Beca narrando
O trajeto foi longo mais fiquei tão perdida nos meus pensamentos, que nem percebi a distância, Chegamos em frente ao presídio já me posicionando em uma fila enorme, várias mulheres assim como eu estao aqui para visitar alguém, meu pensamento está no constrangimento que eu vou passar lá dentro, me bate uma vergonha, mas eu preciso ver ele, e não vou admitir que outra vem em meu lugar, 9 meses não são 9 dias é ele sempre foi e sempre será ele o dono do meu coração..
— Nossa que demora — Falo passando a mão na testa, o sol já está esquentando é essa fila parece que não anda.
— a sua primeira vez !?— uma menina bem novinha, se ela tiver 18 anos é muito, ela pergunta parando o meu lado, e o balanço a cabeça dizendo que sim.
— o processo aqui é demorado, mais lá dentro é de boa, e contando que 2 horas não é nada para você ver uma pessoa só de 15 em 15 dias - ela fala e eu fico em silêncio
Conversar muito aqui pode ser perigoso e o Th me avisou sobre isso, a fila tá grande isso porque ele pagou uma mulher pra segurar um lugar pra mim, se não eu ainda ia ter que enfrentar muita fila
Se só tem 15 dias que ela não ve o seu homem, imagina eu que fiquei longe do meu esse tempo todo, só tive alguns segundos antes de presenciar a pior cena da minha vida
— É puxado mas o que não fazemos por amor a uma pessoa em que amamos — falo e ela olha para os lados e mais três que estava próximo a nós faz um círculo
— tem algumas tramoia , para você entrar aqui sem ser pega, na hora do Scanner ele só pega o que tá com em contato com a pele, então se você for trazer alguma coisa para o seu homem, coloca dois top, duas calcinhas, você passa de boa sem ser descoberta — ela fala balanço a cabeça concordando em sinal de que eu tô entendendo , preciso dar um jeito de continuar vendo ele sem precisar passar por esses constrangimento.
Mas de três horas só pra entrar, os portões se abrem, e se formam dois grandes corredores, mesmo que eu tenha feito tudo que o Th me mandou fazer ainda bate aquele frio na barriga com medo de ser barrada e não consegui entrar.
— A carteirinha — ele fala Rude, eu entrego um papel que o Th me entregou , ele lê e manda aguarda do lado, ele fala no rádio, percebo que vem um outro estava com uma farda totalmente diferente, olha para ele que aponta com a cabeça para mim , pega o papel amassa e guarda no bolso, e me entrega a carteirinha, ele mostra para o cara da revista, que me manda direto para uma sala do scanner.
— Tá limpa !!! Acompanha o guarda ali ele vai te leva até o pátio — o homem fala rude e o outro guarde me indica o caminho até o pátio
Ao chegar no pátio eu olho em volta , eles são muitos, vestido exatamente iguais, fico um pouco perdida mas logo vejo ele fazendo sinal
Ainda sentindo muita dor na minha perna , vou mais rápido que posso na direção dele, pulando em seus braços, me permitindo me perder no seu cheiro e o seu abraço…
— Trouxe alguns alimentos, produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza, roupas e cigarros — falo e respiro fundo e me vem na cabeça tudo o que passamos até chegar aqui
— O que tá pegando Beca ? — Ele pergunta levantando meu queixo me fazendo olhar para ele e o dos agente penitenciários se aproxima .
— Venham comigo consegui um lugar mais t para vocês convevrsarem — ele fala com uma das mãos apoiada no codre da arma, e a outra mão uma metralhadora ,o Junin pega a sacola e segura na minha mão e seguimos o agente....
— Valeu irmão! — Junin fala para ele assim que ele abre a porta .
— vocês tem menos de 2 horas não precisa agradecer, cortesia da casa a mando do chefe — Ele fala já saindo e bate a porta eu sento o junin senta de frente pra mim.
—Porque não jogou Limpo comigo, me deixou sofrer sem merecer — falo com o choro entalado na garganta, então ele dá um tapa na mesa e levanta nervoso.
— eu não podia colocar tudo a perder por causa de um capricho meu amor — ele fala eu balanço a cabeça negando sem acreditar .
— você está dizendo eu querer saber a verdade do que tava acontecendo era um capricho , você pega tudo o que aconteceu entre a gente simplesmente joga na privada e dá descarga — falo já chorando sem conseguir me controlar, lembrando de tudo porque p**a fez e ainda faz ate hoje em um lugar que é meu .
— tu Agora vai fica apontando os meus erros pô, se na primeira oportunidade ao invés de você me esperar e confiar em mim ,você caiu nas lábias do desgraçado do Terror — ele fala já alterado e eu me levanto e dou uma gargalhada entre as lágrimas tirando o cabelo do rosto que já estava pregado não não sei se no suor ou se nas lágrimas ele anda de um lado para o outro, passa a mão no rosto colocando as duas mãos acima da cabeça.
— você é minha, você é minha mulher, eu me sinto traído pô, se coloca no meu lugar — ele fala aprontando o próprio peito e eu paro na frente dele de braços cruzados ..
— tu se sentiu traído, sério você está me mandando me colocar no seu lugar - falo e ele me encara sem graca- se for pra pensar assim é o mesmo que eu estou sentindo- falo seria com ele- você sempre vinha atrás de mim e eu cedia porque eu te amo, mas me fala quando você conseguiu me provar que tudo isso era uma armação ?- eu questiono e ele se cala- Júnior você estava na cama comigo e logo depois você sumiu por meses, sem me dizer nada, sem me dar uma expectativa de nada- falo com o choro embargado- eu pedia pra saber e ninguém me falava nada- aponto pro meu peito- eu não preciso saber do seu trabalho ok mas você foi pra descobrir coisas que interferem no nosso futuro e você mais uma vez me deixou no escuro- falo e ele engole seco- eu me envolvi com o terror por carência assim como você deve ter comido o mundo onde voce estava- falo e ele abaixa a cabeça e tenta me interromper mas eu impeço - eu sempre deixei claro pra ele que o único homem que eu amo é você e mesmo você não tendo noção do inferno que aquela vagabunda fez na minha vida enquanto você estava fora- falo e vejo ele ficando vermelho- eu tô aqui, eu tô te dando mais uma chance de jogar limpo e porque eu nunca te abandonaria aqui dentro- falo chorando já de novo
— Nossa história ninguém vai mudar — ele me puxa para os seus braços e choramos os dois juntos na prisão, em meio ao choro, ele me explica tudo o que aconteceu, o que ele foi fazer lá em Minas e porque de não poder me falar nada
—Nada disso foi justo , Todos nós erramos mas eu não deixei de te amar apesar de todos os seus erros , todos estavam ciente disso até mesmo terror — falo e ele concorda
— eu te falei que você é a mulher da minha vida isso não mudou — ele fala sério comigo no seu colo- eu vou precisar muito de você Rebeca - ele fala passando a mão na minha perna por cima da legging
- você sabe que pode contar comigo Júnior - falo e ele puxa meu rosto beijando a minha boca e que saudade eu senti desse beijo, desse homem, do meu homem
— Eu te amo meu amor — falo entre soluços quando abrem a porta chamando ele
Eu pego a bolsa com as coisas que eu trouxe, choro ainda mais , com ele tentando me olhar e sendo praticamente arrastado..
— Acabou a senhorita precisa ir — saio do transe ouvindo a voz do mesmo jeito que o carcereiro nos trouxe e por estar sendo p**o pelo Th, foi bem educado
Saio do presídio entro no carro, em direção ao morro determinada tomar tudo que é nosso de volta, chega dar brechas ainda mais depois de terem finalmente aberto o jogo comigo ,eu sou dele e ele é meu e isso ninguém vai mudar
Eu vou vir visitar ele quantas vezes forem preciso, ele pediu pra eu conversar com o Th pra mandar um celular só pra ele, e me fez um pedido muito sério, eu não sei como será isso, mas eu falei que eu topo por ele