Salvatore Narrando,
Eu esperei até que ela sumisse das minhas vistas o portão já estava sendo fechado e quando dei por mim já estava lá na frente perguntando qual horário encerrava as aulas, eu sai dali e fui até a máfia quando dei por mim estava em frente ao portão da faculdade do outro lado da rua observando os alunos saírem e em meio a eles aquela garota de um metro e meio que vinha sorrindo e quando viu o carro colocou as mãos na cintura atravessou a rua correndo e veio até o lado do motorista batendo no vidro, de início eu não abaixei apenas fiquei olhando pra ela que por ser escuro não conseguia ver se tinha alguém dentro, ela colocou as mãos no vidro e se
aproximou tentando ver o que me fez rir.
Coisa feia ficar olhando o carro dos outros.
Nina: Olha só coroa ta fazendo o que aqui?
Boa noite se usa, tem educação não.
Nina: Tenho com quem eu quero. - Olha se eu não conhecesse a Natália tão bem, eu diria que ela tem uma filha perdida
porque vou te falar o abuso é igualzinho.
Garota.
Nina: Já que ta aqui, quero uma carona to cansada e com dor de cabeça. - Ela não me esperou responder deu a volta e abriu a outra porta se sentou e jogou sua bolsa e livros no banco de trás deixando tudo espalhado.
Vai amassar seus livros Nina.
Nina: Vai nada, depois eu concerto. - Eu não era desorganizado, e pelo visto ela é muito bagunceira, ela disse aonde morava e eu fui seguindo o caminho vi uma farmácia e desci comprando remédio e uma água pra que ela tomasse.
Voce comeu alguma coisa na faculdade?
Nina: Última coisa que eu comi foi lá na cafeteria.
Sua dor de cabeca deve ser fome não pode só estudar tem que se alimentar.
Nina: Tudo bem senhor mandão, amanhã eu trago a minha merenda. - Olhei pra cara dela que riu na maior
tranquilidade, tinha uma lanchonete aberta e parei pra comer era pequena, mas comia que era uma beleza.
Mora com seus pais?
Nina: Meu pai morreu em um acidente de carro, minha mãe logo depois arrumou um namorado e foi embora com ele me deixando com a vó, mas ela faleceu anos depois e eu moro com a minha tia e o escroto do marido dela.
Porque ele é escroto, ele já tentou algo com você?
Nina: Sempre me olha estranho, e tenta entrar no banheiro quando tomo banho, mas eu sempre levo uma cadeira e ponho na porta, por isso eu fico na cafeteria não gosto de ficar em casa.
O que sua tia fala, ou ela não sabe?
Nina: se finge de cega, já falei que ele age estranho e ela já viu, mas disse que se algo acontecer é porque eu provoquei. - Eu senti uma raiva, mas não poderia dizer nada não agora, comemos e fui levar ela em casa ela disse qual era a sua casa e na porta estava o seu tio que olhava atento a todos os lados na certa estava esperando por ela.
Você não precisa passar por isso.
Nina: E não quero, mas eu não tenho pra onde ir, e querendo ou não é eles que pagam a minha faculdade.
Sabe que em algum momento ele pode querer cobra isso né, ele não tem cara de ser um bom samaritano.
Nina: O que eu faço? - Nesse momento eu vi uma Nina bem diferente, ela não estava durona ou debochando estava com medo e
aflita.
Você pode morar comigo, eu p**o a sua faculdade.
Nina: Nos conhecemos hoje.
Pra mim foi tempo suficiente.