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Anna Narrando.
Meu nome é Anna Contini, acabo de completar 18 anos, sou filha do Angelo Contini e minha abuela (avó) é a Rosa Contini. Mnha mãe morreu em um ataque entre os clãs ou melhor dizendo, entre as máfias espanholas na qual o meu pai é o líder de uma delas.
Eu estou no ultimo ano do ensino médio e pasmem, estou de casamento marcado com um homem que é 11 anos mais velho que eu... Sim... eu disse 11 anos... Claro, contra a minha vontade e segundo meu pai, será um casamento por contrato de pelo menos um ano, só assim para finalmente termos paz.
Segundo meu pai, esse casamento é necessario porque os dois clãs, Contini e Mallardo se unirão e finalmente vai acabar com as mortes, se é que isso é possivel.
Eu gostaria que a minha mãe ainda estivesse aqui, ela colocaria juizo na cabeça do meu pai e ele largaria essa loucura de me casar com um velho, afinal, eu estou servindo como uma moeda de troca.
Aqui em Barcelona as máfias que domina a maior parte dos crimes organizados, e não, eu nao me orgulho de contar que sou filha de um mafioso, mas não tenho escolha, eu tenho apenas 18 anos e a unica coisa que sei é que eu preciso me casar.
Só não sei como contar ao meu namorado Carlos que daqui a exatas 4 semanas será o meu casamento e que eu estou fazendo isso contra a minha vontade.
Carlos vai para a faculdade, mas durante a semana no periodo da manhã ele vai para a mesma escola que eu fazer aulas complementares de reforço para conseguir uma bolsa para medicina.
Nós somos o casal perfeito, exceto pelo fato de eu ter que esconder de toda a minha familia que nós estamos juntos... menos a abuela, ela sempre sabe de tudo, parece até que ela consegue ler a minha mente. Ela teme que o meu pai descubra, teme mais ainda se acontecer de eu perder a minha virgindade, porque se isso acontecer, eu não poderei me casar e o banho de sangue entre as duas máfias começaria novamente.
Eu sequer conheço o meu noivo, nunca vi uma foto, só sei que ele é mais velho porque o papá fez essa gentileza de me contar.
Parece loucura, mas essa é uma pequena parte do que está prestes a acontecer com a minha vida.
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Barcelona 6:40 a.m
Eu acordei cedo como todos os outros dias, tomei uma ducha rápida, vesti meu uniforme da Elite Scool e peguei o meu material, ajeitei os meus cabelos pretos em frente ao espelho e suspirei.
- Vamos lá Anna, só falta duas semanas... - Repeti para mim mesma olhando o meu reflexo.
Peguei o meu celular e desci as escadas da grande casa lentamente, detesto ter que ir para a escola e fingir ser uma garota normal, filha de um grande empresário e dono de um dos maiores cassinos daqui da Espanha. m*l sabem a verdadeira identidade do papá...
Ao chegar no fim da escada, pude ouvir vozes na sala principal...
- Anna tem que ir nesta recepção... - Era a voz do papá.
- Ora, Angelo... Não obrigue a menina a se casar... - Era a voz da abuela (vovó).
- Buenos días papi y abuela, ¿estoy estorbando? (Bom dia papai e vovó, estou atrapalhando?) - Perguntei entrando na sala.
No mesmo instante que me viram, pararam de falar e tentaram disfarçar o assunto da conversa.
- Buenos días, hija. ( Bom dia, Filha.) - Ele respondeu beijando minha testa. - Estávamos apenas resolvendo algumas pendências da recepção do cassino hoje a noite, não é mesmo mamá?
- Sim, claro. - Ela sorriu fraco. - Boa aula minha Hija!
- Obrigada Abuela... - Falei me sentando na grande mesa para tomar o meu café.
- Quero que vá ao cassino hoje a noite, Hija. - Meu pai falou se sentando ao meu lado.
- Claro papá, precisa de ajuda com a contabilidade? - Perguntei mesmo sabendo do que se tratava a minha ida ao cassino.
- Lá você saberá... - Ele falou mordendo o croissant. - Vista-se com roupa de Gala.
- Como Desées! ( Como quiser! ) - Sorri e tomei um gole de suco.
Meu pai estava tenso, eu o conheço como ninguém. Sei quando está com medo de algo r**m acontecer, ele estava desse mesmo jeito na noite em que a minha mãe morreu.
Não gosto quando ele está dessa forma, ele no geral toma atitudes sem pensar, ele está me vendendo, mas no fundo, sei que ele está fazendo isso por medo de me perder assim como aconteceu com a minha mãe.
Terminamos o nosso café da manhã e como todos os dias, papá me levou para a escola, nos despedimos e entrei sem olhar para trás.
Entrei direto para o banheiro, essa sensação de prisão está me deixando louca... eu sou apenas uma adolescente... na minha cabeça só passa Carlos e como ele vai reagir ao descobrir tudo.
Estar com Carlos é loucura aos olhos de qualquer pessoa, ele não pertence a alta sociedade, ele não faz parte de nenhuma máfia, é apenas um garoto comum, não tem dinheiro como minha família. Eu não vejo problemas nisso, mas seria difícil ele ser bem aceito pelo meu papá se não fosse essa história de casamento por contrato.
Ele precisa me esperar, é apenas um ano... um ano para que eu esteja livre pra seguir a minha vida longe daquele velho... sim, um velho... 28 anos para mim é velho!
- Achei você! - Tania disse ao entrar no banheiro.
- Fazendo hora, como sempre. - Falei fazendo careta.
- Quando vai dizer a ele Anna? - Tania perguntou.
- Ainda não sei, mas preciso criar coragem, será daqui 4 semanas Tania. - Abaixei a cabeça ao sair do banheiro. - Hoje meu pai me quer no Cassino...
- Cassino? - Ouvi a voz do Carlos atrás de mim.
- Ah, oi amor... - Falei sorrindo.
- Buenos días, mi amor! (Bom dia, meu amor!) - Ele me deu um selinho. - Me diz, o que vai fazer no Cassino hoje?
- Ajudar meu papá na contabilidade, amor! - Falei tentando disfarçar.
- Estou sobrando, nos vemos depois amiga. - Tania falou saindo de perto de nós e indo até a sala.
- Não gosto que vá lá... sabe que tem muita coisa errada lá, não é?! - Carlos falou cruzando os braços.
- Sei disso mi amor, mas não tenho escolha... - Falei abraçando ele forte e entrando para a sala. - Nos vemos mais tarde, ok?!
- Claro, adiós... - Ele acenou e virou as costas.
Eu entrei na sala, a aula estava começando, me sentei ao lado da Tânia e peguei o meu caderno e o tablet de dentro da bolsa.
O professor de espanhol estava passando o último trabalho de finalização de semestre e eu estava completamente perdida, no mundo da lua para ser sincera.
A minha mente está dando giros de 360 graus, minha barriga está borbulhando, eu preciso de um pretexto para tentar acabar com tudo isso.
Talvez se eu conversar com o tal pretendente, ele desista.
- Não seja louca, Anna... - Resmunguei e todos olharam para mim.
- ¿Algún problema, Ana? - O professor perguntou.
Só aí me dei conta de que estava resmungando em voz alta, que vergonha...
- No, no hay problema maestro... lo siento. ( Não, nenhum problema professor... Me desculpa. ) - Abaixei a cabeça e tentei prestar atenção no restante da aula, mas foi em vão.
O dia passou depressa, passei um tempo com o Carlos depois da aula, nós conversamos e namoramos um pouquinho, depois encontrei com a Tânia e chamamos um táxi para a minha casa.
- Acha mesmo que o Carlos vai entender? - Tania perguntou enquanto estávamos no carro.
- Não sei, espero que sim... Ele precisa entender. - Falei tentando ser positiva.
- Que loucura, amiga... - Tania falou sorrindo. - Mas eu adoraria fazer parte da Máfia.
O taxista olhou pelo espelho retrovisor e eu cutuquei a Tânia que no mesmo instante percebeu que tinha falado besteira.
- Já chegamos, senhoritas. - O taxista falou assim que parou o carro. - 30 euros.
- Aqui está... - Falei dando uma nota de 50 euros. - Pode ficar com o troco.
- Gracias señorita. ( Obrigado senhorita. ) - Ele falou sorrindo e deu partida no carro.
Eu e a Tânia entramos, todas as vezes que fico até mais com o Carlos, a Tânia vem comigo para que o meu papá não desconfie de nada.
Tania é minha única amiga, ela sabe de tudo sobre a Máfia, o pai dela faz parte do banco de sócios na empresa do meu pai, uma empresa que ele abriu apenas para lavar o dinheiro da máfia.
Eu confio nela com a minha vida, sei que ela é uma amiga incrível e sempre faz o possível e o impossível para ver a minha felicidade e sempre puxa a minha orelha quando precisa.
Tania cansou de me avisar sobre Carlos, ela disse que eu preciso ser sincera com ele, mesmo ela achando que ele não gosta de mim de verdade...
Ela implica com todo mundo, mas no fundo ela só quer me proteger.
Entramos em casa e aparentemente estava vazia.
Subimos para o meu quarto, precisava escolher um vestido sofisticado para ir ao Cassino e emprestar algo para a Tânia, ela vai comigo com toda certeza. Não posso ir sozinha, ela sempre me apoia e vai me dar forças para não fazer merd4.