Maldito Texas

1082 Words
Henry 3 semanas atrás Eu estava me afundando no trabalho cada vez mais, preferia a parte burocrática de intercâmbio de recursos entre as espécies do que missões que envolvessem usar magia. Eu estava instável demais pra confiar em mim mesmo com isso, já havia se passado seis meses mas a dor de ter perdido Bárbara não me abandonou e se tornava pior ao saber que os meus erros no passado com o Alfa Reign transformaram minha doce Elionor em uma aberração. Eu me senti incapaz de proteger minhas garotas, perdi Bárbara e a vergonha que me toma agora me torna incapaz de encarar Elionor nos olhos outra vez, sempre que a lua cheia se aproxima eu solicito uma nova missão. A cidade que estava era domínio das fadas, negociamos o intercâmbio de algumas poções, nada fora do normal do que estava acostumado a fazer. Estava com tudo planejado para voltar quando a garota apareceu em frente ao hotel. O pentagrama com o sangue escurecido, os olhos brancos.. uma alma aprisionada e em tortura, assim que me viu a pobre garota falava em looping “Venha me encontrar Henry Way, venha me encontrar Henry Way…” Não poderia deixar uma vida tão jovem ser interrompida porque, aparentemente uma bruxa n***a queria me ver, mas, não haviam bruxas naquela região, baixei tanto minha guarda que fui incapaz de notar que estava sendo seguido? Estava colocando todas as minhas habilidades em cheque quando a segunda garota chegou, falando a mesma frase. Chamei por Victoria, a fada que havia negociado a pouco, nenhuma das duas garotas era do seu clã, mas eram humanos que viviam na cidade e não iria incitar qualquer tipo de desavença entre eles, os tratados de cooperação mútua funcionava muito bem ali e Victoria era capaz de desfazer a magia n***a. Até o fim da tarde apareceram sete jovens com a mesma marca e falando a mesma frase. Mesmo que fosse uma maldição poderosa, a bruxa que a fez não era, Victoria facilmente desfez com sua magia de luz “Henry, temo que os tratados sejam quebrados se não encontrar essa bruxa, não sinto magia n***a nas nossas terras, talvez ela tenha sido esperta o bastante para ficar fora das fronteiras” “Não se preocupe Vic, eu vou cuidar disso. Mando uma mensagem assim que tiver acabado isso, não se preocupe” “Tenha cuidado Henry” Acenei com a cabeça e segui para as fronteiras de carro, seria mais rápido se fosse assim e cobriria uma área maior. Havia passado por ali a poucos dias e não recordo dessa cabana.. a menos que.. exalo o ar e não sinto o cheiro de magia, apenas sangue. Parei o carro e caminhei até a cabana, vendo o contorno em sangue brilhar em vermelho vivo e quanto o atravessava 'Uma Way? Só pode ser brincadeira' Abri a porta e senti que conhecia a garota, seu rosto era familiar e isso estava me incomodando. “O que quer de mim, bruxa?” Minha voz está carregada de raiva, uma garota tão jovem brincando com magia n***a nunca terminava bem Aquele sorriso que surge em seus lábios é diabólico enquanto ela fala “Olá.. papai” Eu? Pai dessa garota?! Impossível! Fiquei perdido em meus pensamentos e isso foi o suficiente para ser envolto em correntes, não sentia a minha magia fluir, objetos amaldiçoados.. essa garota estava jogando pesado demais pra idade dela e ela continuou "É apenas uma precaução, você é mais útil vivo do que morto.. ainda" sério mesmo que ela pensa que vai me matar? "Blair Saint Clair, filha de Emilly Saint Clair, bruxa.." p***a! Sim, agora eu lembro onde já vi esse rosto, ela tem os olhos da mãe dela "Da matilha da Aurora" Eu falo "Então, você nunca soube sobre mim?" Ela pergunta e eu não escondo que nunca tive intenções com a mãe dela, ela é bonita mas não é o tipo de mulher pra assumir uma relação "Não me entenda m*l, sua mãe é muito bonita.. mas assim que parti da matilha, casei com minha esposa e no outro mês ela já estava grávida" "Correções.. sua falecida esposa.. e mamãe era realmente linda. Ela morreu a sete meses" meu rosto se escureceu com sua prepotência "Nunca fiz parte de um clã, nunca fiz a cerimônia de ascensão, mas eu sou uma necromante" Não! Isso era um pesadelo! Não pode ser verdade. A última necromante da família Way foi minha irmã, Helleonor. Ela encontrou um dos diários antigos dos nossos tataravós, uma maldição, a rosa n***a e se essa garota souber e tiver intenção de fazer essa maldição, Elionor corre perigo, eu não me importo com a vida de uma bastarda, mas ela não vai fazer nenhum m*l a Elionor. "A Deusa só pode estar querendo me f***r!" Olhei as mãos da garota, pra ser sincero estava pouco me fodendo pro que ela estava falando, eu estava pensando numa maneira de sair dessa o mais rápido possível, voltei a mim quando as correntes subiram até meu pescoço "eu vou te matar. Mas primeiro.." Foram as últimas palavras que ouvi antes de desmaiar e cair num pesadelo. Nele eu estava no mausoléu da família, vendo Blair criar a rosa n***a, Elionor inconsciente sendo marcada, eu tentava falar e me mexer mas não conseguia, Blair olhou pra mim e riu "Eu disse que ia te matar papai" Abri os olhos respirando pesadamente, estava deitado na mesma posição do pesadelo "Blair?" O som da lâmina da sua faca passando pela mesa de pedra me indicam a direção onde ela está, viro meu rosto em sua direção "Teve bons sonhos? Eu tomei algumas liberdades por aqui" Ela mostrou meu celular, senti meu coração acelerado "Avisei Victória que você já tinha resolvido o problema, vamos voltar para New Memphis, mas vamos de carro.. pense nisso como férias com a sua filha" "Eu temo que não vai acontecer" Falei encarando aqueles olhos negros como a escuridão da sua alma "Vai sim, você vai amarrado, amordaçado, dopado ou desmaiado eu não me importo..." Ela se levantou e pegou a fina lâmina de babosa, colocou em seu rosto que aos poucos foi assumindo o formato do meu rosto e por fim do meu corpo "como eu disse, você vivo é mais útil que morto, preciso de células vivas e saudáveis pra me passar por você, é óbvio que você sabe disso Ela ergueu o cabo da adaga e acertou minha cabeça, me fazendo voltar ao meu pesadelo.
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