Abel e eu estávamos juntos. E depois de constatar isso, tive uma sensação boa, como se eu tivesse completa, sensação muito parecida quando nossa mãe faz nossa comida favorita no domingo, e não haverá aula na segunda-feira.
Não era como se minha vida tivesse melhorado 100% num estalar de dedos, até porque eu ainda era a Nana Banana, provavelmente a pessoa mais azarada do Brasil, do ocidente inteiro. Mas eu já não sentia vontade de ficar trancada em meu quarto chorando pelas coisas que perdi no incêndio. E por falar nisso, eu nem conseguia mensurar a sorte que tive em voltar para casa do nada. Quando tentava me lembrar do que me fez voltar era como se fosse um sonho, cujo eu só lembrava de fragmentos. Lembrava de procurar por um novo emprego e não encontrar, lembrava de tirar folhas de um g
