Bruxinha do papai

814 Words
Blair Saí da matilha assim que Brad partiu, não iria diretamente para New Memphis, tinha que colocar meu plano em ação antes de ir e só tinha algumas semanas pra isso. Permanecia rastreando os passos de Henry, meu suposto pai. Ele estava em uma cidade no Texas e apesar de não gostar muito da idéia de ir para um lugar tão quente, era necessário. Brad me deu uma boa quantia em dinheiro, em dois dias cheguei até a cidade e me instalei. Naquela mesma noite passei a colocar meu plano em prática. Usava o elixir que camuflava meu cheiro, botas e um vestido de couro preto justo que revelava muito, meu cabelo preto caía em ondas até o meio das minhas costas. Até o dia amanhecer passei por sete bares, atraí quatro garotas e três rapazes, todos muito jovens e bonitos e segui até a floresta que fazia divisa na cidade, onde nenhum clã, matilha ou férico tinha domínio das terras. De todas as coisas nos livros da mamãe, o mais legal foi uma possessão. A marca da bruxa. Isso iria chamar a atenção de Henry para a minha armadilha. Construí a cabana improvisada em poucos instantes, agradeço a Deusa pela magia, libertei a primeira garota, sussurrando em seu ouvido “Volte para a cidade e só fale com Henry Way, diga que ele pode salvar vocês se ele me encontrar” A cada hora seguinte libertei mais um, acompanhando Henry indo e vindo por todo lado na cidade, sabia que era questão de algumas horas para ele me encontrar e garanti que não houvesse mais ninguém conosco, cortei a palma da mão e comecei a contornar a cabana, apenas ele poderia entrar e caso mais alguém tentasse sofreria uma morte lenta e dolorosa Acompanho a gota de sangue se movendo cada vez mais perto, a adrenalina toma conta de mim quando ouço os passos lá fora. A porta é aberta sem nenhuma gentileza, parado ali está Henry Way, assim como nos arquivos ele é alto e tem um corpo atlético pra idade dele, os olhos castanhos e o maxilar bem definido, vejo a raiva em seus olhos “O que quer de mim, bruxa?” Sua voz é baixa e carregada de raiva Abro um sorriso “Olá.. papai” A confusão em seu rosto e sua distração eram o que precisava, as correntes negas caíram do teto da cabana o prendendo. Objetos negros estavam na coleção da mamãe, essas correntes impossibilitaram que ele usasse qualquer tipo de magia "É apenas uma precaução, você é mais útil vivo do que morto.. ainda" peguei uma cadeira e me sentei a sua frente, cruzando as pernas "Blair Saint Clair, filha de Emilly Saint Clair, bruxa.." "Da matilha da Aurora" Ele complementa, tendo ciência que eu falava a verdade, a dor estampada em seu rosto "Então, você nunca soube sobre mim?" Um sorriso charmoso surgiu em seus lábios "Não me entenda m*l, sua mãe é muito bonita.. mas assim que parti da matilha, casei com minha esposa e no outro mês ela já estava grávida" Sua arrogância me fez ficar rígida e querer apagar aquele sorriso da sua cara "Correções.. sua falecida esposa.. e mamãe era realmente linda. Ela morreu a sete meses" fiz uma pequena pausa para controlar as emoções e manter a calma "Nunca fiz parte de um clã, nunca fiz a cerimônia de ascensão, mas eu sou uma necromante" O rosto de Henry empalideceu, como se um tormento tivesse caído sobre ele, balançando a cabeça nervosamente "A Deusa só pode estar querendo me f***r!" Tirei as luvas que cobriam as pontas dos meus dedos negros, pra que ele entendesse que não era um blefe "Posso não ter sido instruída por um mago velho e caquético, mas mamãe me ensinou muito e, consagrei seus ossos para absorver o seu poder.. então, não deixe esse belo rostinho te enganar" as correntes se apertaram em torno do corpo de Henry "eu vou te matar. Mas primeiro.." As correntes deslizaram até seu pescoço, impedindo que ele respirasse até desmaiar. Caminhei até ele e peguei seus pertences, sua carteira seria útil e seu celular mais ainda. Com um movimento de mão, uma mesa de pedra surgiu, talhei as runas necessárias e flutuei o corpo de Henry até o centro, prendendo ele entre a mesa e as correntes, a brincadeira estava apenas começando. Desbloqueei o celular com a digital de Henry e cadastrei as minhas para que não tivesse mais problemas com isso. Acessei as contas e transferi uma quantia que não levantaria suspeitas. Passei a ler todos os documentos que ele tinha no aparelho, me inteirar de como ele falava e escrevia e alguns detalhes importantes, como a conversa que ele teve com uma fada na cidade, ele estava negociando suprimentos. Tudo isso era necessário já que eu iria me passar por ele quando fosse para New Memphis.
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