cada especificação e clausula atentamente, fiz o mesmo e estava tudo certo, cada um assinou a que estava com o advogado, e ela se recuou um pouco, mas assinou, comigo escutando um leve sussurro “É POR VOCÊ MAMÃE”
-Então para quando é o casamento?
-Temos um jantar semana que vem, uma quarta feira, congresso, nele decidiremos junto com meu pais, a história você já sabe como nos conhecemos, então faça seu papel de noiva completamente apaixonada, que farei o me- Ela concordou.
- A partir de amanhã te busco na faculdade.
-Tudo bem, estou indo, até amanhã
Ela deu um aceno de cabeça, se foi
-Cara você foi enforcado por uma gostosa, que fez maior jogo duro, quer saber está fodido, viver com essa mulher em casa e não poder fazer nada
-É o que veremos Rodrigo, o contrato disse que não teremos relação s****l, mas não disse que não posso tentar, se ela se entregar a mim por livre espontânea vontade, ambos não poderá falar nada, tão pouco terminar o casamento.
-Você não presta cara
-Não mesmo.