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Pov. Narradora:
Enquanto caminhava em direção ao escritório de Raul Bertolazzi, Hugo, trincava o maxilar sabia que quando o seu pai lhe chamava assim, em plena segunda, e ainda pela manhã coisa boa não poderia ser, eles m*l se falam, m*l se convivem, Hugo viveu boa parte de sua infância e adolescência em um colégio interno, saindo de lá apenas com dezesseis anos, hoje um homem de vinte três anos, cobiçado, mulherengo.
-Bom dia Bertolazzi –A recepcionista de seu pai o cumprimentou, com um sorriso angelical, uma senhora de cabelo preso em um coque muito bem feito.
-Boa Noite, vim ver o que o grande poderoso Raul quer com um pobre mortal como eu.
-Ele está em reunião com sua secretaria, vou avisa-lo
-Creio que essas coisas de praxe, não se aplicam a mim, sou tão dono disso como ele, se me dê licença
Ele passou a mão em seu cabelo loiro o deixando levemente bagunçado, ainda cansado pela noitada que teve regada a bebida, e sexo. Seguiu para o elevador, contando os minutos ansioso, pelo fato de ser claustrofóbico, ao abrir as grandes portas de metal respirou fundo, um alivio tomando conta de seu corpo, chegando ao último andar, onde o CEO, o presidente da empresa de artigos de luxo e presentes ficava, entrou sem ao menos bater, tomando um susto ao ver pilhas e pilhas de documentos na mesa de seu pai , seu pai o olhou repreendendo, enquanto a moça que estava ali, nem ao menos o olhou, estava concentrada demais em seu trabalho, com um óculos no rosto, seu cabelo em um coque desleixado e calculadora ao seu lado, o lápis na boca enquanto franzia o cenho, algo não devia estar certo.
-Bom dia papai, o queres de mim, que marcou uma reunião tão cedo?
A moça levantou seu olhar o encontrando, seus olhos verdes piscaram três vezes encantada com a beleza do rapaz em sua frente, ele por sua vez ao menos se quer a olhou, estava intacto o olhar em seu pai.
-Caroline, pode se retira, vai tomar um café, assim que terminar de conversar com meu filho, voltamos a fazer nosso trabalho.
-Com licença senhor
Ela se levantou um pouco sem graça, seu terninho azul marinho colado ao corpo lhe dando uma sensualidade nada vulgar, um scarpin preto nos pés, com um salto mediano, e uma maquiagem, quase nada, apenas para dar uma cor a rosto, Hugo a olhou enquanto ela passava por ele, notando o quanto aquela moça era bonita, viu seu rosto corar um pouco, quando notou que ele a olhou, seu perfume fresco, como flores da manhã, recém abertas, entrou em suas narinas, ela saiu deixando apenas um bom dia baixo, e bateu as grandes portas duplas de madeira.
-Hugo o que quero conversar é rápido, não sou um homem de enrolações sente-se.
Hugo se sentou em frente ao seu pai, o vendo de terno preto, desenhado pelos melhores estilista do pais, impecavelmente passado, o cabelo nem um fio rebelde, um senhor de quarenta e dois anos, mas nunca aparentava ter a idade, mas incrivelmente sério, respeitoso, nada a ver com o filho, na verdade o oposto.
-Fale o que o senhor quer, então!
-Você hoje está com vinte três anos, está na hora de ter certas responsabilidades trabalhar, ter uma família
-Para que trabalhar se sou rico, e família não quero, você mais do que ninguém sabe, que quero ser solteiro por toda vida
Ele viu o rosto de seu pai se enfurecer, mas não se importou.
-Não, eu sou rico Hugo, você simplesmente desfruta de tudo que posso dar a você, estive conversando com sua mãe, e decidir que terá que se casar e assumir a empresa, ou não fará parte do meu testamento, sabe que é nosso único filho, deixo tudo para uma instituição de caridade, ou para seu primo, se não acatar minha decisão.
-Por favor papai, você tem mais saúde do que eu e minha mãe juntos, porque esse papo agora?
-Está na hora de se comportar como tal, você é um Bertolazzi, sabe quanto que trabalhei para construir meu império se hoje temos muitas empresas de artigos de luxos espalhadas pelo mundo inteiro é porque trabalhei dia e noite por mais de vinte anos, não quero que quando chegue minha hora, você despenque nossa empresa.
-Mas para isso preciso mesmo me casar?
-Sim, e não estou aberto à discussão, terá que se tornar um homem respeitoso, te dou uma semana para me apresentar alguém, ou tudo isso aqui, não terá seu nome futuramente como dono.
-Eu já tenho alguém.
Ele falou sem ao menos pensar, sua ambição tão grande, e sua competição com seu primo desde novo, o fez falar por impulso, ele viu a surpresa nos olhos do pai.
Raul ficou desacreditado no rapaz, seu filho, ter uma pessoa, era estranho, o rapaz que batia no peito falando que nunca seria marido, e sim um amante, ele o gerara, e o criara, sabia perfeitamente o homem que ele se tornou, na sua concepção um vagabundo, mulherengo, e sem compromisso com a vida, tudo o que ele não queria que Hugo um dia fosse, ele tornara pior, só fez a faculdade de administração por muita insistência do pai.
-Vagabunda não conta, quero uma moça diga, como minha nora, que me dê netos saudáveis, que lhe ponha em seu lugar.
-Ela não é vagabunda, pode ter certeza.
Sua mentira saiu tão boa, que Hugo chegou mesmo acreditar que tinha alguém.
-Caroline traga dois cafés pretos e sem açúcar por favor-Ele viu seu pai falando pelo interfone de seu telefone.
- Sim senhor
Ele observou a voz doce saindo pelo viva voz do telefone, calma e baixa, observou Caroline entrando com a bandeja com os cafés, e algumas bolachas, enquanto servia aos dois, ele pensara, por que não ela? Uma mulher bonita, talvez seu pai agradaria, tudo que Hugo odiaria era seu primo herdar aquela bilionária fortuna que pertencia a ele, e ele ficasse chupando dedos.
-Com licença, qualquer coisa e só pedir, senhor Bertolazzi.
-Sim, pode se retirar, está vendo Caroline boa moça, trabalha conosco a um pouco mais de um ano, vem todas manhãs, e daqui vai direto vai para faculdade, porque não segue o exemplo dela.
Ali ele tivera certeza que seu pai ficaria feliz ter uma nora como ela.
-Queria te colocar para embalar os artigos, mas sua mãe bateu o pé, disse que não fazia sentindo, se você que irá administrar futuramente a Coopercol Artigos de luxo, teria que ter um cargo alto, concordo com ela, tem que aprender administrar a empresa, mas isso só vai acontecer se tiver uma esposa.
-Não acho necessário que para administrar uma empresa precise me casar, mas se acha que preciso tudo bem papai, o senhor venceu, não deixarei aquele filho da p**a, falar que o senhor o preferiu em vez a mim.
-Quero conhecer a moça, que disse estar te interessando, mas já te aviso só aceitarei se ver que é uma mulher de família.
-Acredite irá se surpreender, logo marco o jantar só irei conversar com ela, é muito tímida
-Espero, quando sair pede minha secretária para entrar, temos muitos trabalhos ainda
Hugo saiu do escritório de seu pai frustrado, com raiva, queria dar um tiro em alguém, se casar apenas com vinte três anos, isso é uma blasfêmia, uma falta de respeito com a natureza, ele precisa estar casado, mas tecnicamente não precisa se comportar como um.
-Meu pai lhe chama, precisa de seus serviços
-Estou indo senhor Bertolazzi.
-Para que tanta formalidade Caroline? Não sou chefe, não ainda, até breve querida.
Ele piscou para ela, e ela ficou desconcertada, achando uma falta de respeito da parte dele, encontrou seu chefe, Raul Bertolazzi, e mais um dia a aguardava.
POV Hugo Bertolazzi.
Ligação ON
-Rodrigo preciso de um favor seu.
-Quem é a mulher da vez meu caro?
-Preciso que descobre absolutamente tudo sobre Caroline, só isso que sei, trabalha na Coopercol é secretaria de meu pai, quero saber até quantas calcinhas ela tem em sua gaveta
-Sim daqui dois dias te passo o relatório.
-Não, quero para hoje, no máximo até umas seis.
-Está maluco cara, isso é impossível!
-Se vira brô, é muito urgente depois te falo o porquê.
-Farei o possível, assim que tiver uma brecha aqui na empresa darei uma fugida e descubro.
-Quero vida pessoal também.
- Vou ver o posso fazer, só me mete em encrenca
-Por isso é meu amigo, até mais, estou aguardando.
-Até Hugo
Ligação OFF
Pov. Narrador
Hugo entrou em sua Ranger Rover prata, determinado a cumprir o que seu pai ordenara, tudo pelo dinheiro, tudo pelo conforto, tudo para continuar sendo Hugo Bertolazzi, com direito a regalias que jamais os pobres alcançariam.
Pov. Caroline
Mais um dia cansativo, depois de trabalhar ajudando Raul Bertolazzi naqueles balancetes, correndo para a faculdade, meu curso de administração, passando um pouco das dez, chegando no simples portão de minha casa, respirando fundo, tinha que ser forte por elas, minha mãe Ana e minha irmãzinha Julieta.
-Onde estão as mulheres mais lindas deste mundo? -Gritei enquanto abria a porta da sala.
-Carol -Minha irmãzinha veio me abraçando com carinho, tão nova ainda e enfrentando tantas coisas.
-Oi Ju, minha pequena conta pra mim como foi o dia?
-A mamãe está fazendo sopa de batata, e hoje ela teve dor, mas pediu para mim não te contar, mas é nosso segredo, não conte que te contei.
-Pode deixar baixinha, vai lavar as mãos para jantar - de novo essas dores, minha mãe tenta ser forte ,mas eu sei que a cada dia que se passa, está mais difícil para ela.
-Boa noite mamãe-Falei vendo uma senhora baixinha, no fogão, com um pano de prato jogado nos ombros, seus cabelos castanhos escuros nos ombros, com um sorriso que encanta a todos, ela sempre meiga e acolhedora, mesmo com tudo, que vem passando a anos, sua luta incansável, hoje com certeza ela estava em um dia bom.
-Minha querida, nem vi que tinha chegado, estava preparando a sopa que Julieta tanto ama -Ela disse me abraçando.
-Já pedi tanto a vocês para jantar mais cedo, não precisa esperar por mim.
-Claro que não Carol, jantaremos todas as noites juntas.
Enquanto fui ao quarto que dividia com minha irmã, minha casa realmente pequena, mas muito acolhedora, uma casa em tons claro, amarelo e branco, dois quartos, uma sala, um banheiro que divide com três mulheres, então é aquela loucura, uma cozinha pequena, e um pequeno jardim que faz tão bem a dona Ana, minha rainha.
Joguei minha bolsa com meus materiais, em cima da minha cama, pegando uma blusa grande do Mickey , e uma calcinha, tomando um banho quentinho, levando todo cansaço do dia embora, meu estômago gigantesco ronca, preciso comer, com meus cabelos molhados e soltos, sento na mesa da cozinha, vendo aquela sopa de batata maravilhosa.
-Como foi seu dia filha?-Mamãe me pergunta como em todas noites.
-Cansativo, meu chefe está fazendo um balancete atual da empresa, e me pediu para ajuda-lo, e a faculdade dando graças a Deus que falta pouco pra terminar só mais um ano.
-Você precisa se diverti minha princesa, você tem vinte dois anos, mas parece que tem quarenta como sua mãe, dançar, ter namorados, beijar.
Tinha certeza que corei, morria de vergonha de minha mãe falar dessas coisas comigo, ouvi sua risadinha.
-Você é muito tímida Caroline, vem dizer que nem um rapaz na faculdade ou na empresa não chama sua atenção? Porque você é muito linda.
-E eu mamãe não sou linda? -Julieta perguntou rindo, e fazendo carinha de ciúme.
-Você é a mais linda dessa casa princesa, mas só tem dez anos, e espero que demore para crescer ainda. -Minha mãe disse rindo, e nós a acompanhando.
-Sim mamãe as vezes tenho algum divertimento, mas sabe que meu foco no momento é me formar e crescer profissionalmente, e sim as vezes dou uns beijos, não sou de ferro também. Ela sorriu, sei que ela se sente culpada, por me dedicar a ela, e a Julieta, por isso menti, a última vez que dei um beijo foi dois anos atrás com vinte anos, é até estranho falar isso, mas minha vida é uma correria, então não tenho tempo de pensar em rapazes.
Enquanto mamãe lavava os pratos, eu secava e Julieta guardava.
-Vai dormi Ju, amanhã você tem aula cedo.
-Mas Carol, eu quero ficar com vocês, por favor, não estou cansada ainda.
-Não Julieta, vai logo, eu vou me deitar daqui uns minutos.
-Caroline?
-Obedeça sua irmã, Julieta, vai agora, dá um beijo na mãe anda.
Julieta fez um bico enorme mas deu um beijo em minha mãe, e outro em mim, e saiu pisando duro.
-Ela tem o gênio de seu pai, ele faz tanta falta.
-Eu sei mamãe, mas vamos viver né, ele está descansando agora.
-Eu sei meu anjo, mas é difícil, saber que nunca mais teremos ele em casa.
Meu pai morreu a pouco mais de um ano, em um acidente, um carro bateu nele enquanto ele atravessava a rua, minha mãe não se conforma, foi quando entrei pra Coopercol, e assumi o lugar dele.
Trabalhando e cuidando das duas mulheres.
-Mãe vou me deitar, estou cansada, te amo -Ela me deu um beijo, fui para meu quarto Julieta já dormia, depois fala que não estava cansada, dormiu tão rapidamente, trancei meu cabelo e me joguei na minha cama, olhando em meu celular vendo que se aproximava de meia noite, estava tão cansada que nem precisei me entreter em meus pensamentos, até o cansaço me levar.
POV. Hugo
Depois de sair daquele maldito escritório minha cabeça parecia que iria estourar, e mesmo assim a peste do meu pai me ligou mais umas duas vezes me fazendo pressão, não vejo necessidade de me casar, para assumir uma empresa, o velho está ficando demente só pode, tantos números fizeram m*l a cabeça dele, no aconchego do meu apartamento, não morava com meus pais desde meus dezoito, queria ter minha liberdade, não seria com eles por perto que teria, então comprei minha própria cobertura, saio de meus pensamentos com meu celular tocando
-Ligação On
-Fala Rodrigo
-Já tenho que precisa, sei que são quase dez da noite, mas você disse que era urgente então estou em frente em seu prédio estou subindo, e para seu bem espero que tenha comida nessa pocilga, estou a horas sem comer, correndo atrás de informações.
-Sobe logo veado, pedimos alguma coisa, só tenho cerveja na geladeira
-Não sei como sobrevive sério
Ligação OFF
Logo escuto o elevador apitando, como a cobertura é só minha, um único morador dali, então já deixei a porta aberta para Rodrigo entrar.
-Fala seu corno, estou com fome, pode providenciar algo para ontem.
Acabamos que pedimos pizza mesmo, e alguns sandubas
-A minha empregada está de férias, então estou comendo no restaurante, mas semana que vem ela volta e acaba esse tormento
-Tu é preguiçoso demais Hugo devia ir pro fogão, mas porque quis informações dessa Caroline Souza.
Só aí percebi uma pasta em suas mãos, espero que ali tenha informações necessárias
-Meu pai quer que me case, então conforme o que ler aí, ela será minha noiva
-c*****o, achei que não iria ouvir isso um dia sair de sua boca, estou viajando só pode- Ele caiu na gargalhada acedendo um cigarro
-Calma aí, será um casamento de fachada, por contrato-Vi o choque passar em seu rosto-Então, o coroa tem uma saúde do capeta, e para me deixar na miséria, e dar tudo para aquela desgraça do Denis pouco custa.
-Já entendi essa rivalidade com seu primo, mas você já é um homem, sabe o que faz, só espero que não machuque a moça
-Porque fala isso?
-Confere você mesmo-Ele me passou a pasta, abri vendo duas folhas lotadas de informações, tem razão Rodrigo ser um ótimo detetive e ainda ser meu amigo, me ajuda bastante, comecei a ler, Caroline Viegas Souza, vinte dois anos, Filha de Ana Viegas Souza, e Geraldo Vitor Souza, mora em São Paulo desde o nascimento, tem uma irmã, Julieta Viegas Souza, dez anos, Seu pai morto, envolvido em um acidente, atropelado, levado a óbito no mesmo instante, o responsável nunca foi pego, sua mãe tem câncer em estágio inicial, esperando uma chance de se salvar pelo SUS, classe social pobre , a mãe tem a pensão do marido mensamente, assalariado, Caroline cursa administração na USP, penúltimo ano, moça seria e calada, totalmente entregue a família, índole intocável, nunca teve um namorado oficialmente, casa onde vivem ainda está sendo paga, A irmã mais nova estuda em um colégio público, o mesmo que Caroline se formou com excelente notas, que levou ganhar a bolsa integral na faculdade, e monte de coisas que no momento não acho necessário , não terminei de ler, tinha endereço, número do celular, fotos da família, ela era realmente linda
-Obrigado Rodrigo, o que precisar já sabe é só pedir
-Eu sei, agora tenho que ir, se chegar tarde em casa a mulher me mata, isso porque já é quase onze horas, então pode encomendar meu caixão, mas daqui uns meses será você, você verá.
-Vou me casar, não serei castrado, e quem dita regras sou eu
-Veremos meu caro, mulher nem o capeta pode
Ele saiu rindo, peguei meu celular salvei alguns dados importante dela Caroline Viegas Souza, tomei um banho longo, tomando a decisão, ela realmente seria minha saída, peguei meu celular discando seu número, sei que já se passava da meia noite, mas teria que conversar com ela amanhã, meu pai está em cima de mim, e devido sua situação financeira, ela com certeza aceitaria, todo mundo tem seu preço, e o dela com certeza é a salvação de sua mãe.
-Ligação On
-Alô
-Caroline?
-Sim é ela, quem é?
A voz dela é tão mansa
-Desculpe pelo horário, mas preciso te ver amanhã.
-Como vou encontrar um desconhecido, nem sei quem é você boa noite.
-Não desliga
-Eu trabalho daqui umas horas seu folgado.
-Sou eu Hugo Bertolazzi.
Ela ficou calada um momento
-O filho do Raul Bertolazzi?
-Sim, eu mesmo
-Como conseguiu meu número?
-Tenho meus meios, então podemos nos encontrar amanhã?
-Você sabe onde me encontrar, por acaso na sua empresa
-Não tem que ser fora de lá, pode ser depois da faculdade
-Não vou me encontrar com você depois das dez, é muito tarde, e não sou o que pensa!
-Não pense nada de r**m, talvez será bom para você.
-Então no meu intervalo, as oito e meia na USP, te espero na porta da faculdade
-Ok até amanha
-Até Bertolazzi, Boa Noite
-Boa Noite Caroline
Ligação OFF
Caroline você será uma Bertolazzi quer queira, quer não, me joguei na cama lendo as informações que não tinha lido àquela hora, e vendo as fotos que tinha dela na faculdade, da mãe, da irmã saindo do colégio, ela tem que aceitar.