Capítulo 5

1440 Words
Capítulo 5 LORENA NARRANDO Eu estou aqui jogada na porta do orfanato enrolada em um lençol sem forças para conseguir me levantar, eu não sei o que vai acontecer daqui para frente, mas acho que nada pior pode acontecer, eu até tento bater na porta ou tocar a campainha, mas eu estou sentindo uma dor tão grande que a minha vontade é só de ficar quietinha e esperar tudo isso passar, eu me encolho e fecho os olhos e sinto como se eu fosse desmaiar. ( ...... ) XXX – Acorda Lorena! Acorda! Eu sinto alguém me balançando e abro os olhos assustada. Lorena – Diretora ?! XXX – A própria, acorda porque eu quero saber porque você está na porta do orfanato, aparentemente sem roupa. Lorena – Eu ..... Quando eu ia falar, eu lembrei da ameaça do Tomas e resolvo me calar sobre o que aconteceu e inventar uma mentira, até porque seria a minha palavra contra a dele e claro que a minha não teria valor nenhum. Lorena – Eu fui assaltada no caminho, quando eu estava voltando. XXX – Venha! Eu vou te ajudar! Te machucaram? Lorena – Sim..... Quer dizer não..... Ela me ajuda a levantar e me leva para dentro do orfanato. Eu agradeço mentalmente por está cedo e os outros órfãs ainda estão dormindo. A diretora me deixa no meu quarto e pede pra mim tomar um banho e sai, eu entro no chuveiro e vejo sangue escorrer pela a minha perna, eu me abaixo e sento no chão e seguro as minhas pernas em posição fetal. Então flashes do que aconteceu vem na minha cabeça. Eu fico alguns minutos no chuveiro mas se eu demorar muito eu levo bronca, então eu saio, me visto e deito na cama e na sequência a diretora entra novamente. XXX – Lorena? Está acordada? Lorena – Sim. XXX – Você tem visita. Lorena – Visita? XXX – Sim, eu relatei o que aconteceu para a senhora Margarete e ela mandou o seu filho vim lhe prestar solidariedade. Pois você estava trabalhando para ela, e o que aconteceu não poderia ter acontecido, aqui no orfanato prezamos pela segurança de todos, o que aconteceu com você é inadmissível! Eu não vou deixar isso passar, você está sob a minha responsabilidade. Quando eu escuto a palavra filho eu já sinto vontade de chorar, e não escuto mais nada do que ela fala depois, mas quando eu volto a realidade e vou falar que não quero visita de ninguém, eu vejo o monstro do Tomás na minha frente. Tomas – Olá Lorena, sinto muito pelo o que aconteceu. - Ele fala com a expressão de quem realmente estivesse preocupado comigo e sentia muito. Lorena – Senhora diretora eu não estou bem, será que essa visita não poderia ser outro dia? Eu falei outro dia, mas a minha vontade era dizer nunca! XXX – Não seja mäl educada Lorena! Aqui nós te demos educação. O jovem Tomas veio pessoalmente para ver como você está. - Ela fala nervosa comigo. Tomas – Posso falar a sós com a garota? XXX – Claro! Com licença. A diretora sai do quarto e o Tomás me olha de cima a baixo, com aquele olhar de maldadë dele. Tomas – Boa menina, não abriu a boca. Eu não consigo falar nada, involuntariamente eu começo a tremer. Tomas – Eu gostei de te füder Lorena e para sua sorte eu vou querer mais vezes, então se prepare que durante a semana meus seguranças sempre vão vim te buscar, e aí de você se fizer qualquer gracinha, por hoje é só, você esqueceu o seu p*******o, vou colocar aqui debaixo do seu travesseiro, até mais, querida. Vão chegar alguns remédios para você. Ele fala saindo do quarto e eu me desespero com o que eu acabei de escutar. Depois de alguns minutos a diretora entra novamente no quarto e fala. XXX – Pelo jeito você trabalhou muito bem, só recebi elogios de você do senhor Tomas, ele até disse que você terá um freelancer fixo, fico orgulhosa de você Lorena, sempre dedicada no que faz. Agora vou te deixar descansar. Ela vai até a porta e quando vai sair se vira e fala. XXX – Nossa eu acabei me esquecendo de um detalhe e sendo totalmente negligente, você quer ir ao médico? Ou fazer um boletim de ocorrência por causa do assalto? Eles chegaram aaaaa.... abusär de você? _ Ela pergunta com medo e preocupação no olhar. Lorena - Não! Eles só rasgaram as minhas de roupas e me assaltaram, eles não tocaram em mim. XXX - Lorena mesmo assim, vou te levar no médico, vamos se arrume, vou te levar agora mesmo! Lorena - NÃO! EU SÓ QUERO FOCAR SOZINHA! EU NÃO VOU A LUGAR NENHUM! SAIIIIII !!!!!! - Eu acabo me alterando e a diretora me olha assustada e sai do quarto sem dizer mais nada. A minha vontade era de gritar, chorar, fugir! Mas eu tenho medo do que pode acontecer, então eu simplesmente me calo, eu guardo somente para mim o que aconteceu, nessa hora eu só queria o colo da minha mãe. 2 MESES DEPOIS Se passaram dois meses e eu venho sendo constantemente abusadä pelo o Tomas, eu já não sei o que eu faço para conseguir me livrar desse monstro, eu não tenho mais vontade de viver. E para completar eu tenho passado muito mäl todos esses dias. Então eu resolvi passar hoje no médico porque está cada dia pior, eu vim em uma consulta particular a diretora conseguiu mais alguns freelancer pra mim e eu estou conseguindo juntar um dinheiro, pois falta pouco pra mim completar 18 anos. XXX – Senhorita Lorena! Eu me levanto e vou até a recepcionista que chama o meu nome. Lorena – Lorena sou eu. XXX – Você só tem 17 anos, não pode passar na consulta sozinha. Precisa trazer um acompanhante que seja maior. Lorena – Moça eu estou passando muito mäl esses dias, eu sou órfã, moro no orfanato, você não pode me ajudar? Eu falo e o meu estômago começa a embrulhar e sem querer eu começo a vomitar na frente dela mesmo, nossa que vergonha eu não conseguir segurar. Lorena – Perdão, eu limpo. - Falo totalmente com vergonha. XXX – Pode deixar que a faxineira limpa. Vou te ajudar passar na consulta, mas só dessa vez. Fica sentada naquele corredor que eu vou chamar a faxineira e já levo sua ficha para o doutor. Lorena – Muito obrigada moça. Mas onde tem um banheiro eu preciso lavar a minha boca. XXX – Logo ali. Ela fala apontando para uma porta, eu vou até lá, lavo a minha boca, jogo uma água no rosto e vou para o corredor aguardar ser chamada. Depois de quase uma 1h aguardando eu escuto uma voz grave chamar o meu nome, eu me levanto e vou até a sala. XXX – Pode se sentar. Eu me sento e o doutor me pergunta o que está acontecendo e como ele poderia me ajudar, eu começo a contar tudo que eu estou sentindo e ele passa alguns exames e um teste de urina que eu não entendi muito bem, porque eu não estou sentindo nenhum sintoma de infecção urinária. Lorena – Exame de urina? XXX – Não, teste de gravidez. Você pode ir até a sala de enfermagem que eles vão te auxiliar, é na sala no final desse corredor. Quando ele fala isso eu não consigo nem pensar direito, eu pego as guias e saio da sala indo para a sala de enfermagem sem acreditar que eu posso está grávida daquele monstro, meu Deus como eu não pensei nisso antes, ele não usa camisinhä e eu não tomo remédio, eu nunca nem pensei que eu poderia engravidar como eu sou burrä! Eu chego na sala de enfermagem e pego o copinho com o teste para fazer, a enfermeira me orienta e eu vou até o banheiro, faço xixi e entrego para ela. XXX – Agora é só aguardar no corredor que o doutor irá te chamar assim que eu fazer o teste. Eu volto para o corredor e sinto o meu coração acelerar e o medo tomar conta de mim . XXX – Lorena ! Eu escuto o doutor me chamar e eu me levanto sem coragem e entro na sala me sentando na cadeira . O doutor olha o teste e depois olha pra mim . XXX – Bom Lorena , positivo ! Parabéns , você está grávida . Lorena – Grávida !? Imediatamente eu começo a chorar e perco completamente o meu chão .
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