Cap 1

1076 Words
- Bóra bóra bóra, a gente tem que tira o Salô da frente dos tiro - Mas vamo leva pra onde? - Leva pra casa da rua 7, aquela toda acabada lá, ninguém vai fica nas ideia de que ele tá lá naum, simbora que vô pega o médico Tava aconteceno a p***a de uma invasão e os inimigo tavam vindo com tudo achando que a gente num tava preparado, mas esse povo tava era mexendo com o Salomão mermão, isso ia ter troco, só que agora eu precisava corre contra o tempo, ele tinha sido alvejado, tomado um tiro bem no meio do peito, sorte que era arma pequena, nem pra isso os zé ruela tiveram tirocínio, pra derrubar o d***o, tem que ser calibre grande mermão. Meu nome é Mateus, mais conhecido como Parça e sô capaz de dá a minha vida pelo morro da Babilônia e por quem comanda toda essa p***a aqui, o bicho atende pelo nome de Bruno, mas é conhecido pelo vulgo Salomão, só que esse num faz o trabalho de Deus não mermão, esse aqui segue a ordem do d***o, porque pensa num terror trajado de gente, aquele é sangue no zói e mata tirando onda Corri na lá pro postinho numa zuera só e trouxe o médico a força mermo, o c***a veio mais branco e o fantasma da ópera, trancando que num passava nem sinal de wi-fi e na hora que viu quem tava deitadão a beira da morte lá na casa da ruela 7, quase infarto, sabia que era uma vida valia a outra e se o Salamão morresse a cova dele tamém tava certa - Vambora, faz seu trabalho que tu tá liberado - Ele não vai aguentar muito tempo se ficar aqui nessa casa, sem nenhum equipamento. Ele está precisando de ajuda, precisa de remédios, de lugar limpo para não ter infecção, e isso aqui está pior que chiqueiro - Tá abusado pra carai em, me diz aí o que tu precisa e pronto, vai faze, e já sabe né, num tem opção, ou ele vive ou ele vive Pensa numa vara verde se tremeno toda, o médico até que conseguiu faze um trabalho bem feito, busquei tudo o que ele solto lá pra pode faze cirurgia de emergência bem em cima da cama da casa toda porca, num tive tempo e nem paciência pra dar geral naum e o Salô ia entender, tenho certeza - Ele vai precisar que alguém fique observando ele durante todo o tempo para ver se ele não desenvolve nenhuma intercorrência - Entaum tu fica - Eu não posso, o pessoal vai desconfiar Olhei pro homão todo esparramado em cima da cama, nem parecia o d***o na terra que todo mundo temia, eu tinha que dá um jeito de trazer ele de volta, mas num podia colocar em risco o nosso trabalho - Vô ti dá passagem dotô, mas fica na atenção aí porque se precisa, eu chamo mermo Levei ele de volta lá pro postinho e ninguém se atreveu a olha pra minha cara de santo e faze pergunta, aqui era a gente que mandava, a comunidade era respeitada, mas num coloca bedelho pra cima naum que o negócio fede nervoso *** - Coé menor – soltei a voz no radim - O Salô tá lá todo no tremelique gritando pra mata os léque - Ele acordo - Negativo patrão, tá é quente que nem fogueira, pegando fogo mermo, acho que tá é no delírio Puta que pariu, eu tive que deixa uns menor lá na ruela pra fica de olho nas novidade, eu num podia fica na cola o dia inteiro porque tinha que faze os corre da boca e com ele pro escanteio, o serviço tinha aumentado horrores - Tô baixando aí Encontrei o bicho todo no tremelique mermo e num podia chama o médico, ele num tava de plantão e ia da muito na cara, a gente num tava podeno confia nem na sombra, quanto mais em desfile de doutô - p***a Salomão, reage aí vacilão, tô precisando de tu carai, isso num é hora de dá showzinho naum - Ae patrão, se tu quiser, eu pego a mina lá da rua cinco e trago pra cá pra vê se ela tem a massiota das coisa - Quem é essa aí? - É a Jade patrão, a bicha tá estudano enfermagem, deve sabe alguma coisa já - Traz ela pra ontem menor - Belê Se deve eu num sei, mas que vai dá um jeito de conserta a situação, ah vai, já num tô com paciência pra essas merda naum e num tamo tão novinho pra ficar guentano rajada, todo os dois com 28, tá certo que o corpo ajuda muito pra combate corpo a corpo, sempre corremo atrás de puxar ferro, atrai as novinha e mete medo nos machão, mas já tamo nessa vida uma cota já Aqui num foi herança de pai pra filho naum vacilão, aqui foi briga feia, o antigo dono do morro, Dom, num era lá aquelas coisa, gostava de investi em prostituição e tava envolvido na corrupção da política e aquilo vacila, num é vida certa num, todo mundo pode dá espaço pra outro. A gente num cresceu aqui, mas somo cria de morro, Rocinha Paulistana e era menor lá Foi na trairagem que a gente veio pra cá e tomamo lugar no topo da cadeia mermão e atiçamo ódio de muita gente, cê acha que a gente ligo? Ligo nada, só curtimo, mas agora tamo pagano o preço, e tá caro pra carai Mas a gente é forte mermão, e pra derruba, vai ter que corta no toco, porque senão, a gente ressurge que nem fênix Fiquei lá naquela casa imunda, só com umas garrafa de água na geladeira, um sofá de dois lugar com uma televisão de tubo bem no meio da sala. No quarto só uma cama de soltero com um colchão que parecido ter ido pra guerra, mas fiquei lá, só na espera e na observação do homem no tremelique O corpo já tava com marca de guerra há muito tempo, a gente já tinha ido pro mano a mano com cada um vacila, mas num caímo, tamo aqui, e essa só vai ser mais uma tentativa, porque num vô larga a mão do meu irmão naum, começamo junto e vamo termina junto essa bagaça, o morro é nosso e da nossa mão, ninguém tira
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